Capítulo 15


Bom Tom tinha 19 anos quando decidiu cursar a faculdade de direito.

Sabia que sua querida irmã Eva, com seus 11 anos, foi colocada numa escola para damas, a melhor das melhores da Inglaterra, as damas de vestidos prateados? Sabia que sua madrasta não estava muito animada de ver sua menina longe?

Mas, como filha de condessa, devia seguir alguns protocolos.

Mas o palacete não teria grandes problemas, já que tinha dois monstrinhos de 5 anos que eram o terror. Realmente, Tom sabia que seus irmãos quase colocaram fogo em alguma parte de sua casa.

Como chegou seu feriado favorito, o Natal, pode realmente voltar para casa e aquele palacete estaria cheio de gente de novo, mas antes, como tinha prometido à sua querida Annelise, irá visitar sua mãe no cemitério.

Chegando com certa vergonha de não ir lá com tanta frequência, mas o túmulo de Lilian está cheio de flores e presentes, desenhos de Eva e claro, alguns dos meninos. Ficaria pensando se sua mãe de verdade gostaria de algo assim? Esses presentes. Deixando para trás tulipas, cemitérios nunca foram os melhores lugares para se ficar, mas Tom sabia que Annelise vinha com frequência visitar sua mãe, contando das coisas, rezando e acendendo velas de luz.

O fazendo pensar se sua mãe, ao lado da nova mulher de seu pai , conversariaseriaia possível isso?

- Senhor? – O vigia quase fez Tom gritar de medo, fazendo o homem rir.

- Oi, senhor Edmundo! – Cumprimento de longe.

- A nova dama já veio aqui, passou cedo deixando um cisne, - Aquela mania de sua mãe sobre alimentar as pessoas. – Mande para nova dama meus agradecimentos, meus filhos iram amar. – Tom aceitou voltando a sua mãe.

- Você viu? Ela vive alimentando os outros com cisne. – Acabou rindo baixo. – Voltarei, até mais tarde!

Tom sabia que o título de nova dama deve ter caído sobre sua mãe quando sua querida avó materna acabou falecendo sobre uma cama. Nas cartas que Annelise mandou, seu pai parecia desolado, mas quando o viu no enterro, seu pai parecia tão sério quanto no dia que sua mãe morreu, o fazendo pensar que tipo de luto seu pai passava.

A carruagem que devia ser destinada para o palacete parou na casa de seus avôs, o fazendo repensar o porquê disso entrando pela porta acabou vendo seus irmãos brincando no tapete com alguma coisa mais quando viram aqueles olhos brilharam como outro pulando nele o fazendo rir baixo.

- E aí? – Abraço os dois monstrinhos. – Aprontaram muito?

- Fizemos a vovó ficar sem bigode. – Mateu acabou rindo junto com Magnus, o fazendo colocar os dois no chão, querendo ver a bagunça.

Mas o que viu mais à frente foi seu pai encarando uma foto de sua avó.

- Pai? - Pondero sobre como prosseguir.

- Você já chegou! – Ele volta apertando o filho com um abraço. – Como está? – Eric parecia diferente da visão do filho mais magro e com os olhos fundos, o deixando com o clima tenso e doente.

- Bem, e você? – Encarou os olhos azuis sem brilho o vendo bufar.

- Difícil, mas anda melhorando, Annelise ajudou bastante. – Eric voltou para o corredor. – Não queria realmente estar aqui, mas viemos resolver algumas coisas de herança. – Se fosse herança, então sua tia Lygia e sua tia Marinete estariam aqui o fazendo bufar, só de ver aquelas mulheres o fazia tremer na base, principalmente por eles serem um pouco mal com sua mãe.

- E cadê a mãe? – Tom ponderou um pouco mais tenso.

- Foi encontrar com Eva. - Eric parecia desconfortável de estar sozinho, isso Tom notou, porque depois de vê-lo chegar, o pai ficou à sua volta, deixando-o compreensivo. – Espero que ela não se atrase muito...

- Todos estão aí? – A breve confirmação o fez ficar tenso.

- Querem que saiamos do palacete para que fique preparado para você. – Eric explicou os detalhes. – Acho que seria apropriado...

- Acho que deve esperar eu me formar para isso - Tom resmungou. – Gosto de voltar para minha casa e ver minha família lá. – Sorriu ao pai o vendo relaxar. – Sem contar que a mãe não serve para cidade. – O fazendo sorrir e concordar, Annelise amava o campo e seus irmãos amavam aprontar à beira do campo sempre correndo e brincando, longe dos olhos dos demais, até mesmo seu pai corria com todos.

- Annelise estava pensando em compra a casa do lado. – A fazenda vizinha deixava o aperto no coração menor. – Não para te sufocar, mas para ter apoio...

- Sei que não é para sufocar, - teve que garantir o vendo relaxar. – Realmente vocês são ótimos pais, realmente maravilhosos. – Tom sabia que ele não foi abandonado na maioridade e quando escolheu sua faculdade não teve tristeza envolvendo só fé e pensamentos felizes.

- Como me deixa triste ouvi-lo chamá-la de mãe. – Ambos olharam para Lygia. – Falando nisso, onde ela está?

- Sabe que não gosto que fale dela assim. – Eric estreitou os olhos e tom encarou seu relógio de bolso, vendo que já devia ter notícia da mãe e da irmã. – Annelise é merecedora do título de mãe e esposa, muito mais que muita gente aqui. – Normalmente a mão de Annelise acamava a fera, mas a mesma não estava aqui, e Tom realmente tentou segurar o pai.

- Está tentando falar algo sobre minha pessoa, querido irmão? – Rosnou irritada.

- Que tal começarmos o jantar? – Marinete apareceu entrando no meio. – Acredito que quando Annelise e nossa querida Eva chegar iremos estar completo, além do mais as estradas estão cheias de neve devem vir devagar. – Sua tia olho para tom nervosa.

- Sim, vamos, pai? – Eric bufou irritado, voltando-se para aos dois monstrinhos que vieram correndo quando ouviram o sino da comida.

Estão com fome? – Voltando-se para aos menores que acenaram com a cabeça animados. - Bom, então vamos. – Os meninos saíram correndo, passando pelas tias.

- Como você os controla? – Marinete murmurou para Eric, preocupada.

Com um sorriso gentil, Eric voltou-se para a irmã carinhosamente. – Eu não controlo, às vezes eles obedecem, às vezes não, realmente são dois contra mim e Annelise, não é sempre que dá certo. – Tom olho para o pai e penso que os gêmeos são espíritos da natureza incontroláveis, já tinha visto Magnus montar numa vaca com 4 anos e já vi Mateus nadar por conta própria num lago com 3 anos enquanto sua mãe simplesmente surtava num canto. Eles não eram malcriados, mas não eram obedientes, eles são espíritos incontroláveis.

- Mas Annelise consegue? – Marinete volto ao irmão pensativa. – Além do mais vocês não gostam de babás para ajudar. – Sim, Tom queria tentar isso com seus próprios filhos, Annelise cuidava de todos os filhos sem babás, no máximo professores particulares mais eram o máximo, sua mãe sempre o educou ate os 9 anos quando ele foi para a escola.

- Ela consegue, mesmo que às vezes eles consigam dar umas fugidas. – Eric abriu a porta para Tom e Marinete passar.

- Ela deve ser muito forte. – Sim todos sabiam que os gêmeos so ouviam a Annelise, pelo menos na maioria das vezes, o que era mais apegado nela na opinião de Tom e Eric é Mateu o menino sempre pareceu a cópia de Annelise e grudava nas sais da mãe e só largava quando recebia muita atenção, já Tom sabia que Magnus é mais conversador que nem seu pai deixando os gêmeos equilibrados.

- Cadê a mamãe? – Magnus murmurou, sentando-se, esperando ser servido.

- Logo chega. – Eric fez um carinho nos cabelos loiros escuros.

- Quero ervilha! – Mateus voltou às verduras animados, deixando Tom sorridente.

Tom se sentou ao lado de seu pai seguindo os lugares até ver na cabeceira vendo seu avô.

- Vamos começar! – Foi um anúncio, por fim.

...

Já passava das 23h e nada de Annelise chegar. O sangue de Eric já estava borbulhando de preocupação. No meio da discussão sobre joias e terras, Eric não ouviu a maioria até que um mordomo chegou ofegante. – Meu amo, meu amo, houve um acidente com a carruagem que vinha a nova dama e sua filha... – Se Tom achou que seu pai era forte, ele tinha certeza. Além do mais, o homem não desmaiou, ele simplesmente saiu correndo pela porta.

Tom foi atrás, deixando aquele jantar entediante para trás, os meninos estavam com os primos, então pouco ouviram da tragédia. Tom chegou na parte de fora, vendo Eric em cima do cavalo e outro preparado, as grandes casas dos Artois tinham serviço completo.

- Suba. – Foi uma ordem, uma coisa que Tom seguiu com rapidez, montando em seu mustangue.

- Sim senhor. – Com uma empinada ambos correram pelas ruas de Burford, realmente os dois cavalos pretos seguiram para longe da sociedade ouvindo barulhos de movimentações, não sabiam ao certo onde as duas estavam, mas parecia ser insistido em direção ao sul.

Vendo ao longe, enquanto cavalga pela neve fria, viram a carruagem de sua querida mãe tombada, o fazendo parar um pouco, enquanto o cavalo de seu pai foi um pouco mais à frente, vendo os policiais mais à frente, mas uma voz fez Tom sair do cavalo rápido.

- Papai? – Eva saiu do meio das cobertas correndo para Eric, que a pegou no ar. – Ah, papai, estive com tanto medo. – A menina de 11 anos tremia de frio e seus lábios estavam roxos. – Tom? – Sua voz voltou-se para o irmão que a pegou do colo do pai, que parecia meio relutante. – Estive com tanto medo, mamãe ainda está lá dentro... – Ela entrou no pescoço dele, fazendo-o puxar para longe, voltando aos cavalos.

- Vai ficar tudo bem, nada vai acontecer. – Ele beijou os cabelos loiros escuros, sentindo-a relaxar um pouco enquanto tentava puxar as cobertas.

Eric caminhou com rapidez até os moradores que tentavam ajudar quem ainda estava la dentro. – Como isso aconteceu? – Parecia uma pergunta retorica vendo a marca de rodas escorregando pelo gelo e o cavalo chorando por algo errado. – Annelise?! - O chamado foi um pouco mais alto e ouve uma resposta no meio dos murmúrios o fazendo pular quando viu uma mão pela janela.

- Aqui, querido! – Murmurando calma demais para o gosto dele, passando por dois homens, vendo sua mulher ali dentro calma e sorrindo. – Ah, querido, se acalme, estão todos bem. – Ela sorriu de leve, respirando um pouco devagar demais para o gosto dele.

- O cavalo quebrou a perna! – Berro alguém a longe fazendo Annelise fechar o sorriso.

- Está bem, talvez nem todo mundo esteja bem. – Aquilo o fez rir junto com alguns outros moradores. – Nunca pensei que uma curva seria tão perigosa. – Murmuro levemente.

- Por que ela ainda não saiu? – Voltando-se para um homem aleatório.

- A perna da nova dama está presa em alguma coisa e não sabemos como tira, meu senhor. – Eric pondero. – Íamos pensar agora e ver como a salvá-la, mas a nova dama queria tirar o cocheiro e a senhorita Eva para que ela não sofresse tanto. – Eric volto a Annelise a olhando feio.

- Mãe sempre pensando nos outros. – Uma mulher murmurou ao longe.

- Sim, ela esquece que filhos devem crescer com as mães. – Resmungo Eric, ouvindo bufos de risadas e uma cara feia de Annelise. – Estou errado? – Pondero, analisando a situação. – Onde está presa?!

- Presa na porta. – Sua voz estava cansada e bom, Eric já imaginou hipotermia, sua filha tinha traços disso, então como deve estar Annelise? – Eles querem levantar a carruagem. – Seus o pegaram com delicadeza. – Vai ficar tudo bem, querido.

- Sua calma me assusta. – Eric chegou mais perto para tocar sua dama e as mãos finalmente se tocaram. Ela estremeceu com o calor e ele se assustou com a frieza em sua pele.

- Seria da ajuda eu estar surtando? – Ela tocou o rosto do marido, vendo-o acalmar. – Eva está bem? – Solta um suspiro cansado.

- Sim, está com Tom. – Voltando os dois ao longe mexendo com os cavalos. – Vamos tirar você daí? – Pondero, a vendo concordar. – Ótimo, vamos com isso porque ainda quero comer meu pudim. – A fazendo rir.

Bom, precisou de 10 lindos e bons homens, na visão de Annelise, para levantar sua carruagem. Seu marido ficou ao seu lado a vigiando e foi quando sentiu algo na perna, a fazendo olhar. E bom, seu membro parecia normal, tirando seus dedos, os dedos de seu pé pareciam estranhos, eles pareciam tortos, a fazendo chorar de medo. Pela primeira vez, pode demonstrar medo, voltando para Eric.

- Está tudo bem-querida. – Ele a puxou com força para seus braços a deixando pensativa, seu marido agora tem uma esposa manca e com dedos tortos a fazendo chora de medo, o medo de quase morrer, o medo de pensar que não ia sair daquele lugar e o medo de se achar feia poderia esse último medo ser algo maior? A fazendo rir no meio do desespero.

Eric a viu sendo levada para uma casa dos senhores e senhora Aldimun, viu também entre seus olhos Eva ficar nos braços da mãe e não a soltar mesmo o médico pedindo espaço e bom Tom parecia tão em cima como os demais.

- Precisara usar uma tala. – Murmuro o filho do senhor Aldimun, o jovem estudante de medicina.

- Meus dedos voltaram ao normal? – Ela parecia mais tranquila que os demais de sua família, deixando ambos os médicos chocados. O jovem estudante via Eva e Tom disputando o lugar ao lado dela, Eric olhava feio para os demais ao redor, e a mulher com seus dedos sendo enfaixados parecia tão relaxada nesse mundo caótico.

- Sim, vão voltar, precisa ficar de descanso um mês. – O doutor voltou para Annelise sério.

- Sim, isso será interessante com os gêmeos. – A jovem parecia bem calma. – Sabe eles aprontam bastante. – Acabou rindo baixo. – Falando neles, cadê os dois? – Volto ao marido.

- Está com minha irmã. – Murmuro pensativo. – Tirando o descanso, mas alguma recomendação? – Arrastando os homens para longe.

- Acredito que chás ajudam a dor e é isso. – O fazendo compreender.

- Ela é bem tolerante à dor, mas vou fazê-la descansar. – Confirmou com um sorriso tranquilo. O mais velho confirmou saindo pela porta enquanto o jovem viu a cena familiar à afrente o fazendo rir. Tom sempre foi tão elétrico e brincalhão, mas nunca o viu brigar com a irmã para sentar ao lado da mãe.

- Quando vai buscar os gêmeos? – Annelise voltou a Eric sorridente no meio dos dois brigando.

- Iremos voltar para casa e ai iremos com aqueles pestinhas. – Eric a viu sorrir ainda mais.

- Eles não são pestinhas. – Annelise os defendeu.

- Não, eles são duendes que gostam de pregar peças. – Eva ponderou, causando risada entre os demais.

- Eu chamo de espíritos da natureza, mas duendes são melhores. – Annelise acabou rindo junto com os demais.

- Ah, temos que agradecer aos nossos queridos amigos por me emprestarem um quarto sobre essa linda casa. - Annelise ponderou sobre como poderia agradecer aos Aldimun. – No meio de seu Natal, são recebidos por alguém com os dedos tortos. – Pondero entre os familiares.

- Temos que agradecer que estão todos bem. – Tom ponderou entre os demais.

- Sim, isso também! – Annelise encarou Eva com carinho. Ela foi tão rápida em garantir que Eva saísse daquela carruagem tombada, que quando a menor saiu, aquela estrutura virou de novo e prendeu seu pé. Como nem ela sabia?

Sabia também que estavam longe da cidade, na entrada onde as casas ainda estavam longe e sua menina estava sozinha do outro lado, sozinha, mas livre, a fazendo tremer só de a ouvir chorar e implorar para sair da carruagem e Annelise não podendo fazer nada. Pensou por que não chamou Eric para vir, mas lembrou dos meninos e como poderia querer o marido agora para cuidar dela e de sua menina quando os gêmeos estavam seguros. Longe das casas com um ar medieval, longe de alguma civilização, mas o choro de Eva combinado com o do cavalo fez os vizinhos mais próximos virem.

Eva berrava por ajuda no meio de seu choro, fazendo-a sentir um aperto. Sabia que a menina não queria ir longe para não parar de ouvir sua voz, mas parecia tão desesperada enquanto Annelise tentava manter a calma. Nesse momento, naquela casa estranha, queria ficar sozinha e chorar um pouco. Chorei quando me libertei, mas queria chorar mais por tudo que passei.

- Preciso que chame outra carruagem, assim poderemos voltar à cidade. – Eric voltou-se para o filho. Eva ficou segurando a mãe com força, fazendo Annelise ver seu vestido rosa sujo, meio amassado pelos dedos delicados e ainda roxos dela.

- Precisa de luvas, querida? – Annelise ajeitou seus cabelos no penteado original, vendo-a negar em lágrimas , fazendo-a confirmar, voltando ao marido. – E você?

- Conversaremos depois! – foi tudo saindo, deixando as duas no quarto.

- Papai parece bravo. – Eva murmurou entre soluços.

- Ele está apavorado, - Annelise a puxou para seu colo. – Puro pavor, acabou de passar pelo enterro de sua avó e agora isso! Imagina o que se passa em sua mente? Tenha paciência com seu pai, ele lida com o luto de forma diferente. – Beijo suas bochechas.

- Com licença? – Batendo na porta, ambas deram de cara com a sra. Aldimun.

- Olha, dona Eleonor. – Sorriu a amiga de igreja.

- Como esta querida amiga? – Chegou com rapidez ao lado das duas. – Precisa de roupas ou mais cobertores?

- Acredito que poderia trazer algo para minha mocinha? – Sorriu com gratidão a amiga que sorriu igualmente.

- Vamos, mocinha, pegar um pouco de roupas mais confortáveis? – Eva concordou a contragosto, deixando Annelise sozinha no quarto e, pela primeira vez naquela bagunça, pôde chorar um pouco sozinha sobre tudo que aconteceu.

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