[ 𝄂𝄂𝄂𝄂 ] CAPÍTULO UM.
〢 ⸺ FACTION GHOSTS.
[CAPÍTULO UM]
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Após a queda do mundo, já era de se esperar que muitos que conseguiram sobreviver a catástrofe e o vírus que provocou a extinção de metade da humanidade seriam completamente destruídos mentalmente.
Um novo sistema — organizado pela junção dos governantes do mundo — fora posto no que a Terra se transformou, aqueles que estavam no topo eram os superiores e quem estava abaixo eram os que mais sofreriam sem nenhum recurso naquele apocalipse. Os que não eram importantes aos olhos do sistema.
Através de muitos estudos, os cientistas descobriram que as crianças eram imunes ao Fulgor e por isso eram levadas pelo CRUEL sendo retiradas de suas famílias.
Aqueles que foram levados praticamente tiveram que criar uma nova vida, uma nova identidade, foi como uma lavagem cerebral, muitos não se lembravam muito bem quem eram antes de tudo acontecer e outros não lembravam-se do seu verdadeiro nome antes de ser substituído pelo o de batismo dado pela organização.
Os mais novos passavam por diversas atividades naquele lugar, muitos eram treinados desde novos para se tornarem cientistas e funcionários importantes da formação e outros serviam de "cobaias" para que pudessem achar uma cura.
Thalia foi uma das crianças escolhidas a ser treinada para ser uma cientista e ajudar com relação a achar uma cura depois que fora muito bem avaliada neurologicamente.
O que ninguém previa era que o objetivo do CRUEL começasse a ser totalmente outro, desesperados em relação a terem falhado miseravelmente atrás de uma cura e com receio do fim da organização, eles criaram testes que começariam em um labirinto para verificar as reações cerebrais dos jovens em determinadas situações extremas.
Por muito tempo a ruiva serviu no CRUEL — mesmo que com um pé atrás — em questão de mandar os adolescentes para um lugar distante de onde estavam, no meio do deserto por longos anos.
Mas então, de repente tudo desandou no sistema e foi aí que a garota finalmente percebeu que as ordens dadas eram terríveis e desumanas, decidida em rebelar-se contra aqueles que estavam no topo apenas os orientando.
Ela percebeu que estava sujando as mãos de sangue pelos superiores. Enquanto as suas estavam completamente sujas as deles estavam limpas, assim como suas consciências.
Entretanto, tudo ocorreu muito rápido antes que Thalia pudesse fazer alguma coisa contra tudo que antes ela era obrigada a acreditar. Em um curto período de tempo o seu mundo ficou escuro e tudo que ela havia vivido antes fora completamente apagado.
Poderia se dizer que isso era tudo que ela se lembraria se suas memórias não tivessem sido deletadas de sua mente.
Os olhos da garota abriram-se imediatamente quando um barulho estranho começara a soar a sua volta, era como se ela estivesse em um elevador. E estava certa.
O ar que estava preso dentro de seus pulmões finalmente saíram, Thalia precisou de um tempo para raciocinar o que estava acontecendo, as luzes frias a sua volta iluminavam bem pouco a caixa feita de metal em que ela estava conforme a mesma subia.
A ruiva olhou para cima e então tentou achar alguma saída, a mesma subiu em cima de uma caixa e bateu contra a grade diversas vezes gritando por ajuda.
No mesmo instante ela percebeu que estava se aproximando cada vez mais de uma luz vermelha no teto, antes que ela pudesse pensar em qualquer coisa a caixa parou bruscamente fazendo seu corpo desequilibrar-se da caixa e cair contra o piso enquanto um alarme soava a sua volta.
A luz que antes estava vermelho tornou-se verde e tudo ficou escuro, a única coisa que ela conseguia escutar neste momento era sua própria respiração ofegante.
Quando tudo cessou até mesmo o seu respiramento que aliviou-se algo foi aberto e a luz solar invadiu a caixa em que a garota estava, o contato com o clarão sem nenhum aviso fez com que incomodassem seus olhos agora tampados por sua mão.
Quando ela começou a se acostumar com a claridade pôde ver dezenas de garotos a encarando no topo, eles estavam rodeando a caixa observando a jovem com uma certa surpresa.
O desconforto e o medo percorreu por seu corpo inteiro quando ela olhou aqueles meninos, e ela não estava errada, uma mulher estar rodeada por homens estranhos com certeza é o seu pior medo e é motivo para qualquer uma entrar em completo estado de pânico.
— Uma garota? — a voz masculina soou completamente surpresa.
Pela confusão e a curiosidade de todos, Thalia pôde perceber que era a única garota dali. O que tornou tudo ainda mais amedrontador.
— Acho que Newt seria um dos mais apropriado nesta ocasião, Gally quase matou Thomas quando ele chegou aqui. — ironizou um garoto loiro de cabelos curtos.
Desorientada com tudo aquilo, assim que o primeiro garoto de cabelos claros desceu a sua reação foi recuar imediatamente.
— Calma, eu não vou machucar você. — a voz suave tranquilizou um pouco a garota, mas não a fez abaixar totalmente sua guarda.
Ela estava cheia de perguntas, sua cabeça doía de tanto que tentava se lembrar o que havia acontecido para que ela acabasse ali.
— Eu entendo que esteja assustada, ok? Mas você precisa sair daqui. — ele continuou agora estendendo sua mão.
A ruiva encarou a mão dele e então segurou logo se levantando, alguns dos garotos ofereceram ajudar para a tirar dali erguendo seus braços.
O jovem que estava na caixa com ela a ajudou a sair dali junto com os outros, suas pernas fraquejaram no mesmo momento em que ela pisou no chão tendo suas mãos indo diretamente para a grama esverdeada.
— Por que uma garota? — mais um indagou.
— Será uma prece enviada pelos deuses? — outro questionou de uma forma irônica.
Enquanto a garota encarava o chão verde as diversas vozes masculinas dizendo coisa com coisa invadia sua mente que misturava-se com confusão, desespero e agonia.
Os garotos começaram a rodear a mesma o que a deixou ainda mais assustada e sufocada enquanto o que a retirou de dentro da caixa pedia para que eles dessem espaço para a adolescente respirar.
Assim que ela levantou o olhar pôde encarar um garoto de cabelos escuros que a observava atentamente com o cenho franzido e os olhos um pouco arregalados, parecia que estava mais surpreso que as outras faces dali.
Os batimentos da ruiva aceleraram junto com a sua respiração e seu único movimento foi se levantar empurrando os que a rodeavam e correr para longe dali.
— Olhe Thomas, você tem uma irmã gêmea! Essa vai cair daqui a pouco. — a voz soou de longe seguida de risadas mas a garota não olhou para trás e muito menos deu atenção.
Ela continuou correndo sem rumo algum, o vento fresco batendo em seu rosto e jogando os fios ruivos de seu cabelo para trás conforme sua visão ia de borrada para normal.
Assim que ela conseguiu enxergar melhor o que estava a sua frente e ao seu redor a mesma diminuiu seus passos e parou, mantendo-se equilibrada para não cair no chão.
Uma salva de palmas começou e assim que ela se virou pôde perceber o quão longe estava das dezenas de garotos.
Enquanto regulava sua respiração a mesma observava o que estava a sua volta, não tinha para onde ela correr, o local em que a mesma estava era cercado por muros enormes. Não tinha escapatória.
Ao ser tomada pelo cansaço, Thalia apoiou-se em seus próprios joelhos antes de se sentar no chão agora acostumando-se com tudo que estava acontecendo aliás ela não sabia quanto tempo havia ficado sem mover um músculo.
A ruiva ouviu passos se aproximando da mesma porém ela continuou ali parada e então um homem aparentemente mais velho do que os outros que viu, de pele escura, forte e cabeça raspada estava a sua frente.
— Oi. — ele falou com uma voz tranquila. — E aí, novata? Cansou, foi?
A garota continuou em silêncio percebendo que o homem que estava a sua frente levou a sua quietude como um "sim".
— Ótimo, assim não terei que deixar você no amansador. — ele sorriu e estendeu sua mão.
Cansada de correr e de fazer qualquer outra coisa para sua defesa, a jovem segurou a mão do mais velho e ficou em pé.
— Meu nome é Alby. — ele se apresentou. — Me diga algo sobre você. Quem é você? De onde vem? Qualquer coisa.
Mais uma vez aquela pergunta sobre o que havia acontecido para ela estar ali martelou sua cabeça e a garota negou com a cabeça.
— Nada. — finalmente a voz saiu pelos seus lábios fazendo a pressão em sua garganta se aliviar.
— Seu nome?
— Eu... eu não me lembro de nada. — ela respondeu um pouco assustada e confusa. — Por que eu não consigo me lembrar de nada?
— Tudo bem. — o homem a confortou. — Relaxe. É normal. Foi assim com todos nós, vai se lembrar de seu nome em alguns dias. É a única coisa que nos deixam manter.
— Que lugar é esse? — a jovem indagou.
— Eu vou te mostrar. — Alby sorriu de lado. — Vem.
Ele foi andando e então a garota o seguiu em seguida caminhando ao seu lado, ela viu que os garotos agora não estavam mais reunidos e sim espalhados pelo local nos seus afazeres.
— Comemos aqui. Dormimos aqui. Plantamos nossa comida. Construímos nossos abrigos. A Caixa fornece o que for preciso. O resto cabe a nós. — ele explicou enquanto os dois andavam.
— A caixa? — Thalia perguntou e olhou para o lugar no qual ela se lembrou que havia saído há alguns minutos atrás.
— É enviada uma vez por mês com suprimentos e um Fedelho. O que nos assustou é que neste mês foi você e Thomas, um atrás do outro. — o mais velho disse e a mesma franziu o cenho.
— Quem é Thomas? — ela questionou.
— Aquele ali. — o moreno apontou para o mesmo garoto que estava a encarando com o semblante confuso quando ela chegou.
O tal garoto chamado Thomas estava apoiado numa árvore junto do loiro que havia a retirado da caixa, o de cabelos escuros estava de braços cruzados olhando para a direção da ruiva.
— Pensamos que o conhecesse, ele disse que conhecia você. — o mais velho comentou.
— Não lembro de nada. — Thalia suspirou. — Mas... como assim fomos enviados? Quem nos pôs aqui?
— Não sabemos. — ele deu de ombros.
Assim que a adolescente olhou novamente para onde o recém-chegado estava percebeu que o mesmo caminhava em sua direção junto do garoto de cabelos claros.
— E aí, Alby. — o outro jovem que mancava disse com um sorriso.
— Novata, esse é o Newt. Quando não estou aqui, ele manda. — o homem os apresentou. — E aquele como eu te falei é o Thomas.
O garoto assentiu com a cabeça para a ruiva que continuou o olhando.
— Que bom que o Alby tá sempre por perto. — ironizou o tal Newt. — Correu muito bem, pensei que você fosse cair que nem o Thomas no primeiro dia dele.
O garoto riu fazendo uma risada nasal sair pelos lábios do amigo.
— Você tem cara de que daria uma boa corredora, conseguiu controlar seus membros sem que caísse de cara no chão. — ele riu mais uma vez.
— Como assim "corredora"? — mais uma pergunta fora feita pela garota.
— Tudo o que você quiser saber será respondido com o tempo, aconteceu o mesmo comigo. — finalmente Thomas falou e então Thalia o encarou.
— Ele me falou que você me conhecia, mas o estranho é que eu não sei quem você é. — ela franziu o cenho.
O moreno suspirou fundo e então um silêncio se instalou ali, Alby, para quebrar o silêncio olhou para Newt.
— Quer fazer as honras de apresentar a clareira para a novata? Tenho coisas para fazer. — o mais velho tocou o ombro do jovem.
— Claro, venha. — o loiro levou a garota, no mesmo momento ela olhou para trás uma última vez vendo Thomas a encarar antes de se virar e ir junto do moreno.
A garota continuou o olhando mesmo que ele estivesse de costas para ela mas logo sua atenção foi desviada por Newt que começou a falar sobre o lugar enquanto ambos andavam.
▌Oi amores, como vão? Sejam bem-vindos(as) a fanfic de maze runner!
▌O que acharam do primeiro capítulo? Espero muito que tenham gostado, embora eu estivesse um pouco sem ideia eu amei escrever este capítulo!
▌Relaxem que não vai ser só rosas a fanfic KKKKKKKK só coloquei um capítulo sem muito gatilho para vocês irem se acostumando aos poucos
▌Logo logo a relação dos nossos amados irá começar, preparem-se para discussões, quase morte e outras coisas KKKKKKKKKK brincadeira
▌Enfim, até o próximo capítulos amores! Beijos!
▌Votem e comentem, se puderem por favor! Seus comentários e votos incentivam-me a continuar escrevendo porque assim sei se estão gostando ou não
all the love, yas
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