Capítulo 12
Tom chegou em casa quase soube que Eva nasceu.
Ele estava tão animado.
Pulando para fora da carruagem quando parou, pulando até Alfredo que queria o receber, o menino subiu tão rápido a escada que Eric nem viu o filho passar por ele, o fazendo rir. Quando entrou no quarto dos supostos pais, Annelise deu conta do menino parado em frente ao moisés da pequena Eva.
- Oi. – O cumprimento com um sorriso. – Quer ver ela melhor? – Annelise estava cansada, fora 10 horas de parto e um Eric muito apavorado ao seu lado para conseguir descansar.
- Você disse que ia ser uma menina. – Ele acabou rindo baixo com ironia.
- Vou acreditar mais em você, - fazendo um carinho em seu rosto, o vendo mais tranquilo. Tirando os sapatos, pulando pelas pernas, já se acomodando no meio. – Pronto?
Tom limpou as mãos em suas roupas, fazendo-a rir baixo enquanto pegava o embrulho e entregava nas mãos animadas do irmão mais velho. – Parabéns, Tom, agora você é irmão mais velho. – Beijou a cabeça do menino que só faltou dar um berrinho de alegria, olhando para os olhinhos escuros o observando.
- Ela é enrugada. – A risada da parteira e de Annelise fez o momento ser divertido. – Por que ela é assim?
- Logo ela vai ter uma aparência mais normal. – A mais velha murmurou enquanto cumprimentava Eric que entrou no quarto. – Já vou indo, qualquer coisa é só chamar.
- Tenha uma boa viagem. – Foi tudo que Eric murmurou, já enchendo os olhos, vendo Tom segurando sua irmãzinha.
- Posso ficar aqui uma semana? – Tom voltou a Eric animado com o que tinha em mãos.
- Claro, além do mais, tem que nos ajudar com seu presente de aniversário. – Annelise suspirou, se acomodando mais nos travesseiros, deixando Eric com os dois. – Vamos dar um tempo a Annelise, ela precisa descansar um pouco. – Beijando a testa suada enquanto pegava a pequena Eva de Tom. – Volto já! – Foi uma garantia, guiando os mais novos para longe.
Eric viu Tom pulando para o outro enquanto iam ao quarto da mais nova.
- Vamos ficar aqui até quando? – Ele parecia querer detalhes.
O som alto fez a mais nova reclamar, Eric pediu um pouco de silêncio, fazendo Tom pedir desculpas baixo.
- Até ela ficar um pouco maior, - Eric nunca pensou que partos iam ser mais fáceis perto do mar, mas Annelise tinha colocado na cabeça e, como a esposa não pedia muita coisa, nada melhor do que fazer suas vontades às vezes. – Sabe que as coisas não serão mais as mesmas, né? – Sentando-se na poltrona.
- Que bom, cansei de viver em casa sozinho. – A sinceridade da criança atacando novamente.
- Queria tanto um irmão? – Ele parecia um pouco distante. – Filho?
- Queria uma família mais próxima, Annelise faz parecer tão fácil eu estar junto. – Tom parecia voltar a focar na Eva que voltou a dormir. - Quando ela vai brincar comigo?
- Acho que daqui a dois anos. – Ele parecia concentrado no filho, se perguntando no que errou no primeiro casamento e não viu a solidão do menino.
- Vai demorar muito! – Tom voltou seus olhos para Annelise dormindo no quarto no final do corredor. – E quando posso ter outro irmão? – Volto ao pai divertido.
- Acho que dois anos também. – O fazendo resmungar ainda mais, causando risadas silenciosas.
...
Tom gosta de ter outra irmã, mas não gosta de ter menos tempo envolvendo Annelise. Tinha voltado para a escola e as cartas de seu pai nunca pararam de chegar, mas parecia que algo aconteceu com as cartas de Annelise, elas pararam de chegar.
Num feriado em ondepôde voltar para casa, seu ânimo parecia um pouco menor, o choro foi seu portal de entrada para dentro de casa, fez um carinho em Alfredo que latia animado para sua chegada, ambos estavam com falta de Annelise, Tom não recebeu com os braços abertos que ela sempre faz, muito menos os biscoitos ou até mesmo as perguntas mais legais, não teve nada disso, simplesmente teve o choro de Eva a vendo passar com a menor nos braços indo para o quarto da menor.
- E aí, garoto? – Eric se ajoelhou, o cumprimentando animado. O abraço veio, mas não era a mesma coisa, Tom queria ser recebido pela Annelise. – Está tudo bem?
- Ela não veio me ver. – Ele voltou para onde Annelise tinha se fechado. – Ela sempre vem me receber. – Fazendo um bico, Eric tudo que fez foi o pegar no colo.
- Ah, Tom, Eva anda meio adoentada e Annelise está tentando a acudir. Quando a mesma estiver melhor, vira conversa. - Mesmo explicando, parecia que Tom não gostou muito da desculpa. – Lembre-se , ter uma irmãzinha deixa as coisas diferentes. – O mesmo concordou meio contrariado.
Eric ficou pensando na nova dinâmica, daqui a alguns meses Tom terá nove anos e como será que ele reagirá com toda essa nova dinâmica, ele ficou 8 anos sendo solitário e agora tem companhia? Eric sabia que o filho vai lidar bem com tudo, mas realmente talvez converse com Annelise?
...
Tom decidiu resolver os problemas com suas próprias mãos. Já tinha passado dois dias e ela ainda não o veio ver.Então, sem seu pai circulando o quarto, Tom entrou no quarto onde as duas estavam, dormindo. Então, tudo que fez foi puxar o paninho que tinha Eva para o lado, entrando nos braços adormecidos de Annelise, fechando os olhos logo depois.
Annelise acordou com os choramingos da menina, realmente ela nunca pensou que um bebê poderia dar tanto trabalho, já fazia uma semana que não tomava banho ou trocava de roupa. Eric tentou ajudar, mas ele não tinha os peitos com o leite e muito menos a agilidade que Annelise desenvolveu, a fazendo rir silenciosamente com o olhar triste do homem, mas as cólicas estavam ganhando de 10 a zero nelas.
Mas seu bebê parecia um pouco pesado? A fazendo olhar para baixo, vendo Tom dormindo em seus braços enquanto Eva resmungava de frio um pouco distante da cama, a fazendo sorrir. A tinha ouvido de Eric que o menino sentiu falta de seu carinho, ia trocar com o homem para passar um tempo com o menino, mas parece que Tom tinha seus próprios planos, a fazendo sorrir.
Ajeitando-se na cama, puxou Tom adormecido para seu lado direito enquanto pegou Eva e colocou ao seu lado esquerdo, vendo a menor voltar a dormir logo depois de receber calor.
Annelise ficou pensando ao longe até ouvir um resmungo, dando de cara com Tom e seus olhos lacrimejando.
- O que foi? – Sussurro baixinho, o vendo se afastar, e ela se sentou na cama.
- Você está brava comigo? – Annelise negou com a cabeça, colocando a mão no Moisés. O puxando para seus braços. – Eu só queria um pouco do seu carinho, mãe. – O título a assustou um pouco e a surpreendeu, além do mais, ela nunca forçou Tom a chamá-la de mãe e agora ele às vezes escapava em alguns momentos.
- Meu coração sempre terá espaço para você. – Ela beijou seu cabelo, o ninando em seu colo. – Você sempre será meu primeiro bebê. – Apertando-o contra o busto, o ouviu chorar baixinho enquanto ela puxava o coberto, mas o som da porta a fez olhar para cima, dando de cara com Eric.
- Aconteceu algo? – Ele chegou de modo preocupado.
- Não, estou só ninando meu bebê. – Ela sorriu com carinho, batendo no bumbum, fazendo Tom rir. – Está melhor? – Limpando suas lágrimas, o vendo concordar, respirou com Annelise. – Você está lidando melhor com uma irmã do que eu quando ganhei meus irmãos. – Voltou ao Tom. – Eu fiz xixi na cama por uma semana. – Ela o viu rir e fazer uma cara de nojo.
- E o que o vovô fez? – Bom, ela pondera sobre o que falar.
- Ele disse que no primeiro ano é ruim, mas depois vou ter alguém para a vida toda. – Eric deixou ao lado dos dois, puxando Tom para o seu colo, enquanto Eva chorou pela Annelise que foi ao seu colo, mas a mão parou segurando o dedo de Tom e o choro parou. – Pelo visto, ela gosta de você. – Sorriu de leve, vendo os olhinhos claros da filha, acompanhou o irmão. – Acho que serão bons amigos. – Sorriu levemente.
Tom parecia hipnotizado pela Eva, deixando os dois pais mais calmos.
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