Capítulo Vinte e seis | Eu te amo
Oi pessoal! Cheguei!
Só pra avisar que eu estou muito, tipo muito feliz, porque minha irmã mais velha está ✨ Grávida ✨ aaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhh
PS: estou surtando mais que os próprios pais.
Já estou pensando nos nomes, me imaginando pegando ele/a no colo, dando de comer já até calculei o provável mês do nascimento kkkk e olha que esse será o 2° filho dela, mas bem, 1°,2°,23°, é sempre um surto pra mim.
E antes que eu me esqueça... Feliz Natal atrasado meus amores! (Não vou desejar um próspero ano novo pq sempre que alguém faz isso uma tragédia acontece nesse tal ano, dessa vez vou ficar caladinha fazendo preces kkk)
~Capítulo não revisado, se ver algum erro me avise por favor~
#comentemEvotem
[💖]
Eu não estava respirando...
Literalmente.
Tinha travado minha respiração sem que ao menos me aperceber disso. Pisquei os olhos diversas vezes esperando que isso evaporasse a miragem em minha frente, miragem essa que era realista até demais. Eu conseguia sentir o cheiro do seu perfume familiar, conseguia sentir o calor do seu corpo mesmo que não tão perto de mim, e acima de tudo conseguia ouvir sua voz me chamando.
"Choi? Choi! Você está bem? Está passando mal? Choi!"
Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não.
Eu não queria vê-lo, eu não queria ouvi-lo. Ele me deixou.
Duas vezes.
Tapei os ouvidos para não escutar sua voz, meu olhos estavam embaçados pelas lágrimas e eu observava o teto da loja. Eu tinha caído?
Yeonjun era o gatilho doloroso para o despertar de todos meus medos. A lembrança de que quando eu me aconchegasse em alguém, a realidade desabaria e eu voltaria na minha solidão. Que a segurança era temporária, que meu destino era envelhecer com meus próprios pensamentos.
Meu pai não me quis.
Minha mãe se foi.
Minha tia me abandonou.
A psicóloga não tinha paciência pra mim.
E Yeonjun me deixou.
Todos eles me deixaram. E os que vierem também me deixarám.
"Fique com a Tia Haun, eu vou acompanhar os senhores polícias e já volto está bem?
Quando a senhora vai voltar?
Amanhã"
[💖]
Engoli em seco mas depois tossi por ter minha garganta estranhamente seca. Abri meus olhos lentamente tendo como primeira visão um nariz — com uma pequena pintinha — que soprava ar bem perto do meu rosto, franzi o cenho e vi Taehyung se afastar e me rapidamente.
— Pessoal. Ela acordou. — sua voz grave encheu o quarto.
E então, em questão de um tempo que sequer tive como calcular várias cabeleiras formaram um circulo em volta de mim.
— Choi, você acordou!
— Já estava ficando preocupado.
— Você me deu um grande susto sabia?
— O que aconteceu minha Choizita?
— Eu acho que ela ainda está atordoada.
— Ela não está falando nada. Deveríamos chamar um médico?
— Dêem espaço para ela...
Então eles se afastaram de mim, ainda com feições preocupadas. Queria perguntar como eu vim parar em um quarto hospitalar, mas não tinha vontade. Sequer conseguia olhar em seus olhos, preferi olhar em um ponto fixo na parede, acareciando minha barriga.
Seria menino ou menina?
— Choi, olha pra mim, você está se sentindo bem?
Acho que não tenho preferência. Desde que venha com saúde. Crianças são inicialmente muito dependentes dos seus pais enquanto se desenvolvem não é? Isso é bom. Significa que precisará de mim por muito tempo. Até lá ele ou ela abraçará minha dor para que eu não a sinta.
— Choi? Está me deixando agoniado.
Mas e quando ele não precisar mais de mim... O que eu faço?
— Ela está chorando, porque ela está chorando? Namjoon vá chamar um médico.
— Já vou.
— Jungkook, Jimin e Hoseok se acalmem entrar em pânico não irá ajudá-la.
— S-sim...
Talvez eu me adaptasse, será difícil, mas eu vou conseguir. Eu consegui conviver comigo mesma até agora né?
É, eu vou conseguir.
— Senhorita Eon, está me ouvindo? Respire fundo.
— I-isso é t-tudo c-culpa minha... E-eu deixei ela s-sozinha enquanto brigava com aquele cara...
— Jimin, por favor...
— Tirem ele daqui. Tae compre um copo de água pra ele.
Eu deveria começar a me preparar já.
— Peço que saiam do quarto por favor.
— Mas...
— Vocês poderam vê-la depois.
[❤️]
O tic tac do relógio engolia o silêncio.
— Se aproximem. — falei um tempo depois de eles terem saído do quarto a mando do médico. Meia hora depois eles tinham retornado mas agora se mantinham distantes e hesitantes próximo a porta.
Seokjin é o primeiro a dar um passo para perto de mim junto a Yoongi e assim que ele pouco confiante segurou na minha mão e eu a apertei, os outros tomaram segurança para se aproximar. Dessa vez eles não fizeram questões ou se mantiveram muito próximos, como se qualquer passo em falso pudesse me quebrar.
Analisei a mão de Jin na minha.
Eu gostava de segurar a mão da minha mãe. Era bonita.
— Como eu vim parar aqui? — perguntei por fim, tinha medo que o silêncio permitisse a eles ler meus pensamentos. Eu não quero que eles saibam dos meus planos. Não agora.
Daqui a vinte minutos talvez, ou quem sabe quando eu ganhar coragem.
— Você desmaiou. — Jimin sussurou de cabeça baixa, era o que estava mais afastado.
— Daí ele te trouxe para o hospital e nos ligou. — Jin disse, acareciando as costas da minha mão com o polegar.
— Hm... — murmurei os vendo se entreolharem nervosamente, eu sabia porque. Eles o viram, talvez até falaram com ele. Acho que eles presumiram de cara quem era o homem com quem eu estava segundos antes de desmaiar.
— Choi... Você quer conversar sobre? — Seokjin questionou e Jungkook molhou os lábios me encarando ansioso, como se esperasse ter que agir a um surto meu a qualquer momento.
Minha psicóloga molhava os lábios frequentemente... Também revirava os olhos azuis pra mim.
— Onde ele está? — questionei.
— Ele foi embora... — Hoseok disse, do outro lado da cama com a mão por cima do meu joelho coberto.
— Também né, com o soco que levou... — Seokjin disse, estalando a língua no céu da boca.
— Soco!? — exclamei surpresa e automaticamente olhei para Taehyung. Eu ainda me lembrava da promessa dele.
— Não olha para mim! — o moreno ergueu as mãos — Eu até queria mas não fui eu, foi ele! — apontou para Namjoon.
Encarei o loiro de covinhas surpresa.
— E aquela história de “A violência nunca é a resposta”? — ergui uma sombrancelha.
— Isso foi antes de eu vê-lo lhe prejudicando... — ele disse travando o maxilar.
Sorri discretamente.
— Mas, Choi, ele disse que precisa conversar com você. E que te procuraria mais tarde. — Hoseok disse cautelosamente e olhou brevemente para minha barriga. — Talvez vocês devessem fazer isso... Para, sabe, ao menos tentar chegar a um acordo sobre a convivência de vocês com o bebê... Afinal, ele não deixa de ser o pai...
Hoseok mordeu o lábio observando minhas reações, assim como todos. Respirei fundo, eu não queria fazer isso, pelo menos não agora, mas não irei contrária-los para que não mexam mais nesse assunto.
— Tudo bem. — disse e eles respiraram aliviados.
— Estaremos do seu lado se precisar Choizita. — Tae disse segurando minha mão deixando um selar carinhoso.
— Sempre. — Seokjin fez o mesmo com a outra mão e os outros apenas concordaram.
Engoli em seco e encarei a parede branca outra vez.
— Eu quero ir embora.
— Ah claro, você já recebeu alta mesmo. — Namjoon disse. — Vamos, você deve estar ansiosa para tomar um banho e descansar. Vou chamar uma enfermeira para te ajudar a vestir suas roupas. — disse e os outros se prepararam para sair do quarto.
— Não. — falei. — Eu quis dizer... Quis dizer que quero ir embora... Da casa de vocês.
— O quê!?
Eu não soube dizer ao certo de quem veio a entoação. Talvez de todos.
— Choi? Do que está falando? — Jimin questionou, se aproximando finalmente e foi só aí que eu me apercebi do seu lábio inferior ferido.
Me senti culpada por tê-lo deixado sozinho agora.
— Eu agradeço muito a todos vocês... Vocês me acolheram, aceitaram e protegeram mesmo eu sendo uma estranha. Eu realmente sou grata por isso. Mas agora eu acho que está na hora de eu seguir meu caminho...
— Não! — a voz grave de Taehyung me assustou. — Do que está falando!? É claro que não, você não precisa! Você é uma Bangtan esqueceu!? Não pode nos abandonar!
— Taehyung...
— Porque isso agora Choi? — Jungkook se pronunciou, seus olhos me fitavam desesperados. — É por causa do seu ex-noivo? — questionou rapidamente. — Eu juro que não vou deixá-lo te machucar outra vez, só... Só não vai...
Suspirei e forcei um sorriso.
— Não, JK, não é por causa do Yeonjun, é por mim mesma... — mordi o lábio com força quando minha garganta fechou e meus olhos arderam. — Além do mais, eu tinha que ir em algum momento certo? Acho que até demorei tempo demais. Eu fui daquelas visitas bem longas e chatas. Mas vejam pelo lado positivo, pelo menos agora terão um pouco de paz.
— E você acha mesmo que teremos paz com você por aí grávida e sozinha? — Yoongi questionou.
— Não queremos paz. Queremos você com a gente. — Hoseok disse.
— Desculpa mas eu já tomei minha decisão. — lamentei. — Amanhã mesmo irei procurar um novo apartamento pra mim.
— M-mas... S-se você for embora q-quem você vai usar como manequim de maquiagem? — Jungkook perguntou com lábios trémulos e olhos brilhosos.
— E quem vai te proteger de baratas Carmelita's? — Tae perguntou com certo desespero. — Elas... Elas estão por todo o lado sabe? Você não pode ir.
— Eu...
— Você pode se esquecer da sua bolsa em algum lugar. Quem irá lembrar você de pegá-la? — Hoseok perguntou e duas lágrimas escaparam de seus olhos quando o mesmo piscou.
— Quem irá salvar você dos lutadores doidos de ringue?
— E de Chihuahuas endiabrados?
— E os anões de cabelo rosa que passam a rasteira nas pessoas?
— E quem irá proteger você de si mesma? — Jin questionou preocupado.
— Eu irei fazer isso tudo. — fungei. — Desculpem mas já estou decidida. — eu disse me sentando na maca, colocando as pernas para fora dela.
Taehyung balançou a cabeça em negação mas quando achei que diria algo ele apenas se afastou a passos largos e saiu do quarto batendo a porta com força.
— Ele não está bravo com você. — Seokjin disse, como se lê-se meus pensamentos. — Ele apenas está triste, como todos nós. Mas saiba que a gente apoia você mesmo não querendo que vá.
— Obrigada Jin... — soluçei e ele parou em frente a mim, me abraçando.
— Eu te amo Chochoi. — disse.
— Também amo você. — falei com dificuldade sentindo um beijo em minha testa.
— Se cuide bem e evite se envolver em confusões por um bom tempo okay? — Namjoon disse quando Jin se afastou.
— Eu irei tentar. Prometo! — sorri em meio às lágrimas.
— Amo você Eon. Sentirei saudades. — me abraçou beijando minha têmpora.
— T-também... — não consegui terminar a frase. Os soluços não deixavam.
— Se eu souber que não está se cuidando saiba que irei atrás de você para arrastá-la de volta para casa. — Yoongi ameaçou vindo até mim. E segurou em meu rosto encostando sua testa na minha. — Nos ligue a qualquer momento e proteja esse mini-Eonzinho se formando aqui. — colocou a mão na minha barriga. — Amo você.
Assenti com a cabeça por não conseguir falar.
Hoseok se aproximou e me deu um abraço longo.
— Ainda espero que esteja só se precipitando e que desista de ir para longe de nós... — mergulhou o rosto na curva do meu pescoço. — Mas se é isso que quer irei respeitar. — beijou minha bochecha. — Irei te visitar sempre. Fique sabendo disso. Eu te amo muito Choizinha.
Sorri e o vi retribuir.
— Eu ainda sinto que isso é culpa minha... — Jimin se aproximou dizendo. Seu rosto vermelho pelo choro. — Eu sinto mui-
— Eu te amo Jimin. — o puxei pela camisa. — vou sentir falta de coscuvilhar suas coisas. — brinquei.
— Eu também te amo. E minhas coisas vão sentir falta de você também. — sorriu e deixou um selar na ponta do meu nariz.
Quando Park se afastou, observei Jungkook um pouco afastado, de rosto avermelhado enquanto me olhava soluçando. Abri os braços o chamando silenciosamente para um abraço e o moreno veio andando devagar coçando os olhos com o antebraço, como uma criança que é obrigada a se desapegar a algo e dizer adeus.
Abracei Jungkook misturando meus soluços aos deles.
— E-eu... E-eu... — ele gaguejava.
— Eu sei... — sussurei. — Também amo você. — olhei para todos. — Amo todos vocês, obrigada por esses quatro meses cuidando de mim.
Jungkook encostou sua cabeça em meu peito e eu acareciei seu cabelo vendo todos os outros se juntarem a nós em um abraço coletivo. Observei com pesar a porta do quarto.
— Tae também ama você. Ele só não gosta de despedidas. — Namjoon disse me fazendo sorrir triste.
[❤️]
Namjoon e Yoongi me ajudaram a procurar um apartamento ideal no dia seguinte, pesquisando imobiliárias e indo ver comigo as opções mais viáveis e quando encontramos um meio distante porém com conforto e segurança — que segundo eles era o mais importante — Jimin e Jin me ajudaram a me acomodar. Eu via que os garotos estavam tristes por eu estar realmente falando sério quando disse que ia me mudar mas não tocaram mais no assunto e se concentraram em aproveitar os últimos três dias comigo na casa assim como eu aproveitei a companhia de cada um deles, com exceção de Taehyung que vivia me evitando.
Eu estava do lado de fora da casa, vendo Hoseok colocar minhas malas rosa-ai-os-meus-olhos no porta malas. Ele ganhou a discussão de me levar com o protesto “Eu quem a trouxe, Eu quem a leva de volta” quando Jin e Namjoon queriam me levar pra nova casa.
Suspirei já sentindo saudades mas pensando que isso era o melhor a fazer.
Era... Não era?
Abracei Yoongi por último e acenei quando me aproximei do carro prestes a entrar, mas antes observei a janela de casa conseguindo ver uma silhueta nos observando de lá.
Entrei no carro de Hoseok de uma vez quando meus olhos ameaçaram lacrimejar.
— Vamos? — Hobi perguntou.
— Sim.
Então o moreno deu partida ao carro e eu me deitei sobre o acento descansando minha cabeça e fechando os olhos, mas o barulho do meu celular chamando roubou minha atenção.
O peguei piscando surpresa ao ver uma foto minha e do Tae fazendo caretas. Deslizei no botão verde nervosamente.
— Alô?
— Volta pra casa, por favor... — soluços. — Eu te amo.
[❤️]
_Espaço dedicado para chorar, se perguntar “pooooorqueeeeeê” e ameaçar a autora aqui_
Resuma o capítulo com um emoji.
Eu: 🏊
Nadando nas lágrimas do meu sofrimento :')
Estava me esquecendo de colocar, mas está aí pra quem tem curiosidade em saber o tamanho da barriga da Choi. É a quarta imagem :p
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