PARTE VII: GUERRA NO CORAÇÃO


NÃO BETADO

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Jungkook sorriu em escárnio, tentando não se abalar pela quantidade de felinos que cercaram seu exército. Estavam encurralados, sem saída e se eles atacarem... bom, estavam ferrados.

— Ora, vocês foram tão apressados... entrando na casa do anfitrião sem ele estar. — disse, colocando as mãos na bainha, de um jeito despretensioso.

O felino, que parecia ser uma onça, rosnou.

— Hum, que eu saiba você não é o rei...

— Claro que não, mas eu sou da família real, meu caro... e quem é você?

Seus homens riram, fazendo o outro erguer a cabeça desgostoso com a conversa.

— Acompanhe-me até Vossa graça. — falou dando um estalo com as mãos e houve uma grande massa de felinos se movimentando através das árvores. Ele deu as costas dando a entender que era para segui-lo.

— Que carniça, eles fedem... Cruzes! — Ha Joon foi o primeiro a quebrar o gelo, eles foram pegos de surpresa e Jeon se culpou por isso. Deveria estar mais atento, o que estava acontecendo consigo? Se perguntava...

— Sim, tem um cheiro forte... — Yoongi comentou, se posicionando ao lado do general, que estava pensativo.

— Menos, esse ômega... — brincou Ha Joon e viu Min rosnar para ele, em ameaça.

— CHEGA! Deixe-me pensar! Parecem crianças, pelos Deuses. — resmungou, e todos calaram a boca.

— Jeon, não fique se culpando, vamos segui-los e saber o que a rainha das bolas de pêlos quer para dar o fora de nossas terras. — falou Lalisa colocando a mão no ombro tenso do irmão, que relaxou percebendo.

Ele suspirou fundo, e se endireitou, então gritou para todos ouvirem.

— Meu pelotão virá comigo até a tenda da rainha, Yoongi vai com o exército e acampem em um lugar perto daqui. Estamos entendidos?

— Sim, senhor!

— Então movam-se rápido! — disse e Yoongi foi para direção oposta e Jungkook olhou para os que ficaram, começando a andar. — Vocês vamos.

Alguns minutos andando pelo terreno íngreme dos Montes, eles avistaram várias tendas e uma enorme no centro. Lá estava a rainha com cara de poucos amigos com um vestido rosa longo e sua coroa, a imagem de poder. Com seus generais ao seu lado. Jeon fez uma pequena reverência a contra gosto e cumprimentou a majestade.

— Sua alteza...

— Jeon Jungkook, estou correta? O grande general Lunar... bom, os boatos são verdadeiros, você é um homem muito belo. — disse, mas sem nenhuma expressão.

— Não vim aqui para falar de minha beleza, majestade Seo Yeo-Ji. Vim para barganhar sua saída do meu país.

Pela primeira vez, ela sorriu, mas em escárnio. Nunca deixando sua postura firme.

— Bonito mas burro... que pena. Você acha mesmo que vim até aqui para desistir? Eu quero essa terra, vou lutar por ela. — Sua frase foi bem recebida pelo seus homens e Jungkook não se abalou.

— Claro, então é isso que quer? Guerra? Nós queremos paz, estamos dispostos a dar uma parte de terra para você com termos, com certeza...

— Não, eu quero tudo.

Foi a vez de Jungkook sorrir.

— Cuidado, Vossa majestade... nossa arrogância pode ser sua ruína. Certo, vamos lutar, peço justiça, deixe eu recuar os vilarejos.

Ela ponderou por um momento.

— Podemos ser felinos mas temos honra. Você tem 48 horas, nada mais.

Ela deu as costas e os seus subalternos bateram palmas, Jungkook, teria um grande trabalho pela frente e orava silenciosamente para voltar vivo até seu ômega... era só isso que pedia.


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Ele prometeu não chorar, mas quando chegou no seu quarto, ele desabou em sua cama. Não queria mas o turbilhão de sentimentos o invadiu e foi impossível ignorar. Não trabalhou naquele dia, foi para sua cabana em forma de lobo com Tempestade que adorava andar pelo campo vasto. Ele deitou na grama, humano, para olhar o sol deixando o horizonte, pedindo ao universo que cuidasse do seu companheiro, mas enquanto fazia isso, um animalzinho subiu pela sua perna e conferiu, vendo que era um hamster curioso.

— Olá querido... está procurando comida? — disse para o animal que cheirava seu dedo. Jimin olhou ao seu redor e viu algumas flores pequenas que ele poderia comer. — Aqui, fofo, coma.

O hamster desceu de sua perna e foi fuçar as pétalas, comendo com gosto. Park sorriu.

— Sabe, fofo, estou com saudades dele... mas eu preciso seguir minha vida. Não pensei que seria assim quando eu me apaixonasse. Dói. — Fazia carinho na pelagem ruiva do bichinho. — Acho que vou fazer isso. Eu vou confiar nele e nos Deuses... isso. Está resolvido.

Ele olhou para o bichinho que ainda comia.

— Você é adorável, será que seria maldade eu levá-lo para casa... Está ficando muito escuro. Vamos tempestade. — O cavalo relincou se comunicando com seu dono, que se levantou indo até o seu cavalo. Mas uma criatura pequena o seguiu.

— Não... fofo, fique seu lugar é na natureza. — disse, se agachando para acariciá-lo, o bichinho subiu com um muito esforço em seu braço, se alojando em seu ombro. — Ok, você venceu, irei cuidar de você e de Tempestade.

Ele deu uma lambidinha em seu rosto com lágrimas secas e Jimin sorriu. Alguém no universo providenciou uma companhia muito boa para o ômega... mas quem será cof cof.


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1 MÊS DEPOIS


— Tenha um bom dia, senhor... — disse Jimin, quando um homem estrangeiro pagou e foi embora de seu estabelecimento.

— Jimin, pode atender a mesa 3? Eu fecho a taberna e você vai descansar, ok? — disse Namjoon, que atendia um cliente um tanto bêbado demais.

— Certo, mas não demore muito, Hwasa vai arrancar suas orelhas e meus afilhados também. — brincou, indo até a mesa específica, tinha uma pessoa com um capuz que ele achou estranho.

— Olá, posso ajudar? O que vai pedir? — perguntou, pegando seu bloquinho. A pessoa tirou seu capuz e Jimin começou a ficar tenso. Era a anciã da vila, Choi Soon-hwa, mas ele não queria ouvi-la, não mesmo. — Senhora, eu já lhe disse...

— Escute, criança! Ele voltará para você. — disse firme, não deixando brecha para Jimin escapar, esse que calou-se, com as pernas bambas se sentou no banco. — Sim, voltará. Sei que é forte, mas o pensamento de que ele está morto após um 1 mês de espera é inevitável. Mas Jimin, você está sendo testado, se é merecedor desse amor puro. Os dois estão, ele voltará sem uma coisa, Destino está testando seu coração.

— Claro que está... — Foi irônico, suspirando. — Mas ele voltará sem o que?

A senhora se levantou da mesa e sorriu.

— Você verá... todos verão. — E saiu sem mais nem menos, desaparecendo na rua escura.

Jimin ficou sem reação, mas seu coração se apertou quando o pensamento de que Jungkook voltaria sem seu amor por ele passou pela sua mente já perturbada o suficiente. Mas sua fé não tinha morrido, ele não sentia mais Jeon pela sua marca, porque ela tinha sumido, nenhuma notícia dele, mas sabia que a guerra ainda acontecia e estava sendo difícil continuar o amando...


CONTINUA

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