🔓 115.┊ᥴᥲᥒᥴᥱᥣᥣᥲtιoᥒ ːᏞꮻɴꮐꭲꭼх​ꭲ.

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every day a different cancellation

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Algumas pessoas acreditam que boas risadas e uma troca bem visível de sorrisos pode fazer um clima pesado se transformar em algo confortável de se estar e Han passou a acreditar em, agora, tal fato. Após Lee cair em um tipo de crise de risos que lhe trouxe lágrimas, uma coloração vermelha em seu rosto e alguns tapas vindo de Jisung, o seu humor mudou. O clima se aliviou e eles finalmente conseguiram ir para o apartamento do jovem programador conversando em todo o percurso.

Mas, chegando ali, eles estavam esperando pelos dois "carrapatos" que sempre estavam grudados ao de cabelos castanhos, mas estranhamente Yongbok e Haemin não estavam ali, eles haviam sumido da vista do escritor, apenas deixando para trás uma carta que foi colada na porta de entrada, cujo estava escrito:

" Minho, torcemos por vocês! Espero que o meu cunhado não esteja sem um olho, estamos levando a Dori para dormir com a gente na casa do pirangueiro do Lix, mas não nos mande mensagem e nem pense na gente, te amamos e não se esqueça, faça o que você tem que fazer no seu quarto, eu te amo, mas se você usar o quarto de hospedes, QUE É MEU POR DIREITO, para uma de suas safadagens, eu falo pra mamãe que você quebrou o microondas dela, bjs te amo".

Sim, os dois torciam tanto para que o casal se resolvesse, que assim que Lee Minho saiu às pressas para levar o jovem Han Jisung ao hospital, os dois pegaram o gato feroz e correram até a casa de Félix, ficando por ali. E sim, eles foram obrigados a levar Dori, a gata selvagem que gostava de arrancar olhos de humanos, eles não eram loucos de deixar Han e aquele gato ali, o próximo contato ia ser fatal.

Mas tudo bem, um dia eles iam se dar bem e Minho se aliviou ao saber que a sua gata estava com a sua irmã e com o seu melhor amigo.

Já Jisung, após tomar um bom banho, já havia trocado seus curativos, já havia comido um lanche natural e agora terminava de tomar um pouco de chá de cidreira enquanto assistia a um filme ruim e velho que estava passando em um canal cult duvidoso na TV de Minho. Era ruim, mas ele estava fixado naquela encenação de terceira categoria.

Era novo se sentir de tal modo, tudo estava confortável, era tudo diferente. A cama em que ele estava deitado, as roupas, o cheiro de seus cabelos e o cheiro que estava em sua volta, tudo, exatamente tudo lhe dava sossego.

E só naquele instante ele havia percebido o quão confortável e organizada era a vida de Lee. Sua cama por si só já deixava o ambiente confortável, os lençóis de microfibra e o edredom de algodão o deixavam bem aquecido, a luz amarelada que vinha de um abajur ao seu lado, o cheirinho não identificado de florais que o ambiente exalava e até, mesmo que baixa, a voz de Minho, que ainda estava discutindo calmamente com o mesmo. Tudo estava tão agradável, aconchegante e cômodo que o Shitposter pensou mil vezes em viver ali, naquela noite, pelo resto de sua vida.

Lee por outro lado tinha acabado de sair de mais um banho, já que odiava o cheiro do hospital que lhe ficava impregnado e enquanto mostrava o seu ponto de vista ao shitposter, ele procurava uma camisa para vestir e logo que achou a vestiu. 

━ Ji, entenda. As duas semanas que eu tinha passado em sua casa foram ótimas, mas nesse meio tempo o meu trabalho foi acumulando e quando eu voltei, sério, eu fiquei atolado de trabalho, passava o dia atendendo meus clientes e tentando fazer os meus trabalhos atrasados, sim, duas semanas de trabalho acumulado, ai um dia só que eu fico sem celular porque aquela merda descarregou e eu não tive tempo pra carregar, você primeiro me manda uma playlist cheia de músicas românticas, que eu realmente amei, sério. Eu ouvi as músicas enquanto eu estava de coração partido. Enfim, depois você falou que nunca queria ter gostado de mim e me bloqueou. Do nada, por eu não ter te respondido. - Riu meio seco olhando o garoto que estava de olhos fixos na televisão.

O shitposter, ainda se privando de uma possível troca de olhares, apenas cruzou os braços e respondeu normalmente o lembrando. ━ Mas você me tratou estranho, já tava me tratando estranho a um tempo e tipo, né. Eu me declarei e você nem visualizou.

━ A porra do meu celular estava desligado, óbvio que eu não ia visualizar…

Mas, assim que sua cabeça começou a funcionar, o garoto deu um mini pulinho na cama se sentando na mesma e apontou animado para o mais velho que o olhava fixo arrumando o cordão de sua calça de moletom.━ Caralho, parando pra pensar, a gente brigou por causa da porra de um celular descarregado e do seu ciúmes obsessivo em mim. - Jisung riu alto.

━ Ciúmes obsessivo? Eu não sinto ciúmes. - Negou simples.

━ Do Seungmin você sente. - Sorriu sugestivo e riu alto mais uma vez. ━ E eu nem sei porque, é mais provável o JeongIn, que é hétero de corpo e alma me beijar do que o Seungmin sequer me abraçar. Ele é tipo aquelas pessoas que tem nojo de contato humano e nem é por causa da orientação sexual dele, só faz parte da personalidade horrível dele mesmo. - Seus pensamentos lhe voaram alto, Han conhecia Kim a anos e nunca de fato entendeu o porquê de tanto ódio e raiva. Seungmin era fofo, mas tão…mortal.

Como esperado, uma frase curta e bem pensada foi solta. Minho sabia bem como se explicar.━ Eu estava passando por uma fase.

━ Que fase?

Fixou seu olhar sincero em Han e novamente de forma simples voltou a se explicar para o garoto que pareceu estar muito confortável em sua cama.━ O Yongbok, aquele idiota tinha me falado algo e aquilo martelou na minha cabeça por um bom tempo, ai eu surtei. Não parece, mas eu sou uma pessoa muito insegura. - Colocou suas mãos em seu peito sinalizando o quão sensível era tal situação e fungou entristecido.

Bebeu um pouquinho de seu chá e assoprou o ar por quase ter se queimado, mas ao ver tal encenação horrível, uma cara de nojo apareceu em seu rosto.━ Isso foi sarcasmo?

━Foi. Na realidade eu surtei e nem sei porque, deve ser essa merda de amor estranho que eu sinto por você, sem contar que eu não acredito muito em relacionamento a distância. Quem não me diz que eu estou sendo corno enquanto webnamoramos?

Murmurou tentando ignorar tal frustração. Lee estava de alguma forma certo, mesmo que o seu tempo nas redes sociais fosse quase inexistente, já que sempre odiou tais plataformas, o escritor muitas vezes havia sido pego lendo casos onde pessoas que namoravam a distancia, já tinham outras famílias, eram casadas, namoravam ou pior, não existiam de verdade, sendo muitas vezes um catfish. Aquele tipo de desocupado que cria perfis falsos para enganar, extorquir ou só brincar com os sentimentos de pessoas inocentes.

Ele sabia bem como era, nos seus doze para treze anos, Lee tinha o orkut e passava horas de seus dias conversando com um fake. Até que, só aos dezessete, quando o mesmo já havia parado de conversar com tal fake, que ele descobriu a farsa vendo que a foto da garota do perfil, era na realidade a Hanna montana.

Mas Han parou de funcionar e a única coisa que ainda estava em "boas" condições no garoto, era o seu olho não lesionado, que piscava simples. Jisung pensou ser uma piada, mas não, Minho pareceu estar sério. ━ Eu nem saio de casa, eu sou um repelente de mulher e o único cara que me atraiu até hoje é você. Sem contar, que se a gente colocar as cartas na mesa, o meu tipo ideal é a Maki Zenin do Jujutsu no kaizen. - Riu simples confessando um fato que era mantido em segredo.

Minho piscou meio confuso. ━ Quem? - Pensou que fosse uma idol japonesa ou uma das atrizes porno que o Shitposter amava e seguia no twitter e no instagram, mas desistiu de saber quem era pois queria manter a sua sanidade mental intacta. Balançou sua cabeça tentando tirar as suas perguntas de seu foco e logo retomou o assunto.━ Mesmo assim, não tente entender, mas desculpas, sério, eu deveria ter sido mais…

━ Tudo bem, eu também errei pra caramba. - Riu se esticando para deixar a caneca vazia sobre a cabeceira e acabou fazendo uma carinha de dor involuntária, mas ao ver o rosto de Lee mudar para um semblante preocupado, ele riu forçado e logo fez uma cara triste para o clima não ficar pesado. ━ Ai…

━ Onde está doendo?

Mas, mesmo não querendo expressar tal sentimento, o mais baixo fixou seu olhar em suas mãos e murmurou cabisbaixo. ━ Olhe, na verdade tudo, olha os meus braços, estão todos arranhados. - Levantou lento a manga de sua blusa e logo as puxou para baixo, agora mostrando o seu pescoço. ━ E o meu pescoço... O meu rosto.... Você vive falando que eu pareço um rato e é verdade, agora eu pareço um rato de bueiro, todo cheio de cicatrizes. - É de fato, Jisung estava sendo dramático.

Ele não se importava em se machucar, ou ser comparado a um rato. Na internet as pessoas lhe chamavam de coisa muito pior e ele, de algum modo, até achava engraçado. Porém, ele havia sido mais caótico que o normal perto da pessoa que ele amava, era vergonhoso.

━Ei, não vai ficar cicatriz alguma e eu gosto de ratinhos, eu acho fofo e não, você não parece ser um rato de bueiro. - Tentou o consolar com um breve carinho no topo de sua cabeça, que logo se transformou em uma acaricia lenta em sua nuca.

━ Uhm, não precisa me… - Sua voz falhou e o silêncio voltou a reinar naquele espaço, onde, pela primeira vez, Jisung se calou por opção própria.

Mas aquele olhar, de alguma forma estava mexendo com o mais novo, era algo constante e tão estranho de sentir, como que algo estivesse pressionando o seu peito, lhe deixando sem ar, atordoado. Mas Han soube que era apenas coisa de sua cabeça, era apenas alguns afagos e um silêncio, que vindo de Minho, era recorrente.

Então, por repentinamente se sentir disposto, Lee suspirou alto olhando os pequenos machucados de Han e logo passando os seus dedos pelas mãos alheias.━ Jisung, a minha mãe me falava que quando você dá beijinhos nos machucadinhos das pessoas, eles se curam mais rápido. - Abaixou o seu olhar se fixando nas mãos arranhadas e cheias de curativos de Han.

Era a primeira vez que Lee o olhou com tais olhares, suas mãos eram bonitas, seus dedos eram finos e mesmo que macios, suas pontas eram ásperas, provavelmente por Jisung ficar horas digitando em seu computador e mesmo que estivessem machucadas, o escritor viu uma beleza perfeita nelas, tão bem desenhadas e tão bem cuidadas. Era apenas um elogio, não era como se Minho sentisse algo estranho ao ver as mãos alheias…

━ E você acredita nessas coisas? - Jisung o olhou com total estranheza, Minho nunca pareceu acreditar nesse tipo de bobagem infantil.

━Uhm. Eu acredito. - E com total sutileza e cuidado, seus lábios selaram as costas da mão esquerda do garoto que não entendeu o porquê de tal carinho e cuidado todo. Mas, Minho, ao olhar para um pequeno roxo visível no ombro exposto do garoto, apontou e o observou sério. ━ Está doendo? - E assim o garoto afirmou. Seus lábios tocaram a pele de coloração arroxeada com tamanha cautela, ali, deixando um pequeno selar, um pouco mais demorado.

━ Por que você? ...ei...- Perguntou meio confuso de modo involuntário. Jisung queria ficar quieto, mas ele não conseguia.

━ Como eu falei, apenas estou dando um beijinho para sarar. - Sua voz saiu um pouco mais baixa do que o normal, sendo que, apenas foi capaz ouvi-la quando o mesmo disse bronco, perto de seu ouvido.

━ Uhm, entendi. - Seu olho estava fechado com força e o mesmo mordiscava os seus lábios, quase os travando em sua boca, tentando se concentrar em não soltar nenhum barulho inconveniente para o momento. Han não sabia ao certo o que era aquilo, já que em sua cabeça, várias hipóteses surgiram. ━ Mas, Min… - Engoliu o seco sentindo os inocentes beijos se transformarem em fracas mordidas que lhe deixavam arrepios, sua pele parecia estar cada vez mais sensível. Jisung se sentiu estranho, mas, de alguma forma, era bom. ━ Ah…Minho. - Seu coração foi acelerando de pouco em pouco e logo uma sensação de formigamento atingiu todo o seu corpo o deixando em completo desespero, Jisung arregalou os olhos sem jeito e tentou afastar o escritor, que parou com as investidas o olhando confuso. ━ Espera...o que nós somos? Ou você é o tipo de pessoa que não curte rótulos. - Riu meio frustrado e confuso. Han não quis perguntar tal coisa, de jeito tão bárbaro e direto, mas precisava esclarecer suas dúvidas antes de tudo.

Minho não compartilhava da mesma ansiedade, mas como sempre fez, como um hábito mal educado, ele passou a olhar fixo para o rosto Ji Sung, com certa falta de expressão e falou certo de sua decisão. ━ Vamos namorar. - Ele foi sincero.

━ Oi? - Praticamente gritou, tossiu por machucar a sua voz e logo retomou a sua fala meio embolada.━ Na…na…namorar?

Minho lentamente mexeu sua cabeça para baixo e para cima em forma de assentimento, ainda o olhando fixo e sério. ━ Isso. Você me ama, né?

━ Sim… - Balançou lento sua cabeça, Han pareceu estar assustado.

Concordou compreendendo tal resposta e logo respondeu. ━ E eu te também amo. Está bom para você? - Perguntou ainda sério.

━Está sim… - O coração de Han pareceu tremer e por um breve momento achou que Lee apenas estava tentando o deixar envergonhado. Lee não era daquele jeito, tão direto e intenso. Sua personalidade era reservada e Jisung o amava por isso, mas convenhamos que suas investidas, deixaram o mais jovem meio atordoado. ━ Na realidade está ótimo, tudo maravigood pra mim. - Riu forçado.

━ Pra mim também. - Minho umedeceu lento seus lábios, seu olhar desceu até o pescoço arranhado de Han deixando ali um pequeno carinho no machucadinho.

━ Então está tudo bem…? - Apenas perguntou para reforçar as suas dúvidas e sorriu de lado prestando tamanha atenção na respiração de Lee que pareceu estar mais pesada que o normal.

━ Então tá jóia. -  Falou mais alto tentando imitar o seu parceiro.

━ Então é só isso?.

Naquele momento Han se perguntou o porque diabos ele estava em tal situação, tudo pesou em sua consciência por segundos mas desaparecia assim que ouvia a voz baixa e meio rouca do mais velho, que estava ali, em cima de si, olhando fixo para os seus lábios imaginando o quão gostoso seria ter aquela boquinha linda e avermelhada em seu corpo. Minho era humano, Jisung não podia o culpar e de alguma forma ele gostava de tal sentimento, mesmo que sem experiência alguma, o jovem queria dar um pouco mais de atenção ao parceiro.

━ Tem mais alguma coisa pra dizer ou que queira me perguntar? - Minho permaneceu calmo como sempre, estava tentando respeitar o tempo e todas as dúvidas que Han estava a ter bem naquele momento.

Apontou o mínimo para o rosto do mais velho que olhou meio vesgo para a ponta de seu dedo. ━ Não mas, é só namorar e ser feliz?. - Disse sarcástico como se fosse impossível.

Minho piscou meio lento pensando e concordou. ━ Isso mesmo. - O escritor sempre odiou falar sobre os seus próprios sentimentos e momentos como aquele lhe deixavam um tanto quanto avermelhado, não por vergonha, mas sim por todo o nervosismo de estar expondo do seu mais puro sentimento ao garoto.  ━ Não te garanto um felizes para sempre, provavelmente vamos brigar muito e vamos nos magoar também, é assim que uma relação funciona, não tem como ser só flores e beijos. Mas, eu juro pela minha honra e pelo meu coração, que eu farei o impossível e possível para te fazer feliz e te dar alegria.

━ Ah entendi, eu e você… - Respirou fundo tentando encontrar uma boa palavra para se usar, mas não achou .

Minho logo retomou, arrumando a sua voz, um biquinho se formou em seus lábios olhando o rostinho de Han e lentamente o acariciando ali. ━ Então...quer namorar comigo?

Levou as suas mãos até os fios macios da nuca do mais alto deixando ali um carinho gostoso e cuidadoso. ━ Quero sim. - abriu minimamente sua boca pensando em falar mais alguma coisa, porém não disse, apenas sorriu.

Bem, Jisung e Minho já haviam passado por muitas dificuldades, então em tal momento ambos se sentiram nervosos, será que finalmente era o momento? O momento em que tudo ia se resolver por completo, sem mais mágoas ou indecisões.

━ Sabendo que eu vou querer ficar com você até… - Minho estava sério, querendo esclarecer as suas verdadeiras intenções, mas acabou sendo interrompido por Jisung.

O jovem concordou com a sua cabeça falando um pouco mais alto que o normal. ━Eu aceito. Só me promete uma coisa.

━ Me fale. - Seu indicador entrou em contato com o queixo alheio, ali observando um pouco da beleza de seu companheiro.

Seu sorriso se abriu mais uma vez e se tornou radiante ao imaginar tal pedido.━ Escreve alguma coisa pra mim.

O mais velho bagunçou seus cabelos com um pouco de curiosidade, Jisung não gostava de ler e aquilo era um tanto quanto óbvio, já que o mesmo sempre deixou claro que odiava livros, documentos e até legendas de filmes e animes. ━ Porque? Você não gosta de ler...

O que Minho não sabia era que Jisung estranhamente tinha pegado um belo gosto pela leitura após ler a sua história. Sim, muitos desmereciam o autor de pouca experiência pelo mesmo ser apenas um "escritor" de fanfics em um site cujo os próprios leitores odiavam tal plataforma. Mas, de algum modo, aquela obra feita por "fã" era realmente bem elaborada e Han, mesmo após a criticar e arrumar um belo cancelamento para a sua extensa ficha de "closes errados". Ele havia a amado e nem ao menos sabia o porquê.

Tudo era perfeito, o jeito que Minho escrevia, o jeito que ele conseguia expor sentimentos e descrever momentos, toques, falas, tudo era tão sutil e bem estruturado que o Youtuber havia se apaixonado por saber que o seu amado era tão talentoso ao ponto de escrever tal obra.

Jisung sentiu orgulho, orgulho por conseguir se empenhar e ler algo que fazia parte de seu amado e se impressionou ao conhecer uma parte de Minho que ele nunca havia presenciado. Uma parte detalhista e mais profissional, Han sentia que naquela obra, Lee havia disponibilizado muito tempo, amor, paciência e cuidado. Ele gostava daquilo.

Sua voz se afinou um pouco após sair mais alta que o normal. ━ Mas eu quero, você não pode me dar isso? - Seu olhar estava semi-cerrado e seu rosto, antes sorridente, agora esboçava uma feição cheia de raiva, Han desejava algo e Lee, tinha que o fazer. Não por obrigação, mas por saber que o garoto conseguia se transformar em um mimado chato, capaz de fazer de tudo para conseguir o que quer.

Minho queria dizer não, sua animação para criar mais obras era quase nula e após perceber que o processo de publicação de um livro por meio de uma editora era estressante, ele só queria desistir de tentar ser um escritor famoso e cheio de livros publicados. Mas, uma hora ou outra Han ia conseguir o convencer, então só aceitou a derrota. ━ Fácil assim… Me dê um tempo, mas eu prometo escrever algo para ti.

━ Assim, bom mesmo. Seria horrível ter o meu maior desejo recusado. Eu já estava pensando em te morder e roubar um dos seus gatos, não a gata psicopata que me deixou quase sem a porra de um olho e todo fodido, cheio de cortes, eu até pareço um sad boy. - Comentou meio alto gesticulando com as mãos. ━ Ia ser o gatinho dorminhoco ou o outro gatinho que tinha um pelo gostoso. Eu podia cuidar de um gato, ia ser legal, será que a gente vai começar a criar eles juntos? Seria legal. Ah, posso tipo mudar o nome deles, tipo, Poko, Puka e Pika? Tipo, a Pika seria a sua gata psicopata.

Minho abriu minimamente sua boca soltando um arzinho entre um riso inaudível e fechou seus olhos por um breve momento tentando segurar a sua vontade de dar um tapinha na testa do garoto falante. ━ Jisung, você quer conversar bem agora?

━É que eu sou tagarela e eu to nervoso. - Disse rindo meio alto.

━Nervoso com o que? - Mordiscou seus lábios ainda o observando com total confusão.

━ Com você querendo me fo… - Jisung não terminou de falar, apenas olhou para o rosto congelado de Minho que logo saiu de cima de si e se sentou na ponta de sua cama.

Minho arrumou a sua voz de modo desengonçado e olhou para a televisão tentando prestar atenção no conteúdo que estava passando ali.━ Quer voltar a assistir o filme? Eu não vejo problema em dormir agora, vai ser até bom dormir um pouco, então… - Apertou os lençóis que estavam embaixo de si, não se sabe se foi pela vergonha ou pelo nervosismo, mas logo abaixou sua cabeça sentindo a derrota.

Mas, o escritor logo sentiu os dígitos alheios tocarem nos seus fios castanhos escuros, Jisung os agarrou, logo, de forma não tão violenta, os puxando para trás e com um pouco de dificuldades por antes estar cheio de cobertas, saiu do meio de tantos panos e se sentou no colo do mais velho que estava agora, deitado, descabelado e um pouco confuso. ━ Não quero assistir filme, pode ir fundo meu parceiro.

━ Ir fundo…? - Concordou lento tentando assimilar tal palavra.

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