Capítulo Vinte e sete | Grande erro
Primeiramente: FELIZ ANO NOVO MEUS AMORES!!!! (atrasado)
Estão todos aí? Não ficou ninguém em 2020?
Hoje teremos a primeira atualização de 2021 ☺️, sabe as vezes me pergunto: Será que o coração dxs meus(minhas) leitorxs vibra do mesmo jeito que o meu faz quando vejo a notificação de uma história favorita minha? 🤔
Ah, e quero agradecer a @taevantz pela capa nova, primeiro foi a @Luas_de_Saturno agora ela, estou me sentindo mimada kkkk muito obrigada por disponibilizarem o tempo de vocês por essa fic. Me sinto muito feliz e cativada.
Um ano novo, novas inovações, o que acham de a partir de agora ao invés de "perguntas aleatórias" eu fale "factos aleatórios sobre mim?" Combinado?
Boa, então vamo lá 👇
[❤️]
Kim Daejung andava do meu lado parecendo aéreo e como sempre falando e falando como se eu estivesse o ouvindo. Sua cabeça estava protegida por um gorro preto igual o seu casaco fardo e suas botas, diferente de mim que tinha a cor marrom em maioria. As vezes tudo o que eu queria era poder recusar suas "gentilezas" e ter minha bela paz e privacidade de volta, mas eu tinha que admitir que sua escolha de me acompanhar do trabalho até casa nas noites não é tão má assim, ele me dava uma pequena sensação de segurança mesmo que isso signifique eu ter que suportá-lo tagarelando sobre si mesmo por vários minutos seguidos.
Ele era estranho. Um vizinho estranho.
Mas se colocarmos essas e algumas outras desvantagens irritantes sobre sua pessoa eu diria que ele não é tão ruim assim.
Não é legal, apenas não é tão ruim assim.
— Sabe eu sempre fui bom em esportes de neve, eu tenho muitos vídeos meus patinando ou andando de ski, se quiser pode passar lá no meu apartamento um dia desses para ver. O que acha?
— Não, obrigada. — murmurei vendo um vaporzinho sair da minha boca enquanto falava. O outono tinha chegado e com ele aquele friozinho de antecipação do clima baixo que virá no inverno, tinham também agora as chuvas um pouco constantes que não ajudavam em nada.
Esses pensamentos me fizeram colocar as mãos dentro do casaco e apressar o passo desejando chegar logo no meu apartamento quentinho e calmo. As vezes calmo demais.
Estava submersa e distraída caminhando mas um calor de supetão perto do meu me tirou do transe e me fez encarar o homem próximo demais a mim com estranheza.
— É que está frio sabe? — se justificou.
Revirei os olhos e sem pré-aviso mudei a rota por onde andávamos para seguir o caminho mais curto, quanto menos tempo levassemos a chegar melhor.
— Vamos pelo atalho? — Daejung quis saber — Mas esse não é o caminho que passa pelo cemitério? — questionou alarmado.
— Pode ir pelo outro mais longo se quiser. — falei pouco interessada.
— Não. Não irei te deixar sozinha! — exclamou e então me abraçou pelos ombros de súbito. Lhe olhei surpresa franzido o cenho e ele se afastou pigarreando.
Revirei os olhos de novo.
Estranho e inconveniente.
Estávamos no meio do caminho passando ao lado do muro alto que encobertava o cemitério da cidade e meu vizinho estava praticamente grudado em mim olhando em volta. Acho que daqui a pouco ou ele desmaia ou ele se joga no meu colo. Farei questão de não apanhá-lo, já não basta carregar uma pessoa.
— O que é aquilo!? — Daejung questionou apontando para um ponto específico.
— Uma folha. — respondi cética.
— E aquilo, o que é!? — perguntou novamente.
— Um gato! Cala a boca por favor!? — pedi sem paciência e ele me ignorou.
— Tenho a sensação de que estamos sendo observados, você sente? — se encolheu atrás de mim.
E ainda se diz o "protetor".
— Sim, sinto que estou sendo observada por você. — falei e ele bufou. Retirei seu braço do meu ombro.
— Meu Deus! O que é aquilo!?! — o desgraçado praticamente gritou no meu ouvido quase acabando com meus tímpanos, tinha até estancado no lugar apontando para frente pálido e de olhos arregalados.
— Daejung! — repreende impaciente. — Quer parar com is-
Antes que eu terminasse, o moreno segurou meu queixo me fazendo observar aonde ele apontava assim tão assustado. Parei na mesma hora e encarei franzido o cenho boquiaberta tentando enxergar melhor. Bem na entrada do cemitério estavam silhuetas sinistras cobertas por mantos longos segurando em velas.
Coçei os olhos para ver se não estava vendo coisas e vi que realmente eles estavam ali, um ao lado do outro.
Enruguei o nariz.
— Va-vamos v-voltar Choi! — Daejung puxou meu braço mas eu o puxei de volta.
— Ah, por favor! — estalei a língua no céu da boca. — Devem ser só um bando de desocupados fazendo macumba pra ficar rico. — revirei os olhos. — Já fiz isso e sei que não funciona... Vamos. — chamei ele voltando a caminhar reto.
— O QUÊ!? — gritou no meu ouvido de novo e eu o fuzilei com o olhar. — Não. Não. Não. Não. Não podemos! Eles... Nós... Choi! — choraminguou.
— Fica aí então, eu vou pra casa. — anunciei dando de ombros.
O homem reclamou baixinho porém não dei atenção e continuei andando o sentido me seguir pouco tempo depois, completamente encolhido chiando como um cachorrinho assustado.
Cada vez mais nos aproximavamos das pessoas cobertas por mantos vermelho escuro com detalhes dourados e capuzes grandes que encobertavam seus rostos. O que estava mais afastado segurava duas tochas ardentes e ele bebia algo em uma garrafa, álcool com certeza, e depois cuspia diretamente nas chamas laranjas dando a impressão que ele estava cuspindo fogo.
Típico truque de circo. Não disse que eles são um bando de desocupados? Um monte de palhaços Patati Patatá sem nada melhor pra fazer da vida.
Chegamos próximos a eles, mas como eles tinham formado uma coluna, estavam bloqueando a passagem do caminho.
Eles — com exceção do que cuspia fogo. — Não se mexiam.
— Er... Licença!? — falei, com meu vizinho encolhido atrás de mim. — olha, eu não queria incomodar a ceita de vocês mas vocês meio que estão no nosso caminho então...
— Dorime. Iterimo yapare Dorime...
Eles começaram a cantar do nada.
O último deles cuspiu fogo mais uma vez.
— CORRE! — Me assustei com o grito de Daejung no meu ouvido.
Ele não esperou mais nada e saiu correndo pelo caminho por onde viemos caindo, levando um tombo, levantando e voltando a correr.
Voltei minha atenção para os monges assustadores a minha frente. Eles continuavam cantando.
— Compadres sério, eu preciso ir pra casa e-
— NÃO! — um deles gritou com a voz grossa arrastada erguendo os braços abertos para cima. — Ninguém vai para casa hoje.
— Hummmmm dorime... — os outros murmuravam continuadamente.
— O que?
— Você! Garota da barriga enorme cometeu um grande erro! — apontou para mim.
— Hummmmm dorime...
Então aquele que estava na frente falando comigo se abaixou no chão ficando de quatro começando a faverejar o chão e ar que nem um cachorro.
— O que ele está fazendo? — consegui ouvir um dos monges de trás sussurar.
— Não sei, continua cantando. — o outro ao lado sussurou de volta. — Hummmmm dorime...
— Sim... — o maluco no chão murmurava. — Sim, Sim! Estou sentindo... — se levantou de súbito. — A origem é a mulher barriguda! — apontou para mim.
O outro lá cuspiu fogo.
— Você está em um lugar que não pertence! Tem que voltar para sua verdadeira casa!
— Hummmmm dorime...
— É isso que estou tentando fazer! Quero voltar para minha casa e ajudaria bastante se vocês-
— NÃO!
— ESTÁ GRITANDO PORQUÊ!?
Gritei de volta quando ele me assustou porém o homem me ignorou.
— O equilíbrio está desiquilíbrado! Você tem que voltar para sua outra casa lá onde você recebia amor!
— Hummmmm dorime...
— Olhem aqui vocês! Vou dar um último aviso! Saiam agora da minha frente ou eu jogo alho em vocês! — ameacei colocando minha mão dentro da bolsa.
Cadê, cadê, cadê! Eu tinha certeza que estava algures por ali, nunca saio sem.
— Não somos vampiros. — um deles disse dando um passo para frente.
Talvez dentro do zíper interno...
— Então lanço meu brinco de prata diretamente nas suas peles.
Será que está entre meus- Achei!
— Não somos lobisomens. — outro disse e então soltou uma risadinha como se aquilo o divertisse.
Dei um sorriso ardiloso.
— Ah é!? ENTÃO EU JOGO SPRAY DE PIMENTA NOS VOSSOS OLHOS, FILHOS DA MÃE! — gritei tirando o frasco cilíndrico dentro da bolsa e erguendo na direção deles que se afastaram dando pulos para trás.
Me senti poderosa.
— Calma, não precisa disso — um deles falou erguendo as mãos falando pacificamente — Nós estávamos apenas tentando-
— Cala a boca! É tarde demais pra querer bater um papinho, quando eu tentei conversar vocês não quiseram agora vou sprayar na cara de todos os oito!
— Espera, oito? Você contou mal. A gente é sete! — um deles falou apontando para os outros.
— Então quem é aquele cara ali? — apontei.
Ele estava mais afastado e diferente dos outros tinha um manto branco que o cobria por inteiro enquanto parecia sussurar coisas.
Puff, outro charlatão fazendo uma de macumbeiro. Ah, mais eu vou acabar com isso agora!
Marchei furiosa até o desgraçado.
— CHOI, NÃO! NÓS NÃO CONHECEMOS ELE!
— NÃO FAZ ISSO!
— CHOI!
Os outros gritavam mas eu os ignorei.
Parei em frente ao sujeito que ainda murmurava coisas.
— Camarada, para que isso está feio! Acha que me assusta? — revirei os olhos.
— Mukaka in ka lanka moisé muanaka etalá mishaka...
— É o que!? — questionei confusa mas ele apenas continuou. Bufei sem paciência. — Ah, vá tomar no-
Paralisei.
Eu tinha puxado o capuz dele e... Nada.
Não tinha nada.
Era um corpo sem cabeça.
Gritos altos e assustados — outros extremamente agudos. — dos monges atrás de mim soaram e quando eu olhei para trás todos eles estavam correndo para todos os lados como baratas tontas, um deles tinha até desmaiado. Um outro corria desesperado mas ainda assim carregava consigo suas duas tochas.
Perde a vida mas não perde o fogo.
Enquanto para mim, que continuava em choque estava tudo correndo rápido demais para processar. Quando percebi estava sendo segurada por trás pelo monge de branco que correu comigo no colo cemitério á dentro.
É agora que me desespero!?
[❤️]
Cês provavelmente não tão entendendo nada 😂 não se preocupem! Nos próximos capítulos tudo se explica.
O próximo cap é a continuação
Não se esqueçam de votar, principalmente vocês leitores fantasmas, poxa estamos em 2021 nem nesse ano eu mereço um votinho seu? 😔
Até o próximo capítulo meus amores ❤️
PS: essa fic está cada vez mais loka, não sei como vocês ainda não desistiram de mim kkk
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