CAPÍTULO CINCO: Lee Jihoon e Kim Mingyu Só Queriam Sair Em Um Encontro
Jihoon estava nervoso.
Iria sair com Mingyu naquele dia e, embora não fosse a primeira vez que saíssem juntos – quer dizer, o ensaio fotográfico não contava muito e no dia em que Mingyu se confessou para si em um café também não contava completamente – , se sentia ainda mais nervoso por ser a primeira vez que ficariam completamente sozinhos por horas depois daquele lindo dia, então meio que não tinha como não se sentir nervoso.
A princípio, quando Gyu o chamou para sair, nenhum dos dois sabiam muito bem para onde ir, o quê resultou em uma conversa sobre quais lugares que ambos gostavam de frequentar e o que resultou também no Kim dizendo que adorava praticar Snowboard e no Lee animado dizendo que poderiam fazer aquilo no encontro já que adorava também.
Não era bem um encontro convencional, mas nem mesmo o relacionamento deles era então não tinha problema.
Hoon se sentiu feliz quando Min propôs que, além do Snowboard, eles poderiam sair para comer algo em um dos restaurantes que ficam naquela região, como o altão passava um bom tempo ali, garantiu a ele que Ji comeria o melhor Galbitang de sua vida. Isso significava que Mingyu queria passar mais tempo ao seu lado e foi inevitável não sentir seu coração não ficar quentinho com aquilo.
Estava mesmo começando a gostar de Mingyu e, sinceramente: Bendita a hora em que deixou o medo de lado e deixou seu coração falar mais alto.
O rapaz vestia um moletom vermelho com uma estampa não reconhecida, por cima uma jaqueta jeans de lavagem escura, vestia também uma calça igual a jaqueta já que eram um conjunto, nos pés um sapato quente e confortável e, só para não ficar muito simples e sem graça demais, uma boina preta sobre os fios que foram muito bem penteados.
Estava simples mas se sentia bonito – Já tinha confessado para si mesmo que tinha se arrumado tanto assim para Mingyu o achar bonito, mesmo que nunca fosse revelar tal fato ao outro.
Pegou seu celular e saiu do quarto depois de arrumar a bagunça que fez apenas para se arrumar e rumou para sala. Pegou também a chave do apartamento e pôs no bolso da calça, ele sentou no sofá e após mandar uma mensagem a Gyu dizendo que já estava pronto, resolveu mexer nas redes sociais para se distrair enquanto esperava o outro ir buscá-lo.
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É óbvio que Mingyu estava a um passo de ter uma síncope.
Estava confiante mas ao mesmo tempo se sentia como um garotinho que não sabia como agir diante da sua primeira namoradinha – como foi seu caso anos atrás, porém isso não importa. Jihoon o deixava completamente sem jeito.
O som da notificação do aplicativo de mensagem o trouxe de volta para a realidade. Era Jihoon dizendo que já estava pronto e que estava o esperando. Respondeu a tal mensagem dizendo que já estava de saída.
Se olhou mais uma vez no espelho grande do seu quarto; a camisa de gola alta vermelha com detalhes em preto, a calça jeans de lavagem clara e o casaco gigante também vermelho certamente intensificou sua beleza, mas ele não tinha tempo de ficar se admirando, saiu do quarto e fechou a porta, na sala, checou se tinha água e ração o suficiente para o seu cachorrinho (porque não fazia ideia de quando chegaria em casa) e após fazer carinho no pet, pegou a chave do carro e do apartamento e saiu, não esquecendo de trancar a porta atrás de si.
Entrou dentro do elevador e ajeitou o cabelo, nervoso, apenas uma mania que tinha e porque não queria parecer feio ou desleixado para Ji (não tinha nenhuma restrição em confessar que a sua produção do dia foi por conta do seu Hyung), também cheirou o casaco para sentir se tinha passado perfume o suficiente.
Parou o carro na frente do prédio alheio e enviou uma mensagem a Woozi dizendo que já tinha chegado. Não demorou muito para ele aparecer em seu campo de visão e Mingyu pôde constatar que, sim, não importava quantas vezes visse Hoon, ele ainda conseguia a proeza de ficar mais lindo todas as vezes.
– Boa tarde, Mingyu! – Sorriu pequeno, já sentado no banco do passageiro e colocando o cinto de segurança.
O Kim pareceu travar por um momento diante a tanta beleza que estava a sua frente.
– Oh, Hyung… Você está lindo. – A fala saiu tal como um sopro, como se estivesse fugido dos seus pensamentos, fazendo com que os dois rapazes ficassem envergonhados após isso. – Quero dizer, eu… bem… Oi, Hoonie. – Se embolou nas palavras. Woo riu com a confusão alheia – achando fofo demais o grandão, embora estivesse super vermelho com o elogio.
– Obrigado. Você… também está lindo, Mingyu. – Confessou também, a fala saiu um pouco baixa por está sem jeito, mas ficou feliz ao ver o outro corar com o elogio.
– Bom – Pigarreou, tentando sair do clima extremamente tímido que tinha se alastrado. –, tem algo que você queira fazer depois do Snowboard? Qualquer sugestão é só dizer que estarei acatando suas ordens, Senhor Jihoon. – Falou brincalhão, ligando o carro.
— Hum, sem nenhuma sugestão no momento, mas qualquer coisa eu deixo para você decidir algo mais tarde, Senhor Mingyu. – Respondeu no mesmo tom, sorrindo em seguida. Gyu sorriu de volta, dando partida.
[...]
Ao chegarem lá, Ji logo se animou (ainda mais), ansioso para se divertir. Sendo assim, conseguiram as roupas adequadas que o estabelecimento disponibilizava e também os Splitboards.
Mingyu sentou no chão ao lado do Lee para prender bem a prancha aos pés, em seguida colocando as luvas de proteção. Woozi fez o mesmo, levantando com a ajuda de Min sem muita dificuldade.
– Seguinte, vamos competir. Não tem nenhum ponto aqui que sirva de linha de chegada, então o primeiro que conseguir chegar até lá embaixo ganha. Topa? – Mingyu disse, parado ao lado do amigo (e também Crush).
Jihoon riu fraco, ajeitando bem o capacete de proteção. Mingyu copiou o ato.
– Tô dentro. Quem ganhar paga a comida.
– Beleza. No três começa, tudo bem?! – Hoon concordou com a cabeça. – Um. Dois…
Antes que o outro chegasse no "três", o Lee chegou um pouco para mais perto do morro e sem dar tempo do grandão raciocinar, simplesmente deu impulso, começando a tal competição, deixando o estudante de fotografia para trás.
Hoonie riu porque provavelmente Gyu poderia estar o xingando ou reclamando que não o esperou para começar a competição boba, mas por conta do capacete não seria possível ouvir suas reclamações já que o equipamento abafava bastante o som. O rapaz achou que estava com vantagem ao não ver Min perto de si, mas de segundo para o outro, o outro rapaz apareceu ao seu lado; era impossível ver bem a expressão alheia por conta dos óculos, mas não deu para não segurar a gargalhada quando Mingyu deu de ombros, como se dissesse que aquilo não era nada. Estava se gabando.
Achou também que estava em desvantagem quando o Kim conseguiu ultrapassá-lo um pouco, mas, de repente, as coisas ficaram confusas porque Mingyu pareceu se desequilibrar e, do nada, ele caiu, rolando morro abaixo.
“Mingyu!”, Jihoon gritou pelo susto, se inclinando e tentando pegar velocidade para alcançar o outro, mas estava sendo difícil. Tudo parou quando Mingyu bateu contra uma árvore.
“Puta que pariu! Tá tudo dando errado. Por Deus, Mingyu, esteja bem”.
Assim que chegou perto o suficiente da árvore, Jihoon se jogou de bunda no chão, impaciente, soltando os pés da prancha, mal se importando de estar queimando os pés descalços na neve. Só Mingyu importava no momento e parecia que ele sentia um pouco de dor porque levou um das mãos à cabeça – Embora que estivesse se esforçando para sentar.
– Cacete, Mingyu, você tá bem? – Sentou ao lado do rapaz, o ajudando a tirar o capacete. – Você sente alguma dor? Na cabeça ou no corpo? Quer ir ao hospital? – Ralhou a pergunta, completamente preocupado.
Mas o Kim nada disse.
[...]
– Olha, quando eu disse que você poderia escolher um segundo lugar para a gente ir depois do Snowboard, eu não imaginei que fosse a um hospital. – Jihoon comentou assim que pararam no sinal vermelho, observando Mingyu no banco do passageiro.
Depois do susto que foi ver o universitário rolar morro abaixo, a primeira coisa que Hoon fez foi pedir ajuda para levarem os dois ao hospital e enquanto esperava o raio X sair – Porque Gyu bateu levemente a cabeça e coluna e o médico disse que era melhor investigar, embora o grandão repetisse que estava bem e sem dores. –, pediu um táxi até onde estavam anterior, trocou de roupas e também pegou as roupas do Kim junto aos seus pertences, pagou pelo serviço e tomou a liberdade de usar o carro de Mingyu para voltar ao hospital – porque por mais que não tivesse um carro ou tampouco uma moto, tinha tirado uma carteira de motorista a alguns meses atrás.
Mingyu riu fraco.
– Perdão, Hoonie. Eu não queria te traumatizar e nem estragar nosso encontro. Eu não tinha a intenção de descer morro abaixo, não é! – Riu mais um pouco, apenas para descontrair, mesmo que estivesse se sentindo culpado.
– Tá tudo bem, Gyu. Você não estragou nada. Você tá bem mesmo?
– Estou bem, Hyung, não precisa se preocupar. Minhas costas doem um pouco, mas não é nada preocupante. Eu só sinto um pouco de fome.
– Então vamos comer. Onde é aquele restaurante que você disse? Coloca aí no GPS. Quero ver se o Galbitang que você falou é tão bom assim porque na minha humilde opinião o meu é o melhor de todos.
– Ah, é? Será que eu vou poder provar dele um dia então? Mas, sério, Ji, você vai adorar, tenho certeza.
– Claro. Tá sugerindo um novo encontro? – Gyu concordou com um resmungo. Hoon balançou a cabeça, sorrindo. – Então vamos logo comer que eu também estou com fome.
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Foi muito bom para ambos o tempo que passaram juntos e, mesmo depois do incidente, o encontro seguiu como se nada tivesse acontecido, com boas conversas e boas risadas. Os dois amaram tudo.
Assim que Mingyu parou o carro na frente do prédio de Woo, os dois se encararam por alguns segundos antes de caírem na risada (mesmo sem nenhum motivo aparente).
Gyu se aproximou, dando um beijo na bochecha alheia, desejando uma boa noite. Jihoon desejou o mesmo, já abrindo a porta para poder sair, mas algo o impediu; na verdade, uma ideia maluca o fez voltar a olhar para o outro.
E então, sem pensar muito, sem medo ou receio, se aproximou rapidamente, colando seus lábios nos de Mingyu em um selinho demorado o suficiente para o outro segurar seu rosto com delicadeza. Assim que se separam, Woozi sorriu e enfim saiu do carro, adentrando no prédio, deixando para trás um Mingyu surpreso – e suspirando como um idiota-bobo-apaixonado.
“Meu Deus, eu não acredito que o beijei”.
“Por Deus, eu não acredito que ele me beijou”.
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