Capítulo 29🦋

Alícia Parker...

Naquele mesmo dia.

A semana passou correndo pra mim! Na segunda eu não pude encontrar o Fred, pois recebi a ligação da Amanda, a dona do Ateliê AC e amiga da Deise. Comecei a passar minhas tardes com ela. Já comecei a aperfeiçoar algumas técnicas de desenho e até comecei a costurar algumas roupas para ela. Ainda não tive coragem de mostrar meus desenhos e também não confio tanto assim nela, para fazer isso. Mas admito que nunca me senti tão realizada.

A conversa com o Fred só foi ficando para depois, e agora aqui estou eu, esperando ele na praça de alimentação, aqui no shopping. A dona Amanda está esperando comigo, pois disse que sou uma menina muito nova para ficar perambulando tarde da noite sozinha. E como sempre, tem o risco de ele simplesmente não vir e eu ter que ir embora sozinha depois. Por isso eu aceitei que ela me fizesse companhia.

Dona Amanda Collins, é uma senhora de quarenta e cinco anos, com seus cabelos platinados na altura dos ombros. Já é viúva e está sempre falando sobre seu falecido esposo. Ela é uma pessoa muito observadora, mas muito comunicativa, o que é difícil de se ver. Ela não pode ter filhos e é muito apegada a sua única sobrinha Luana, que está tentando seguir carreira de modelo e atriz.

Em uma semana conheci gente nova, comecei a estudar o que gosto e ainda tenho o colégio e a Lavínia. Eu não tive tempo para mais nada! A única coisa que estou arrependida é de não ter conversado com a Ju, ainda. Eu estou realizando um de meus sonhos e ela precisa estar presente. Sei que fui imatura falando com ela daquela forma e não deveria ter descontado nela as minhas frustrações. No fundo eu sabia que ela tinha razão sobre o Jhonan.

Eu tenho a opção de escolher estar com ele ou não. Ela não tem! Juan simplesmente a deixou. E isso é injusto!

Eu também não tive tempo de falar com ele depois daquela ligação que ele me acalmou apenas em me fazer ouvir a voz dele. Não sei o que deve estar passando na cabeça dele, mas pra ficar sem me mandar mensagem durante toda a semana, coisa boa não é. Por falar nisso, vou ligar meu telefone, que ficou desligado quase a tarde toda.

Peguei o aparelho celular na minha mochila e pressiono o botão lateral fazendo a luz da tela acender. Amanda fechou o Ateliê e se aproximou de mim, enquanto eu esperava o telefone ligar.

— Alícia, seu pai ainda não deu sinal de vida? - Ela perguntou se sentando ao meu lado com um copo de café duplo na mão.

— Não, Amanda! E esqueci de ligar o telefone antes e pode ser que ele tenha me ligado pra avisar que não vinha mais.

— Pois então verifica direitinho, qualquer coisa eu te levo pra casa.

— Não precisa se incomodar! Eu posso pegar o ônibus aqui no ponto em frente.

— Não é incômodo nenhum! Faço questão! - Falou me entregando um sorriso sincero.

Devolvi o sorriso e peguei o celular que começava a vibrar com mensagens que chegavam. Nenhuma era do meu pai. Jhonan me enviou um áudio. Quero ouvir, mas é melhor eu estar sozinha pra isso.

Decido ligar para o Fred, mas assim que disco seu número ele aparece junto com a Deise e me sinto aliviada por algum motivo desconhecido.

— Nossa, até que enfim, Fred! Já estávamos achando que vocês não viriam mais. - Amanda se pronunciou primeiro, levantando-se e indo abraçar Fred e a Deise.

— Ai amiga, eu tive um imprevisto no trabalho e acabamos nos atrasando demais. Nem fui em casa, viemos direto para cá. - Deise me abraçou enquanto falava com sua amiga e me cumprimentava junto — Desculpe a demora Ali. Como você está?

— Oi filha! - Fred se aproximou para um abraço e fiquei meio sem jeito de negar na frente de tanta gente — Como passou a semana?

— Oi Deise! OI Fred! Estou bem, um tanto cansada da correria da semana, mas bem. E vocês?

— Estamos bem, não é meu bem? - Deise falou — Cansados também, mas ainda bem que hoje é sexta-feira!

— Sim, meu amor! - Ele respondeu e eu revirei os olhos automaticamente — Mas então Alícia, sobre o que você queria conversar?

— Bom, eu só estava esperando vocês chegarem. Vou para casa pois hoje o dia foi puxado e vocês precisam de privacidade agora! - Amanda se pronunciou, pegando suas coisas dispostas na mesa e cadeira que estava a poucos minutos. Nos despedimos dela e ela se foi.

Comecei a contar para os dois exatamente o que dona Lavínia tinha cuspido na minha cara naquela noite. Falei que eu entreguei o fato de saber sobre a herança. Falei que ela disse pra eu não confiar tanto nele que poderia me enganar novamente e que ela mandou um recado dizendo que estava impressionada com ele.

— Essa mulher é uma víbora! - Deise falou com tom de indignação.

— Fique calma, meu bem. Nós vamos dar um jeito. - Fred coçou a cabeça e depois desceu a mão até o queixo deslizando ela pela barba rala em seu rosto — Então agora ela sabe que você tem conhecimento sobre a herança? - Afirmei com a cabeça — E durante essa semana ela comentou algo ou fez alguma coisa diferente?

— Nada! Ela agiu naturalmente. Ficou trabalhando como sempre e quase não dirigiu a palavra a mim, e todas as vezes que falava alguma coisa era pra me insultar ou mandar eu limpar alguma coisa, que eu me recusava. Nossa casa estaria de pernas pro ar se eu não tivesse me incomodado e limpado tudo ontem.

— Isso é preocupante. Ela deve está tramando alguma coisa. - Deise falou pensativa

— Mas o que ela poderia fazer, meu bem?

— Não sei ao certo, Fred. Mas ela pode está pensando em como se livrar da Ali como herdeira. Alguma brecha no contrato, não sei.

— Vocês não podem estar falando sério, podem? - Perguntei meio assustada com o que eles sopesavam.

— Ali, filha. Eu sinto muito, mas da sua mãe, eu espero sempre o pior. E até que a gente encontre um jeito de tirar você de lá legalmente, quero que fique com a gente ou se preferir fique na casa da sua amiga.

Fiquei algum tempo em silêncio, tentando engolir aquilo que falavam. no fundo eu sei que eles estão certos, mas algo dentro de mim me diz que devo continuar em casa, mesmo que Lavínia faça o inferno. Ela é minha mãe!

— Não! Eu não posso acreditar que ela seria capaz de alguma coisa. Ela é minha mãe! Ela que me colocou no mundo! Ela deveria cuidar de mim e não... não... - Eu comecei a me desesperar. Minhas pernas tremiam muito, meu olhos estavam estatelados e meus pensamentos ferviam em milhões em segundos.

— Calma Ali. Eu tô aqui! - Fred segurou minha mão e Deise fez o mesmo. Meus olhos lacrimejaram e não consegui segurar o choro.

— Alicia, eu ficarei feliz de ter você com a gente - Deise falou e mesmo sabendo que ela tem boas intenções, eu me incomodei com a sua aproximação.

— Obrigada por se oferecerem. Mas eu vou continuar em casa. Eu não acredito que ela fará algo contra mim além do que já faz.

— Alícia, a Lavínia é capaz de tudo pra pôr as mãos naquela herança!

— Fred, eu não vou. Não adianta insistir. Ela é minha mãe, por mais que ela me odeie, eu não consigo retribuir o ódio. Ela me faz mal sim, mas continua sendo minha mãe!

— Alícia, independente dela ser ou não sua mãe, se te faz mal, você precisa se afastar para não acabar com o que você tem por dentro. - Deise se pronunciou.

— Olha, vamos fazer o seguinte, se eu notar algum comportamento estranho, eu ligo pra vocês e vocês me pegam lá, certo?

— Mas e se for tarde demais quando você perceber? - Fred parecia realmente preocupado e seus olhos demonstravam uma certa angústia.

— Ficarei atenta a qualquer sinal! Eu prometo.

Encerramos a conversa depois de alguns protestos que eles fizeram. Eu sei que essa era uma oportunidade de sair de debaixo das garras da Lavínia, mas tem algo que me faz ter que estar perto e descobrir por mim mesma o que ela está aprontando. Debaixo do mesmo teto eu vou conseguir sondar e procurar nas coisas dela se há algum indício dos planos dela. Se é que ela tem um.

Mas sendo totalmente sincera, com você, caro leitor(a), eu tenho esperanças que ela venha se redimir, que venha ser a mãe que eu sempre quis que ela fosse. Posso estar sendo uma tola, mas é o que eu realmente quero. Ela é minha mãe, e tudo que eu queria é que ela me tratasse como sua filha, com carinho e respeito.

Começamos a nos levantar da mesa, pois já estava ali há bastante tempo. Deise falava que eu precisava ir pra casa deles e qualquer coisa era uma desculpa para me abraçar e acariciar minhas costas. Essa intimidade estava me incomodando. Pedi licença me desvencilhando do toque deles e fui até o banheiro.

Lavei meu rosto e ajeitei meus cachos que estavam presos em um rabo de cavalo. Passei as mãos pela roupa tirando o amassado da blusa e da calça jeans. Puxei as mangas do meu cardigã para cima e sai do banheiro.

Assim que virei a esquina da saída do banheiro, esbarrei em um garoto. Minhas costas bateram na parede e me desequilibrei, usando a mesma como apoio. E para meu azar, o garoto me pressionou contra a parede colocando seus braços um em cada lado do meu corpo, com as mãos na parede.

Sim! Era o implicante, idiota do Nathan. O novato da escola que já não é tão novato assim!

— Oi, cachinhos! Não olha mais para onde anda?

— Ah, garoto! É você, idiota! Não me chame de cachinhos! Me deixe passar!

— Tá nervosa demais, Cachinhos! - Ele me pressionava contra a parede e não me dava espaço para passar. Nathan é um garoto alto, de olhos castanhos, nem claros nem escuros, e cabelos claros, mas não chega a ser loiro.

— Nathan, me deixe passar ou farei um escândalo.

— Tudo bem, cachinhos. Pode passar, mas vai ter que me pagar um sorvete!

— Vai sonhando garoto!

— Então vai ficar aqui até dizer sim! - O corpo dele encostou no meu me pressionando mais contra a parede e fiquei sem reação quando seus olhos me encaravam com um tom mais escuro do que o normal.

— O que você acha que está fazendo Nathan? Me solta! - Falei nervosa e me remexia tentando empurrar ele de alguma forma. Seu corpo mais forte que o meu não me permitia empurrá-lo. Ele começou a mover sua cabeça para a lateral do meu corpo e sussurrou em meu ouvido.

— Sabe cachinhos, ainda vai implorar pra me pagar um sorvete! Cuidado pra não ser tarde demais! - Ele me deu um sorriso torto e lançou uma piscadela. E saiu!

Oh garoto irritante!

Voltei para a mesa onde estávamos e vi Fred e Deise conversarem aos sorrisos. Assim que perceberam que eu me aproximava, os sorrisos se voltaram a mim.

— Pronta pra ir embora? - Fred perguntou.

— A gente te deixa em casa Ali. - Deise afirmou.

— Não precisam se incomodar. Consigo ir sozinha. Não quero correr o risco da minha mãe encontrar vocês. Vai ser desagradável para todos.

— Filha, eu não me importo com isso. Quero que chegue em casa com segurança.

Na hora que eu ia negar a carona mais uma vez, Nathan apareceu sem mais nem menos. Mas dei graças a Deus que ele apareceu. Eu realmente não queria que Fred e Deise me levassem em casa e minha mãe fizesse uma cena desnecessária. Minha cota de encheção de saco já está esgotada há tempos!

— Já está indo Cachinhos? - Ele perguntou assim que se aproximou de todos nós.

— Não tenho mais nada para fazer aqui. O que quer? - Falei brava com ele por me chamar de cachinhos.

— Quem é esse rapaz Alícia? - Deise perguntou com curiosidade

— Sou Nathan Velasquez. Estudamos juntos! - Ele se apresentou ao casal e eu observei essa atitude esquisita dele, com os braços cruzados em frente a barriga.

— Infelizmente! Agora eu preciso ir. - Disse me virando de costas.

— Espera um minuto, queria falar com você sobre o trabalho de Biologia Ali. - Me segurou pelo braço ao falar.

— Nathan, você pegou o número do meu telefone no dia que a professora dividiu as duplas. É só me mandar mensagem. - Falei olhando em seus olhos. — Agora eu preciso ir. Vamos Fred? - Mudei de idéia sobre a carona, graças a esse idiota.

— Tudo bem. Fica atenta ao telefone, Cachinhos. Até mais!

— Foi um prazer, Nathan! - Deise se despediu educadamente.

No caminho até em casa, fui escutando a Deise falar, enquanto dirigia, o quanto o rapaz do shopping era bonito. E que o nome dele era diferente e combinava com o mistério em seus olhos. Fred ria do que ela falava. Eu apenas gesticulava com a cabeça e direcionava ela no caminho até minha casa.

Se ela conhecesse o Jhonan saberia o motivo de eu não ligar pro Nathan.

Chegamos cerca de vinte minutos depois. Desci do carro agradeci por terem me ouvido, por terem conversado e se preocupado. Fred praticamente me obrigou a ligar pra ele se ela falasse ou fizesse alguma coisa. Eu apenas concordei e agradeci mais uma vez. E apesar da nossa conversa ter sido boa, sinto que alguma coisa está errada e não sei bem dizer o que é.

Entrei em casa e estava tudo normal. Fui direto para o meu quarto, destranquei e tranquei a porta, assim que entrei, joguei minha mochila no canto entre o guarda-roupa e a parede e me joguei na cama. Lembrei que tinham mensagens para responder e voltei a levantar para pegar o celular que estava na mochila.

Meu Deus! O Jhonan mandou um áudio!!!

Rapidamente liguei o celular e fui direto nas mensagens dele.

Escutei a música e lembrei que ele cantou um trecho daquela música pra mim, na sacada do apartamento deles. Mordi os lábios enquanto ouvia a voz dele bem ao longe da gravação. Fechei os olhos e me deitei na cama. Acho que reproduzi umas quatro vezes antes de entender o motivo daquela estrofe.

Eu realmente estava tão indecisa sobre ele? Eu não adoro um "Se". Eu sempre fui decidida e convicta do que queria!

Talvez eu tenha colocado obstáculos demais na minha própria felicidade.

"— Oi nego. Como você tá? Desculpa ter sumido e demorado para responder. Muitas coisas aconteceram! Espero que esteja bem! Quando puder me liga, te conto tudo!"

Enviei a mensagem e deixei o celular no carregador. Agora preciso de um banho urgente.

A casa estava silenciosa. Eu estava sozinha. Pensei se deveria deixar a porta do quarto destrancada. Achei melhor não, pois Lavínia poderia chegar a qualquer momento. Tranquei e corri até o banheiro e tomei um banho quentinho e relaxante. Era tudo que eu precisava para finalizar minha sexta.

Depois que coloquei um pijama deitei e peguei o telefone. Merda! Jhonan ligou três vezes seguidas. Me deixou uma mensagem.

"— Achei que estava online, Morena. Caso mande mensagem de novo ou ligue, eu estarei dormindo já. Estou na casa de um amigo e o dia foi bem agitado. Amanhã a gente se fala!"

Na hora que fui responder o telefone tocou. Mas não era ele. Era Nathan.

"— Alô! - Atendi meio contrariada.

— Já está de mau humor, cachinhos?

— O que você quer, Nathan? E para de me chamar de cachinhos.

— Não dá, cachinhos. É sua marca!

— Se me ligou para me encher a paciência, tchau!

— Espera, Alícia! Liguei pois queria conversar.

— Não temos assunto e não somos amigos. O que você quer?

— Quero... - Ele fez um silêncio e fiquei tensa esperando sua resposta, não sei ao certo porque — Queria saber sobre o que falaremos no trabalho. - Ele disse depois de um longo suspiro.

— Posso te mandar um resumo do que a professora pediu amanhã? Estou cansada demais para falar disso agora.

— Beleza, cachinhos. Vou na sua casa ou a gente se encontra em outro lugar?

— Me encontra na confeitaria da mãe da Juliana. Perto da praça central.

— Ok, Cachinhos!"

Ele desligou na minha cara, sabendo que eu ia xingá-lo por me chamar de cachinhos de novo. Que ódio! Tanta gente para eu fazer esse bendito trabalho e tinha que ser logo ele. Bom, de qualquer forma, eu preciso falar com a Juliana.

Olhei a tela do telefone e estava aberto as mensagens do Jhonan.

"— Tudo bem, Nego. Já é tarde mesmo. Descanse bem! E amanhã tenha um ótimo dia!"

Comecei a deslizar o dedo na tela do telefone e vi que havia mensagens da Ju. Eu sou muito idiota mesmo! Como pude brigar com minha melhor amiga daquele jeito?

Abri as mensagens e vi que ela me pedia desculpas por ter comparado as nossas vidas, nossas situações, tudo que envolvia o coração.

Sinto tanta falta dela. Na escola a gente quase não se falou. Diego sentou ao lado dela quase todos os dias, a gente se olhava e quando uma ia falar alguma coisa a outra perdia a coragem, alguém aparecia. Nathan me perturbou a semana toda e Diego carregou ela pra cima e pra baixo.

"— Oi amiga! Eu que te peço desculpas! Sinto sua falta. Eu estava com muita coisa na cabeça naquele dia e acabei descontando em você. Você é minha melhor amiga, minha irmã de pais diferentes. Te amo!"

Assim que enviei a mensagem ela respondeu com corações. Contei sobre o que rolou com o Nathan no shopping, e disse que amanhã de manhã estaria na confeitaria. Ela disse que de manhã estará na escolinha de música, mas a tia Cíntia vai está lá.

"— Ali, fica esperta com ele. Aposto que ele tá afim de você!"

Juliana me enviou essa mensagem e eu fiquei parada tentando entender como ela chegou nessa conclusão.

"— Amiga, só você para me fazer rir uma hora dessas." - Enviei a mensagem.

"— Depois não diz que eu não avisei! Fica na confeitaria até eu chegar pra gente conversar."

"— Não viaja, amiga! Vou marcar tarde com ele então, que aí dá tempo de você chegar. Sorte a sua fazer o trabalho com o Diego."

"— A vida tem que sorrir pra gente em algum momento né?"

"— Hum, gostei da resposta! O que tá rolando com vocês?"

"— Por enquanto somos amigos. Meu coração ainda tá bem preso no Juan."

"— Que ele se desprenda logo então."

"— Meu irmão mandou mensagem a semana inteira perguntando de você"

"— Falei com ele já. Sinto muito a falta dele, Ju. Espero que as férias venham logo."

"— Ele não vem nas férias, amiga. Disse que tem coisas que precisam da concentração dele lá e tá quase certo dele começar a trabalhar."

"— Que droga! Vou esperar para falar com ele amanhã então. Vou dormir . Amanhã a gente se fala."

"— Te amo amiga! Fica bem."

" — Você também!"

Meu telefone ainda vibrava com mensagens. Mas não eram da Ju e muito menos do Jhonan. Nathan me encheu de mensagens escritas "Oi Cachinhos!"

Bufei, revirei os olhos e respondi a mensagem.

"— Garoto, vai dormir. Amanhã a gente se encontra na confeitaria as 10:30hrs"

"— Não fica brava Cachinhos. E estarei lá te esperando ansiosamente."

"— Ansiosamente pra que? Ficou maluco de vez?"

"— Ansiosamente para ver você!" - Assim que li fiquei nervosa e arregalei os olhos espantada com o que estava escrito.

"— Ver você comprando pra mim um bolo de chocolate com bastante morangos." - Ele mandou em seguida e soltei o ar que não sabia que tinha prendido.

"— Vai sonhando idiota!" - Respondi e ele mandou carinhos de riso.

A conversa acabou e minha cabeça não parava de pensar tanto no Jhonan, quanto no idiota implicante, quanto no Fred e na Deise e em nossa conversa no shopping, e quando pensava no shopping, lembrava da encurralada que o Nathan me deu e seus olhos tão profundos em mim.

Eu não tô bem. Acho que é o cansaço!

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🦋Contém 3320 palavras🦋
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Olá Clichezeiros 💖
Capítulos da semana liberados...
E aí, O que acharam do Nathan?
Eu sabia que ia ser problema. E vcs?
E dona Lavínia que anda muito quieta. O que vcs acham, ela tá ou não tá aprontando?
Comentem pra eu saber a opinião de vcs e se puderem deixar o voto na 🌟 agradeço de coração 💖
Fiquem com Deus e até semana que vem!🦋💖

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