Capítulo 9
6 meses depois.
Annelise recebeu uma notícia de que logo 3 viraram 4.
Como contar ao marido e ao filho que teria mais uma criança sobre esses corredores? Annelise não sabia como prosseguir, contaria para quem primeiro? Decidiu ir para a casa de sua mãe, buscar algumas dicas.
Com um sorriso no rosto, saiu pelo palacete, nem ao menos notando seus dois meninos para trás, enquanto Alfredinho pulou para fora com a dona.
- Ela levou o cachorro? – Gustavo, volto aos dois? – E não vocês?
- Ela está estranha, faz umas três semanas. – Eric murmurou pensativo. – Mas acredito que seja por Tom ter que ir para um internato...
- Ela não aceitou bem? – O cunhado voltou ao mesmo pensativo.
- Acha que uma escola longe pode deixar crianças solitárias e abandonadas... – Tom murmurou imitando Annelise. – Mas todos na família do papai foram, quero ir também. – Ele parecia mais animado com as atividades que tinham naquele castelo da Irlanda do que qualquer outra coisa.
- Abandonados? – Gustavo ponderou. – Bom, são criações diferentes, a família dela frequentou a escola pública,enquanto Annelise foi para uma na França...
- Como sabe disso tudo? – Nem Eric tinha todos esses conhecimentos pela própria esposa.
- Marinete conversou com Erika, disse que conheceu Annelise nos anos mais sombrios. – Os três homens se entreolharam, Tom ficou pensando no que seriam esses anos mais sombrios? – Ela não contou nada sobre os anos sombrios?
- Não, ela não me falou da escola. - Tom recebeu aquele olhar do pai, o fazendo resmungar enquanto saía do escritório, subindo para o quarto de brinquedos, deixando os dois amigos sozinhos na sala que permanecia aberta. Eric voltou ao seu espaço e pôde respirar o cheiro dos livros antes de voltar ao amigo. – Annelise contou dos pais e de seus irmãos estendidos, de sua maqueira e que ela não ia ter um futuro tão bom...
- Não falou do passado?! – Gustavo deduziu, voltando a beber o conhaque que tinha sido lhe entregue em algum momento. – Marinete queria saber mais dela depois que enfrentei Nicole, então acabei ouvindo um pouco, mas Erika é uma boa amiga porque encarou sua irmã nos olhos e falou que tudo que seria discutido ali seria informado a Annelise. – Fazendo os dois rirem e soltarem um suspiro juntos.
- Ela é muito corajosa, por tudo que já foi entregue, sabe? A vida não costuma ter muitos favoritos, mas ela deveria ser uma das favoritas. – Eric sabia que Annelise era uma mulher forte, realmente tinha sorte de tê-la ao seu lado.
- Sim, ninguém enfrenta Alice e Nicole na mesma noite. – Ambos riram. – Você tem sorte, meu amigo. – Eric se sentiu confiante. Pelo menos uma vez sabia o que tinha em sua casa e que essa esposa o amava de volta.
...
Annelise queria ter certeza de estar carregando um novo anjo em sua vida, então foi a uma parteira, em busca de sinais e tinha a leve confirmação de algo. Annelise sempre preferiu parteiras a médicos, sentia-se mais confortável. Com isso, o caminho para casa foi mais tranquilo.
Seu plano era conversar com sua mãe, mas a senhora. Lilica poderia deixar esse anúncio público e seu querido pai, em momentos de orgulho, tinha a mania de bater com a língua nos dentes, então foi atrás de conselhos mais antigos. A parteira de uma amiga sua sempre lhe deu muitas explicações sobre a vida adulta, então nada melhor do que consultá-la.
O caminho para o palacete foi tranquilo com seu cachorro. Alfredo lambia suas mãos e a mantinha focada durante o caminho de terra. A carruagem balançava bastante, mesmo assim, seus olhos acompanhavam os campos e as árvores perfeitamente cortadas, mostrando que o seu lar logo apareceria à sua frente, fazendo o sorriso abrir.
Não demorou muito para a casa ilustre de tamanho e beleza tomar conta de seus olhos, pedras brancas indicavam o caminho para a carruagem seguir a porta de entrada, janelas tão bem colocadas à sua frente davam aquela luz da manhã para qualquer um lá dentro ver.
- Chegamos, madame. – Por fim, seu fiel cocheiro, senhor José, sorriu ao abrir.
- Muito obrigada! – Com um aceno, pulou para fora com Alfredinho, que veio aos galopes em sua frente. Abrindo e dando de cara com Tom parado bem na porteira. – Aconteceu algo?
- Disse que ia na vovó, mas ela veio aqui. – Tom parecia analisar a mesma com seus olhos claros, deixando um clima tenso, mas Annelise ficou pensando em que vó ele estava comentando.
- Qual avó está comentando? – Passou pelo menino pensativa.
- Sua mãe. – O Tom foi óbvio, deixando Annelise com aquela cara pensativa.
- Ah, ela nunca vem aqui. – Murmuro voltando ao Tom. – Justo no dia que vou la, ela vem aqui? – Mentir é feio, mas contaria no jantar, achava que seria um bom momento para surpresa.
- Meu pai não gostou muito disso. – Ah, é, Eric tinha um negócio de saber aonde ela ia e quando voltava. Erika dizia que ele podia ser controlador, mas realmente não achava isso, tinha algo atrás de seus comportamentos, mas ela não sabia dizer o que era.
- Seu pai não gosta de muita coisa. – Fazendo os dois rirem. – Ela foi embora?
- Foi, papai a colocou para fora. – Aquilo a fez rir baixo com tom, sua mãe chegava a ser inconveniente às vezes, Erika sempre subiu entre as pessoas com seu carisma, já sua mãe queria tocar em pontos delicados.
- Finalmente apareceu. – A dureza em suas palavras vinha também com preocupação e medo. – Onde esteve? – Annelise voltou ao marido pensativo, falaria agora ou deixaria para depois? Mas seus dois meninos tinham sua atenção agora, então, com um suspiro, decidiu contar.
- Bom, hoje de manhã tive uma confirmação sobre algo que esperei bastante tempo. – Annelise esperava esse bebê desde o momento em que se casou. – Precisava ter certeza para não dar falsas suposições.
- Diga logo. – Tinha um jeito nervoso, fazendo-a sorrir de leve.
- Eric, Tom, - fez um carinho no menino. – Acho que entendi por que fiquei tão emotiva por você ir para uma escola tão longe de mim. – Annelise sorriu para Eric. – Descobri que estou grávida. – Aquilo abriu o bocão de ambos, fazendo-a rir de seus espantos.
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