[ 𝄂𝄂𝄂𝄂 ] CAPÍTULO VINTE E UM.
〢 ⸺ FACTION GHOSTS.
[CAPÍTULO VINTE E UM]
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Thalia encarava Aris — que estava sendo cuidado por Sonya — pensativa, mais cedo após tirarem os adolescentes resgatados do vagão ela ouviu o discurso de Vince sobre darem o fora dali, irem para longe do CRUEL em uma contagem de dois dias.
De fato, eles iriam embora de navio para longe daqueles que tentavam levar os jovens para experimentos cruéis, e a ruiva sabia disso e concordava em os manter protegidos.
Pois ela sim sabe como é passar pelo inferno nas mãos daquele grupo maníaco.
Mas ainda sim, ela pensava em Minho — assim como Thomas —, e não iria o deixar para trás, nem que ela tenha que ficar e ver os outros irem embora.
— Demoraram pra nos resgatar. — disse o loiro irônico, parecendo bastante exausto visto que seu rosto estava completamente marcado por cortes e hematomas.
— É bom te ver também. — sorriu o moreno. — O que aconteceu?
— Eu revidei. — ele respondeu. — Tentei, pelo menos.
— Deram sorte de nos achar. — Sonya falou. — Não paramos no mesmo lugar. Parecia que algo grande ia acontecer.
— Sabe pra onde estão indo? — foi a vez da ruiva perguntar agora.
— Eu só sei que ficavam falando de uma cidade. — respondeu o garoto deixando todos surpresos pelo fato de ainda ter restado uma.
— Pensei que não tivesse sobrado nenhuma. — Harriet comentou.
— Porque não sobraram. Não de pé, pelo menos. — respondeu Brenda que estava em um canto de braços cruzados.
— Esperem. Mas e o Minho? — Atlas questionou. — Por que não estava no trem?
— Lamento informar, Atlas. Ele estava. — o garoto respondeu com um olhar baixo.
A adolescente respirou fundo cruzando os braços agora ajeitando sua postura assim que recebeu um olhar de Thomas.
A noite havia caído e o grupo estava em uma sala decidindo um plano, o de cabelos escuros colocou um mapa em cima da mesa e apontou em uma localização do papel amarelado.
— Aqui! É isso. — mostrou a Vince. — Centenas de quilômetros. Pelas ferrovias e tudo que o Aris contou, é pra lá que estão indo. É pra onde vão levar o Minho. Levamos todos que podem lutar. Vamos por estradas onde der. Voltamos em uma semana.
— Uma semana? — questionou o adulto. — Levamos seis meses pra chegar aqui. Temos mais de 100 crianças agoras. Não podemos ficar aqui pra sempre depois do que aprontamos. Quer sair vagando até um ponto aleatório do mapa. Nem sabe o que tem lá.
— Eu sei. — Jorge falou de longe agora se aproximando. — Faz alguns anos, mas estive lá. A Última Cidade. É como o CRUEL chama. É a base de operações deles. Se a cidade ainda estiver de pé, é o último lugar que quer ir, irmão. É a toca do leão.
— Não é novidade pra nós. — interferiu Thalia se aproximando.
— Com meses de planejamento, informações confiáveis, o elemento surpresa... Não temos nada disso. — explicou o de cabelos médios.
— Vince, eu e a Thalia pensamos bem. — começou o garoto.
— Quer me ouvir? Quando não me preparei, eu perdi tudo. Vocês se lembram? — o mais velho aumentou o tom de voz chamando a atenção do jovem.
Alguns segundos de silêncio se instalou naquele cômodo, a menor mordeu o próprio lábio pensativa ao lembrar do dia e lembrar dos acontecimentos, Mary e Minho.
— Sei que é o Minho, falou? Mas não me peçam para colocar as crianças em risco por um homem. — apontou o dedo para ambos. — Não vou arriscar.
A ruiva suspirou fundo endireitando sua postura, porém antes que ela pudesse dizer algo que iria contra o que o homem disse algo soou no rádio.
— Dando busca no perímetro. Setor A completo. Vasculhando setor B.
— Merda, as luzes! — Thalia alertou indo para fora do local junto de Thomas e Vince, aos poucos eles viram a iluminação do local ao redor se apagar por completo.
Sons de aeronaves se aproximaram e de longe puderam ver helicópteros do outro lado iluminando os locais abaixo de si.
— Estão chegando cada vez mais perto. — avisou o adulto.
— Tem razão. — a adolescente concordou. — Não podemos ficar aqui.
Ela sentiu a mão do mais velho em seu ombro tentando passar conforto para a mesma. Há alguns segundos ela iria o contrariar e defender Minho, mas ao ver que estavam prestes a ser descobertos a mesma pensou racionalmente e percebeu que não poderia arriscar mais vidas. Não poderia carregar mais culpa em suas costas.
Ela encarou Thomas que parecia pensar a mesma coisa, ele continuou ali mesmo que o homem tenha ido embora.
Já era de madrugada e todos estavam dormindo no acampamento, mesmo pensando bastante, os dois adolescentes chegaram em um plano no qual salvariam Minho sozinhos. Mesmo que aparentasse ser impossível.
Ambos saírem em silêncio com suas mochilas passando pelas pessoas que dormiam nas redes tentando passar sem causar nenhum alarde ou acordar alguém ali.
Enquanto andavam em direção ao carro que estava no próximo cômodo, os dois pararam no instante em que ouviram uma voz familiar no escuro.
— Aonde pensam que vão? — eles olharam na direção da origem do som e viram uma luminária ser acesa em cima da mesa revelando Atlas e Newt.
— Gente... — Thomas suspirou.
— Sem sentimentalismos. — começou um dos loiros. — Nos convidamos. Andem logo.
— Não. Não dessa vez. — a ruiva negou com a cabeça se aproximando deles.
— Ela tá certa, mesmo achando o Minho, nada garante a nossa volta. — completou o moreno se aproximando também que continuavam a andar até o veículo.
— Vão precisar de toda ajuda possível, né? — indagou Atlas abrindo a porta do motorista revelando Caçarola dentro do carro assim que a luz do mesmo fora acesa.
— Eu não acredito... — murmurou a adolescente soltando uma risada nasal.
— Começamos isso juntos, podemos muito bem acabar juntos. — Newt sorriu.
— Tá bem. — a jovem se deu por convencida assentindo com a cabeça com um sorriso no rosto. — Vamos resgatá-lo.
— É isso aí! — o que iria dirigir o carro comemorou em um tom pouco alto.
— Shh. — os quatro falaram em uníssono e riram após o garoto se desculpar.
— Vamos antes que acordem agora e sintam nossa falta. — o de cabelos escuros avisou.
O grupo animou-se assim que entraram no carro, felizes por irem salvar o amigo, logo o adolescente deu a partida entrando na estrada que ainda estava escura.
O quinteto seguia pela longa rua enquanto Thomas estava no passageiro observando o caminho através do mapa.
Eles haviam passado por uma placa na qual avisava que havia uma verificação de infecção há uns três quilômetros de onde estavam, o que levava até um túnel no qual do lado de fora havia diversos carros abandonadas e coisas enferrujadas.
Os adolescentes pararam o veículo na entrada do lugar complemente escuro, Thalia soltou um suspiro e cruzou os braços em seguida.
— Querem que a gente entre ali? — Newt indagou. — Não quero parecer pessimista, mas, se eu fosse um Crank, é ali que eu estaria.
— Ele tá certo. — Atlas concordou.
— Acho que não temos escolha. — Thomas falou observando o mapa em mãos.
— Beleza. Eu vou na frente. — o loiro avisou e voltou para o veículo.
Caçarola franziu o cenho e após isso respirou profundamente antes de voltar junto dos outros para o automóvel.
Já dentro do carro, o moreno dirigiu para dentro do túnel iluminando aos poucos com o farol do auto e também com as lanternas que foram acesas pelos jovens.
— Aqui vamos nós. — disse o que dirigia.
— É só ir devagar. — Atlas aconselhou enquanto iluminava ao redor com a luminária. — Ei...
Logo o garoto freou rapidamente assim que eles avistaram um Crank em pé mais à frente encarando o veículo.
— Tudo bem. É só um. — comentou Thomas. — Vá devagar e contorne. Vamos nos safar.
— Devagar. — Caçarola repetiu a si mesmo.
Atlas desligou a lanterna e subiu a janela ao seu lado fechando a mesma; A ruiva suspirou fundo encostando-se no banco até que seu corpo pulou e um grito baixo saiu de seus lábios ao ver uma mulher do lado de fora encostada na parte externa ao seu lado.
— Por favor. — pedia ela tentando abrir a porta. — Me ajuda.
— Thalia. — Thomas a chamou puxando para mais perto até que ele se assustou também ao ver um Crank na porta ao lado de Newt.
— Caçarola, vamos! — a adolescente mandou.
— Vai! — o loiro exclamou.
Assim que o moreno deu a partida, um Crank se jogou no capô do carro subindo no mesmo e socando o painel.
— Droga! Se livra dele! — o de cabelos escuros mandou vendo o amigo dirigir descontroladamente devido a criatura tapar sua visão.
— Estou tentando! — ele retrucou jogando o monstro com o carro para o lado fazendo o mesmo socar a janela ao seu lado.
Em seguida, o garoto bateu a criatura contra a lateral de algo metálico no caminho o que o fez largar do veículo.
— Cruz credo! — o adolescente murmurou olhando para o loiro ao seu lado. — Essa foi por pouco, né?
— Cuidado! — Atlas gritou para o amigo olhar para frente assim que viu vários barris no caminho.
Antes que o garoto pudesse pensar, o carro bateu contra os objetos de metal fazendo o automóvel capotar ficando de cabeça para baixo.
Conforme eles se mexiam dentro do mesmo, podiam ouvir os ruídos de cacos de vidro que estavam espalhados por toda a parte.
Thalia começou a tossir sentindo seu corpo inteiro dolorido junto dos outros, o de cabelos escuros rapidamente chamou por ela tocando o braço da garota.
— Tudo bem? — questionou a checando. — Se machucou? Está sentindo algo?
— Calma, eu tô bem, Thomas. — ela resmungou devido a sensação pouco dolorosa em sua cabeça. — E você?
— Eu estou bem. — respondeu desviando o olhar para os amigos. — Todo mundo bem?
— Minha mão. — o moreno reclamou. — Minha mão!
— Caçarola, proteja os olhos! — Thomas avisou para o amigo antes de quebrar o vidro da janela.
O de cabelos escuros rastejou para fora junto de Newt e Thalia, até que eles viram que o moreno estava preso já que batia contra a porta falando que ela estava emperrada.
— Calma. Pelo outro lado. — o loiro avisou vendo que não teria como ele sair por ali.
— Estou tentando sair! — Atlas chutou a porta saindo do carro enquanto tossia.
O de cabelos claros rapidamente foi até o garoto e o ajudou a se levantar vendo o mesmo, logo começou a checá-lo que repetia várias vezes estar bem.
O moreno finalmente tirou o amigo de dentro do carro que tossiu um pouco antes de murmurar um "obrigado".
— Caçarola, tudo bem? — a ruiva indagou, até que ela se virou rápido junto dos outros ao ouvir gritos dos Cranks. — Caçarola, temos que ir!
Eles viram o moreno entrar no veículo novamente procurando por algo enquanto o monstro que estava ali começava a se aproximar deles.
— Espera um pouco! — pediu o moreno.
— Temos que sair, rápido! — apressou a adolescente.
Assim que a criatura se aproximou ainda mais da garota, o jovem saiu de dentro do carro e atirou com a escopeta contra a cabeça do Crank o fazendo cair no chão.
— Boa mira. — Thalia elogiou tocando o ombro do amigo.
— Valeu. — ele agradeceu dando um sorriso.
Logo mais criaturas começaram a aparecer o que fez com que os adolescentes dessem as costas e começassem a correr para fora do túnel, mas pararam no mesmo instante ao verem mais um
bando há alguns metros.
— Cuida deles? — indagou Thomas para Caçarola que assentiu atirando para ambos os lados.
Eles formaram uma espécie de círculo vendo o que estava armado atirar de um lado para o outro sem parar, o que irritou ainda mais os Cranks que se aproximavam com rapidez.
— Acabou! — avisou.
— Merda. — murmurou a ruiva.
Já quase aceitando o destino final, o grupo ouviu um barulho de motor se aproximando revelando assim um carro grande atropelando algumas criaturas antes de parar ao lado deles.
— Entrem aqui! — Pandora mandou enquanto atirava nos monstros junto de Brenda.
— Vai! — Thalia mandou entrando junto dos quatro.
Jorge deu a partida passando em cima dos Cranks até chegar na saída do túnel, a cacheada entrou novamente no veículo e deu um sorriso virando-se para os cinco junto da amiga.
— Estou impressionado! — Jorge comentou. — Vocês duraram quase um dia todo.
— Tudo bem? — Thalia olhou todos que assentiram.
A ruiva olhou os olhares de repreensão das duas garotas que negavam levemente com a cabeça.
— Quem é vivo sempre aparece. — ironizou a de cabelos médios.
— Você sentiu minha falta que eu sei. — falou a menor soltando uma risada baixa.
— Desculpa. Não quisemos envolver vocês nisso. — lamentou Atlas. — Mas obrigado por nos salvar.
— Por nada. — as duas falaram em uníssono.
— Não vão tendo esperança. — comentou o mais velho. — Aquela vistoria era a última defesa da cidade. Se ela foi tomada, é provável que a cidade também.
— A não ser que tenham dado outro jeito de manter os Cranks fora. — comentou o de cabelos loiros olhando pela janela o que fez todos olharem também.
Jorge freou no mesmo momento e o grupo desceu do veículo observando a grande cidade totalmente protegida por um enorme muro que a rodeava.
— Engraçado... Passamos três anos presos tentando escapar dos muros. Agora queremos invadir. — Newt riu.
— Hilário. — Caçarola brincou.
— Como entramos? — Thomas indagou olhando o adulto.
— Não olhe pra mim, irmão. — o mais velho riu nasalmente. — Esses muros são novos. Acho que é a resposta do CRUEL pra tudo.
— Não vamos descobrir parados aqui. — Brenda cruzou os braços.
A ruiva suspirou em seguida ainda observando o enorme local parecendo bastante tecnológico — mesmo que visto de longe — enquanto os outros entravam no carro.
Ela não sabia ao certo se era ali na qual passou a maior parte de sua vida após entrar no CRUEL, não sabia se era ali onde conheceu e perdeu Lizzie.
A mão da menor foi até a cicatriz escondida pela manga do casaco jeans e apertou levemente o local ainda encarando a paisagem.
— Acha que ele está lá? — Thomas indagou se aproximando.
— É isso que vamos descobrir. — a garota respondeu sem desviar o olhar.
— Sabe que ela pode estar lá, né? — a lembrou meio receoso da reação da mesma.
— Eu espero que esteja. — Thalia finalmente encarou o moreno e após isso deu as costas entrando no veículo novamente.
Brenda e Pandora ficaram em um completo silêncio junto de Jorge quando a menor entrou no automóvel, o que comprovou o pensamento de que ali era o lugar no qual ela denominou como: "o inferno na Terra".
Bem, sendo esse o lugar ou não, a raiva que ainda sentia pelas pessoas que a torturam e que agora devem estar fazendo o mesmo com o seu amigo não mudou nada.
Ela torcia para que todos que fizeram mal à ela estejam lá, especificamente Teresa e Janson.
▌QUEBRE TUDO THALIA MEU AMOR
▌Oi oi vidocas, como vão?
▌O que acharam do novo capítulo? Espero muito que tenham gostado!
▌E essa cena do túnel hein KKKKKKK aí aí, alguém vai morrer e não achem que pode ser o atlas ou o newt, porque escritos por mim pode ser qualquer um
▌E a thalia torcendo para que a teresa esteja lá? O que deve estar passando na cabeça da nossa katniss ruiva? Veremos nos próximos capítulos!
▌Desde já queria agradecer as 30 mil leituras, 4 mil votos e 10 mil comentários, saibam que estou muito feliz! Muito obrigada mesmo!
▌Enfim meus amores, até o próximo! Beijos!
▌Votem e comentem, se puderem, por favor! Isso me incentiva muito a continuar escrevendo!
all the love, yas
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