Capítulo 15
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Alia Delacroix
Assim que cheguei em casa tomei um banho e me joguei na cama, fechei os olhos por alguns segundos pensando em tudo que vinha acontecendo na minha vida, respirei fundo levantando-me e ligando o computador precisava terminar algumas coisas do trabalho e talvez aquilo fosse à melhor coisa para me entreter e não pensar em nada mais além, ou melhor, nele.
Olhei para o celular talvez pela quinta vez esperando uma mensagem, mas nada veio levei as mãos aos olhos me sentindo cansada, precisava dormir levantei-me para comer algo e poder deitar, dependendo eu acordaria só no dia seguinte.
Caminhei em direção a cozinha quando escutei o toque da campainha olhei para o relógio na parede, entretanto já se passavam das dez horas da noite quem poderia estar ali a esse horário talvez fosse Marie, mas ela teria ligado avisando.
Ao abrir a porta uma sacola estendeu-se diante dos meus olhos e foi então que eu o vi, Alex sorria docemente.
— O que você está fazendo aqui?
Dei passagem para ele entrar e o mesmo caminhou para a cozinha, tranquei a porta e fui para lá o vendo separar as coisas da sacola, havia alguns doces e também tinha dois lanches.
— Como não tínhamos comido nada durante o trabalho, achei que poderia estar com fome.
Olhei para Alex surpresa, afinal não estava esperando uma atitude daquelas ainda mais depois do clima que havia ficado dentro do carro.
— Vem Ali — deu dois tapinhas na cadeira ao seu lado, sentei-me, mas ainda me sentia estranha.
— Eu sei que precisamos conversar, mas podemos adiar por um tempo? Quer dizer, eu vim até aqui porque queria estar com você, sei que está indo rápido e que não nos sentamos e falamos sobre isso, mas eu quero só que não por agora. Você compreende?
Podia ver o nervosismo em seus olhos enquanto Alex me fitava e sentia sinceridade em suas palavras, por um momento eu queria colocar um rumo e deixar tudo claro, mas entendia que para ele deveria estar sendo tão confuso quanto para mim.
Meu coração dizia para eu simplesmente deixar fluir, mas minha cabeça continuava martelando que aquele caminho não terminaria bem.
— Ali? — Dei-me conta que estava tão absorta em pensamentos quem nem sequer havia respondido.
— Tudo bem, podemos deixar para depois. — Um suspiro aliviado escapou de seus lábios.
— Vamos comer então!
Alex parecia estar animado, talvez fosse pela mensagem de Molly e só de pensar já me sentia estranha será que eles haviam se encontrado? Realmente sentir ciúmes era uma droga, terminamos de comer e logo percebi seus olhos em mim.
— O que você quer fazer agora?
— Não tenho ideia.
— Que tal jogarmos alguma coisa?
— O que você tem em mente? — Ele deu um sorrisinho enquanto levantava-se e ia em direção a uma mochila.
— De onde você tirou essa mochila?
— Eu trouxe — o encarei por alguns segundos, ele iria ficar ali?
— A não ser que você me expulse. — Alex me olhava com a sobrancelha arqueada talvez por perceber o meu espanto.
— Eu não vou te expulsar.
— Não era isso que estava estampado em sua testa.
— Alex! — Sua risada tomou conta do ambiente na cozinha e logo eu já estava rindo junto, era impossível não sorrir quando ele estava aqui.
— Mas então o que vamos jogar? — Ele fez um breve silêncio antes de virar-se para mim estendendo o baralho em mãos.
— Uno! — Um sorriso iluminou seus lábios podendo ver o entusiasmo refletir em seus olhos.
Estávamos sentados no chão da sala rindo depois de termos discutido umas três vezes sobre as regras até simplesmente nos enfezarmos e acabar aceitando, deixando o jogo simplesmente fluir.
— É errado isso! Não se joga assim — Resmunguei talvez pela quinta vez.
— Claro que não! Isso é espelho, pode jogar cartas iguais.
— Se for assim vou jogar todos meus +4 de uma vez em você.
Seus olhos arregalaram e sorri vitoriosa ao vê-lo parar de jogar "espelhado".
— Estou sempre coberta de razão.
— Literalmente está.
Tive que rir ao perceber que ele se referia ao fato de eu estar enrolada no cobertor, por um momento Alex parecia estar inerte em pensamentos.
— Um beijo pelos seus pensamentos — Ele olhou para mim sorrindo fechando os lábios formando um biquinho para que eu o beijasse.
— Você não existe.
— Foi você quem sugeriu o beijo, promessa é divida senhorita Delacroix.
Inclinei-me em sua direção e Alex aproximou-se cada vez mais, seus olhos fecharam-se apenas esperando o toque de nossos lábios e sorri ao ver sua cara de confusão quando o beijei, mas não da forma que ele esperava dando um beijo em sua testa.
— Eu disse que daria um beijo, mas não disse onde.
Seus olhos reviraram e ri ao ver sua cara de indignação, ele sentou ao meu lado deitando sua cabeça em minhas pernas levei minha mão para os seus cabelos acariciando-os, um suspiro escapou de seus lábios.
— Não me lembro a ultima vez que tive um momento assim.
— Assim como?
— Essa calma, onde posso simplesmente ser eu mesmo sem me preocupar com toda a atenção voltada. Às vezes chega a ser sufocante ser o centro de tudo.
— Sempre que sentir que está difícil demais de aguentar eu serei o seu aconchego.
Alex fitou-me por alguns instantes e podia sentir a intensidade que eles transmitiam e foi quando senti seus dedos beliscarem minha perna.
— Ai! Por que você fez isso? — O encarei indignada.
— Você não pode me dizer essas coisas fofas e pensar que irei ser racional, Ali, eu não sou bom em manter meu autocontrole.
Alex sentou-se virado em minha direção e levou suas mãos para cada uma de minhas bochechas as apertando enquanto sorria, seu corpo inclinou-se e então seus lábios começaram a distribuir beijos por toda extensão de meu rosto dando um breve selinho.
Ele levantou-se estendendo a mão para que eu fizesse o mesmo, naquele momento eu queria muito poder saber o que se passava dentro de sua cabeça estiquei minha mão segurando a sua sentindo um choque passar por todo meu corpo.
— O que vamos fazer agora?
— Dormir.
Fixei meus olhos nos seus sentindo meu rosto esquentar com a simples imaginação de dormimos juntos no meu quarto.
— Não é assim que você está pensando, bobinha. — pude sentir a diversão em sua voz.
— Eu não pensei em nada.
Ele balançou a cabeça, ainda segurando minha mão guiando-nos pelo corredor pude ver seus olhos passarem por cada porta como se pensando qual seria a minha quando andei tranquilamente em direção a ela com Alex ao meu lado parando em frente à porta.
Assim que entramos seus olhos percorreram toda a extensão do quarto como se estivesse analisando cada parte dele.
Não havia nada demais em meu quarto o quarto possuía um diferente tom da sala sendo um lilás nas paredes havia algumas prateleiras e nelas repletas de livros, alguns próprios para fotografia logo abaixo delas estava à cama que era de casal, em sua lateral possuía um armário branco e na outra ponta uma escrivaninha onde eu trabalhava.
Quando me lembrei do pôster um pouco acima da escrivaninha, mas já era tarde demais para pensar em qualquer ideia que fizesse com que ele não o visse porem seus olhos já estavam cravados em sua foto colada na parede.
Naquele momento a única coisa que eu conseguia sentir era meu rosto esquentar e a vergonha me atingir.
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A vergonha alheia dela, quem imaginaria que justo no quarto teria um poster com a foto de Alex e ainda mais que ela não se lembraria disso.
O que estão achando da história? Fico muito agradecida por cada comentário e estrelinha. ⭐
Esse capítulo em especial gostaria de agradecer a cada leitor e cada comentário, estou extremamente feliz com o feedback e muito obrigada pelo 1k de leitura, a felicidade não cabe no peito! ❤️🥰
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