🔓 114.┊ᥴᥲᥒᥴᥱᥣᥣᥲtιoᥒ ːᏞꮻɴꮐꭲꭼх​ꭲ.

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every day a different cancellation

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Após mais uma consulta e algumas medicações que logo foram aplicadas no jovem garoto, Jisung passou por vários exames de emergência para logo se certificar que o seu globo ocular ia se recuperar logo. Jisung — fora ter cortado a sua córnea, profundamente, a ponto do mesmo estar com uma cegueira passageira. — também tinha que se preocupar com uma infecção que havia pego no olho lesionado — mas tudo bem, o Senhor Do, velho médico daquele grande hospital estava lhe dando a palavra que em menos de duas semana, seus olhos voltariam a funcionar de forma saudável.

━ Obrigado mais uma vez, amanhã cedo eu vou marcar mais uma consulta no oculista, como o senhor falou e eu juro que vou tomar os remédios certinho. - O shitposter sorriu gentil se levantando da cadeira e logo se despediu do velho médico que acenou gentil.

E após abrir a porta do consultório deu de cara com o seu amor, que estava ali sentado na cadeira de espera, dormindo e Jisung, por um breve momento se sentiu culpado por novamente ter criado problemas.

Minho acordava cedo, trabalhava, tinha que cuidar de seus gatos e ainda dava atenção a sua irmã e ao seu amigo, que viviam em sua casa e só saiam dali quando eram expulsos, o seu único tempo de descanso lhe foi tirado quando Han havia batido em sua porta e feito toda aquela confusão que logo resultou em uma ida para o hospital, Lee estava cansado. Já eram três horas da manhã e mesmo assim, em vez de voltar para a sua casa, ele não se importou em esperar Jisung, que tinha que fazer todos aqueles exames e mesmo que naquele momento o dorminhoco permanecesse jogado nas cadeiras de espera, descabelado e com chinelos rosas nos seus pés, que foram colocados por engano. Jisung ainda o achava um charme.

Mas ele não era o único. Perto de Minho, duas garotas estavam o observando, chocadas com tal beleza do garoto que dormia de braços cruzados.

Han por um momento se sentiu incomodado e ele mesmo soube que aquele sentimento, mesmo que normal, era meio problemático da sua parte, eram apenas duas garotas comentando o quão lindo era Lee e de alguma forma, elas não estavam fazendo nada de errado, Minho era perfeito, bonito, alto e tinha um cabelo macio. Era impossível não o elogiar.

Mas, um pouco de raiva surgiu em seu coração quando uma das mulheres se aproximou do dorminhoco e sacou o seu celular da bolsa começando a tirar selfies com Lee. Jisung achou um abuso, aquilo foi uma falta de respeito com Minho, ele odiava tirar fotos, eram os raros momentos que ele estava de bom humor para posar para uma foto, então, ele soube que se o seu amado escritor acordasse com garotas tirando fotos suas enquanto dormia. Uma onda de mau humor lhe afetaria por uma semana inteira. 

O youtuber se aproximou calmo, com seus passos pequenos e lentos até a garota que estava ainda tirando várias selfies junto do escritor que estava em seu mais profundo sono e tentou chamar a atenção da mesma balançando um papel que estava em sua mão. ━ Ah, me desculpa, sabe por incomodar. Mas, Noona, você tem namorado? - O garoto sorriu olhando dócil para a mesma, que por um momento soltou um palavrão por ser interrompida.

Mas, ao observar quem estava na sua frente, a mesma guardou o seu celular meio boba e arrumou a sua voz, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, em forma de flerte, a mais baixa mordiscou fraco seus lábios. ━ Nossa, que pergunta repentina. Na verdade eu não tenho, por que tanto interesse?

Han, estava com seus braços, mãos, pescoço e rosto arranhados pelo felino que havia lhe atacado e em seu olho, estava um protetor ocular. Mesmo assim, ele era atraente e ter a sua atenção fazia quase todas as mulheres se sentirem especiais. ━ Porque está na hora de arrumar um e parar de ficar tirando fotos do meu namorado dormindo. - Riu desconfortável e logo explicou. ━ Eu sei que ele é bonito, mas tirar fotos dele desacordado é bizarro. - Murmurou balançando lentamente seus cabelos.

Sua boca se abriu em silêncio com o comentário do mais alto. Um riso constrangedor lhe foi acompanhado e sem mais atraso, a garota deu dois passos para trás e logo puxou a amiga que estava rindo horrores com a situação.

Jisung observou com dificuldade as duas amigas caminharem até o outro corredor e logo voltou a atenção a Minho, com lentidão por não enxergar direito, ele se aproximou mais do escritor e por ter medo de o acordar o mesmo chamou meio baixo. ━ Linozinho…Lee…gatinho…Lino?. Minho? - Chamou por vários nomes ainda tentando o acordar. ━ Minhoca? - Sorriu meio constrangido e logo o medo lhe atingiu, Han nunca mais ousou acordar Lee Minho após o acontecimento que lhe rendeu um trauma.

Sim, mesmo que Lee Minho não se lembrasse daquele dia específico, Jisung se lembrava, lembrava cada detalhe e cada ponto de dor que ele sentiu. A primeira vez que ele acabou acordando o escritor e de brinde levou um soco em seu rosto, às oito e meia da manhã de uma terça-feira. Han se lembrava de todos os detalhes.

Então, tentando ser um pouco mais inteligente, o garoto segurou os pulsos de Lee e se aproximou um pouco mais do rosto do mesmo. Por um momento ficou em silêncio, mas logo o chamou, após criar coragem. ━ Ei, Minho. Está na hora de ir pra casa.

E preso em seu sono, murmurando embolado, o escritor respondeu quase inaudível. ━ Papai deixa eu dormir mais um pouquinho, eu ainda tô cansado. - Mais uma vez sua cabeça tombou para o lado tentando achar uma posição confortável e logo completou. ━ Eu juro que vou estudar mais…

Sem ter consciência de seu ato, Han acabou por apertar um pouco os pulsos do garoto desacordado e soltou um longo suspiro arregalando o seu único olho bom. ━ Caralho, pensei merda. - Piscou rapidamente tentando se livrar de seus recorrentes pensamentos sujos e com um pouco de medo chacoalhou os pulsos de Lee o chamando de forma mais alta. ━ Lino, vamos para a casa, não podemos ficar a noite inteira aqui. - Han estava dando tudo de si para tentar acordar Lee, mas aquele sono pareceu estar pesado.

Era nova aquela sensação, na cabeça de Jisung, Minho era aquele homem mal humorado que raramente dava sorrisos e ele se contentou com tal visão, ele amava o seu escritor, do jeitinho que ele era. Sem tirar e por. Mas, após vê-lo manhoso, murmurando em meio ao sono profundo que queria dormir só mais um pouco, o seu coração se aqueceu um pouquinho lhe tirando um belo sorriso bobo, que foi visto por Minho, que havia acordado lentamente.

━ Já acabou? - Minho fechou seus olhos mais uma vez e bocejou ainda cansado. ━ Seus exames já acabaram? Está tudo bem? - Meio atordoado, Lee tentou se arrumar na cadeira e logo observou seus pulsos que estavam sendo apertados pelas mãos do mais novo.

━ Sim, tudo okay. Vamos para a sua casa? - Sorriu meio sem jeito e logo o soltou rindo constrangido.

Minho se levantou tonto, firmou seus pés no chão no e olhou meio confuso para os lados e após ver a placa indicando onde eram os elevadores, ele apontou para o lado direito. ━ Vamos. Precisa de ajuda? - O observou negar e respirou fundo piscando meio lento logo entendendo que o mesmo não queria a sua ajuda. ━ Tá legal. - E começou a andar até o elevador enquanto esfregava as suas mãos em seus olhos.

Minho demorava alguns minutos até de fato acordar e fazer com que o seu cérebro funcionasse 100% bem. Então, ao entrar no elevador, esperou o mais jovem o acompanhar e olhou fixo para os botões dali tentando lembrar em qual andar ficava o térreo. Bem, não o culpem, o seu cérebro só se esquecia de funcionar após uma bela soneca.

E por fim chegou aquele mesmo momento constrangedor. Eles estavam em silêncio, mas Minho, por não ficar a todo momento olhando para o seu lado, acabou por deixar Jisung para trás, o que fez o shitposter se irritar um pouco com tal situação. De alguma forma não era culpa de Lee, ele ainda estava "bêbado" pelo sono que sentia e estava meio atordoado por tudo que havia acontecido. Nem ao menos saber como tratar Han ele sabia. Tudo havia acontecido tão rápido.

Rolou o seu único olho bom e deu um tapa fraco no braço de Lee, que logo acordou de seu transe e apertou o botão do elevador comentando meio sério. ━ Cara, você é um babaca. - Observou Lee se virar após apertar o botão, riu baixo com a cara de lento do escritor e olhou para as portas do elevador que se fecharam. ━  Eu quase fiquei cego. - Comentou meio alto. ━ Por causa da sua gata, aquele monstro fofo, eu quase perdi meu olho e não é meme, chorei horrores por sua causa também, o final do seu livro é uma vergonha. Quem é o doido que escreve a porra de um livro para no final o protagonista morrer daquela forma? Eu tô traumatizado e vou ter que pagar um psiquiatra pra mim. Nem psicólogo resolve mais. - Reclamou e reclamou mais.

━ Olha, a culpa é minha? Eu quase morri por sua causa tá. - Comentou meio confuso e olhou seu reflexo no espelho do elevador, ainda tentando arrumar seus cabelos. ━ Fiquei que nem louco sofrendo pelo seu texto cheio de erros ortográficos, você falou que me odiava e eu fiquei mal. E sim, eu, eu fiquei mal, você fez o impossível Han Jisung. - Era estranho como aquilo pareceu ser uma briga, mas não, para os dois era apenas uma conversa normal cujo ambos expressavam suas frustrações.  ━ Sem contar que eu sofri tanta pressão psicológica para te pedir desculpas por uma mensagem de texto, que eu enfiei o meu celular no microondas e quase morri. Aquela porra explodiu. - Riu baixo desistindo de abaixar os seus fios rebeldes e se virou para o youtuber que permanecia de braços cruzados meio emburrado.

Jisung não sabia de tal fato. Quem era o louco que enfiava um celular no microondas assim? Por um momento Han realmente pensou em buscar apoio terapêutico para o seu escritor, certo que Minho estava passando por uma loucura artística como Van Gogh que tomava milk shake de tinta amarela e que curtia fatiar a sua própria orelha. ━ Cara, você que precisa de um psicólogo. Tá louco? Você queria mesmo se matar?. - Seu olho novamente se arregalou e de forma preocupada, Jisung tampou sua boca com as mãos.

Suas mãos negaram desesperadamente e por um deslize um riso seco e rápido saiu de sua garganta. ━ Claro que não, você acha mesmo que eu ia enfiar um iphone doze dentro do microondas e ficar olhando ele girar, girar e girar até ele explodir na minha cara? - Colocou suas mãos na cintura desacreditado na tal barbaridade que o garoto pensou. ━ Você sabe quanto custa a porra de um iphone? Eu tive que parcelar aquela porra no cartão da minha mãe porque no meu cartão o limite era muito alto. - Apontou sério para Jisung e bravo comentou. ━ E não, isso não é coisa de pobre, você que tem dinheiro demais, isso é normal! Parcelar as coisas é bem normal.

Com total estranheza Jisung piscou tentando assimilar o que Minho falou, mas ao invés de desculpas, um bico se formou em seus lábios. ━ Você fica chateado né? - Deu algumas batidinhas em suas costas entristecido tentando o consolar. ━ Ser pobre não é um defeito…

Era engraçado como toda a estranheza dos dois havia sumido junto das mágoas e incertezas sobre aquela relação. Sim, Minho e Jisung não faziam ideia do que ia sair dali, se aquilo ia dar certo ou se após o dia amanhecer, cada um ia finalmente seguir o seu caminho. Mas por agora, tudo estava tão nostálgico. Minho novamente havia perdido a paciência com Jisung e Han fazia de tudo para irritar Lee, aquele era o sentimento de conforto que ambos amavam sentir antes de todas as brigas sem sentido que começaram a semanas atrás.

━ Jisung, se você me chamar de pobre, de novo, eu vou pegar as chaves de seu carro, vou entrar nele e passar com o carro em cima de seu corpo algumas vezes e só vou parar quando eu não reconhecer mais o que é asfalto e o que é Han Jisung. - Piscou inocente tombando a sua cabeça meio pensante olhando simples para o garoto que riu alto.

Han bateu fraco no braço do acompanhante e falou animado.━ Essa pegada de louca obsessão ainda me deixa com um puta tesão. - Sorriu largo rindo baixo. ━ Se acalme meu amorzinho, fique tranquilo e mantenha a sua paz. Estamos em público, me ameace só em quatro paredes. - Sussurrou fazendo carinho nos cabelos de Minho que o olhou desacreditado com aquele comentário.

━ Porque você é assim? - Sua voz saiu descontraída, mas ainda sim, era uma pergunta real. Lee nunca entendeu o do porque Jisung ser tão estranho e inexplicável. Ele gostava.

━ Eu não sei, minha Vovózinha fala que eu sou especial e o meu Pai fala que eu sou só um erro mesmo. - Piscou e completou.  ━ Esse é o meu jeito ninja de ser, por que? - Concordou inocente e sorriu aberto.

━ É vergonhoso falar. Mas eu amo esse seu jeitinho. - Murmurou lento olhando para um ponto aleatório do elevador, que logo teve as suas portas abertas.

Han animado com o comentário de seu acompanhante tentou olhar para o lado caminhando até a saída do elevador, mas acabou batendo seu braço na porta. ━ Sério? Ai.

Minho o segurou verificando se o mesmo não havia se machucado. ━ Ai, doeu?. Toma cuidado. - O repreendeu sério.

━ To querendo, mas fica ruim ver as coisas com um olho. Minha visão parou de ser 4K e passou a ser só 1D e nem é de one direction. É porque ela ta uma bosta mesmo. Perdi totalmente o senso de espaço. - Reclamou socando o ar com raiva. E olhou meio bravo para o causador de todo o seu sofrimento. ━ Temos que conversar sério, a Dori precisa de tratamento psicológico, não é saudável esse temperamento não e olha lá. - Piscou sério e terminou. ━ O conselho está vindo de um shitposter que gosta de hentai e pornografia ruim, o negócio é bem sério.

━ Veja pelo lado bom… - Minho tentou o incentivar, mas foi atingido por um olhar irado e logo foi cortado.

━ O esquerdo. Esse é o único lado que dá pra olhar agora, porra. - Então, meio bravo por pensar que Lee estava tirando uma com a sua cara, Jisung começou a descer os três degraus com certa dificuldade e novamente se xingou por tanto azar. ━ E o meu olho esquerdo nem é tão bom, que ódio.

Sim. Ter que usar apenas um olho era prejudicial para o seu dia a dia, não era como se Han estivesse fazendo drama ou exagerando.

Explicando de uma forma simples, atrás dos olhos de um humano, além de vasos sanguíneos e músculos, há nervos. Sim, nervos ópticos, um do lado direito e o outro do lado esquerdo, cada olho vê um objeto de ângulo ligeiramente diferente, e assim as informações que o cérebro recebe de cada olho são diferentes, embora se sobreponham.

Assim, o cérebro integra as informações para produzir uma imagem completa, essa é a nossa visão, a visão binocular. Com a ausência da visão de um globo ocular, a imagem completa se torna limitada.

E para pessoas como Han Jisung, que já não tinham um senso muito bom de espaço, estar com a ausência da visão de um de seus olhos, só lhe custou o resto de sanidade mental que tinha dentro de si. Ele só queria sair dali, ir pra casa e dormir um pouco, já havia passado vergonha o suficiente e raiva o suficiente. ━ Olha Min…- Então, embora tenha visto, não conseguiu firmar seu pé no último degrau e logo " andou no ar" se desequilibrando e rolando chão a baixo. ━ Puta merda. Puta que pariu.

Minho arregalou seus olhos em desespero ao ver o corpo de Jisung cair no chão com tamanho exagero. ━ Jisung, calma. - Terminou de descer os três degraus e se abaixou verificando se o seu garoto estava bem, mas apenas foi recebido por um olhar de completa irá, algo que ele não se importou já que procurava algum osso quebrado ou alguma torção que felizmente não estavam ali. Então, após Minho olhar novamente para o rosto todo fodido de Jisung, o escritor abaixou a cabeça e escondeu seu rosto por um momento. ━ Desculpe.

Han colocou sua mão em suas costas soltando um suspiro de dor e tocou no ombro de Lee, que ainda permanecia de cabeça baixa. ━ Lino… o que foi? - Perguntou preocupado.

Mas, ao erguer sua cabeça, Jisung percebeu que os olhos do escritor estavam lacrimejando, que a sua pele estava em um tom avermelhado e que em silêncio, o mesmo estava tendo um ataque de risos. ━ Parece um beyblade, nunca vi alguém cair desse jeito, está fazendo cosplay de roda da fortuna? Ou estava cortando giro no ar?.  - Limpou as lágrimas e tentou explicar sério. ━ Eu vou ter que te enrolar em plástico bolha Jisung, eu não acredito nisso. Porque eu fui arrumar um homem tão azarado?

━ PARA DE RIR.

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