[ 𝄂𝄂𝄂𝄂 ] CAPÍTULO SEIS.
〢 ⸺ FACTION GHOSTS.
[CAPÍTULO SEIS]
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Os corredores que haviam entrado há algumas horas antes no labirinto estavam na Sede novamente mostrando a Newt e Gally o que encontraram dentro da criatura morta.
— Encontramos isso. Estava dentro de um verdugo. — Thomas disse enquanto o loiro analisava o metal.
— São as mesmas letras dos suprimentos. — ele comentou confuso.
— Quem nos pôs aqui, fez os verdugos também. — a ruiva supôs confiante. — É a primeira pista que encontraram em mais de três anos. Certo, Minho?
— Certo. — ele respondeu.
— Newt, temos de voltar lá. — o novato o encarou. — Quem sabe aonde isso pode nos levar?
O Clareano desviou o olhar para Gally que pelo visto descordava de tudo que vinha dos recém-chegados enquanto tinha seus braços cruzados.
— Está vendo o que eles tentam fazer? — indagou. — Infringem as regras, e tentam nos convencer a abandoná-las. Só as regras nos mantém unidos. Por que as estamos questionando? O Alby teria concordado comigo. Esses mértilas precisam ser punidos.
Ele apontou para os dois e mais uma vez a menor suspirou fundo mordendo a própria língua para não dizer nada e criar uma grande discussão naquele local.
— Quer dizer alguma coisa, Thalia? — o garoto perguntou vendo a inquietação da mesma.
A garota desviou o olhar para ele como se não tivesse prestado atenção em nada do que saia pelos lábios do mesmo.
— Nenhuma, Gally. — ela deu ênfase em seu nome de uma forma desafiadora.
— Tem razão. — o loiro entregou o objeto a Minho antes que o Clareano abrisse sua boca para discutir com a recém-chegada. — Thomas e Thalia infringiram as regras. Uma noite no amansador sem comida.
— Qual é, Newt? Uma noite no amansador? — questionou novamente. — Isso vai impedi-los de voltar lá?
— Não. Não-corredores não entram no labirinto quando bem entendem. Tornemos isso oficial. A partir de amanhã, são corredores. — ele encarou os dois.
— Nossa... — um suspiro de decepção saiu pelos lábios do loiro que se virou pronto para sair.
— Gally...
— Não, Caçarola. — ele empurrou a mão do amigo que tentou o impedir logo se retirando da Sede junto do moreno.
— Obrigada. — a ruiva agradeceu ao de cabelos claros assim como Thomas.
O vice-líder os encarou sem nenhuma expressão no rosto, ele apenas assentiu com a cabeça ainda sério.
Depois do que havia acontecido na pequena reunião, Minho e Atlas adentraram o bosque levando consigo os novos recrutados até um lugar no qual os dois não haviam contado o que era mas parecia ser importante já que estava bastante escondido.
— Aonde nós vamos? — o novato indagou.
— Vocês vão ver. — o corredor loiro respondeu.
Os quatro entraram em uma cabana, os dois recém-chegados observaram a sua volta vendo diversas anotações numéricas nas paredes.
Era óbvio que aquilo havia encantado Thalia que olhava tudo com muita atenção admirando e tentando entender o que havia sido anotado ali.
O asiático então chamou a atenção de todos para si assim que tirou um pano de cima de uma maquete do labirinto sobre a mesa, era o mesmo por completo.
— É o labirinto. — o moreno apresentou. — Inteiro.
— Como assim "inteiro"? Ainda não estão mapeando? — a ruiva perguntou.
— Não há mais o que mapear. — o loiro deu de ombros. — Corremos cada centímetro. Cada ciclo. Cada padrão.
— Se houvesse uma saída, já teríamos achado. — o líder suspirou parecendo descrente em relação a achar uma forma de escapar.
Os olhos da menor vidraram no de cabelos escuros encarando-o sem palavras, ela não conseguia formular nada devido ao espanto.
"Se houvesse uma saída, já teríamos achado", aquela frase rodeou a cabeça da novata que continuava calada.
— Por que não contaram a ninguém? — Thomas questionou.
— Foi decisão do Alby. — ele respondeu. — As pessoas precisam acreditar em uma saída. Mas talvez agora...
Ele pegou o objeto de metal e mostrou para os que estavam ali.
— Talvez agora haja uma chance real. — o mesmo entregou a peça metálica a Thalia que o segurou. — Vejam isso. Há um ano, começamos a explorar áreas distantes. Achamos números nas paredes, das áreas 1 a 8. Funciona assim, toda noite, quando o labirinto muda, uma nova área se abre. Hoje, a área 6 se abriu. Amanhã, será a 4. Depois a 8, depois a 3... O padrão é sempre o mesmo.
— O que tem de especial na 7? — a novata indagou.
— Não sabemos. — Atlas deu de ombros. — Minho disse que quando mataram os verdugos ontem, a 7 estava aberta. Pode ser de lá que eles venham. Amanhã, veremos de perto.
Assustando os quatro que mantiveram-se em alerta, Jeff e Clint entraram na cabana o que fez Minho e Atlas os encararem sérios já que a entrada dos Clareanos que não são corredores naquele local era proibida.
— Vocês não podem entrar aqui. — o loiro avisou sério.
— Desculpe, é que... É a menina. — Clint explicou.
Todos olharam Thomas que franziu o cenho curioso.
— Ela acordou? — ele perguntou.
— Por assim dizer... — Jeff suspirou fundo.
Os seis saíram do lugar e correram até onde todos estavam reunidos em frente a pequena torre na árvore protegendo suas cabeças com alguma coisa, seja uma tábua ou um pedaço de madeira.
— Chuck, o que houve? — Thalia questionou.
— Vocês garotas são incríveis! — ele riu apontando para a mesma que jogava pedras de lá de cima na cabeça dos garotos.
— Me deixem em paz! — gritou jogando mais pedrinhas.
— Olha a cabeça!
— Se jogar mais uma pedra... — Gally apontou o dedo para a morena mas sua fala foi cortada quando a pedra acertou em cheio a sua cabeça o que arrancou uma risada sincera da ruiva.
— Acho que agora Gally pensará direito. — ela sussurrou e então percebeu um sorriso pequeno surgir no rosto do novato ao seu lado.
Logo Thomas se aproximou curioso e a novata foi atrás de braços cruzados querendo ver a situação ainda mais de perto também.
— O que houve? — indagou o moreno.
— Não gostou de nós. — Newt riu.
— Queremos conversar! — o mesmo exclamou mas parece não ter sido ouvido pela recém-chegada.
— Estou avisando! — ela alertou jogando mais uma pedra.
— É o Thomas! — assim que ele se apresentou a garota parou de arremessar os pedregulhos e olhou para baixo. — Eu vou subir, tudo bem?
Os olhos da morena encontraram primeiro com as orbes castanhas do garoto porém assim que ela viu a ruiva a mesma pareceu ter ficado tensa o que a fez sair do campo de visão de todos.
A menor franziu o cenho assim que percebeu a surpresa da garota quando a viu.
— Só eu. — o de cabelos escuros avisou subindo em seguida.
Thalia apenas continuou de braços cruzados o vendo subir e sumir da área de visão dos Clareanos.
— Todas as garotas são assim? — o mais novo tocou o braço da ruiva.
— Não. — ela respondeu rindo. — Bem, não é como se fosse a coisa mais legal do mundo acordarmos com diversos garotos estranhos ao nosso arredor.
O garoto entendeu rapidamente o que ela quis dizer e assentiu com a cabeça concordando com a fala da adolescente.
— O que está acontecendo aí em cima? — Gally indagou depois de um tempo que o moreno subiu e assim viram Thomas.
— Ela vai descer? — Newt questionou.
— Nos deem só um segundo, está bem? — ele pediu calmamente.
Os olhos da ruiva reviraram e o garoto percebeu isso porém não ligou tanto.
Após o pedido todos que estavam reunidos saíram dali voltando aos seus afazeres enquanto sussurravam certas coisas sobre a garota ser louca ou algo do tipo.
— Aquela garota é maluca. — Zart murmurou negando com a cabeça.
Atlas se aproximou da ruiva e tocou o ombro dela chamando a atenção da mesma para si.
— Pareceu que ela conhecia você também. — o loiro comentou. — Você deve ter visto como ela te olhou.
— Talvez ela tenha ficado aliviada por ter uma garota aqui. — respondeu dando de ombros.
Ou talvez a conhecia, por isso ficou tensa. Bem, nem mesmo a jovem acreditava no que havia dito, ela tinha quase 100% de certeza que algo estava por trás daquela garota.
— Acho que em outra vida você bateu em meio mundo. — Minho brincou assim que se aproximou e soltou uma risada nasal.
— Eu também tô começando a achar. — Thalia concordou rindo. — Talvez seja por isso que estou aqui, é meu castigo.
A piada pareceu séria quando saiu pelos lábios da garota mas um riso alto escapuliu do asiático que pelo visto havia achado graça, aliás ele também brincava em alguns momentos severos.
A noite havia caído e agora a ruiva estava com os outros na enfermaria observando o corpo de Alby que tinha sua respiração ofegante há horas, Thomas disse que Teresa falou que achou um tipo de antídoto em seu bolso e que talvez curaria a infecção do líder.
— Nem sabemos o que é. — Newt hesitou. — Não sabemos quem enviou. Nem por que veio com você. Pelo que sabemos, isso pode matá-lo.
— Já está morrendo. — o novato explicou apontando para o moreno que continuava ofegante. — Olhe para ele. Como pode ficar pior? Vale a pena tentar.
— Está bem. — o loiro assentiu depois de alguns segundos pensativo. — Injete.
Ele entregou a seringa para o de cabelos escuros que rapidamente pegou e andou com pressa até o homem na cama.
— Está bem. — ele encarou os outros e antes de injetar os olhos do mais velho abriram, em questão de segundos o mesmo o segurou pela gola da camisa.
— Você não devia estar aqui! Não! — ele gritou, parecia estar com raiva, muita raiva.
— Cuidado! — Newt puxou o recém-chegado tentando tirar o braço do homem dele.
Thalia se aproximou puxando o novato para que ele fosse solto pelo líder enquanto Teresa pegou a seringa e enfiou a mesma no peito do infectado injetando o antídoto no corpo do mesmo o que o fez soltar Thomas e se acalmar, regulando principalmente sua respiração.
— Deu certo. — Jeff suspirou aliviado.
— Daqui para frente, alguém fica aqui, e o vigia o tempo todo. — o loiro ordenou.
— Ei... — todos se viraram para Gally que acabara de entrar na enfermaria. — Escureceu, Fedelhos. Hora de ir.
Eles encararam os dois corredores que logo saíram dali de dentro meio atordoados pelo acontecido.
Eles seguiram o garoto até o amansador em um completo silêncio até que o de cabelos escuros decidiu quebrar o mesmo.
— O que tem contra nós? — perguntou.
— Tudo começou a dar errado quando vocês apareceram. Primeiro o Ben, depois o Owen, o Alby, e agora a garota. Todos viram que ela reconheceu você e pareceu ficar tensa com a Thalia. Aposto que sabem quem ela é. — respondeu sério.
Ele abriu os amansadores e colocou ambos em cada um sem ao menos os olhar nos olhos.
— Gally, sabe que não podemos ficar aqui para sempre, não é? — Thalia o olhou tentando o convencer.
O jovem ficou em silêncio enquanto fechava a porta das duas solitárias e saiu dali ignorando a pergunta da ruiva.
Um suspiro escapou pelos lábios da mesma que se encostou na parede tentando descansar porém alguns segundos depois ela se assustou afastando-se da mesma ao ouvir passos e barulho metálicos se aproximando.
— Quem tá aí, Thalia? — Thomas indagou parecendo em alerta.
— Sou eu. — Chuck os acalmou iluminando ambos os locais mostrando sua figura.
— Desculpe. — o novato suspirou.
— Aqui. Correm melhor de estômago cheio. — o mais novo entregou comida para eles.
— Obrigada. — a ruiva agradeceu enquanto comia.
— Obrigado, Chuck. — o recém-chegado falou em forma de agradecimento.
Enquanto a menor comia, a mesma viu um objeto pequeno nas mãos do garoto e percebeu que ele encarava o mesmo pensativo.
— O que tem aí? — questionou.
Ele se aproximou da luz mostrando o bonequinho feito de madeira que se parecia com a criança.
— Ficou muito bonito. — Thalia elogiou com um sorriso no rosto. — Para que serve?
— É para meus pais. — ele respondeu.
— Conseguiu se lembrar deles? — ela perguntou.
— Não. Mas sei que tive pais. — o mais novo falou. — E onde estiverem, sentem saudades, só não sinto porque não me lembro deles. O que acha que vão encontrar lá amanhã?
— Não sabemos. — Thomas deu de ombros. — Mas se houver uma saída, eu, Thalia, Minho e Atlas vamos achar.
— Toma. — o cacheado entregou a miniatura para a ruiva o que a fez franzir o cenho.
— Por que me daria isso? — ela indagou.
— Não me lembro deles mesmo... Se acharem uma saída, pode dar a eles por mim. Vou deixá-los dormir. — ele se levantou mas antes que saísse a garota o chamou.
— Chuck, vem cá. Me dá a sua mão. — ela ordenou e então o mesmo se aproximou esticando a mão.
A Clareana colocou o boneco na palma da mão do mesmo e fechou logo deixando um beijo nas costas da mesma.
— Quero que você dê a eles. — ela sorriu. — Vamos sair daqui. Todos nós. Eu prometo.
— Certo. — o garoto disse com uma voz inocente e um meio sorriso no rosto. — Boa noite, Lia.
A adolescente sorriu de orelha a orelha assim que ouviu o apelido que fora lhe dado pela criança.
— Boa noite, Chuck.
O cacheado desejou uma boa noite para o moreno do outro amansador que também disse a mesma frase para ele.
A garota respirou fundo e se deitou no chão logo fechando os olhos tentando dormir enquanto os pensamentos invadiam sua mente a atormentando.
O que vinha em sua cabeça era o garoto, apesar de tudo o menor ainda era uma criança e ela iria cumprir a sua promessa.
▌Ok, não sou eu que estou chorando com este final, são vocês
▌Oi oi vidocas, como vão?
▌O que acharam do capítulo? Espero muito que tenham gostado!
▌Tenho tantos pontos aqui mas vou citar dois, a amizade entre thalia, minho e atlas, o trio que brinca num momento sério KKKKKKKKKK amo eles
▌E a relação de irmãos que a lia começou a desenvolver com o chuck, sério, chega me dar dor no coração :(
▌Mas foi isso anjos, espero vocês no sábado! Beijos!
▌Votem e comentem, se puderem! Isso me incentiva bastante a continuar escrevendo!
all the love, yas
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