Capítulo 8: Nenhum homem é uma ilha.
Acordei em meio a aquela confusão de braços e pernas, ainda um pouco sonolenta olho em volta, meio perdida. Nunca tinha deixado um cara dormir na minha cama, passar a noite nela, mas ele não se importou em consultar se podia ou não, e eu não me importei em barra-lo.
Precisava ir urgentemente ao banheiro, mas os braços dele me seguravam de forma possessiva. Cada vez que me esforçava para me libertar, ele segurava mais forte. Até que consegui fugir da sua doce prisão, tendo em resposta um grunhido nada satisfeito dele, que rolou pela cama. Minha cabeça ainda estava tentando arquivar as últimas vinte e quatro horas que ficamos trancados neste apartamento, fazendo você sabe muito bem o que. Mas para colocar de uma forma mais romântica, posso dizer que vivemos intensamente nosso amor. Põe intensamente nisso. Muito intensamente. Tanto que estou um pouco dolorida, e só sinto isso agora, ao caminhar.
Sabe aquela dor no corpo que você sente depois do primeiro dia de academia? É isso que sinto neste exato momento. Depois de cumprir meu ritual matinal, me olho no espelho enquanto escovava o dente. Meus olhos azuis pareciam mais claros como sinal do meu excelente humor, meu cabelo estava um caos como sinal da minha cama, minhas bochechas rosadas como sinal de que ainda tenho um pouco de vergonha, vestindo a blusa preta dele como um grande sinal de conquista.
Escovo meus cabelos, prendo em um rabo de cavalo, ao voltar para o quarto ainda o encontro dormindo. A luz que filtrava pela janela no seu corpo nu, o tornava um espetáculo para os olhos, me escorei na parede, fiquei observando, e era impossível não pensar que muitas mulheres desejavam ter o privilégio que eu tenho agora, garotas colecionavam suas fotos, vídeos feitos pelo celular com ele dizendo ou tendo algum gesto doce com seus fãs, algumas dariam o mundo para estar ali, onde eu estou. E eu, que nunca se quer quis saber dele, tinha tido esta oportunidade de conhecer o homem por baixo destas milhares de camadas.
Eu conhecia o Thomas inteligente, sério as vezes, concentrado, com bom senso de humor, romântico, sedutor, quente, meticuloso. Um homem completamente oposto do que meus colegas da grande mídia divulgam sobre ele. Dizem que nenhum homem é uma ilha, mas dentro deste homem há uma ilha, onde ele guarda o melhor da sua personalidade apenas para aqueles mais próximos, mais íntimos. Seria tão bom se ele socializasse mais desta ilha com o restante do mundo. Mas parte de mim, aquela parte egoísta se sente especial, por ser uma das poucas que conhece esse lado dele.
Caminho até a cama, o movimento que a cama faz quando me sento, o acorda, ele olha para cima e me observa com um pequeno sorriso torto, aqueles de derreter qualquer coração, até o mais duros como o meu. Me enterneço com a visão, resultando em um doce...
- Bom dia
- Bom dia princesa! – Ele fala docemente, afagando meu rosto. – Dormiu bem?
- Sim, muito bem. E você? – Correspondo a sua preocupação, com aquele sorriso bobo que parecia um reflexo incondicionado do sorriso dele.
- Também. – Ele fala alegremente.
Ele se levanta da cama, caminhando como um gato com toda sua classe e corpo esguio.
- Vou tomar um ducha rápida, me arrumar e vamos sair por ai causando alguns AVCs em alguns paparazzi. – Ele abre um sorriso cativante e caminha até o banheiro, logo escuto o ruído da água, e a minha imaginação da água percorrendo seu corpo, evoca a lembrança do nosso banho no dia anterior.
- Foco, Katherine! Foco! – Balanço a cabeça enquanto vou até meu closet.
Enquanto procurava minha roupa, meus olhos são mais uma vez atraídos pelos dois cabides com a capa preta plástica para roupas. A roupa dele, ali próxima as minhas, nunca pensei que teria esse pensamento bobo, mas não deixa de ser um pensamento. E mais uma vez fui atropelada pela esmagadora lembrança de que ele atravessou o mundo por mim, que ele largou sua agenda por mim, que ele não quer me perder, ele se declarou para mim, resolveu ontem perder o dia comigo, na minha cama, em um apartamento simples. O plano era fazer isso ontem a tarde, mas ele preferiu a minha companhia e adiar os planos para hoje, quando aproveitaremos juntos um passeio. Agora ele vai esfregar nossa relação publicamente na cara de todos. Oh Meu Deus! Isso é muito mais do que poderia imaginar que teria a alguns dias atrás. Por que a alguns dias atrás eu só tinha o meu trabalho e ele me bastava. Agora tenho o Furacão Thomas Declan na minha vida, avassaladoramente intenso e sexy, com ventos que carregam meu juízo para longe, destruindo toda a minha razão, e me deixando ridiculamente piegas. Por que esse pensamento agora foi piegas.
Balanço a cabeça tentando apagar aquele momento ridículo da minha memória, antes parecia mais fácil escolher uma roupa, afinal pegava a mais confortável e que se encaixasse no meu humor naquele dia, se pensar se vai estar na moda, se combina comigo. Mas desta vez me vi escolhendo, pensando no que vestir, no que ele iria gostar, o que faria as pessoas não falarem mal quando vissem as fotos dos paparazzi, até que escolho o vestido floral para combinar com o roteiro que tínhamos traçado ontem. Algo romântico e leve, que ele sempre quis fazer e nunca pode com receio do assédio dos paparazzi, mas que agora ele pode fazer por que quer viver o assédio dos paparazzi.
Ouço abrir a porta do banheiro, quando me viro, meus pensamentos todos se esvaziam pela milésima vez em menos de vinte e quatro horas. Por que ele com a pele úmida com a toalha em volta do quadril, ameaçando cair a qualquer momento, cabelos molhados e desalinhados, é quase um atendado ao pudor. E o mais ridículo de tudo isso, é que ele não tem a mínima ideia do seu poder de destruição. Tanto que passa por mim com um sorrisinho natural, dá um selinho nos meus lábios e vai para meu closet, escolher entre as roupas dos seus dois cabides. E eu só penso uma coisa: "Gostoso, cretino, filho da puta!".
***
Nós andávamos de mãos dadas pelas calçadas das ruas de Nova York. Movimentadas, pulsando, como sempre. O ar agradável, com um sol morno. Cada um de nós segurando uma sacola do Starbucks na mão livre, ele com as bebidas e eu com os Donnuts. Riamos, conversávamos de forma animada, as vezes serias, como todo o casal. Em casa semáforo ele me puxava para um abraço, ou um beijo no topo da cabeça, até um selinho roubado nos lábios.
A única diferença para os outros casais nesta cena toda, era o pequeno exército que nos seguia. As vezes conseguia ver um ou outro, mas quando Thomas percebia que eu estava me dispersando e saindo da nossa bolha, ele me puxava com alguma conversa, no início ele apenas dizia "deixa pra lá", depois ele dava um leve aperto de mão e um olhar doce com um pequeno sorriso.
E assim foi nosso caminho em direção a um dos milhares de pequenos parques de Manhattan. Lá nós sentamos sob uma árvore, abrimos nossa sacola, e compartilhamos nosso café acompanhado da voz melodiosa de Thomas, que tinha trazido uma pequena edição de bolso de Muito Barulho Por Nada, do William Shakespeare, e lia fazendo várias vozes, arrancando risinhos de mim, as vezes quase me engasgando, para logo em seguida ele afagar minha costa carinhosamente com um mudo pedido de desculpas pelo quase assassinato.
Até que simplesmente sentamos, ele com as costas contra uma árvore, eu entre as suas pernas com a costa apoiada contra seu peito, observando o vai e vem das babás com os carrinhos de bebê, aposentados com seus jornais, corredores com seus Ipods, empresários pendurados em seus celulares, crianças com seus gritos e casais de apaixonados com suspiros. Eu sei...Eu sei, estou sendo patética de novo. Mas entre as moitas vejo a lente de uma câmera e um boné preto, quebrando assim todo o espirito.
- Como consegue ignora-los? – Pergunto curiosa.
- Ignorando-os. – Responde com descaso, sinto seu movimento, como se desse de ombros.
- Mas eles são... – Falo entre dentes.
- Irritantes? Invasivos?...Eu sei...Mas esses de hoje até que não. Tem uns bem piores, que pulam na sua frente, rodeiam você, fazendo perguntas, você mal consegue andar, no início é assustador.
- Eu sei disso melhor do que ninguém, eu enfrentei isso no meu primeiro dia de trabalho. Mas por que hoje eles estão assim? Mais reservados?
- Por que eles não me esperavam ver com você. Eles não sabiam que eu estava em seu apartamento, então eles foram pegos de surpresa, achavam que você sairia só para cumprir sua rotina, então de repente...BAM!...o cara que eles menos esperavam ver, estava ali, na frente deles, passeando com a suposta namorada que o traiu. Então eles foram pegos de calça curta. Diante dos últimos acontecimentos, eles preferem ficar distantes, por que esperam que sem interferir, estando só nós dois, eu acabe brigando com você por causa da traição.
- Então estamos matando eles de tédio? Já que não brigamos?
- Também não, ao contrário, estamos dando o material mais suculento de todos os tempos.
Me viro encarando ele com curiosidade.
- Por que?
- Pensei que tivesse investigado tudo sobre mim. – Ele ergue uma sobrancelha desafiador com aquele sorriso torto zombeteiro.
- Como sab...
- Você é uma jornalista, é o mínimo que eu esperava de você.
- Ah! Mas não consigo entender. Por que nós dois, como um casal normal, sem brigas, seria algo suculento?
- Por que nunca tive um relacionamento normal, só peguei algumas garotas por um tempo. Assumo que era um filho da puta nesse quesito. E você está sendo a primeira que estou fazendo tudo isso, seguindo todo esse plano de casal normal, algo como flertar, paquerar, se pegar, namorar, levar para passear, fazer algumas loucuras. Essas coisas. – Ele acena em volta. – Como já disse, eu mudei muito desde que eu conheci o Jimmy, ele fez ver muitas coisas, na verdade eu já vinha mudando, ele foi apenas um catalizador de responsabilidades, eu levava duas vidas completamente opostas. O Thomas da fazenda, que andava a cavalo, no meio da família, que só alguns conheciam, e o Thomas da estrada, o cara mulherengo, chapado, que vivia bebendo e irresponsável. Ele era como um personagem que eu criei para esconder quem eu sou mesmo, e fui cansando, deixando, mas com medo de deixar, até que o James me mostrou que não precisava me esconder, que o cara legal que eu era não merecia ficar escondido. E você... – ele coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha enquanto olha nos meus olhos. - ...foi a primeira mulher que conheci depois deste novo Thomas, uma pessoa que não vou magoar com esse lado mulherengo, que poderei ser pleno com ela, onde podemos ter essas experiências em público, sem medo. Se você algum dia partir meu coração, vou sofrer em público também.
- Eu nunca vou partir seu coração. É mais fácil você partir o meu. Por que eu sou o lado mais fraco, o lado que sempre a corda arrebenta.
- Não deixarei você sofrer. Prometo. – Ele afaga meu rosto e sela os lábios. – Eu estou levando esta nossa história a sério, Katherine Thompson. Tudo a princípio pode parecer uma grande armação da Emily para nos juntar, mas eu vejo como um sinal de que deveria encontrar você, por isso que o destino te colocou naquela situação, comigo, naquela limusine, fugindo destes loucos com câmeras. Essa eu vou ficar eternamente em dívida com eles. Por que se não fosse o assédio deles, eu não ia ter que te salvar, assim não estaria preso naquele carro sendo obrigado a apreciar uma das mulheres mais bonitas daquela festa.
Fico vermelha, timidamente baixo o rosto.
- Eu não sabia que tinha causado uma boa impressão.
- Desde que entrou naquela igreja, nunca mais consegui tirar meus olhos de você, menina.
Ele beija meus lábios, lentamente, sob as árvores, a brisa matinal, apagando o mundo, os abutres, tudo a nossa volta. E ficamos ali, como um casal apaixonado.
***
Quando percebemos, já era próximo da hora do almoço. Então seguindo a sugestão de Thomas, caminhamos até uma pequena cantina italiana que ele havia visto no caminho de casa. Ao contrário das mesas discretas que ele sempre escolhia, desta vez quis uma na janela, o casal de proprietários estava encantado em estar nos servindo, se desdobrando em delicadezas, quando estávamos só na mesa, eu comentei:
- O lado bom da fama é que todos são educados, amáveis e tratam com toda cortesia possível e imaginável.
- É...Mas nem sempre é bom...Por que nunca sabemos quando é verdadeiro, quando as pessoas te admiram mesmo, ou puramente falso. Neste ramo tem muitas pessoas que só querem tirar proveito, arrancar uma parte de você, como parasitas. – Fala um pouco amargo.
- Eu poderia ser uma dess... – Ele me corta de forma rápida e incisiva.
- Eu percebi de cara que você não era assim. Com um tempo você desenvolve tipo um radar, onde consegue descobrir quem quer apenas se dar bem, e quem te admira de verdade.
Uma mocinha loira, por volta dos 17 anos, com tênis, all star e blusa, se aproxima sem jeito e fala:
- Desculpa atrapalhar, mas você poderia tirar uma foto comigo? Sou sua fã. – Seus olhos imploravam imensamente. Em resposta veio um sorriso brilhante de Thomas.
- Claro, sem problemas. – Ele responde com toda educação possível.
- Eu posso tirar para vocês. - Me ofereço.
A mocinha me entrega o celular, eu posiciono os dois na tela, vendo que Thomas colava o rosto com um sorriso brilhante, assim como sua fã. Fiz duas fotos, para caso uma fique tremula, e devolvi o celular para ela. Que sorriu e falou sem jeito:
- Agora posso tirar com você?
- Cla-Claro! – Respondo meio desarmada, sem jeito.
A forma como fui pega de surpresa e reagi, acabou arrancando uma risada do Thomas que logo se encarregou de pegar o celular para fazer a foto de nós duas. Devo dizer que foi meio desajeitada. Afinal, nunca tinha feito isso. Thomas devolveu o celular para a adolescente que disse muito empolgada:
- Vocês dois são muito mais lindos ao vivo. Parabéns! Felicidades! Essa vai arrasar no site de vocês!
Ela saiu saltitando toda feliz, eu me virei para ele com uma expressão de puro estranhamento:
- Nosso site?
Ele deu mais uma gargalhada de pura diversão.
- Pensei que soubesse, mas já tem alguns sites nossos, onde os fãs falam da nossa relação. Claro que tem sites de fãs que não gostam, afinal, não vou para o altar com elas. Aparentemente eles ainda não se decidiram se é Thomine ou Kathomas...Alguns chamam de um jeito e outros chamam da outra forma. É engraçado, quando meus assessores me mostram eu ri muito. Por sinal a essa hora devem estar arrancando meus cabelos, como meu celular está desligado, ai que eles surtam, mas afinal eu os pago para isso. Para administrar...os abutres.
Eu ouvia tudo aquilo como uma aluna atenta que tentava compreender tudo que o professor explicava mas a matéria era muito complicada.
- São mais fãs que gostam ou que odeiam?
- Segundo levantamentos, parece que são poucos haters, você com esse jeitinho conseguiu cativar as fãs, agora elas se projetam em você. Digamos que sua biografia ajudou bastante, a forma como se comportou diante de tudo isso, só ainda não sei como reagiram diante da possível história da traição.
- Certamente devem me achar louca, como vou trair um cara gato e gostoso, desses? Só posso ser louca! Isso por que elas não sabem do que ele é capaz na cama. Ai elas mandariam me matar. Algo como a Santa Inquisição.
- Capaz na cama? – Ele ergue uma sobrancelha provocadora.
- Muito capaz. – Dou um sorrisinho.
- Vamos almoçar logo que ainda quero passar pelo seu apartamento. Afinal, vou passar um bom tempo sem você e não quero enlouquecer.
- Precisamos almoçar? – Provoco.
- Sim. Precisamos. Você tem que se alimentar, ontem mal comemos.
- Eu comi um prato de gato saboroso.
- O que vou fazer com você, menina? Você é perigosa!
- Simples, é só tentar voltar logo.
- Não imagina o quanto correrei para voltar para você e a sua cama.
Ela abre um largo sorriso, então a comida é servida. Conversamos sobre tudo um pouco ao longo do almoço. Ele me explicou mais como funciona esse negócio maluco de Thomine, Brangelina, Robsten e etc. Foi interessante saber que os fãs torciam na ficção e na vida fora da telas. Que até sites só sobre mim estavam surgindo. Ele até me aconselhou a evitar a internet, talvez no momento seja bem sábio. Contei para ele do quanto meu editor ficou louco de raiva, ele se desculpou, mas disse para relaxar, que adorava desafios e esse seria mais um.
***
Depois do almoço seguimos para a minha casa, a fome de um pelo outro foi tanta, que mal passamos da porta e minhas pernas já estavam em volta da cintura dele. Ele me imprensou contra a parede enquanto nossos lábios se beijavam com desejo e ânsia. Mordiscava, provava os lábios dele. A mão dele se aventurou sob meu vestido, e rasgou minha calcinha, acompanhando um gemido. Os lábios dele se afastam do meu e ele sussurra com uma urgência louca:
- Eu quero você, agora. Eu estava louco. E vou ficar louco esse tempo longe.
- Eu também
Foi tudo que eu consegui dizer antes dele me beijar novamente, me devorando. Ele deu um jeitinho e abriu o zíper da calça jeans, baixou a cueca a calça, logo estava em mim. Me fazendo gemer.
Sexualmente eu não era muito experiente, não tinha tido muitos parceiros, a maioria tinha sido tradicional, convencional. Com ele pensei que seria assim, por que até agora todos os nossos momentos haviam sido em uma cama. Mas aquele outro lado dele, meio selvagem e urgente eu tinha gostado. Estar vestida com ele dentro de mim, aquela urgência tinha um lado excitante e único. A respiração ofegante dele no meu pescoço. Cada remetida me imprensando com o corpo na parede. Era impossível não gemer alto, não perder a cabeça, ainda mais quando ele perdeu o controle e ganhou velocidade. Deus, eu poderia ficar eternamente assim com ele.
Não pude deixar de imaginar, o roqueiro suado pegando as fãs nos camarins de show, ou no canto escuro atrás do palco. Aquela imagem dele não me causava ciúmes por que estava no passado. Mas mesmo assim evocava uma aura sedutora em torno dele. Que me fazia desejar conhecer esse lado quente que agora seria só meu.
Assim como eu chegaria ao ápice só com ele. E eu cheguei mais uma vez, mas desta em especial foi violenta e intensa. Mas ele ainda se guardava para mais uma rodada, e aquilo parecia recarregar minhas baterias. Ele me colocou no chão, arrancou a blusa pela cabeça, me olhando como um predador, eu o ajudei a retirar a calça e a cueca que já estavam no meio da costa, ele na urgência rasgou as alças do meu vestido, me surpreendendo e excitando, deixando um trapo no chão. Então me carregou no colo, me jogou na cama e seus lábios me exploraram de todas as formas tentadoras.
Quando estava já implorando por ele, fui atendida, com ele dentro de mim novamente, seu corpo suado e quente envolvendo o meu, como se pudéssemos nos tornar apenas um. Mas desta vez seguimos aquele ritmo intenso até os dois alcançarem o prazer completo e despencar na cama, embolados naquela mistura de braços e pernas, completamente envolvidos pela satisfação encontrada no outro.
Ele sussurrou:
- Você é meu maior pecado, menina.
- Você também é.
Apagamos para um breve cochilo. Bem breve, por que logo depois Thomas queria mais uma rodada de sexo ardente, cheio de desejo, forte e intenso. Para depois irmos ao banheiro, tomar um banho e mais uma vez ter um orgasmo nos braços dele, que parecia insaciável, se aquele homem não subir no avião mais rápido, eu vou acabar sendo sucumbida pela seu desejo incontrolável que influenciava diretamente o meu.
***
Durante o trajeto dele para o aeroporto, no carro que havia sido enviado para busca-lo, nossas mãos não se largavam, trocávamos olhares cheios de significados. Ele me enchia de recomendações para me cuidar, não entrar nas provocações dos paparazzi, não acreditar em tudo que ler. Mas sim, acreditar em tudo que vivemos nesses dois dias aqui, nos dias em Los Angeles. E eu também dei várias recomendações, como evitar as perguntas capciosas, cuidado com as festinhas e só falar comigo quando puder mesmo.
Quando o carro parou na calçada do portão de desembarque, descemos sobre a vigilância distante dos paparazzi. Ele estava de mãos dadas comigo o tempo todo, agindo como o namorado, foi até o balcão da companhia, sem largar a mão um minuto se quer, até que chegamos na hora que tínhamos que nos separar, olhei nos olhos dele e vi a mesma coisa que eu sentia.
- Eu já estou com saudade, princesa! – Ele falou com uma doçura que fez meus olhos encherem d'água.
- Eu também! Já estou com saudade! – Brinco com o casaco dele, as bordas, enquanto olhava nos olhos dele. – Você me tornou uma boba!
- E você me transformou em um certinho meloso! – Ele deu um sorrisinho torto.
- Volta pra mim rápido?
- Volto correndo. Logo logo estarei morando e gravando em Nova York, ai as coisas serão mais fáceis com e seriado. – Ele toca meu rosto com carinho.
- Até lá vou ter que aprender a transar pelo Skype. – Falo baixinho, para ficar só em nós dois.
Ele dá uma risada e então fala com carinho.
- Mas nada se comparar em estar dentro de você, baby!
- Thomas! – Olho chocada
- Acostume-se, por que é apenas a verdade que estou falando. – Ele beija meus lábios. – Tchau princesa! Se cuida!
- Tchau, gostoso! Juízo!
Ele me beija apaixonadamente, aquele beijo de arrancar o folego, de roubar a alma. Então se afasta relutante, segurando a minha mão até onde pode. O acompanhei com o olhar até onde consegui, dei as costas com um suspiro e caminhei até o carro. Mas antes que chegasse nele, fui cercada pelos paparazzi. Apenas abracei meu próprio corpo, baixei minha cabeça e caminhei resoluta, não ouvindo o que diziam para mim, como se anulasse eles, apenas respondi um fraco:
- Nada a declarar.
E entrei no carro, afundei no banco, o perfume dele ainda estava ali, desafiando o cheiro de carro novo do carro. Me acompanhando até o apartamento.
Ah! O apartamento, esse merecia um capitulo a parte, ele estava cheio de Thomas por todos os cantos, a blusa que ele usou aquela tarde ainda estava caída no chão, junto com meu vestido e calcinha que eram trapos, que logo foram para o lixo. O perfume dele estava intenso na blusa em minhas mãos, no lençol da minha cama revirado, que eu arrumei, mas não quis trocar, por que lá ainda estava cheio do cheiro dele.
Quando fui colocar o pijama, olhei os dois cabides com roupa dele, pendurados ali, me olhando de forma zombeteira, me desafiando de forma não verbal, assim como a escova-de-dentes que repousava no copo da bancada, ao lado da minha, como se esperasse o retorno do dono. Será que ele propositalmente tinha espalhado vestígios deixando uma lembrança viva, ou foi apenas acidental. Talvez eu nunca saiba, mas em parte era reconfortante, diminuía a saudade com aquela doce sensação que ele ia voltar para casa.
Vesti sua blusa, tirei uma selfie e mandei por mensagem para ele com um simples "Boa noite, meu amor! Sonhe comigo!". E fui dormir, tentando sonhar com ele.
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NOTA DA AUTORA:
Gente, desculpa a demora de milênios para postar mais um capitulo, mas as coisas estiveram loucas em minha vida, mas finalmente consegui organizar. Dei uma lida na história e achei alguns errinhos e vou revisar, assim como incluir alguns vídeos com músicas, aproveitando os novos recursos do Wattpad.
Obrigada pelas mensagens e puxões de orelha! Prometo me regenerar! Espero que o capitulo tenha compensado a espera.
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