XII - O Livro Elemental: Vento.
4 dias depois.
Enzo se encontra na ala da enfermaria do palácio de cristal com os braços encaixados e alguns curativos. Yagura está com ele e os dois conversam sobre a atitude de Enzo e de como o Sr. Andreas ficou nervoso com isso.
– Enzo o que deu na sua cabeça em enfrentar um guardião sozinho. - diz Yagura com um tom de preocupação. - O Sr. Andreas quase teve um treco quando te encontrou no chão caído e com os braços todos queimados.
– Yagura você não entende... - diz o ruivo com a cabeça baixa. – Débito usou você para tentar prover o desafio ao seu favor e isso quase fez você se afogar.... E… Eu não sei o que aconteceria se o mestre Solace tivesse pego alguns de vocês...
Yagura então baixou a cabeça e quando ele ia dizer algo Andreas entra pela porta e logo começa dá o sermão em Enzo.
– Enzo Belserion onde já se viu enfrentar um mestre elemental sozinho. Você poderia ter morrido!! - diz o ancião entrando pela porta já falando. - Essa sua imprudência resultou em três dias de coma e muitos sermões que tive que ouvi de meus superiores e relatórios a preencher com a destruição da sala de treinamento.
– Me desculpe Sr. Andreas... Eu... - Enzo fica sem o que dizer.
Yagura por sua vez segura o livro e então o abre dizendo.
– Bom Enzo sabemos que sua atitude foi completamente reprovada, mas logo trouxe você a obter mais um fragmento. - diz o garoto arrumando seu óculos. - Com tudo falta apenas oito fragmentos, o caminho é longo mas a conquista foi merecida.
– Certamente. - diz o ancião. – Enzo entenda eu não ligo para os relatórios ou sermões que recebi se algo tivesse acontecido com você, eu sou seu protetor e te quero ver bem.
Enzo então dá um sorriso meio constrangido mas entende os sentimentos de Andreas.
Logo uma enfermeira segurando uma bandeja com curativos e faixas entra na sala dizendo.
– Com licença. Espero não estar incomodando esse momento mas preciso trocar seus curativos.
A enfermeira logo se aproxima e deixa a bandeja em uma mesinha ao lado do leito de Enzo e começa e remover as faixas dos braços de Enzo.
– Eu posso usar minha magia para curar os ferimentos de Enzo mais rápido. - diz Andreas se aproximando do jovem que logo e interrompido pela enfermeira.
– Eu acho que não será necessário Sr. Andreas . Os ferimentos de queimaduras de Enzo estão quase curados, eu nunca vi uma auto regeneração tão rápida assim...
– Incrível. Nem parece que seus braços foram queimados até o nível de seus músculos, Enzo. - diz Yagura ajeitando seus óculos novamente. – Essa habilidade deve vir da sua metade dragão Enzo, você realmente é diferente de nós pois já com essa idade possui músculos definidos, não irei me surpreender se você possuir a "imortalidade" de um.
– Possuindo ou não, não irei querer descobrir de maneira nenhuma. - diz o ancião com um ar de preocupação.
– Não se preocupem Sr. Andreas. - diz o ruivo com um pequeno sorriso.
– Se continua assim posso lhe dar alta amanhã de manhã. - diz a enfermeira.
– Ótimo! - exclama Andreas. – Venha Sr. Yagura vamos deixar Enzo descansar.
– Sim.
– Agora Sr. Enzo descanse eu terminei de trocar suas faixas mais logo você não precisará mais delas. Daqui a uma hora eu venho trazer seu jantar.
– Tudo bem. Obrigado.
Yagura, Andreas e a enfermeira com a bandeja se dirigem para fora do leito de Enzo que se ajeita em sua cama e logo pega os dois fragmentos da água e do fogo e fica os olhando até pegar no sono.
No dia seguinte de manhã como prometido Enzo recebe alta da ala da enfermeira e se dirige ao salão principal com poucos band-aids em seu rosto. E se aproxima de uma mesa onde vê Yagura sentado lendo o livro elemental.
– Oi Yagura tudo bem? - diz o jovem ruivo.
– Enzo!! - Yagura dá um salto da mesa. – Eu estou bem. E vejo que recebeu alta mesmo.
– Sim. Parece que eu posso me curar aos poucos de ferimentos graves. E eu já estou pronta pra outra. - Enzo entra em uma posição de batalha e começa a dar socos no nada se mostrando ao seu amigo.
– Bom saber. - o moreno dá um risada forçada. – Eu andei lendo o livro e talvez já podemos trabalhar e convocar o próximo guardião.
– Ótimo. - diz Enzo. – Irei chamar o Sr. Andreas.
– Ok. Eu vou procurar Misaki, ela ficou bem preocupada com você e talvez ela queira participar.
– Ok. - Enzo fica um pouco envergonhado, mas logo segue seu caminho ao quarto de Andreas.
Chegando ao quarto de Andreas encontra o ancião sentado em sua mesa preenchendo alguns relatórios.
– Sr. Andreas?
– Oh! Enzo que bom que você já está bem. Então o que o traz aqui?
– Vim chamar o senhor para podermos prosseguir e convocar o próximo guardião. Yagura foi chamar Misaki e já devem estar esperando na sala de treinamento.
– Ótimo! Mais não tenho uma boa notícia sobre isso. - diz Andreas segurando um papel. – Parece que não vamos mais pode usar a sala de treinamento devido a pequena destruição que foi causada, mais da metade da sala está queimada.
Enzo então sorri sem jeito e esfrega a cabeça.
– Que tal fazer isso do lado de fora do palácio, tem uma pequena clareira aqui perto e podemos convocar o guardião sem algum problema de algum confronto com o guardião. - diz o ancião.
– Ótimo! - exclama o ruivo. – Temos que avisar Yagura e Misaki.
– Não se preucupe, irei chamá-lo com a lágrima de comunicação. - diz Andreas pegando a lágrima que estava em sua gaveta da mesa e a ligando que logo abre um pequeno monitor e o rosto de Yagura.
– Sr. Andréas? Aconteceu alguma coisa com Enzo? - diz o moreno de óculos.
– Não Yagura, e sobre a sala de treinamento n poderemos usá-la mas iremos fazer a convocação na clareira perto do palácio. Vá com Misaki até o portão principal e me aguarde com Enzo.
– Ok. Desligando. - diz Yagura.
Andreas então solta a lágrima e o monitor se fecha e o mesmo guarda a lágrima em sua gaveta novamente e assim os dois seguem para o portão principal.
Chegando lá eles já encontram Yagura e Misaki que logo corre e abraça Enzo forte, que logo fica um pouco envergonhado mais retribui o abraço. Andreas então pega o livro que até então estava com Yagura. Logo então os quatro saem do palácio e se dirigem a pequena clareira que ficava a uns cinco minutos do palácio. Chegando lá eles encontram um campo com uma vegetação amarela balançando com o vento e mais ao fundo podiam ver o vale com as montanhas cobertas de neve e o rio cortando as bases das montanhas formando um caminho que caia direto no oceano. Se eles olhasem para traz veriam o imenso palácio e o que seria a última vista do rio se perdendo vale a dentro e a luz do sol batendo nos milhões de cristais que o palácio tinham em todo seu contorno.
– Nossa esse lugar e lindo - diz Enzo.
– Sim. Mais agora vamos temos muito trabalho a fazer aqui. Enzo se prepare! - diz Andreas com um ar serio só aguardando oq poderia vir desse próximo guardião.
Andreas então diz pra Misaki e Yagura ficarem um pouco distante caso o guardião tente usar algum dos dois como o mestre Denif fez e que logo ele também se afastaria mais ficaria observando tudo. Yagura e Misaki aceitam e então vão e ficam atrás de uma grande pedra que estava não muito distante dali. Andreas entrega o livro ao Enzo e deseja boa sorte ao ruivo e se mantém um pouco afastado, Enzo então abre o livro e começa a recitar o feitiço.
Recessit itaque errare ante te ego autem veni ad me ventum est attera totus Ebalon, Lincy Accipio de elementis magister facti sunt provocare ego voco super Custodibus.
[Perante a ti estou agora Flutuantes Portadores dos Segredos dos Ventos Suaves, venha a mim Ebalon, Lincy eu aceito o Desafio para mestre dos Elementos me tornar, Eu os Convoco Guardiões.]
O vento que ali soprava parou e as folhas e a vegetação que balançava se aquietaram, Enzo por um momento pensou que o feitiço não tinha funcionado quando que derepente surgiu uma forte ventania e um pequeno tornado se forma em frente dele e o círculo mágico aparece no chão da clareira. Uma grande parede de vento negro se ergue e ali podia se ver duas silhuetas com quatro olhos vermelhos encarando Enzo. Com um estalar de dedos do guardião aquela cena se cessa e a sua forma de revela.
Enzo então fica surpreso com o que vê, não era um guardião eram dois, na verdade era um do que em dois, meio confuso para ele.
O primeiro era um homem magro e alto com cabelos loiros e pele branca, tinha uma incomum características, uma heterocromia, o olho direito era da cor azul normal enquanto o esquerdo era de um azul mais claro quase transparente e tinha uns símbolos verde seus braços e mangas pretas que cobriam seus dois antebraço.
Ele usava um sobretudo sem mangas de cores verde, brancas com faixas amarelas nas costuras do corpo e um colete superior preto que portava o fragmento do vento em seu peito, e uma calça preta e estava descalço.
O segundo foi o que mais surpreendeu Enzo, era simplesmente uma fadinha brilhante de toda cor verde claro quase transparente e tbm tinha em comum com o guardião a heterocromia nos olhos só que o olho esquerdo dela era normal enquanto o direito era da mesma cor de azul claro quase transparente que o mestre tinha em seus olhos.
– Eu sou o mestre do vento Ebalon. - disse o guardião com uma voz normal e sorridente. – Olá meu caro jovem.
– E eu me chamo Lincy. - diz a fadinha.
– Vocês dois são os guardiões do fragmento do vento? - pergunta Enzo.
– Huumm... Deixa eu pensar. - diz o mestre batendo o dedo no queixo com o braço cruzado. – Você recitou o feitiço não foi? Então a resposta e sim. - diz com um ar de piada.
Enzo fica meio sem jeito por conseguir entender o comportamento do guardião então segue com sua postura seria e diz logo.
– Então eu aceito o desafio para conquistar o fragmento. - diz Enzo entrando em posição de batalha.
– Ei, ei, ei, calma aí garoto. - diz Ebalon. – Ele é bem apressadinho em Lincy. Ele tem uma visão errada sobre nós. - diz o mestre coçando a cabeça e sorrindo.
– Verdade Eb, mais também enfrentar Denif e Solace quem não ficaria assim. - afirma a fadinha.
– Meu caro.... - ele tenta lembrar o nome de Enzo.
– É Enzo Belserion Eb. - diz a fadinha nos ouvidos do mestre.
– Enzo Belserion, devemos lhe informar que não haverá desafio.
– Mais como assim não haverá? - questiona Enzo. – Não e dever seu fazer o desafio?
– Verdade, mas eu não tô nem um pouco afim disso hoje. - diz Ebalon acaixado no chão mechendo na vegetação da clareira.
– Então voce não vai em entregar o fragmento? - pergunta o ruivo.
– A mais claro que eu vou. - o mestre se levanta e começa a mecher no seu colete aonde o fragmento está. – Tó.
Enzo fica completamente sem entender. Um dos seres mais fortes que ali existia estava entregando o fragmento do vento sem sequer propôr o desafio. Então a fadinha pousa no tipo da cabeça do guardião e diz.
– Denif deve está se revirando aonde quer que ele esteja. - coloca suas pequenas mãos em sua boca e começa a rir.
– Ei! Nada de contar pra ele em. Deixa Denif e seu tradicionalismo no lugar aonde está.
Andreas e os outros estranham aquilo e se aproximam de Enzo para saber o que está acontecendo. Quando os três chegam o mestre comprimenta todos educadamente, só que quando ele se depara com Misaki ele corre e se aproxima dela segurando em sua cintura e começa a fletar com Misaki.
– Oras mas que garota linda temos aqui. - sua voz muda pra um tom mais sedutor.
Enzo, Andreas e Yagura ficam em choque ao ver que o mestre Ebalon estava dando em cima de Misaki. A mesma começa a ficar com vergonha e a gaguejar.
– Qual e seu nome minha querida. - diz abraçando-a forçando seu corpo contra o dele.
– M...Mi...Misaki. Me chamo Misaki. - diz com as bochechas coradas em um tom de vermelho forte.
– Mais que nome lindo você tem. - segura o queixo dela. – Seus olhos pretos são lindos como o grande vazio em minha alma esperando pra ser preenchido.
– Hurrum... - força a fadinha. - Vamos Eb não e hora pra isso seu galanteador barato. - diz a fadinha puxando a orelha do guardião e forçando ele até Enzo que astava ali tentando entender a situação constrangedora.
– Você é chata Lincy. - afirma o mestre. – Um homem da minha idade precisa se ajeitar algum dia.
– Você tem mais de 3 mil anos. Esperava oque? - rebate Lincy e o mestre bufa. – Ande precisamos ir se não conto pro Solace que aquela vez foi você que comeu o pudim dele.
– Aaahhh. Ok ok. - se assusta com a anexa da fadinha. – Bom aonde paramos Enzo? Assim tó o fragmento elemental do vento.
Ebalon entrega o fragmento para Enzo que simplesmente ainda não sabia o que dizer sobre o comportamento do guardião.
– Mas. Espera! - grita Enzo. – Você vai entregar assim de mão beijada o fragmento do vento? - pergunta direitamente ao mestre.
– Claro. E que geralmente ninguém passa nos dois primeiros desafios. - o mestre ri. – E tambem já sei oq irá acontecer daqui em diante, Lincy tem uma habilidade de preve o futuro então sei que voce merece o fragmento Sr. Belserion.
Enzo então entende finalmente o que o mestre diz e também entende que os guardiões não são todos iguais como ele pensava.
– Agora precisamos ir. - Ebalon diz batendo palmas como se estivesse tirando sujeira das mãos.
– Mas antes eu quero te dizer uma coisa Enzo. - Lincy se aproxima dele. – Cuidado com as trevas em seu coração. - diz a fadinha com um rosto sérios quebrando totalmente o clima descontraído que ali estava, mas logo da um sorriso leve e um beijo na testa de Enzo. - Agora tenho que ir tchauzinho.
Então o fragmento do vento que estava na mão de Enzo começa brilha intensamente com uma luz vender clara forte fazendo assim Ebalon e Lincy desaparecer e assim tomando a cor fosca sem brilho que nem os outros dois fragmentos.
– Errr.... O que foi isso? - pergunta Yagura sem entender.
– Eu sinceramente não sei... - diz Enzo que olha pra traz e vê Misaki ainda com vergonha e toda sem jeito depois da cantada que recebeu de Ebalon.
Andreas então diz que está ficando tarde e que precisavam voltar para o palácio. Todos acenas com a cabeça menos Misaki que ainda estava em choque.
– Ela realmente tinha gostado do mestre. - afirma Yagura num tom de brincadeira.
Então Yagura, Misaki e Enzo seguem na frente para o palácio deixando Andreas um pouco mas pra traz que então começou a pensar no que Lincy tinha dito.
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