Capítulo Vinte e oito | Tô dentro!

Hallo!

Dessa vez foi rápido né?


Desculpe os erros meus lindos. Boa leitura ❤️

[❤️]

As vezes eu me pergunto que tipo de pessoa eu era em minha vida passada porque se colocarmos em conta e somarmos todos os acontecimentos ruins e incomuns que já estiveram em cena na minha vida, acho que que chegamos a conclusão de que provavelmente eu fui alguém muito, mas muito boa, a mais sortuda do mundo que agora está pagando sua dívida e recebendo sua dose de azar que nunca teve ou então fui alguém realmente muito ruim e essa vida foi feita especialmente para me fazer pagar pelos meus erros das maneiras mais improváveis e impensáveis possível.

Porque, veja bem, qual a probabilidade disso acontecer com um outro ser do planeta da forma mais aleatória e incomum completamente de surpresa do jeito que acontece comigo e ser levado em seguida como um dia normal?

Só na vida de Eon Choi mesmo, meu amor.

OU...

É tudo culpa do universo! Sim, é culpa do universo, porque NÃO É POSSÍVEL! TODO DIA ISSO!

Acho que quando acorda o universo pensa assim:

Nossa, a Choi tá normal hoje né? Tá de boa, quietinha, oh menina bonitinha que só...

Vou mandar a porra de uma alma penada sequestrar ela.

É a explicação mais plausível, ou então é um possível karma ou aviso por eu ter deixado a casa dos meninos. Estou recebendo vários desses desde a semana rejuvenescedora que passei a viver sozinha.

Coisas desde pisar chiclete com o sabor favorito do Yoongi no meio da rua ou escutar a música que o Namjoon vive cantarolando passando na rádio sempre que o ligo, mas o primeiro sinal foi justamente no dia em que me mudei para o apartamento.

DUAS SEMANAS ATRÁS.


— Alô?

Volta pra casa por favor... — Soluços. — Eu te amo.

Mordi o lábio com força e encarei Hoseok dirigindo concentrado me forçando a não pedir naquele exato momento para que ele desse meia volta.

Mas eu não podia. Precisava fazer aquilo... Precisava do meu espaço.

— Taehyung... — suspirei fustrada por não saber o que falar e Hobi me espiou curioso com o canto do olho. — Eu...

— Por favor, não se isole, você não precisa se mudar para ter sua privacidade! Nós iremos respeitar seu espaço aqui, ninguém irá te incomodar, só... Só não fique sozinha... Não nos deixe...

— Eu não estou deixando ninguém. — esclarece. — vocês podem me visitar de vez enquando...

Não é a mesma coisa.

— Sei que não. Mas eu preciso fazer isso ok? Você não entende mas eu preciso. É que tem tanta coisa na minha cabeça Taehyung, tanta coisa e eu sinto que cuidar de mim mesma, provar a mim que eu posso ficar bem mesmo não tendo ninguém me sondando é algo essencial para minha própria sanidade. Eu sempre tive a mentalidade de que precisava de alguém para ser meu alicerce para que me sentisse completa e agora... Eu só estou tentando ser meu próprio alicerce, nem sempre terei alguém comigo Tae, preciso aprender a me cuidar a cem por cento pra ter certeza que cuidarei de uma outra pessoa também a cem por cento.

*Suspiros*

Você tem razão. Me desculpe. — Pediu fugando. — Mas é que eu já estava tão acostumado com você aqui... Você também é uma Bangtan lembra?

— Eu ainda não sei o que é isso. — confessei e ele e o Hoseok riram.

Me prometa que quando se sentir melhor você nos avisa... Ou, se quiser, você pode simplesmente voltar.

E só pra me fazer de difícil eu disse:

— Talvez dentro de algumas semanas eu volte, mas só com um grande incentivo. — provoquei.

Incentivo?

— É, incentivo oras, você acha o quê? Eu irei voltar aí só por voltar? Amigo nem na primeira vez eu vim morar aí por querer quem dirá na segunda. — eu ri.

Hmmm...

— O quê? O que foi?

Nada não, tenha sorte na sua nova moradia...

Mas-

Tchau! Coma direito, se cuide e não morra!

— Taehy- Ele desligou! Na minha cara ainda por cima! Você acredita nisso!? — questionei indignada para Hoseok que só riu negando com a cabeça.

Cruzei os braços e me acomodei melhor no acento. Alguns minutos depois estávamos em frente ao prédio mediano que seria meu novo endereço, Hoseok me ajudou com minhas malas rosas e me acompanhou até a porta do apartamento.

— Então... É isso. — coçou a nuca. — Fica bem.

— Eu vou ficar. — sorri.

— E você feijãozinho, trate de colocar juízo na cabecinha de vento da sua mãe! — se agachou na minha frente sorrindo para minha barriga e riu se levantando quando reclamei.

— Tchau.

— Até breve! — me abraçou e foi até o elevador acenando.

Assim que o elevador se fechou um pássaro morto caiu em frente da minha porta.

— Mas o que...!? — olhei para cima e vi o teto branco intacto.

Como?

Quando?

Onde?

Porquê?

No final dei de ombros pegando o pombo morto pela pata e levando pra dentro juntos com as malas.

É carne de graça para o jantar.

AGORA.


E de alguma forma vim parar nessa situação, com um Zé Gasparzinho me carregando para dentro de um cemitério.

— ELE LEVOU A CHOI!

— ATRÁS DELE!

— SOLTA ELA!

Os monges de vermelho vieram correndo atrás de mim, ou de nós?

— Mukaka! Mukaka! — meu sequestrador dizia correndo.

— Mukaka o cacete, filho da puta! Me solta! — eu me debatia em seu colo.

Estava tudo escuro demais, mas com um pouco da luz lunar eu conseguia ver o caminho por entre os túmulos que esse fulano me carregando estava passando.

Mas esse não parecia ser o caso dos meus "salvadores" — se é que eu posso chamá-los assim — parecia que eles estavam confusos e acabaram se perdendo de no meio do caminho.

Estava quase perdendo a esperança quando-

— ARÁ! — um dos monges apareceu de surpresa na nossa frente.

— Coloque-a no chão! — outro surgiu atrás de nós.

Rogivaldo, que é como eu o chamarei a partir de agora, pareceu ficar desesperado ao se ver cercado.

— Calma, calma... — o homem da frente dizia andando cautelosamente até nós. — Fica calmo, queremos apenas a garota...

— Akepu! Mukaka Mukaka! — Rogivaldo dizia parecendo relutante.

Sem mais paciência, enfiei minha mão dentro do seu capuz e borrifei o spray de pimenta para dentro. Dane-se se ele não tem um rosto ou não.

E por incrível que pareça, funcionou, ele simplesmente me largou de uma vez. Pensei que me espatifaria no chão, tanto que já tinha abraçado minha barriga por reflexo, mas no último segundo, o monge de frente me segurou, logo depois apoiou suas mãos debaixo dos meus braços por trás e o outro monge segurou minhas pernas virando para frente logo começando a correr, comigo tendo o corpo estendido no ar entre eles como um animal indo para o abate.

Não durou nem cinco segundos e já estávamos perdidos no cemitério com Rogivaldo furioso correndo atrás de nós.

— Para onde você está indo Jung!? — o de trás questionou desesperado e ofegante.

— Eu não sei hyung! — o outro respondeu alarmado.

Se eu não soubesse diria que conheço esses dois...

— MUKAKA! MUKAKA!

— AAAAAH! — os dois macumbeiros me carregando gritaram.

E eu como estava? Cansada daquela história de fugir, correr, ser sequestrada. Apenas cruzei meus braços calmamente enquanto sentia meu corpo chacoalhar. Cansei dessa vida.

De algum jeito que eu sequer vi, nós conseguimos sair pela outra entrada e quando viram que Rogivaldo não vinha mais atrás da gente eles respiraram aliviados e me colocaram no chão cuidadosamente.

— Choi você está b-

Fiiiiiiiiiiiiiiiii

Borrifei spray na cara do desgraçado que grunhiu de dor.

Eles me salvaram? Sim!

Continuam sendo os filhos da mãe culpados por tudo isso? Também sim!

— Não, espera! — o outro gritou levando a mão até o capuz — Nós somos-

Fiiiiiiiiiiiiiiiii

O interrompe lhe borrifando pimenta na cara também. Ele gritou.

Quando viram que não haviam chances de conversação comigo eles tentaram fugir, mas por causa da pimenta eles não viam muito bem por isso um correu na direção do outro e acabaram se chocando caindo no chão logo em seguida.

Patéticos.

Andei desfilando até eles, com direito a cabelo sendo jogado para trás do ombro enquanto agitava meu Spray.

Alguém vai pra casa chorando pimenta hoje.

Assim que me virão — provavelmente como um borrão — um deles simplesmente se encolheu no chão e o outro levantou cambaleante e saiu em disparada.

Ignorei o caído no chão e corri atrás do outro. Não quero uma presa fácil.

Desesperado, o miserável corria se batendo em postes, sinais e paredes mas não parava por nada.

— CHOI, POR FAVOR SOU EU! — ele gritava.

Incrível que vigarista de hoje em dia tem tantos esquemas que até sabem nossos nomes.

— AHAM, TÁ, MEU SPRAY TAMBÉM É ELE.

Agora corríamos em uma rua mais ou menos movimentada próxima ao meu apartamento, e tinham casas com luzes acesas indicando que ainda haviam pessoas acordadas.

Eu já estava me cansando.

— PARADO AÍ 'SEU TOUPEIRA! — Gritei e então passei por uma senhora de bolsa enorme que quando ouviu meu grito arregalou os olhos e passou a correr ao meu lado xingando o monge também.

Ok né...

Sempre que passava em frente de alguém, essa pessoa largava o que estava fazendo pegava em alguma arma e corria ao meu lado. E quando vi eu tinha um exército de pessoas aleatórias correndo comigo furiosas com catanas, facas, ancinhos, vassouras, tochas, pedras e pedaços de madeira.

Parece até gente que estava em uma espécie de confinamento social, aceita fazer qualquer coisa pra sair do tédio.

Caçar ratazana na dispensa?

Tô dentro!

Descer do telhado com uma rampa?

Tô dentro!

Seguir uma grávida desconhecida e perseguir um monge no meio da noite?

Tô dentro!

Graças aos meu conhecimentos passados e experiências requeridas por velhos conhecidos logo que alcancei o cretino deslizei minha perna direita pelo chão passando uma rasteira nele que caiu no chão com tudo.

Ele até quis sair rastejando mas eu sentei nas suas costas o impedindo, completamente ofegante e cansada.

— PEGAMOS ELE! — um senhorinho disse comemorando.

— É!!!! — o pessoal fez festa.

— Tá, mas o que faremos com ele agora? — uma garota de doze ou treze anos questionou.

— Hmm... — as pessoas murmuravam pensativas.

— JÁ SEI! — um idoso gritou. — VAMOS LINCHAR ELE!

— SIMM!

— VAMOS!

— JÁ ESTOU COM A GASOLINA!

De repente, senti o corpo de baixo de mim tremer me fazendo desviar a atenção do povo-assassino-psicopáta e mirar ele.

— Você está chorando!? — perguntei com incredulidade.

Choizita... Não... Me mata. — sussurou embargado entre soluços.

— Tae!?

[❤️]

Eram os meninos KKKK
E choca 0 pessoas, mas vamos fingir surpresa 😂

CURIOSIDADE ALEATÓRIA SOBRE MIM:

*Começei a escrever em 2017 no Spirit Fanfics.

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