Capítulo 14


Tom tem 14.

Eva ia fazer 6 e claro que quando ia ser aniversário, bom, aquela casa de férias no mar estava uma verdadeira bagunça. Tom conhecia essa bagunça quando chegou em casa.

Tinha uma parteira na casa e suas ajudantes, seu pai tinha Evas nos braços enquanto andava de um lado para o outro, a menina parecia estar sempre tentando descer e ir atrás de Annelise.

- Como estão as coisas? – Ele chegou correndo e foi recebido por Eva em seus braços.

- Fique com ela! – Foi tudo que soltei enquanto subia a escada para ser parado por uma mulher.

- Senhor, sabe que não pode entrar... – A senhora mais velha o barrou e Tom viu o desespero do pai quando todos ouviram Annelise berrar de dor.

- Preciso ficar com ela, senhora - Eric parecia um touro louco. – Ou você sai da frente, ou vou ser preso por assassinato. – A bufada que veio do homem fez Tom segurar a risada, a senhora por fim cedeu e ele passou pela senhora quase caindo pelos degraus de madeira. Tom até saiu do caminho.

- Homem de hoje não entendem. – Foi tudo que a senhora falou.

Tom voltou-se para Eva, que não sabia o que estava acontecendo.

- Mamãe, tá bem? – Foi tudo que ela ponderou.

- Ela está dando a vida ao nosso irmão. – Como se o bebê o esperasse falar, veio o choro, fazendo os dois sorrirem. – Falando nele. – Ambos riram.

- TEM MAIS UM! – Aquilo fez os dois ficarem chocados.

- Pode ter mais um? – Eva encarou o irmão, curiosa.

Olha, pelo visto, cabe. – Tom decidiu que precisava de ar, pegando a irmã e partindo para um dos escritórios. – Precisamos ficar quietinhos e esperar mamãe trazer todos para esse mundo.

- Mamãe estava triste. – Eva aceitou ficar no chão. – Ela queria que meu aniversário fosse só meu e não dos bebês! – Tom entendia isso, quando descobriu que Eva ia vir, Annelise queria que a menina nascesse longe de seu aniversário, além do mais, seu aniversário devia ser só seu. Bom, Annelise nunca quer que seu dia seja esquecido.

- E vai ser, hoje será deles e amanhã é o seu! – O desejo foi tão intenso que os bebês vieram antes, o fazendo rir baixo enquanto pegava algumas bonecas.

- Estou preocupada com a mamãe, ela disse que me amava. – Tom ficou imaginando o que Eva viu antes de chegar tantas pessoas na casa do mar, realmente ficou pensativo enquanto Eva ninava um bebê.

...

Annelise está cansada, suada e com dois bebês muito agitados. Seus olhos abriram e ficaram ali a olhando. – Como eu fiz coisas tão pequenas? – Tocando de leve seus rostos, os fazendo sorrir.

- Está acordada? – Eric entrou rapidamente, já fechando a porta atrás de si. A luz longe das velas não era bem-vinda e o quarto manteve-se quente e calmo para a bagunça de lá de fora.

- Acho que nem dormi, fiquei os olhando. – Como eles poderiam fazer algo tão belo?

- Devia tentar dormir, teve sangramento e a mulher disse que você tem que dormir. – Eric estava trabalhando com a velocidade de um raio, levou os dois meninos para Tom e Eva.

- Você ameaçou matar a ajudante da parteira? – Annelise se deitou nos travesseiros, relaxando com o carinho, vendo o rosto neutro de Eric enquanto pegou um dos bebês.

- Você estava gritando, disse para você que todos os partos que vivi ia ficar do lado da pessoa. – Ela sabia que Lilian quase morreu tentando ter Tom, sabia também porque demorou em ter filhos já que Eric tomava alguns chás para que suas sementes fossem mortas, quando veio Eva, veio a verdade a fazendo rir.

Nem todo medo contraceptivo é eficaz.

Pelo menos ele não achou que ela o traía, ficou feliz com Eric a olhar tão bravo, sentiu-se boba porque sempre em toda relação teria aquele degrau da classe de ambos.

- Eric, você é o melhor marido que existe. – Beijou seu rosto, ouvindo-o ronronar. – Acho que quatro está bom. – Aquela conversa que se passa uma, passa duas, foi antes de sentir a pior dor do mundo.

- Sim, principalmente depois que um deles decidiu vir ao contrário. – Aquilo fez Annelise rir fracamente, logo estremecendo com o pano úmido contra sua testa. – Descansa, levarei eles para conhecer os dois maiores, Éva está chamando um de Magnos, acho que podemos repetir a dose da primeira vez!

- Então tem que combinar. – Ela falou sonolenta.

- Combinar? – Eric pensou que aquela conversa de nome de gêmeos combinar era brincadeira.

- Sim, deveria ser Mateu. – Já começando a ir no mundo dos sonhos soltando um suspiro.

- Mateus e magnos? – Eric viu que a esposa foi ao mundo dos sonhos, o fazendo finalmente suspirar aliviado. Depois de 15 horas, ela finalmente dormiu.

...

Eva amou ver os irmãos enquanto Tom entendeu que, quando nascem, os bebês parecem joelhos.

- Por que todo bebê que nasce parece um joelho? – Eric acabou rindo, enquanto seus avós por parte de pai ficaram ofendidos, enquanto seu avô por parte de Annelise acabou rindo junto.

- Eles costumam inchar no segundo mês de vida, agora esses dois vão judiar de minha menina. – Murmuro pensativo, voltando a brincar com Eva em seu colo.

- Por que a vovó Lilica nunca vem? – Tom queria entender por que aquela mulher nunca vem, mas sabia que a senhora longe de casa é um papai feliz e Annelise sorridente.

- Porque ela fala demais. – Eric murmurou, emburrando. – Levaremos os menores para sua avó quando sua mãe estiver melhor. – Ajeitou o mais agitado no colo, deixando Eva na ponta dos pés para tocar a cabecinha do outro que dormia.

- Ela não é a mãe dele. – Alexandre voltou-se pontualmente para Eric, deixando Tom emburrado, voltando ao seu avô Fabio, que se entreolhou para ele.

- Claro que é. – Eva voltou para o suposto voo em dúvida.

- Não, querida, Tom tem outra mãe. – Minerva voltou-se para a neta com paciência, olhando para a mesma, tentando entender a compreensão, mas Tom, sr. Fábio e Eric viram a cabeça da jovem se abrir para nova informação.

- Como assim? - Ela parecia impressionada.

- Tom teve outra mãe, antes da sua, a mãe de verdade dele. – Minerva parecia bem compreensiva enquanto a menina voltou para Tom com os olhos esbugalhados. – Acho que ela já devia saber esses detalhes. São básicos.

- Acho que vocês deviam ir embora. – Tom esbravejou antes de Eric poder falar algo. – Minha mãe pode ter morrido, mas quem me criou foi Annelise e considero-a minha mãe também!

- Que ultraje! – Minerva voltou-se para o neto mais velho, estupefata. O choro dos menores foi auditivo.

- Que audácia, peça desculpas para sua avó! – Alexandre me levantou.

- E se eu não fizer, vai fazer o quê? – Tom estava com o peito estufado.

- Adolescência, faz isso com as crianças. – Sr. Fabio ponderou longe enquanto Eric já se levantou, ficando no meio.

- O que está acontecendo aqui? – A voz de Annelise cortou toda aquela tensão. Eva chorando foi a mãe sendo pega, enquanto um dos bebês foi colocado sobre seu braço, o outro logo apareceu em seu braço e Eva foi parar no meio das pernas. - Querida? Fique por perto. – Foi tudo com uma voz mansa, a vendo assentir. Virando sua sombra.

- Discussão. – Sr. Fabio voltou a filha sorrindo, pegando Eva. – Seu menino mais velho mostrou as garras, nada que a adolescência. – Annelise iria rir se não fosse trágico, voltando a Eric que simplesmente empurrou os outros adultos para o outro quarto enquanto Tom ficou bufando bravura para todos os lados.

- Mamãe, Tom tem duas mães? – Ela mostrou dois certinhos.

- Sim, ele tem muito mais amor. – Beijo seus cabelos caramelo. - E visitamos a mamãe dele todo ano, lembra? Lá no cemitério? – Voltando ao Tom. – O que aconteceu?

- Meu avô tem que superar que você não é só um caso. – Caindo sobre um dos sofás, a sala de recepção foi decorada por Annelise pensando quando a família mais precisava em cores azuis e verdes que lembravam o mar, a parede num belo papel de parede, a madeira em tons cinzas cobria o chão e os detalhes de todos os móveis.

- Seu avô nunca vai entender. – Sentando-se, por fim, num daqueles sofás cheio de babados que receberam de presente de Marinete. – Agora respire, porque minha amiga Erika disse que viria ver Eva e os meninos. – A amiga de Annelise viria, ou seja, meninos da idade de Tom os deixando andar pela cidade litorânea.

- Vira todos? – Tom parecia mais animado.

- Sim, mas primeiro quero que peça desculpas para seus avôs. Amo sua intenção, mas não quero que aqueles dois fiquem falando mal de você, ok? – Beijando sua testa, o ouvindo resmungar, causando risada em Eva. – Você ri agora, mas logo vai sentir nojo de meus beijos.

- Você nunca sentiu nojo dos meus beijos – murmura seu pai. A fazendo rir junto com Tom.

- Serei o mais sábio e pedirei desculpa. – Tom ajeitou o colarinho e foi para o meio da bagunça de gritos e xingos.

- Devia voltar a deitar, precisa descansar. – Fábio voltou-se para a filha. – Quando eles ficarem mais espertos, vão roubar seu sono.

- É a parte mais divertida, Eric entra em modo pai e acredito que ele se diverte mais que eu. – Annelise gostava de crianças pequenas, amava educá-las e ensiná-las a ler e escrever, contar e tudo, mas o que amava mais era quando eles eram bebês, aquele cheiro de nenê a fazia ficar feliz.

- Que bom que está feliz, sua mãe ficaria feliz em estar aqui. – Pondero com as palavras.

- Ela não pode vir de novo? – Fabio nunca contou à filha que o arranjo que combinou com o sr. Artois, Lilica sempre tinha a mania de ser rude e cruel com Annelise, nesses momentos devia ser boas energias para Annelise e os bebês de todos seus filhos, sabia que a maldade que vinha de Lilica vinha de sua preferência por Annelise, a menina de seus olhos.

- Doente, sabe como são suas doenças na primavera. – Pondero longe, vendo Tom ao longe, fazendo um movimento de silêncio enquanto Annelise e Eva cuidavam dos menores.

- AH, deve ser o pólen, Fabia tinha isso, lembra? – Annelise sorriu ao lembrar da irmã, veio tão rápido e foi tão rápido, ficando em sua vida por cinco anos, e tudo que tinha era uma foto com a irmã em seu vestido preferido, um azul bebê.

- Visito-a toda vez que vamos ver a senhora. Lilian. – Eva largou os irmãos e foi brincar com as bonecas, e Tom ficou ouvindo um pouco do passado de sua madrasta. Annelise não contava dos males, mas Tom sabia que Annelise já tinha passado por muita coisa.

- Bom, espero que eles cheguem na vida adulta. – Foi tudo que decidiu rezar daqui para frente.

- Vai chegar, eles vão ter sorte de envelhecer. – Sorrio para a filha e ambos encaram o vazio.

...

No meio de tantas alegrias na vida de Annelise, veio uma fatalidade: seu cachorro Alfredo, seu companheiro de vida, numa bela manhã, onde depois de cuidar de seus meninos ia caminhar com o companheiro, mas seu cachorro não saiu de sua cama.

- Querido? – Ficou de joelhos fazendo carinho em seu cachorro branco. – Alfredo? – chamou com mais intensidade, já que o chamado amoroso não deu certo, mas o cachorro não se mexeu, fazendo-a começar a chorar.

Seis meses atrás, quando ela daria a vida a Magnus e Mateu dizia que Alfredo já estava sensível, mas pensando agora poderia dizer que ele já estava se despedindo, a fazendo sentir culpa. Tinha tantas crianças que nunca mais teve só o momento dos dois, sempre teve Eva ou os bebês. No meio disso, claro que sempre convencia Eric que o cachorro podia dormir com ela na cama.

- Anne? – Eric veio correndo quando ouviu o choro no final do corredor, deixando os meninos com a ajudante. Eva ainda parecia estar no mundo dos sonhos.

- Ele não está mais aqui. – Sussurro no meio dos soluços, foi com Alfredo que ela teve seus melhores anos de casamento e agora parecia que seu cachorro tinha ido com Deus, tinha ido tão rápido.

- Ah, querida, ele ia fazer alguns anos já. – Para um cachorro, Eric achou que o animal viveu até que bons anos, não chegou aos 10, mas também nunca viu cachorro chegar aos 10 anos. – Podemos fazer um enterro debaixo daquela árvore que ele amava dormir. – Beijando suas lágrimas.

- Se acha que ele se sentiu de lado por causa dos gêmeos e foi embora? – Tinha o deixado de lado só um pouco, mas os primeiros meses foram fáceis para voltar ao palacete, gêmeos não eram uma brincadeira.

- Querida, nada disso é sua culpa, tem coisas que não controlamos. – Eric, tudo que fez foi a consolar. – Alfredinho sabia que você o amava. – Nenhum cachorro na Inglaterra em 1807 teve os privilégios que Alfredo tinha.

- Você acha isso? – Annelise o encarou de coração partido.

- Claro, além do mais, ele viveu 8 anos de nosso casamento. – Ambos sorriram em lágrimas.

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