Capítulo 33🦋
Aviso de gatilho: Discussão e relacionamento familiar abusivo. Caso se sinta desconfortável com o assunto me procure que te passo o que ocorrerá neste Capítulo. E se precisar conversar, estarei aqui pra te ajudar!
Boa leitura 🙏
Alícia Parker...
- Talvez ele não responda nunca mais amiga. Já tem quase um mês e nada. - Confessei angustiada a Ju que me ouvia deitada no sofá da casa dela.
- Amiga, se você quer desistir, será uma escolha sua. Mas eu acho que você ainda deve tentar. E mostra pra ele o trabalho que você fez inspirado nele. Tenho certeza que o coração dele vai amolecer.
- Eu achei que seria uma boa ideia. Ia escrever uma carta e enviar junto com as peças que fiz trabalhadas, inspiradas nele. Depois achei uma ideia idiota. Não sou boa com esse lance de romantismo. - Joguei a cabeça para trás, encostando no assento do sofá onde a ju estava deitada. Senti os pelos do tapete felpudo me fazerem cócegas nas pernas enquanto eu as balançava.
- Eu acho uma ideia linda! - Tia Cíntia se aproximou de nós, com um lindo sorriso acolhedor.
- Mãe, estava espiando a gente? - Juliana levantou do sofá indagando sua mãe. Eu apenas virei a cabeça e o olhar na direção dela.
- Não de propósito. Mas ouvi um pouco do que vocês falavam. Me desculpe Ali!
- Tudo bem, tia! - Sorri para ela em compreensão - Mas por que a senhora acha que é uma ótima ideia?
- Porque veio do coração Ali. Eu não sei o que aconteceu com vocês, mas vejo que nem a distância consegue separar o coração de vocês. Estar longe um do outro já é um motivo para vocês não sentirem nada mais um pelo outro, se esse sentimento fosse passageiro. - Ela falou para mim e também para a Ju, pois olhava nos olhos de nós duas.
- Eu não sei se devo insistir mais. Mandei centenas de mensagens que não tiveram respostas - Confessei mais uma vez. - Eu sei que vacilei com ele, e fiz de tudo para que ele se afastasse, mesmo sendo atos impensados. Ele está em outro momento da vida e eu fui covarde quando neguei os sentimentos que tenho por ele.
- Mensagens nunca demonstram o que realmente a outra pessoa está sentido Alícia. Você pode escrever de um jeito e a outra pessoa ler em um tom totalmente diferente. - Apenas concordei com cada palavra sábia que ela dizia. Juliana estava em completo silêncio, olhando para o teto.
- Então acho que vou tentar. Vou enviar o que fiz e esperar que ele responda. Se ele não responder nada, vou entender o recado, mesmo não querendo abrir mão dele.
- Lute com tudo que você tem Ali e faça valer a pena o esforço.
- Eu vou, tia Cíntia! Eu vou! - Falei com o coração acelerado e com toda verdade que existia em mim!
Me levantei do chão e vi a Ju com lágrimas nos olhos. Ela encarava o teto mas não o enxergava. Meu coração se apertou e sei que ela pensa no Juan. As palavras da tia Cíntia a acertaram.
- Amiga! Vem comigo! - Falei estendo a mão para ela.
- Pra onde? - Me olhou e perguntou com os olhos arregalados.
- Vamos enviar a carta e as peças. Vamos comigo, se eu for sozinha minha mente pode me convencer a não fazer. E também não sei o endereço certo. Você tem que me ajudar. - Ela abriu um sorriso e levantou rapidamente dando pulos de alegria.
- É disso que tô falando! Certeza que você consegue amolecer aquele coração.
- Amiga, quem tem coração de pedra sou eu e não ele! - Ela gargalhou e eu acompanhei.
- Seu coração não é de pedra amiga. Sua cabeça que é. E quando você cisma com uma coisa, ninguém te faz mudar de ideia!
- Você tem toda razão!
Fomos até a cozinha e ela pegou o endereço no caderno de anotações da ti Cíntia. Fui até o quarto dela e peguei o pacote que deixei aqui com medo de que minha mãe achasse e rasgasse, e desci as escadas correndo. Juliana me esperava na porta e então saímos indo em direção ao ponto de ônibus. O correio é bem no meio da cidade, e temos só duas horas para chegar lá e postar o pacote.
O ônibus demorou cerca de dez minutos que para mim pareciam horas de tanto que eu olhava no celular a hora. Juliana deu sinal e subimos no ônibus assim que ele parou. Graças a Deus, estava relativamente vazio e conseguimos dois lugares para sentar.
- Amiga, fica calma. você vai conseguir postar ainda hoje.- Ju me tranquilizou, respirei fundo antes de responder.
- Estou nervosa porque tenho medo dele não se importar.
- Estamos falando do meu irmão, Alícia? Tem certeza?
- Eu sei! Eu sei! Ele sempre se importa. Mas tenho medo de que seja tarde demais. Ele tem uma amiga lá que talvez tenha ajudado ele a seguir em frente. Esse é o meu medo.
- Não vou dizer que isso não pode acontecer, porque sei que pode! Mas meu irmão gosta de você de verdade, talvez precise mais do que uma simples ficada para fazer ele seguir em frente.
- Espero que você esteja certa! Não sei se suportaria tamanha rejeição. Principalmente dele.
- Não vamos pensar nisso agora. Vai dar certo.
- Eu deveria ter ligado para ele, em vez de só mandado mensagens. Mas talvez ele me ignorasse nas ligações também e sinceramente eu tenho medo de tudo isso, Ju.
- Eu sei que você tem medo desse sentimento de vocês, mas se você não se permitir viver, nunca vai saber se vale a pena ou não. Relacionamento é complicado pois a gente complica tudo!
- Hum, você tá vendo muito aquele filme do Will Smith hein. Vou te chamar de Ju Hitch, A conselheira amorosa. - Ela riu e me deu um empurrão com o ombro que estava encostado no meu.
- Acho que eu sou o próprio Hitch mesmo. Sei aconselhar minha amiga, mas não sei seguir os meus próprios conselhos.
- Pois então eu digo para você fazer o mesmo. se não se permitir viver esse relacionamento com o Diego, nunca vai saber se vai ou não, valer a pena.
- A gente deveria abrir uma empresa de conselhos. Vamos ficar ricas. - Ela gargalhou e eu abaixei a cabeça rindo também.
Meu celular começou a tocar. Peguei e vi que era o Nathan. Desliguei e Juliana cruzou os braços e me olhou com uma sobrancelha erguida acima do olho direito.
- O que foi? - Perguntei.
- Por que não atendeu o Nathan?
- Por que não quero falar com ele.
- Ele continua insistindo?
- Sim. Desde aquele beijo roubado que eu me arrependo amargamente de ter cedido, ele fica tentando algo comigo. Mas eu já disse que a gente só pode ser amigos e se ele não sabe respeitar a minha decisão, eu vou me afastar.
- Até nisso ele é diferente do meu irmão.
- Em nada ele se parece com seu irmão Ju. Em nada!
- Eu sei! Agora vamos. O ônibus chegou no ponto final. Você tem cerca de uma hora e quinze minutos para postar isso ai.
Nos levantamos e entramos na pequena fila para descer do ônibus. Acelerei meu passo até chegar na porta do correio. Juliana ficou para trás e eu entrei no correio pegando a senha e me apoiei em uma parede perto do visor onde aparece as senhas. Tem cerca de dez pessoas na minha frente. Juliana entrou no correio com a cara brava e eu soltei um riso frouxo.
- Só porque suas pernas são grandes não significa que tem que andar na minha frente! - Ela disse brava, parando ao meu lado, com os braços cruzados.
- Esqueci que você é baixinha. - dei uma risada baixa e ela ficou com as bochechas vermelhas.
- Você me paga, Alícia! Da próxima vez, vai vir sozinha!
- Desculpa amiga, é que estou muito nervosa. Não queria te deixar pra trás. Não foi de propósito.
- Vai ter que me pagar um churros para eu pensar em te perdoar.
- Mesmo se for o churros Gourmet da barraca da Glorinha?
- Ai eu te perdoo! - Ela falou apontando o dedo indicador na direção do meu nariz.
- Combinado!
Alguns minutos depois da minha chegada, minha senha foi chamada. Descobri que tinha que pagar pelo peso da encomenda. Não me julgue, eu não sabia disso. Nunca vim enviar nada para ninguém. Ainda bem, que não era tão pesado assim, e eu tinha levado um dinheiro a mais comigo. com os selos e o valor do peso paguei trinta e cinco reais. Juliana deu o papel com o endereço dele, o senhor anotou e colocou na parte da frente da encomenda e disse que da próxima vez eu que deveria fazer isso. Sorri e agradeci a gentileza dele. Peguei o comprovante e saímos do correio, pouco antes dele encerrar o atendimento.
- Obrigada por vir comigo, Ju. Espero que isso dê certo e ele queira falar comigo.
- Eu também espero! Quero que o Jhonan venha mais vezes para casa. Morro de saudade dele - Ela riu alto de sua confissão - Mas nunca diga isso a ele, hein! - Eu ri dessa vez.
- Não vou contar, prometo! - Falei cruzando os dedos em frente a minha boca, ela riu do meu gesto - Até parece que ele vai vir mais vezes. Ele está trabalhando e a faculdade deve estar puxada pra caramba.
- Ele disse isso para minha mãe. Mas tenho certeza que se as coisas entre vocês estivessem bem, ele viria para cá com muito mais frequência.
Nós duas rimos e paramos para comer o churros da Glorinha que fica perto do ponto de ônibus. Conversamos mais um pouco até decidirmos ir embora.
Pegamos o ônibus que passava perto da casa dela e da minha também! Ela desceu primeiro e vinte minutos depois eu desci no ponto e o tempo tinha virado totalmente. Começou a garoar e coloquei a pequena bolsa em cima da cabeça e acelerei os passos até minha casa.
Essa chuva fininha sempre engana. Me molhei inteira em menos de trinta segundos. Acelerei mais e cheguei até a porta de casa. Abri a bolsa e peguei a chave. Dona Lavínia estava em casa assistindo televisão. Dei boa tarde e corri até o banheiro.
- Quando sair do banheiro quero conversar com você Alícia! - Minha mãe falou assim que fechei a porta do banheiro, seu tom era calmo e me deixou alerta.
- Tá bem! Não vou demorar! Já, já saio!
Tomei um banho quente e rápido, pois a curiosidade estava me corroendo. Lavínia nunca conversa comigo, ainda mais em um tom calmo assim. Depois de tanto tempo ignorando tudo que eu descobri sobre ela, fica mais difícil controlar a minha curiosidade
Coloquei roupas secas e liguei o difusor para secar meus cachos. Vou me arrepender de não lavá-los, mas na água quente só ia acabar tendo mais frizz. Sequei o que tinha se molhado na chuva e joguei ele pra cima fazendo um rabo de cavalo simples. Saí do banheiro e fui até a sala e me joguei no sofá de dois lugares.
- Então, Lavínia, estou aqui! Sobre o que quer conversar? - Ela desligou a televisão e me encarou. Meu corpo se arrepiou e senti que não era coisa boa apesar de sua expressão pacífica.
- Não quero brigar, muito menos te ameaçar como sempre acabamos fazendo. Vou apenas te avisar e você encara como quiser! - Me olhou nos olhos e suas íris escuras me assustaram pela raiva que me transmitiam.
- Tudo bem, mas qual é o assunto? - perguntei me sentando no sofá, alinhando minha postura e desviando o olhar dela. Ela cruzou as pernas e apoiou um cotovelo em cima do joelho mais alto e começou a falar
- Primeiro quero saber como anda seu relacionamento com seu pai. Quero saber também, quais as mentiras que ele contou sobre mim e como te convenceu a acreditar nele tão facilmente? - Senti a ironia em cada palavra.
- Olha Lavínia. O que existe entre Fred e eu, é apenas entre nós dois. Não diz respeito a você! - Falei séria e olhando em seus olhos - Ele está tentando recuperar o tempo que ficamos afastados, mesmo que seja impossível recuperar isso, ele está se esforçando. Ele não me contou nenhuma mentira. Tudo que ele me contou eu achei provas de que eram verdades. Eu achei o contrato que você escondeu no seu guarda-roupa. Eu achei artigos antigos sobre o ateliê de jóias dos meus bisavós. Eu encontrei tudo! - Minha voz saiu firme e me senti bem por não recuar ao seu olhar vitorioso.
- Será mesmo Alícia? Ou será que você encontrou o que eu queria que você encontrasse? Já parou pra pensar nisso?
- Impossível você saber o que o Fred ia me dizer e armar tudo. - Não me abalei com suas palavras. Eu sabia que eram falsas.
- E a possibilidade do Fred saber só o que eu quero que ele saiba, passou pela sua cabeça?
- Mas não... mas...- Fiquei sem palavras e sem reação. Não soube o que dizer e isso nunca passou pela minha cabeça. Será que isso é possível? Não posso deixar ela me confundir de novo. Fico encarando ela esperando que ela continue suas afirmações.
- Ficou sem palavras, cachinhos? - Meus olhos se arregalaram pelo apelido familiar enquanto ela gargalhava na minha cara.
- Como? Por que? O que está acontecendo, Lavínia?
- Bom, por onde eu devo começar? Ah sim, gostou do presentinho que eu mandei pra você, Cachinhos? - Meu corpo se arrepiou e eu não tive reação nenhuma a não ser tremer dos pés a cabeça - Bom, depois que acabei com esse romance infantil que você inventou com o irmão da sua amiga, posso cuidar dos assuntos mais importantes. A partir de hoje você vai romper qualquer tipo de relacionamento com o Fred e aquela sem sal da mulherzinha dele. - Ela começou a soltar todos venenos guardados há meses - Fred acha que está na vantagem por você estar ao lado dele, mas ele não sabe o atraso de vida que você é! - Engoli seco todas as lágrimas que estavam ameaçando descer por meus olhos.
- Você não tem o direito de me obrigar a fazer isso!
- Tenho sim! Oh se tenho. Lembra daquele incidente que tivemos aqui e eu tive que ir na delegacia fazer um boletim? - Meus olhos se fecharam ao lembrar daquela cena horrorosa no meu quarto - Bom, aquele desgraçado foi preso definitivamente, pois acharam outras acusações contra ele, mas eu fiz um pedido ao advogado que tratou do afastamento do seu pai quando você era mais nova e conseguimos algumas provas de que ele estava rondando nossa casa e provocando você. Pedi mais uma vez a ordem de afastamento e em alguns dias ele estará proibido de se aproximar de você novamente.
- O Que? - Me levantei do sofá gritando espantada e incrédula
- Fica quieta! - Ela disse com seu tom frio e calmo de sempre. Se levantou lentamente do sofá e continuou - Posso voltar atrás se você voltar a andar na linha! - Sorriu sarcasticamente - Ah não, não posso. Você vai entrar na linha querendo ou não!
- Por que você tá fazendo tudo isso de novo, Lavínia. Eu não me meto na sua vida, para de se meter na minha!
- Só vou parar quando aquele dinheiro for meu! É meu direito! E você vai fazer tudo o que eu mando você fazer. Um vacilo e seu querido pai vai pro xadrez! Se eu não tiver esse dinheiro, ninguém vai ter! Você entendeu, Alícia?
- Se você acha que vou abaixar a cabeça pra você, está enganada! Eu posso não ter como me defender agora, mas o que é seu, está guardado Lavínia e quando o seu dia chegar, não espere nada de mim!
- Depois que o dinheiro for meu você faz o que você quiser com sua droga de vida. Eu não me importo! Mas até lá, você vai andar sob o meu comando. E isso recai sobre todas as regras que você deve seguir. Sem namorados! É de casa para escola e não vai mais trabalhar naquele lugarzinho asqueroso que você chama de ateliê!
- Você tá louca se acha que vou parar de estudar e fazer o que eu amo. - Gritei com toda revolta que ela me causava. Pensei rápido e tentei mudar o jogo - OK, tudo bem quer me manter prisioneira, eu aceito, mas eu não vou deixar de ir ao ateliê nunca! Logo as pessoas que me amam vão perceber que tem alguma coisa errada e se você me proibir de ir lá, quem vai se dar mal é você Lavínia! Seja inteligente uma vez na sua vida!
- Vou ignorar sua arrogância! - Ela parou para pensar e logo prosseguiu. - Duvido que exista alguém que te ame, mas prefiro não arriscar! Então vou concordar de você ir ao Ateliê e manter as aparências. E se por acaso eu souber que você contou a alguém sobre nossa agradável conversa, pode esquecer tudo! Para o seu próprio bem, faça o que eu ordeno. Você não tem noção de como sou influente nessa cidade! Agora vou trabalhar!
E assim ela saiu. Me joguei no sofá de novo, coloquei uma almofada no rosto e gritei. Gritei pra tirar toda raiva e mágoa que estava se acumulando dentro de mim!
Preciso falar com o Fred, urgente.
Subo até meu quarto e pego meu telefone dentro da bolsa e ligo para o Fred. Sinto meu corpo acelerado e o nervosismo tomando conta de mim. Minha respiração já está acelerada e ele não atende o telefone.
Desliguei e liguei de novo, graças a Deus ele atendeu
"- Alícia, filha? - Perguntou estranhando minha ligação repentina.
- Fred! Graças a Deus você atendeu. Preciso falar com você urgente. A Lavínia, ela vai afastar a gente de novo. - Minhas palavras estavam emboladas e eu tentava segurar a vontade de chorar que se acumulava na minha garganta.
- Alícia, filha, calma! Fala devagar, não estou conseguindo entender.
- Fred! - respirei fundo e continuei - Lavínia pediu outro mandado de afastamento para você!
- O que? - Ele se assustou e senti sua indignação. - Me conta o que aconteceu e o que ela te falou, filha?
- Isso que acabei de falar. Ela pediu o mandado e daqui alguns dias será liberado. Disse que reuniu provas de que você ficava me rodeando e perturbando. Me obrigou a me afastar de você e da Deise, pois se não colocaria você na cadeia. Não sei o que fazer! - cada palavra dita me fez ficar mais nervosa e minha respiração já estava notoriamente elevada.
- Fica calma minha filha. Eu vou dar um jeito! Faça o que ela pediu por enquanto. E não deixa ela descobrir que você me avisou. Vou tirar a gente dessa! - Cada frase era dita pausadamente o que me fazia ficar mais calma.
- Obrigada ... Fred. - Minha voz saiu embargada.
- Não precisa me agradecer por isso. Não vou permitir que ela nos afaste de novo! E não esquece que eu te amo minha filha! - Suas palavras me atingiram e me fizeram chorar.
- Eu também te amo, Pai! - Chorei ao dizer essas palavras e por mais que eu tenha exitado tantas vezes, hoje não quero mentir e muito menos fingir que sou tão fria com quem quer cuidar de mim.
- Você me chamou de - Ele falou emocionado, senti na sua voz que ele chorava tanto quanto eu.
- Pai! Você é meu pai e eu já deveria ter falado isso a muito tempo!
- Ah minha filha! Eu queria te dar um abraço agora! você deixou seu velho muito, muito feliz mesmo! Nada e nem mesmo a Lavínia vai separar a gente!
- Obrigada por não desistir de mim, pai!
- Obrigado por ter me dado a chance de voltar pra sua vida! Agora eu preciso ir. Vou ver com a Deise o que podemos fazer para impedir o que a Lavínia está armando.
- Só tome cuidado. A gente não sabe do que ela é capaz!
- Pode deixar, minha Alícia! Se cuide aí também!"
Desligamos o telefone e já me senti um pouco aliviada. Mas meu coração estava pesado. Mais uma vez fiquei perdida nas palavras dela e daqui pra frente vou ter que tomar cuidado com tudo e se por acaso Jhonan voltar pra minha vida, não posso esconder nada dele!
Que Deus me ajude dessa vez!
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🦋 Contém 3310 palavras 🦋
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Olá Clichezeiros 💖
Bom, Alícia está tentando, será que nosso bebê já seguiu em frente?
Quem esperava por essa da Lavínia?
Acredite, eu estou sofrendo juntinho com vcs!
Beijos da Iza💖🦋
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