Capítulo trinta e nove | Sempre foi ele
SAIUUUUUU
(🎉festa, festa festa🎉)
Vocês acreditaram mesmo que eu seria capaz de demorar de propósito?
Meu amor, se eu pudesse escreveria todo dia!
Mas infelizmente, ideias na cabeça dessa autora levam algum tempo para surgir, ganhar forma, e finalmente ir para o teclado (e ainda existe o detalhe da falta de disposição) Tem que ser tudo na base da calma e paciência. Então me dêem um desconto e não levem a sério quando eu disser "que farei de propósito" isso é apenas eu realizando meu sonho de ser vilã de novela mexicana
Meu sonho de infância... :(
Eu só queria soltar daquelas risadas maléficas... Só isso
Boa leitura;)
[💖]
PARK JIMIN
Pela segunda vez em um único minuto molhei meus lábios com a ponta da língua os lubrificando, de repente, mesmo com a leve brisa gelada do ar condicionado minha pele pareceu queimar naquele corredor. Talvez seja um efeito colateral do nervosismo do momento porque... Puta merda, eu acho que vou desmaiar. Tipo, a qualquer momento.
Assim como os outros, eu esperava com ansiedade a explicação da doutora Park, porque aquilo não fazia sentido nenhum. Nenhum!
Rejeição? Choi? A bebê? Como assim?
Então é essa a sensação de quase explodir? Por que é isso que sinto que farei se não houver uma fala da médica agora.
— Como... Como assim ela rejeitou a bebê? — o traste desnecessária e irritantemente bonito do ex da Choi questionou, pela cara que ele dava eu tinha a impressão de que ele estava fazendo esforço para se manter em pé.
Certeza que a ficha de que é oficialmente pai agora ainda não caiu para ele.
E certeza também que ele vai surtar quando ela enfim cair.
— Calma, não se assustem assim... — a mulher de jaleco branco disse talvez notando a cara de “que caralho isso significa, vou me matar” de todos nós e quis amenizar a situação. — Me deixem explicar melhor — trocou o peso do corpo para uma das pernas e respirou fundo como se se preparasse para dar um longo discurso. — Já ouviram falar de Baby Blues?
Seis de nós responderam “Não” excepto Namjoon hyung que respondeu “Já” sozinho.
E choca zero pessoas com isso.
— Bom... Baby Blues ou Blues puerperal é uma condição ou conjunto de alterações de humor que acontece no período pós-parto de algumas mulheres, tem como características uma grande tristeza, angústia, medo, choro fácil, irritabilidade, entre outros. Muitas vezes causado pelo esforço e cansaço das horas do parto junto as mudanças bruscas dos hormônios que tentam se reequilibrar no corpo da recém mãe após a saída do bebê. Obviamente a mãe não escolhe isso. É um comportamento involuntário.
Com o cenho franzido tentei absorver o que ela disse.
— Então... A Choi tem depressão pós-parto é isso? — Hoseok questionou com aflição.
— Não, na verdade ambos são confundidos muitas vezes. Depressão pós-parto é algo mais grave, entende? Na maioria das vezes acontece com mulheres que já tiveram um quadro de depressão no passado. Para além de ser mais duradouro, podendo durar meses, anos até, necessitar um tratamento com medicamentos e assistência psiquiátrica e/ou psicológica, a mãe têm dificuldades em sentir vínculos ou afeto pelo bebê e pode até pensar em machucá-lo ou machucar a si mesma em algum momento.
Meu peito doeu ao ouvir.
— Já o Blues puerperal não é considerado uma perturbação psicológica. Tem sintomas mais “leves” e menos estendidos.
— Nesse caso o que podemos fazer por ela? — o pilantra questionou.
— Dar apoio, amor, estar com ela nesse tempo será um bom começo. Ela também precisa dormir bem, se alimentar melhor, descansar a cabeça, relaxar... — a médica dizia e eu anotava tudo mentalmente, aparentemente Namjoon hyung também pois eu o via escrevendo as recomendações nas notas do celular. — E claro, vocês como família devem ajudá-la a cuidar da neném e a ela a recuperar a estima e segurança em si mesma. Acham que conseguem?
— É claro! — respondemos em união, com tanta força de vontade que a obstetra sorriu para nós
— Quanto tempo ela vai ficar assim? — Yoongi quis saber.
— Uma, duas, no máximo três semanas. Varia de mulher para mulher. Mas tenho a certeza que com vocês ela durará apenas uns dias. — ela piscou. — Antes que eu me esqueça! — chamou nossa atenção. — A Eon se recusa a ver a bebê, ela não rejeitou literalmente a neném mas não quer pegá-la no colo, só aceitou quando precisou amamentar mas estava chorando muito. Então se forem ficar com ela agora junto com o vosso amigo seria muito bom. — disse e nos acentimos — Aliás vocês querem ver a bebê ou a Choi primeiro?
Que porra de pergunta é essa?
É como se ela tivesse acabado de me perguntar se escolho bolacha ou biscoito.
— Não dá ser as duas? — Jungkook perguntou.
É como se ele tivesse acabado de ler meus pensamentos.
— Tudo bem, irei pedir que uma enfermeira traga a bebê no quarto.
— Obrigado. — Agradeci me curvando brevemente como os outros.
— Vamos ver a Choi? — Taehyung questionou retórico com um pequeno sorriso acolhedor para mim.
— Vamos ver a Choi. — segurei sua mão e assim nos dirigimos todos ao quarto da morena.
Respirando fundo caminhamos para a porta do quarto onde ela estava, eu podia ver um pequeno vislumbre do interior através das persianas na janela. Mas antes de entrarmos Namjoon hyung segurou no ombro do pai da filha da Choi.
— Yeonjun, talvez você deva lavar o rosto primeiro e melhorar a cara. Ver você nesse estado acabado não irá fazer bem para a Choi.
O outro acentiu trémulo limpando com o antebraço esquerdo o rosto molhado e corado pelo choro.
— Cuidem dela. Eu volto logo. — garantiu indo para um corredor contrário.
— Isso soou muito como um “Cuidem dela, vou comprar cigarros e volto logo” Com o histórico que ele tem... — não resisti em provocar.
— Jimin! — Namjoon me repreendeu. — Agora não é hora nem lugar pra você implicar com ele.
Bufei com a sua fala, mas no fim acabei por concordar, não era mesmo.
Lentamente Yoongi hyung girou a maçaneta da porta a abrindo com vagar nos revelando para as duas pessoas dentro do quarto. Seokjin estava meio sentado meio deitado na maca abrigando em seus braços uma Eon Choi encolhida que fungava baixinho. Meu hyung mais velho assim que nos viu fez final com a cabeça para que entrássemos e assim fizemos com passos cautelosos. Três em cada lado da maca. Minha Choi tinha um aspecto tão exausto e melancólico.
— Choizita... — Taehyung começou mesmo parecendo não saber exatamente o que dizer. Não o julgo porque também estou assim. — Como você está...?
Choi apenas soluçou mais alto e Jin hyung afegou seus cabelos com cuidado e carinho.
— É tudo culpa minha... — disse com dificuldade.
— Nada é culpa sua querida — Seokjin a consolou e eu não sabia do que eles falavam. Mas mesmo assim suas lágrimas doíam meu coração.
Choi não disse mais nada, apenas se encolheu e chorou silenciosamente nos trazendo aflição e um sentimento de inutilidade. Eu queria poder fazer algo mas eu sabia que naquele momento tudo o que eu podia fazer era estar com ela, não tinha palavras de consolação porque eu mesmo me sentia desamparado ao vê-la daquele jeito. Quis abraçá-la mas não tinha certeza se esse era um bom momento e ao ver a morena desviar sua mão quando eu quis pegá-la só me provou ainda mais que definitivamente não era um bom momento.
Respirei fundo.
Apenas entenda o lado dela Jimin.
E eu entendia. Pelo menos eu estava me esforçando ao máximo para conseguir entender.
— Com licença... — um murmúrio suave chamou minha atenção me fazendo olhar para a porta e encarar Choi Yeonjun. O dito cujo entrou fechando a porta cuidadosamente e caminhou lentamente até onde minha garota das ideias doidas estava. O Choi olhou para Jin hyung com um olhar um tanto significativo e o Kim pareceu entender a mensagem silenciosa saindo de cima da maca onde estava deitado com a morena para dar espaço para o outro.
Tive que controlar a boca para não implorar pro meu hyung continuar onde estava.
Os lugares foram trocados e agora Seokjin estava em pé. Yeonjun se aproximou.
— Choi... — o cara a chamou mas a Eon continuou do mesmo jeito. — Olha para mim Dongsaeng... — Acariciou os cabelos dela. Apenas continue quieto Park Jimin — No caminho para aqui, eu vi a nossa bebê, ela é tão fofa e linda... Perfeita como você.
Respirei fundo.
Uma comichão horrível no peito.
— Você quer vê-la outra vez? Hum? — ele murmurou com a voz macia alisando o ombro dela.
— Ver... Ela? — Choi respondeu baixinho.
— Sim. Nossa neném... Pequenina, adorável, gorduchinha... Ela quer ver você...
Choi soluçou.
—... Feijãozinho?
— Sim... Feijãozinho... — Emotivo, Yeonjun sorriu minimamente a abraçando por trás a envolvendo com seus braços medianos carinhosamente.
— Hyung. — alguém me chamou e eu olhei para o lado vendo Kookie ao meu lado me olhando apreensivo, e só aí notei que apertava com força minha mão no seu antebraço direito. Nem sei quando o toquei ali.
— Desculpa. — pedi afastando minha mão. — Eu tô bem... — sussurei para ele com um sorriso mais verdadeiro que porcos voadores. Ele pareceu perceber. Caralho eu não tava nada bem.
Principalmente depois quando, em um ato inesperado por mim Choi se vira para frente de Yeonjun e o abraça de volta. Havia familiaridade no jeito que se abraçavam.
— Eu vou... Ao banheiro... — falei a primeira coisa que veio a minha cabeça girando os calcanhares dando as costas indo para fora e ignorando Jeongguk que tentou me puxar de volta suavemente pela manga longa da camisa que eu usava.
Fechei a porta e me sentei na primeira cadeira da fileira de assentos no corredor.
Suspirei outra vez e ri em escárnio.
Park Jimin seu dramático do cacete.
Nem era para eu estar assim, pois era óbvio que um dia aquilo aconteceria. Eu já deveria estar preparado.
É ele... Sempre foi ele.
Ela vai aceitá-lo de volta na vida dela definitivamente e então irá nos deixar, e depois aos poucos nos esquecer.
A maldita comichão no peito parecia maior e de brinde veio com uma dor fodida que sufocou o ar da minha garganta me fazendo respirar fundo umas três vezes seguidas.
Uma movimentação próxima no corredor chamou minha atenção e então quase que em câmera lenta eu virei minha cabeça para esquerda, sentindo quando meus lábios entreabriram aos poucos ao ver quem vinha em minha direção.
Uma enfermeira empurrava com lentidão uma incubadora com um bebê dentro e de algum jeito eu senti... Era Ela...
A sensação que tive foi indescritível, meu peito encheu e queimou — dessa vez de uma forma boa — e meus olhos marejaram na medida que um sorriso crescia no meu rosto.
Era Ela!
Meus dedos tremeram e eu me senti ansioso. Queria vê-la, saber como ela é, tocar na mãozinha, olhar em seus olhos e chorar de felicidade, por que Meu Deus era Ela!
Engoli em seco em total pressa para olhar ela assim que ela passasse por mim mas para minha frustração e impaciência a enfermeira responsável parou de repente, ao que parece seu celular começou a chamar e ela fez uma pausa para atender. Bati o pé freneticamente no assoalho com o coração acelerado esperando, mas ela estava demorando demais, quando já ia me levantar para ir eu mesmo até elas, algo chamou minha atenção; Enquanto falava a enfermeira em algum momento largou a incubadora passando a gesticular enquanto falava, tanto que chegou a bater um pouco no aparelho com as costas da mão... O que deu certo impulso para que ele começasse a se arrastar para trás sozinho...
— Err... Senhora? — chamei a enfermeira que continuou falando ao celular. O aparelho continuava se arrastando. — Enfermeira! — chamei mais firmemente levantando aflito. Ela me ignorou. — Enfermeira, olha a incubadora! — quase gritei fazendo a mesma olhar de olhos arregalados.
— Por que não me avisou?!!! — ralhou comigo.
Eu do jeito que sou quando bravo poderia dizer um monte de coisas e ser mal educado como sei ser quando raramente quero, mas minha prioridade agora era seguir o aparelho com a bebê dentro e travá-lo antes que ele passasse a deslizar rápido demais e-
Ele passou a deslizar rápido demais no mesmo segundo que pensei.
Não irei relatar a quantidade de palavrões que passaram por minha cabeça agora para não causar danos morais.
Andei atrás da neném me questionando sobre o profissionalismo da equipe desse hospital. Mas cheguei a conclusão de que não era a equipe, era aquela enfermeira irresponsável mesmo. As rodinhas não paravam então apressei o passo e segui a incubadora com preocupação e rapidez tentando não surtar.
Não é nada demais Jimin...
Alcancei o aparelho.
Viu? Sem preocupação! Nem precisa contar pro's rapazes e a Choi que isso aconteceu...
Ergui a mão para tocando no aparelho.
A neném tá ótima! Ela só deslizou um pouquinho longe dentro de uma incubadora que agora está indo em direção a uma escada rampa...
RAMPA?!
Arregalei os olhos quando vi a rampa para cadeirante bem a nossa frente e quando tentei puxar o aparelho para trás, já era tarde demais!
Novamente, devo censurar o linguajar que usei para descrever o que senti.
Nem pisquei e aquilo já tinha alcançado a descida escorregadia e sem me ver com outra alternativa me joguei para cima do aparelho abraçando-o como se estivesse abraçando minha própria vida sentindo a incubadora ganhar uma velocidade surpreendentemente rápida indo contra a parede. Arregalei os olhos e curvei meu corpo para a esquerda dando peso e balanço para mudar de rota e entrar em um outro corredor movimentado.
E lá estava eu com um bebê atropelando geral e tacando terror no hospital com a porra de uma incubadora descontrolada.
Universo, por quê?
Gritos eram ecoados assim que as pessoas nos viam e todas as minhas fibras eram puro desespero.
— SAÍ DA FRENTE! — grito para um homem que mancava com uma muleta.
Ele virou com os olhos esbugalhados.
— PIEDADE! — ele implorou em um grito.
— SENHOR, SAÍ DA FRENTE! — gritei de volta vendo-o mais próximo.
— PIEDADE!
— QUE CARALHO DE PIEDADE! SAÍ DA FRENTE!!
Desculpa mas minha tolerância estava menor que zero. Ele não via que eu não tinha muitas escolhas naquele momento?
No último segundo, quando eu achei que atropelaria aquele pobre homem também, ele mesmo se tacou em uma janela aberta na parede.
Se não era aleijado agora é.
Outra vez uma parede estava a nossa frente e dessa vez não deu tempo de fazer uma curva, então num momento súbdito lancei minhas pernas para baixo e ainda segurando o aparelho com força firmei meus pés no chão e puxei para travá-lo. A sola dos meus sapatos faziam um barulho arranhado ao serem arrastadas no assoalho; quando estava por um triz de tocar a parede a incubadora parou.
Coloquei a mão no peito sentindo meu coração louco. Completamente acelerado, minhas pernas estavam bambas mas mesmo assim me apressei em me abaixar e checar a neném.
Ela ainda dormia profundamente, o peitinho subindo e descendo calmamente enquanto ela movia os pequeninos lábios que formavam um biquinho tão rosado quando suas bochechas gordinhas.
Respirei aliviado e só depois disso pude morrer desmaiado em paz.
[💖]
Então pessoal ksks eu nem sei o que dizer ou explicar pq quem é de casa sabe da autora que tem.
Não tentem entender essa fic, é o concelho que eu dou.
QUEM TÁ COM SAUDADES DA NARRAÇÃO DA CHOI???
Eu tô.
Mas me falem... Vocês notam a diferença que existe entre os pov's dos personagens né?
O jeito que a Choi narra as coisas é diferente do Yoongi, que é diferente do Jungkook, que é diferente do Taehyung, que é diferente do Jimin, cada um tem a sua vibe, e se alguém disser que não nota eu irei chorar no banho por 3 dias.
Espero que tenham gostado!
(Hellen está nas suas mãos fazer uma breve resenha sobre esse capítulo lá no grupo)
🦄Bjs, e até a próxima🦄
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