Capítulo 7


1 ano tinha se passado.

Tom ia fazer 8 anos, Annelise parecia animada para a tal comemoração, tinha imaginado viagens à praia ou até mesmo visitar parques, brincadeiras ao ar livre, tinha muitos planos e o menino com Alfredo pareciam realmente gostar de suas ideias.

Os filhos ainda não apareceram, mas realmente tinha esperança de que logo teria um bebê ao seu lado. Tom vivia falando em querer ter um irmão.

- Quero um irmão de aniversário. – Murmuro pensativo.

- Acho que não é assim que as cegonhas funcionam. – Annelise murmurou pensativa, enquanto entregava um pedaço de bolo. Eric quase engasgou com o seu.

- Cegonha? – Ambos perguntaram com curiosidade.

- É! A cegonha, - ela sorriu animada para os dois. – Elas costumam trazer os bebês, - volto a Eric. – Não é? – Pisco com carinho.

- Eu não sabia disso. – Tom parecia encafifado.

- É que ela age diferente para cada família, - Annelise sorriu. – Por exemplo, para mim e seu pai, ela vai em forma de um pardal. – Sorriu com a cara do menino, enquanto Eric realmente encarou Annelise pensativo.

- Pardal, não tinha algo mais bonito? – Ele realmente pensou em um beija-flor? Ou até mesmo algo mais belo, como um cisne.

- Gosto de pardais. – Ela murmura longe dos pensamentos dos meninos.

- Bom, se for assim, pouco me importa, - Voltando para o jornal. – Só acho que devemos tentar mais então para o pardal aparecer. – O comentário rendeu uma tapa em seu ombro, o fazendo rir.

- Para com essa brincadeira. – Resmungo envergonhada. – Fazemos todos os dias. – Ela volta para frente. Já tinha começado com pensamentos de que ela poderia ser incompetente até mesmo para trazer um bebê, fazendo-o bufar baixo. – E ainda não aconteceu. – Eric perdeu a graça quando viu os olhos tristes de Annelise, fazendo-o segurar sua mão.

- Às vezes demora para acontecer - Eric garantiu com um sorriso. – Demorou três anos para Tom vir, então relaxe. – Aquilo a fez suspirar mais calma. – Hoje iremos visitar alguns amigos meus, que vieram de fora para o aniversário de Tom, acredito que será uma boa distração. – Eric tinha convidado a dedo quem viria à casa, já que, com esse ano morando com a mulher, sabia de algumas peculiaridades da nova esposa, primeiro ela tem algum medo de públicos grandes e segundo sente vergonha de sua maquiagem, então as pessoas ao seu redor têm que ser bem escolhidas.

- Alguns amigos, - Voltando para o palacete. – Teremos que arrumar a casa então? – Sorriu ao marido que sorriu de encontro.

- Sim. – Fez um carinho em sua mão.

- Já estou pronto, vamos! – Eric foi despertado dos brilhos que circulavam naquele momento para Annelise, assentindo com carinho.

- Aonde vão? – Ele realmente não gostava de ficar sobrando na aventura dos dois.

- Vamos visitar Lilian. – Annelise sorriu, voltando-se para Tom, que parecia envergonhado. – Precisamos contar para ela que Tom está crescendo bem e com saúde, não é querido? – Tom garantiu com acenos. – Disse que veríamos sua mãe. – Ajeitou os cabelos loiros. – Agora vá ajeitar esses cabelos e iremos. – Com um aceno, ele fugiu.

- Irá visitar o túmulo? – Tinha um semblante de desconforto.

- Sim, ele queria garantir para sua mãe que não a estava esquecendo, então disse que podemos ir lá e deixar flores, quer ir? – Sua compreensão por Lilian sempre o deixou chocado, normalmente as novas esposas querem apagar a antiga, mas Annelise respeitava Lilian com muito carinho e amor.

- Às vezes acho estranho você respeitar ela tanto. – Eric deixou divagar, a deixando pensativa.

- Estou cuidando do filho dela e de seu primeiro amor, claro que tenho que ser respeitosa, ia gostar de ter o mesmo tratamento. – Alisou o rosto dele. – E então vai com a gente?

- Nunca mais a visitei. – Eric tinha um motivo para querer esquecer Lilian e ver seu túmulo o faria lembrar por que aconteceram tantos problemas e a morte dela, por isso tentava garantir que os mesmos erros não iam acontecer com Annelise.

- Então é um não? – Ela sorriu em compreensão, o deixando mais calmo.

- Quem irá com vocês dois? – Ele não queria ir, mas vê-los sozinhos não era algo de seu agrado.

- Vamos com meu pai, depois ele vai dar os presentes a Tom. – Sr. Fabio chegava a ser um avô mais presente para Tom do que seus verdadeiros avôs, o que deixava Eric chocado. – Ele pegou folga para o levar e mostrar o novo barquinho dele. – Ela tinha um ânimo.

- Então bom dia para vocês... – Eric a beijou de leve em sua bochecha.

...

Seus pais vieram trazendo brinquedos e cobranças para uma nova criança. Tom parecia muito animado com toda a atenção que ganhou. Annelise, por outro lado, parecia determinada a arrumar a grande casa para o encontro de amigos, amigos íntimos de Eric e Lilian. Respeitando muito a mulher, ainda sentia um leve ciúme da grande vasta amizade, enquanto ela tinha Erika. Não que sua amiga não fosse uma grande amiga, mas ela só tinha uma amiga.

Falando na querida amiga, a mesma tinha casado com um marquês, indo morar mais ao sul, a deixando sozinha. Miranda e Alexandre passavam pela casa conferindo tudo e sempre a surpreendendo em seus momentos de calmaria.

- Essa festa tem que ser perfeita. – Miranda surgiu vendo Annelise parada olhando o nada. – Receberemos pessoas muito importantes, devia estar nervosa!

- Não sei por que gasta sua saliva com ela, - Sr. Artois surgiu e Annelise viu Alexandre com uma aparência irritada. – Pelo que sei, não tem o conhecimento de grandes eventos... - Normalmente, quem perturba a nora é a sogra e não o sogro. Annelise encarou o homem à sua frente, diferente de seu pai, o senhor Alexandre tinha marcas do tempo e pelos brancos. Eric tem 32, então o homem devia ter uns 53? Bom, para alguém tão novo ter essa aparência poderia ser muitas coisas: o trabalho árduo ou a negatividade que o cerca. Annelise apostava mais na segunda opção. – Como andam os preparativos para assuntos mais pessoais?

- Como o quê? – Annelise voltou a marcha para um pouco mais longe que os dois.

- Netos. – Respondeu, por fim.

- Como você já disse, são assuntos pessoais. – Eric pegou no ato Annelise, conseguindo se proteger de seus pais, deixando seu coração mais leve.

- Olha a audácia, - Alexandre resmungou. – Se fosse meu filho, veria o que há de errado com você...

- Que bom que Eric é ele e não você. – Annelise, por fim, virou e foi embora, passando por ele, sorriu de leve.

- Devia ensinar limites...

- E você devia respeitar, pai! - Eric voltou-se para a mãe com uma cara de compreensão. Miranda, por sua vez, suspirou, já puxando o marido para longe.

Tom surgiu com Alfredo correndo atrás dele.

- Por que o vovô não gosta da Annelise? – Sua voz tinha algo que nem Eric conhecia.

- Preconceitos, muitos tipos de preconceitos. – Eric voltou-se para o menino. – Espero que, quando crescer, não passe por isso. – O pegou no colo enquanto o cachorro latia.

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