〢 ⸺ FACTION GHOSTS.
[CAPÍTULO VINTE E DOIS]
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Após uma longa caminhada, o grupo havia chegado do lado de fora dos muros onde estava com diversas pessoas amontoadas ali, alguns indo em direção a entrada da fortaleza onde estava localizado o CRUEL.

— Isso aqui virou um inferno. — Jorge comentou.

— Vamos ficar juntos. — aconselhou Thomas.

Enquanto andavam entre a multidão, o grupo se virou ao ouvir uma voz grave soando perto deles.

— Somos a voz dos sem vozes. Eles se escondem atrás de muros pensando que podem manter a cura pra si mesmos enquanto veem o resto de nós murchar e apodrecer! — a voz vinha do alto-falante de um homem em cima de um carro, no qual havia diversas pessoas mascaradas. — Mas há mais de nós do que deles.

Thalia encarou um homem de máscara que passou a observando com atenção, o que a fez franzir o cenho em seguida. Mesmo com o veículo indo embora, quem estava ali ainda os olhava como um tipo de obsessão.

— Você viu também, não é? — Thomas perguntou se aproximando da ruiva.

— Aham, mas não deve ser nada. Vamos. — ela tocou o braço dele e voltaram a andar.

Antes que pudessem dar mais passos, os mesmos pararam ao ouvir um som de aeronave e assim que levantaram o olhar puderam ver helicópteros e um Berg passando por cima deles.

O braço do moreno passou pelo ombro da garota aproximando a mesma deles, agora caminhando juntos do grupo até a origem das diversas vozes que gritavam para entrar.

— É ali. É a nossa entrada. — apontou o de cabelos escuros.

Thalia olhava ao seu redor vendo as pessoas parecendo furiosas protestando para entrarem no lugar, punhos levantados no ar e suas vozes estavam em um tom alto.

Por um momento, aquilo pareceu acender um pouco de esperança dentro de si. Uma revolta iniciada pelos esquecidos do outro lado.

— Esperem! Não é isso que vocês procuram. — o mais velho impediu os jovens. — Todos atrás de uma entrada, e vocês vão achar o que não conseguiram?

— Viemos até aqui. Não vamos desistir agora. — o moreno retrucou sério.

Eles deram continuação na caminhada ficando na linha de frente observando os enormes muros e pessoas jogando pedras no caminho vazio que dava para o grande portão.

— Tem alguma coisa errada. — Pandora alertou.

A ruiva observava a sua volta frequentemente, fascinada pelo movimento que estava ocorrendo ali, ver punhos cerrados no ar gritando contra aqueles que os deixaram ali.

Enquanto estava perdida observando a situação, a garota se assustou quando Atlas e Newt a segurou junto dos outros.

— Gente, temos que ir agora. Vejam. — um dos garotos apontou para um dos homens mascarados que caminhavam na direção deles.

— Tem mais ali. — a cacheada apontou com o queixo para outros mascarados que se aproximavam empurrando as pessoas.

Jorge puxou sua pistola da cintura ficando em posição de alerta, mas antes que pudesse fazer algo, um som atraiu atenção de todos que se viraram no mesmo instante olhando para cima dos muros.

— Que merda? — a adolescente franziu o cenho vendo armas sendo ativadas e miradas na direção deles.

— Melhor irmos. — Caçarola avisou assim que uma gritaria vinda da multidão começou.

As pessoas corriam recuando do lugar e antes que pudessem raciocinar sobre o que estava acontecendo, bombas foram disparadas na direção deles fazendo com que os mesmos começassem a correr.

— Fujam! — o adulo mandou.

Enquanto corria junto do grupo, a ruiva ouviu uma gritaria infantil em meio aos bombardeios disparados contra eles, a mesma parou no exato momento e olhou para atrás de si vendo um pedaço de concreto em cima de um garotinho que estava no chão chorando.

— Mãe! — ele gritava de desespero enquanto tentava se soltar.

Thalia arregalou os olhos e correu na direção do menor, não esperando nem mesmo dois segundos. Por um lado ela foi na direção dele para o salvar sentindo o desespero vindo da criança, por outro, ela lembrou de Chuck assim que observou os olhos assustados do menino.

— Thalia! — Thomas gritou pela garota junto dos outros, agora correndo na direção da adolescente que sumia em meio a fumaça.

— Eu estou chegando! — a ruiva avisou ainda ouvindo os gritos desesperados do garoto.

Assim que o mesmo a olhou, com o olhar cheio de lágrimas devido ao medo e angústia, ele se tranquilizou percebendo que viria alguém para o salvar. Porém, o corpo da garota foi jogado no chão por alguém, outra bomba fora disparada e a mesma sentiu o impacto em seu rosto a fazendo tossir junto do moreno ao seu lado.

— O que você tá fazendo?! — o garoto perguntou alto, mas na percepção da garota, sua voz estava aguda e malmente conseguia ouvir o que ele dizia.

A menor sentou-se no chão por alguns segundos, agora sendo levantada por Thomas que tentava a puxar pelo braço percebendo o estado paralisado da companheira.

Ela viu a fumaça pairar sobre o lugar onde o garoto estava preso enquanto era arrastada, e assim que começou a evaporar pelo ar a mesma viu que nada havia restado ali.

— Vamos! — a voz do moreno voltou a se tornar alta novamente.

As orbes azuis — agora querendo inundar pelas lágrimas salgadas — encararam o garoto que suspirou fundo negando levemente com a cabeça.

A jovem deu uma última olhada para o lugar e correu junto do garoto até uma passagem onde o resto do grupo entrava, assim que eles chegaram Thomas e Thalia foram separados por homens de máscaras.

— Thomas! — a menor gritou.

— Thalia! Porra, me solta! Thalia! — ele chamou por ela tentando reagir aos mais velhos.

A ruiva fora jogada dentro de um furgão juntamente de Caçarola, Newt e Jorge, o adulto agora gritava pelas duas garotas que foram separadas dele.

— Eu vou matar você! Cadê elas?! — ele avançou no mascarado que havia ali socando seu rosto enquanto os três jovens ficavam em um canto observando tudo.

— Jorge! — a adolescente o chamou tentando fazer com que ele parasse mas era quase impossível, ele parecia cego pela raiva.

— Não façam nada. — o loiro puxou a amiga para perto dele e do moreno.

— Que merda... — o outro adolescente murmurou assustado.

Finalmente o veículo havia parado, vozes foram ouvidas do lado de fora do automóvel, antes que pudessem abrir a porta a mesma já havia sido aberta por Jorge que jogou o homem que socava no chão abrindo a mesma, logo ele subiu em cima do mesmo — sem máscara no momento — desferindo mais e mais socos em sua face ensanguentada.

— Para! — os três desceram ouvindo as vozes das duas garotas que foram até o mesmo. — Estamos aqui.

O adulto saiu de cima do homem que fora puxado pelos companheiros agora indo na direção deles, se não fosse por um deles que os impediu.

— Thalia! — Thomas foi até Thalia e a abraçou com força.

— Calma. Estamos todos do mesmo lado. — uma voz quase familiar soou chamando a atenção deles.

— Como assim do mesmo lado? Quem é você? — o moreno indagou sério se aproximando agora.

Alguns segundos silenciosos se instalaram ali, todos em um completo estado de confusão e curiosidade querendo saber quem estava por trás da máscara, até que o garoto de cabeça raspada tirou aquilo que cobria seu rosto encarando o grupo.

Os olhos de alguns que antes eram da Clareira arregalaram-se ao ver o velho garoto ali.

Gally.

Mas como? Como ele podia estar vivo? Vimos uma lança cravar em seu peito, pensou Thalia.

— Oi, fedelho. — falou.

— Gally? — Thomas franziu o cenho.

— Não brinca. — Caçarola murmurou.

O moreno correu na direção do garoto acertando um belo soco em seu rosto o que o fez cair no chão, agora subindo em cima dele pronto para desferir mais ataques sobre sua face.

Porém foi impedido por  Atlas que correu na direção do garoto segurando o punho dele que estava pronto para acertar o adolescente.

— Calma! — o loiro disse.

— Ele matou o Chuck. — retrucou sem tirar os olhos do neutro ofegante embaixo de si.

A garota cerrou os punhos olhando o mesmo caído no chão o que fez sua respiração pesar. A única coisa que se passava por sua cabeça era Chuck. Aquele dia e aquele momento.

E a lembrança só piorou quando ela presenciou o menino ser bombardeado há alguns minutos atrás.

— É, eu sei. Eu me lembro. Eu também estava lá. — tentou o acalmar. — Também me lembro que ele foi picado e estava meio pirado.

Finalmente a ruiva lembrou-se do que viu no momento enquanto encarava Gally, a mão que segurava a arma tremia constantemente, e no momento uma hipótese passou por sua mente. Ele estava sendo controlado.

— Não culpe ele. — a menor suspirou se aproximando recebendo o olhar do loiro no chão, aparentemente confuso pela defesa. — Sabe que não é culpa dele, Teresa havia dito isso para nós.

Thomas escutou atentamente a companheira e bufou se afastando rapidamente do jovem agora o encarando com raiva.

— Eu meio que mereci. — murmurou o garoto passando a mão pela mandíbula. — Mais alguém? Thalia?

Ele encarou a ruiva que suspirou fundo, mesmo entendendo o lado de que ele não havia tido culpa, era meio complicado esquecer o que havia acontecido.

— Conhecem esse cara? — Jorge indagou quebrando o silêncio.

— Era um velho amigo. — Caçarola suspirou.

— Como? — Newt questionou. — Como é possível? Vimos você morrer.

— Não, me deixaram pra morrer. — corrigiu. — Se não tivéssemos achado vocês, já estariam mortos. O que vieram fazer aqui?

— Minho. — a adolescente contou. — O CRUEL prendeu ele aqui. Queremos achar uma entrada.

O loiro soltou um suspiro analisando mentalmente a situação e a gravidade dela, agora assentindo com a cabeça.

— Eu posso ajudar vocês. — disse. — Venham comigo.

— Não vou a lugar nenhum com você. — o de cabelos escuros hesitou.

— Você que sabe. — deu de ombros. — Mas eu ponho vocês do outro lado do muro.

Thalia se aproximou do companheiro e o agora tocando o seu ombro o que fez ele a encarar, no mesmo instante a ruiva assentiu com cabeça tentando passar confiança.

— Não podemos desperdiçar essa chance. Minho precisa de nós. — ela murmurou. — Lembre-se de quem deve ser culpado por isso.

Por alguns segundos, o adolescente continuou hesitante mas então o mesmo resmungou e assentiu com a cabeça.

▌Oi oi meus amores, como vão?

▌O que acharam do novo capítulo? Espero muito que tenham gostado!

▌Alguém pegou a referência de Jogos Vorazes? KKKKKKKKK aí aí

▌Bem, amores, nosso querido (agora) gally está vivo sendo um divo no momento após mudar seu pensamento! Quero sim amizade dele com a thalia viu, agora ambos concordam sobre a teresa KKKKKKKK

▌Viram? Assim como o thomas acalma a thalia, ela também acalma ele. Amo esses dois!

▌Bem amorecos, estou super ansiosa para vocês lerem o próximo capítulo, teremos uma conversa com uma frase SUPER interessante, fiquem atentos!

▌Enfim, até o próximo capítulo! Beijos!

▌Votem e comentem, se puderem, por favor!

all the love, yas