[ 𝄂𝄂𝄂𝄂 ] CAPÍTULO OITO.

FACTION GHOSTS.
[CAPÍTULO OITO]


Desde o ocorrido na clareira tudo havia mudado, Thomas ainda estava dormindo porém sob o efeito do antídoto que fora lhe injetado quando ele aplicou o veneno do verdugo em si mesmo, por outro lado, Gally havia assumido o comando e estava completamente enlouquecido fazendo a cabeça de todos dali.

Se Alby estivesse lá nada disso estaria acontecendo, bem, era o que Thalia achava.

A ruiva e o grupo dos que estavam do lado do moreno encaravam o mesmo que estava no amansador, por precaução. Pela primeira vez a menor estava preocupada com ele — mesmo que estivesse negando várias vezes para si mesma do contrário — e desde que o garoto ficou lá a mesma não havia saído de perto.

Depois de passarem a noite em claro esperando ele acordar, finalmente o novato abriu os olhos um pouco atordoado e confuso sobre o que havia acontecido para ele estar ali.

— Oi. — Teresa disse olhando o mesmo com um meio sorriso no rosto. — Tudo bem?

— Onde estava com a cabeça? — Thalia indagou séria cruzando os braços observando o garoto encostada na parede da solitária.

— O que houve? — ele perguntou franzindo o cenho.

— O Gally está no comando. — Newt explicou. — Disse que devíamos escolher. Nos juntarmos a ele, ou sermos banidos ao escurecer com vocês.

Ele se referiu as duas recém-chegadas também, principalmente a jovem de cabelos alaranjados que suspirou fundo.

Thomas desviou o olhar para a garota e a encarou por alguns segundos pensativo até que voltou a olhar todos, Teresa claramente percebeu a troca de olhares porque olhou para a novata também.

— Os outros concordaram? — o moreno se levantou sentando-se confortavelmente.

— Gally os convenceu que é nossa culpa. — Lia deu de ombros.

— Até aí, ele está certo. — a ruiva franziu o cenho ao ouvir o Clareano.

— Do que está falando? — o asiático indagou.

— Este lugar não é o que pensávamos que fosse. Não é uma prisão, é um teste. Começou na nossa infância. Eles nos davam uns desafios. Faziam experiências conosco. Então as pessoas começaram a desaparecer. Todo mês, uma depois da outra sistematicamente. — explicou fazendo todos o ouvirem atentamente.

— Eram mandados para o labirinto. — Atlas supôs.

— Mas nem todos nós. — o garoto completou.

— Como assim? — Newt questionou.

— Sou um deles. — a confissão fez com que todos ficassem completamente surpresos e confusos enquanto encaravam Thomas. — As pessoas que os puseram aqui. Trabalhei com elas. Vigiei vocês por anos. O tempo em que estiveram aqui, eu estava do outro lado. E vocês também.

Ele encarou as duas únicas garotas da clareira, a ruiva negou com a cabeça tentando raciocinar tudo que estava acontecendo. Por que ela faria isso com eles? E se ela trabalhava para quem os colocou ali por que foi mandada também?

— O que? — a menor perguntou.

— Fizemos isto com eles, nós três. — respondeu. — Eu vi tudo.

— Por que nos mandariam para cá? — a morena indagou confusa.

— Não importa. — o moreno deu de ombros.

— Ele tem razão. — o de cabelos claros concordou. — Não importa. Nada disso. Porque quem fomos antes do labirinto, nem existem mais. Os criadores deram um jeito. O que importa é quem somos agora e o que fazemos, agora. Vocês entraram no labirinto e acharam uma saída.

— Se não tivéssemos, Alby ainda estaria vivo. — Thalia falou.

— Talvez... — o mesmo deu de ombros. — Mas se ele estivesse aqui, ele diria a vocês o seguinte: levantem e terminem o que começaram. Porque se não fizermos nada, o Alby morreu em vão, e na posso permitir isso.

A ruiva assentiu com a cabeça em concordância com o Clareano.

— Eu também não. — ela ajeitou sua postura demonstrando confiança.

Ela havia conhecido o líder recém-falecido há pouco tempo mas sabia que eles faria de tudo para os manter a salvo, para a manter a salvo.

Eles não podiam deixar que a morte do homem que construiu isso tudo e sempre protegeu eles fosse em vão.

— Tá bem. Mas temos que passar pelo Gally primeiro. — o de cabelos escuros concordou após ser convencido.


Um plano foi criado, alguns dos Clareanos levaram Thalia, Teresa e Thomas que estava desacordado até a entrada do labirinto.

Gally riscava o nome de Alby no muro e quando viu a chegada dos três ele foi até o local, todos estavam reunidos naquele momento, eles iriam baní-los da clareira, era o que as duas garotas achavam.

— Gally. — Winston chamou pelo amigo que olhava o novato que fora jogado no chão. — Isso não parece certo.

— E se o Thomas e a Thalia tiverem razão? Talvez eles possam nos levar para casa. — Jeff disse.

— Estamos em casa. — o loiro falou óbvio. — Ouviu? Não quero mais riscar nomes daquela parede.

— Acha mesmo que nos banir vai resolver alguma coisa? — a ruiva perguntou com sarcasmo na voz.

— Não. Mas não é um banimento, é uma oferenda. — dito isso os garotos começaram a puxar as duas e o recém-chegado para os prenderem nos troncos.

— O que? Espere! Gally, o que vai fazer?! — a morena indagou assustada.

— Acha que vou deixar o Thomas e a Thalia voltarem ao labirinto depois do que fizeram? Olhem em volta! — ele exclamou. — Eles merecem morrer por isso!

Com raiva e cansada de tanto escutar as bobagens calada, a de cabelos ruivos soltou-se do Clareano socando o mesmo e partiu para cima do garoto de cabelo claros que no instante que a olhou recebeu um soco no rosto fazendo ele cair para trás.

— Você tem merda na cabeça?! — perguntou se levantando e antes que a menor fizesse mais alguma coisa pegaram ela por trás desferindo um golpe pouco forte no nariz dela quando a mesma começou a se debater.

Isso a fez ficar zonza mas não o suficiente para perder seus sentidos e cair desacordada no chão, ela soltou uma risada baixa enquanto encarava o novo líder.

— Você é o maior problema dessa clareira! — o garoto gritou com raiva enquanto limpava o pequeno rastro de sangue do nariz.

— Não vai chorar, bebê. — ela ironizou sendo arrastada até o tronco e amarrada lá.

— Viram?! Eles são a praga deste lugar, esta é a melhor forma. Quando os verdugos tiverem o que vierem pegar, tudo vai voltar ao que era.

— Estão ouvindo isso? Por que estão parados aí? Ele está louco! — Teresa disse alto.

— Cala a boca.

— Se ficarem aqui, os verdugo voltarão! E continuarão voltando até estarem todos mortos! — a jovem continuou tentando convencer os outros.

— Cala a porra da boca! Amarrem-no! — ele apontou para Thomas que ainda estava no chão. — Amarrem ele!

Assim que dois Clareanos levantaram o garoto, o mesmo reagiu nocauteando um e puxando a lança de outro. Ao ver o sinal dado pelo adolescente, Newt rapidamente retirou seu facão acertando um de cabelos escuros que iria para cima do moreno.

Thalia acertou um chute no meio das pernas do mais velho que acertou um golpe em seu nariz e logo sentiu seus pulsos serem desamarrados por Atlas.

Antes que Gally pudesse interferir Minho apontou uma arma branca para o mesmo deixando o garoto completamente parado.

O corredor loiro deu uma faca para a ruiva que agradeceu com o olhar pegando a mesma e todos ficaram ao lado de Thomas que apontava a lança para o novo líder.

— Você é cheio de surpresas! — Gally disse com sarcasmo.

— Não precisa vir conosco, mas vamos embora. — o moreno falou confiante. — Quem quiser vir, é a última chance.

— Não vão, ele só quer assustá-los.

— Não queremos assustar. Já estão assustados. — a menor suspirou. — Estou com medo, mas prefiro arriscar minha vida lá fora do que passar o resto dela aqui. Nosso lugar não é aqui. Este lugar não é o nosso lar.

— Fomos postos aqui. — o novato continuou. — Fomos presos aqui. Pelo menos, temos uma opção lá. Podemos sair daqui. Sei que podemos.

Winston caminhou na direção deles se juntando aos que iriam sair daquele lugar junto com mais alguns Clareanos.

— Gally, acabou. — o de cabelos escuros abaixou a lança. — É só vir conosco.

Alguns segundos de silêncio instalou-se naquele momento, o garoto parecia pensativo mas infelizmente as palavras do garoto não o convenceram.

— Boa sorte contra os verdugos. — o loiro desejou assentindo com a cabeça.

O moreno suspirou e então deu as costas junto dos outros correndo para dentro do labirinto.

— Todos por aqui! — Thalia os guiou correndo pelos lugares daquele local junto dos que vieram.

O grupo passou pelas diversas alas até chegar na que eles queriam, a área 7, passando pelas lâminas e chegando na ponte onde pararam no instante em que viram um verdugo, o que fez eles se esconderem atrás da parede.

— É um verdugo? — Chuck indagou.

— É. — a ruiva assentiu.

— Merda... — o cacheado falou assustado.

— Segure, Chuck. Fique atrás de nós. — Minho entregou a chave para o garoto.

— Tudo bem. Fique perto de mim, eu vou te proteger. — Thalia sorriu apertando de leve o ombro do garoto. — Já fiz isso uma vez.

Chuck sorriu de lado e concordou confiando na mais velha.

— Vamos ficar com ele. — Teresa amarrou o cabelo tocando o ombro de Lia que concordou.

— Quando passarmos, vai ser ativado, e a porta se abrirá. Se nós ficarmos juntos, vamos sair dessa. Saímos agora, ou vamos morrer tentando. Prontos? — todos puxaram suas armas, logo o moreno assentiu com a cabeça. — Então vamos lá!

Eles correram em direção ao monstro que fora para cima deles na ponte, assim que ambos os lados se trombaram o grupo começou a empurrar o mesmo para a borda.

Em meio a briga tendo alguns Clareanos sendo jogados para fora do corredor de ligação, Teresa acertou a pata do verdugo que acabou batendo contra a chave na mão de Chuck assim sendo jogada para o outro lado rolando até chegar na beira do local em que estavam.

O cacheado foi mais rápido em correr até lá e pegar o objeto ficando com metade do corpo na ponte e metade para o outro lado.

— Chuck! — Thalia gritou desviando do membro da criatura e correndo até o mesmo que começou a gritar.

As duas garotas puxaram o garoto imediatamente em meio aos berros do mais novo ao ver os diversos verdugos que começaram a subir.

— Corram!

— Thomas! — Chuck exclamou correndo até o grupo fugindo dos monstros que estavam atrás deles.

Os três passaram pelos Clareanos chegando na parede que fora aberta quando se aproximaram.

— Vão! — o moreno ordenou.

O trio correu até a porta circular aberta e então Thalia começou a tatear a mesma, que continuava intacta, junto dos outros.

— Vai! Vai! — ela pediu desesperada.

Logo um círculo vermelho com diversos números surgiu na frente das duas garotas.

— Thomas! Tem um código! Oito números! — Teresa exclamou.

— As oito áreas do labirinto... — Thalia sussurrou assim que se lembrou. — Minho! Qual é a sequência? A sequência das áreas!

— Sete! Um! Cinco! Dois! Seis! Quatro! — ele enumerou enquanto a morena digitava os mesmos ali.

— Minho! — Chuck gritou ao ver o mesmo embaixo de um verdugo impedindo que o monstro destroçasse ele.

Jeff foi para cima da criatura o que fez o corredor sair dali, porém o Clareano que o salvou não, em meio aos chamados por ele o grupo viu as criaturas sumindo com o mesmo.

— Diga a sequência! — o cacheado berrou enquanto o grupo começou a ir para trás na direção de onde os três estavam.

— Seis! Quatro! Oito! Três! — o asiático continuou alto.

Alguns segundos depois o que estava vermelho ficou verde no mesmo instante aparecendo "COMPLETO" na frente.

Todos os que restaram entraram onde eles estavam e a porta se fechou fazendo-os ficarem no escuro.

Outra porta havia sido aberta iluminando o local, Thalia e os outros encararam-a assustados e receosos porém Teresa foi na frente abrindo a mesma e saindo daquele lugar.

O grande corredor que antes estava quase sem nenhuma claridade começou a se iluminar com as luzes que foram ligadas uma atrás da outra.

Eles começaram a andar pelo mesmo em um completo silêncio onde ouviam apenas suas próprias respirações e seus passos.

Os Clareanos pararam em frente a uma porta no qual estava escrito "saída" o que fez Caçarola rir como se fosse a melhor piada que havia escutado em toda sua vida.

— É sério? — indagou irônico.

Thomas foi na frente abrindo a mesma, de repente eles se depararam com diversos corpos no chão e um alarme soando por todos os cantos.

Os mesmos passaram pelo corredor com cadáveres, Thalia abraçou de lado o corpo de Chuck impedindo que o mesmo visse o líquido avermelhado espirrado na parede.

— O que aconteceu aqui? — um dos sobreviventes perguntou.

Eles entraram em uma sala com diversas computações e um flashback veio a mente de Thalia como uma lembrança, ela havia sonhado que estava naquela sala o que a fez andar na frente observando ao seu redor.

Lá tinha ainda mais pessoas mortas no chão e faíscas vindo das luzes e eletrônicos destruídos. Havia muitos cacos de vidro espalhados pelo piso inteiro além de sangue que estava por todo canto, o que será que havia acontecido para ter ocorrido aquele massacre? A ruiva perguntou a si mesma mentalmente.

— Então eles nos vigiavam. — Newt comentou observando as imagens do labirinto nos computadores. — O tempo todo.

A menor se aproximou de uma tela azulada observado a mesma que mal funcionava até que ela levantou o olhar encarando Thomas que a olhou de volta, do mesmo jeito que acontecia no sonho onde ela via uma figura de rosto borrado.

Ele era a pessoa borrada.

Foi aí que a garota percebeu que o que ela havia sonhado não era apenas uma ilusão, eram suas memórias voltando e tudo que aparecia enquanto dormia eram suas lembranças de momentos no qual ela havia vivido antes de se esquecer de tudo.

O moreno clicou em um painel o que fez com que uma imagem surgisse na TV, era uma mulher loira, a mesma também que havia sido mostrada nos sonhos da ruiva.

Olá. Meu nome é Dra. Ava Paige. Sou diretora do Catástrofe e Ruína Universal – Experimento Letal. Se estão vendo isto, completaram as Provas do Labirinto. — o grupo de aproximou ficando de frente para a tela observando e escutando com atenção. — Gostaria de estar aí para parabenizá-los, mas as circunstâncias parecem ter impedido isso. Imagino que estejam muito confusos, com raiva, assustados... Só posso lhes garantir que tudo o que aconteceu com vocês, tudo que fizemos com vocês, teve um propósito. Não vão se lembrar, mas o Sol queimou nosso mundo.

Uma cena do mesmo fora mostrado no eletrônico assim como diversas outras de lugares completamente destruídos e queimados pelo fogo.

Bilhões de vidas perdidas para incêndios, fome, sofrimento em escala global. O resultado foi inimaginável. O que veio depois foi pior. Chamamos de Fulgor. — foi mostrado uma mancha preta movimentando-se pelo cérebro de uma pessoa após isso um paciente completamente transformado, violento e com um líquido escuro escorrendo de todos os lados. — Um vírus mortal que ataca o cérebro. Ele é violento, imprevisível e incurável. Era o que pensávamos. Com o tempo, uma nova geração sobreviveu ao vírus. De repente, havia uma esperança de cura, mas achá-la não seria fácil. Os jovens teriam que ser testados, e até sacrificados em um ambiente hostil onde a atividade cerebral pudesse ser estudada. Tudo para entendermos o que os tornava diferentes, o que tornava vocês diferentes. Podem não saber, mas são muito importantes. Infelizmente, seus testes mal começaram. Logo vão descobrir que nem todos aprovam nossos métodos. O progresso é lento, as pessoas têm medo. Pode ser tarde demais para nós, para mim, mas não para vocês.

No fundo da gravação eles puderam ver vários soldados atirando nas pessoas então uma pergunta surgiu na mente de todos, há quanto tempo havia acontecido aquele vídeo e aquelas mortes?

O mundo lá fora os aguarda. Lembrem-se: — ela retirou uma arma e apontou para a própria cabeça. — Cruel é bom.

Um tiro foi ouvido porém muitos desviaram o olhar da imagem encarando o chão, o olhar da ruiva percorreu até uma mulher caída no piso e ela viu que era a mesma que havia atirado em si, bem, era o que parecia.

Os Clareanos começaram a se aproximar da moça também porém sua atenção foi desviada para uma porta aberta seguida de um alarme.

— Acabou? — Chuck indagou.

— Ela disse que éramos importantes. — Newt falou. — O que faremos agora?

— Eu não sei. — Thomas respondeu assim que todos o olharam. — Mas vamos sair daqui.

Antes que eles pudessem dar seu primeiro passo em direção a saída uma voz familiar os impediu, assim que se viraram encontraram-se com Gally segurando uma arma e com uma feição estranha.

— Gally? — o moreno chamou por ele.

— Não. — Thalia tocou o ombro do garoto que ia se aproximar. — Ele foi picado.

O loiro soltou a chave no chão e continuou encarando-os com raiva e entristecido.

— Não podemos sair. — ele negou.

— Conseguimos, Gally. Já saímos. — Thomas falou óbvio. — Estamos livres.

A ruiva desviou o olhar para a mão do infectado que segurava a arma, ela estava trêmula, se ele não tivesse sido picado e ela não conhecesse os efeitos da infecção diria que ele estava tentando lutar contra alguém que o controlava internamente.

— Livres? — ele questionou. — Acha que estamos livres lá? Não. Não há como escapar daqui.

O Clareano levantou o braço apontando a arma para o novato fazendo todos se assustarem e ficarem em alerta.

— Gally, escute. — o moreno pediu. — Não está pensando direito. Não está. Podemos ajudá-lo. Abaixe a arma.

— Meu lugar é no labirinto. — ele murmurou.

— Abaixe a arma, Gally. — Thalia insistiu.

— Nosso lugar!

Em questão de segundos Minho jogou a lança no peito do garoto que atirou em seguida no instante em que Thomas fora empurrado por Chuck.

O loiro respirou com dificuldade assim que a arma branca atravessou sua pele o que o fez cair de joelhos no chão dando seu último suspiro enquanto encarava o grupo.

Tudo ficou em silêncio até escutarem a voz calma do cacheado chamando por Lia.

— Thalia... — Chuck encarou a ruiva que desviou o olhar para ele arregalando os olhos ao ver uma mancha escarlate crescer na camisa do garoto.

— Chuck. — ela chamou por ele segurando o corpo do mesmo e caindo junto da criança no chão.

— Chuck. — Thomas negou se aproximando.

— Merda, merda. — a menor negou com a cabeça e começou a pressionar o local tentando estancar o sangue que vinha em constância. — Olhe para mim! Aguenta firme, eu tô com você.

O menor encarou as orbes azuis da garota e então entregou o bonequinho de madeira para a mesma que negou segurando a mão dele.

— Não, você vai entregar a eles! — ela recusou. — Eu já disse isso, eu prometi a você!

A voz da garota ficou chorosa quando ela deu ênfase na penúltima palavra.

Ela havia prometido a ele, prometeu que faria ele encontrar os pais, mas essa promessa foi quebrada.

— Toma. — ele entregou respirando com dificuldade. — Obrigado, Lia... Obrigado, Thomas.

Antes que ela pudesse fazer mais algo a mesma ouviu o último suspiro do garoto que olhou para cima fixamente.

— Chuck? — Thalia chamou pelo mesmo. — Chuck?

— Acorda, Chuck! — o de cabelos escuros balançou a criança enquanto as lágrimas escorria pelo seu rosto sem parar assim como o dos outros. — Conseguimos! Acorda, por favor!

A ruiva abraçou o corpo do garoto não se importando se estava manchando sua roupa com o líquido avermelhado e então deixou um beijo demorado na bochecha que antes era rosada agora empalidecida do mesmo.

— Me desculpa. — ela murmurou com a voz rouca devido ao choro. — Me desculpa.

Tem alguém vindo. — Newt avisou porém nem mesmo a ruiva ou o moreno escutaram.

Ambos em completa fase de negação tentando fazer com que o garoto acordasse.

— Não! Me solta! — Thalia gritou quando puxaram a mesma para longe do garoto. — Não podem deixar ele!

Os dois adolescentes que choravam de desespero foram levados para longe do local, a claridade forte machucou um pouco seus olhos porém assim que se acostumaram acabaram percebendo que estavam cercados por um deserto.

Ambos caíram na areia levantando-se no mesmo instante com a ajuda dos guardas logo correndo até o helicóptero onde o resto do grupo estava.

A porta fora fechada e o veículo ligado, eles olharam um homem que tirou a bandana de seu rosto enquanto os encaravam.

— Vocês estão bem? — perguntou. — Não se preocupem. Estão seguros.

Os Clareanos se seguraram em algumas partes da aeronave quando o mesmo levantou voo, Thalia se aproximou da janela assim como os outros e observaram de cima o labirinto e a clareira que ficava no centro.

As lágrimas continuavam rolando pelas bochechas da mesma enquanto lembrava-se do garoto que fora deixado lá.

— Relaxem. Tudo vai mudar. — o mais velho os confortou dando um meio sorriso.

Um silêncio se instalou naquele helicóptero, Thomas se aproximou de Thalia e observou o bonequinho de madeira que estava na mão da ruiva.

Ele esticou sua mão e por alguns segundos a mesma recusou em entregar apertando a miniatura, até que seus olhos fecharam-se e ela entregou o mesmo para o moreno quando se lembrou que Chuck também era importante para ele.

Ela desviou o olhar para a janela e observou a paisagem mudando antes de fechar os olhos relaxando seus membros e sua mente.

A fase um havia acabado e para todos era como se tudo tivesse terminado, mas eles estavam enganados, era só o primeiro desafio de muitos que eles iriam enfrentar.

▌Eu disse que ia ter morte e depressão nessa fanfic KKKKKKK e olhem que ainda é apenas o começo

▌Oi oi vidocas, como vão?

▌O que acharam do novo capítulo? Espero que tenham gostado!

▌Finalmente (ou não porque amo o primeiro filme) terminamos o ato 1 de faction ghosts! Agora vem a prova de fogo na fanfic KKKKKKKKK

▌Antes, queria agradecer a toda essa repercussão que a fanfic tomou, eu estou super entretida com ela e espero que vocês fiquem cada vez mais apaixonados na história assim como eu!

▌Sinto muito aos que criaram um certo apego na thalia e no chuck, eu também criei... mas infelizmente é a vida

▌Estou muito ansiosa para iniciar o ato 2 e espero que gostem também porque tenho muitas ideias!

▌Enfim, até o segundo ato! Beijos amores!

▌Votem e comentem, se puderem!

all the love, yas

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top