Capítulo Trinta e dois | Feijãozinho
Olá!!!!
Beijos pra quem chegou agora ❤️
Dêem muito amor a esse capítulo, foi difícil pra kcete de escrever... Comentem e votem por favor!
Amo-vos de muitão💜
Boa leitura!
PS: Drama alert
[❤️]
Se o meu coração batia naquele momento, eu não sabia, juro que não sabia... Tudo parecia vácuo dentro de meu peito, sobrando apenas uma dor sufocante e contínua que me lembrava que eu ainda estava com o meu órgão bombeador funcionando.
O bebê se mexia dentro do meu ventre talvez sentindo o mesmo que eu, sentindo o nervosismo crescente ou a ânsia de vomito que parecia aumentar a cada segundo. Olhando nos olhos negros dele agora, eu sinto como se todas as sensações que eu venho reprimindo ao longo desses meses na esperança que se eu os trancafiasse a sete chaves eles deixassem de existir, estivessem vindo a tona e com força bruta nesse momento, achei que se eu os evitasse ao máximo eles não me atormentariam tanto assim. Sempre tentando não pensar nele, sempre ignorando meus pesadelos, sempre ignorando a voz da minha cabeça que questionava: Seu filho irá crescer sem um pai? Você não irá tentar procurá-lo de novo? Por que continua vivendo como se isso não importasse?
Eu suspirei. Inspirei. Tremi.
Porquê?
— E-eu... — a voz do moreno chega aos meus ouvidos, e eu desvio o olhar dos meus pés para o seu rosto. Ele parece nervoso. Muito. E seus dedos tremem. — Consegui seu endereço com um dos seus amigos no dia que você desmaiou e um deles me socou. — respirou profundamente, como se puxar o ar fosse uma tarefa extremamente difícil. — Eu só não tive coragem de vir aqui por um tempo.
Continuei calada.
— Choi você... — ele desvia seus olhos para o teto piscando freneticamente, é como se estivesse lutando contra um desabe emocional. — E-está g-grávida e eu... E eu... — então sem aviso seus joelhos perderam a força, e ele se colocou no chão a minha frente, chorando com sua testa encostada no piso.
Permaneci inerte o escutando e observando se engasgar por entre seus soluços enquanto chorava de forma audível. Suspirei exasperada, ficando impaciente, principalmente quando me apercebi que suas lágrimas não me comovem. Eu incrivelmente não sinto nenhum sentimento de pesar por ele agora. Nenhum.
Minutos se passaram com ele daquele jeito, e eu apenas deixando minha mente viajar em um passado não tão distante mas que parecia ter sido a séculos.
É incrível olhar para trás e me lembrar que a um tempo minha vida não era nada, absolutamente nada sem que eu o tivesse por perto. Choi Yeonjun foi meu sol. O centro do meu universo, o único que eu tinha comigo, o único que segurava em minha mão, a pessoa que eu tanto me esforçava para não perder porque eu sabia, sabia que se eu não o tivesse, não teria mais ninguém.
Em todas as fotos do meu álbum de recordações você achará o Yeonjun, porque ele fez parte de cada momento feliz do meu passado e por momentos deitada na minha cama, eu achava que ele faria parte do meu futuro também.
É meio estranho ter essas recordações, por que enquanto eu divido o lar com o meu amado Bangtan, elas desaparecem como se nunca tivessem existido, eu simplesmente me esqueço de quem era Eon Choi antes deles. Como se os conhecesse desde sempre.
— Me desculpe... — a voz do moreno soou baixa e rouca, ele ainda estava no chão de cócoras com as mãos sobre o rosto. — Eu não sabia que você estava grávida. — se levantou e piscou algumas vezes antes de prosseguir. — Na verdade eu não sabia nada sobre você desde o dia em que você fugiu.
Eu ri sem humor.
— Eu fugi? — passei a língua nos lábios. — Sério que está falando isso? Que está falando desse jeito? Como se eu tivesse a culpa? Quem é você pra acusar alguém de fuga? É tão hipócrita assim?
— Não estou sendo hipócrita! — se defendeu.
— Está sim! Você queria o quê? Que eu continuasse parada no meio da porra daquele altar depois do que você fez? É isso? — passei a mão nos cabelos irritada me lembrando do momento em que eu simplesmente segurei em meu vestido de noiva e saí correndo feito uma louca da cerimônia.
— Dongsaeng, escute-
— Não me chame assim! — o interrompe — Eu apenas quero saber Yeonjun, porquê? Porque me deixou daquele jeito? Porque me esperou gastar absolutamente tudo que tinha em um casamento que você sabia que não aconteceria? Porque me deixou vestir a droga de um vestido branco? Porque me assistiu entrar naquele altar? Porquê?
Ele apenas desviou o olhar.
— Você nem tem uma desculpa. — balancei a cabeça negativamente, decepcionada, confesso que por um momento eu queria que ele tivesse uma razão compreensível.
— Eu não... Podia deixar você fazer aquilo consigo mesma... Com a gente — ele murmurou.
— O quê?
— Eu queria me casar com você um dia Choi. Eu realmente queria. Mas não naquele momento... — passou a mão no rosto exasperado. — Por isso fiquei extremamente surpreso quando você me pediu em casamento.
Mordi a parte interna da bochecha me lembrando dos seus olhos puxados arregalados em surpresa, das suas bochechas coradas e sua boca entreaberta no momento em que ele viu o que eu tinha lhe preparado naquele dia. As velas, os balões, o anel...
Balancei a cabeça, tentando não lembrar daquela noite.
A noite em que o feijãozinho foi feito.
— Eu confesso que fiquei um pouco assustado — prosseguiu parecendo inquieto — Não pelo facto do pedido ter vindo de você mas de como você me olhava, aliás, seu olhar já me assustava a mais tempo do que eu podia contar.
Franzi o cenho.
— Como assim?
— Expectativa, esperança, súplicas... E várias outras coisas que eu não sei descrever estavam em seus olhos cada vez que você me olhava... Desde que novos até no prosseguir dos anos... Seus olhos sempre me encaravam diferente das outras pessoas e isso me fazia sentir o peito quente junto a vontade de te proteger como também me fazia sentir medo de te decepcionar...
— Eu não estou entendendo... — confessei num sussurro.
— Ambos nós tivemos infâncias difíceis, nós dois perdemos entes queridos e isso nos machucou muito, talvez mais a você do que a mim, já que desenvolveu um trauma com isso. — respirou fundo. — Quando eu completei a maioridade e você também, eu só tinha você Choi e você me tinha. Nós dois éramos o apoio um do outro e por muito tempo isso foi desse jeito, até nós começarmos a namorar e as coisas ficarem... Diferentes...
“Eu passei a notar o jeito que você me olhava, me abraçava... Até o jeito que falava era diferente. Eu sempre soube que você me via como a única pessoa que amava e que te amava também, seu alicerce para tudo, eu só não sabia o quão grande era esse sentimento também, era como se eu não tivesse ideia da imensidão que eu tinha em mãos. Você me colocava antes de você em tudo Choi. Tudo. Era como se você tivesse tanto medo de me perder e ficar só que você simplesmente esqueceu de si mesma e passou a viver por mim. Se você cozinhava, era sempre o que eu gostava, não você, Se você vestia sempre me perguntava antes se estava do meu gosto não do seu que era mais importante, nos passeios você questionava onde eu queria ir, nunca sugeria onde você queria, tantas vezes que você se colocava em segundo plano por causa de mim... E o pior é que você nem notava e porra aquilo acabava com meu psicólogo, eu me sentia horrível e sufocado... Ainda mais por não conseguir dizer como eu me sentia pra você porque eu sabia que qualquer palavra dura ou negativa da minha parte era o suficiente para o seu desabe e que eu quebraria seu coração de forma inevitável, você sabe disso Choi, sabe que se eu dissesse que você estava sendo sufocante mesmo sem consciência você se deprimiria”
Me encarou intensamente e eu desviei o olhar...
Ele estava certo...
— Sua pose agressiva, aquela que você me mostrou quando nos conhecemos sempre foi uma armadura para se proteger... — Se aproximou hesitante... E olhou nos meus olhos marejados como os seus... — Você é tão sensível dongsaeng, tão vulnerável quanto um cristal e eu morria de medo de estraçalhar você em pedaços...
— Isso não é desculpa pra você ter feito aquilo. — sussurrei, afastando sua mão de mim.
— Eu sei. — puxou o cabelo para trás. — Eu sei porra. Sei que fui um covarde e não nego isso. Mas eu... Eu achei que podíamos fazer aquilo, que podíamos nos casar, fui idiota achando que tudo aquilo passaria, que tudo que me sufocava podia simplesmente desaparecer por magia. Eu não queria te machucar de jeito nenhum então eu pensei: Porque não? Pensei que fosse ficar tudo bem depois do casamento... — respirou pesadamente. — Então eu me vesti de noivo e te esperei naquele altar... Mas depois de ver você entrando toda feliz, me olhando como se eu fosse tudo na sua vida eu-
— Já entendi... — o cortei, olhando para baixo.
— Daí você saiu correndo, entrou num táxi e desapareceu o resto do dia... Quando fui atrás de você descobre que tinha proibido minha entrada no seu apartamento e também bloqueou meu número... Então eu entendi seu recado e decidi te deixar em paz por um tempo, mas quando voltei ao prédio, me disseram que você tinha se mudado. — soltou o ar exasperado. — Sei que é pedir demais mas... Me perdoe por favor...
Não respondi, apenas mordi o lábio evitando o olhar.
— Tudo bem... Eu entendo — ele disse baixo. — De quantos meses você está? — sussurrou mudando de assunto.
— Cinco, quase seis...
— Queria que você tivesse me dito... — lamentou me olhando magoado.
— No dia em que eu descobri te liguei milhares de vezes mas você não atendeu. — revelei cruzando os braços.
— Ah... — ele disse passando a mão na nuca parecendo lembrar de algo. — Eu tinha derrubado o celular na privada.
Revelou me fazendo rir nasalado.
Não porque não acreditava, mas por que isso é muito a cara dele.
— Comprei um novo a pouco tempo. — olhou pra minha barriga novamente. — Eu posso... Tocar?
Pensei por uns segundos antes de assentir.
Com hesitação, ele foi se aproximando, e com sua mão direita tremendo ele tocou de leve libertando uma lágrima e depois outras quando sentiu o bebê chutar.
— Qual é o sexo? — questionou com a voz embargada.
— Não sei, estou enrolando para descobrir. Acho que quero que seja uma surpresa. — revelei. — Mas por enquanto tem um nome...
— Q-qual? — sua voz tremia.
— Feijãozinho... — acareciei a barriga também.
— Feijãozinho... — repetiu rindo...— Que fofo. — sorriu bobo.
— Hoseok para de chorar, porra!
Uma terceira voz se sobressaiu.
— E-eu não c-consigo... — soluços.
— Nossa, vocês ouviram aquilo? Parece que o menino transou com um produtor de novela mexicana antes de vir aqui...
— Acho que não odeio tanto assim ele agora...
— Não sei... Eu ainda quero bater nele...
— E eu ainda acho que é maconheiro.
— Não gostei dele, bonito demais, vai que a Choi decidi voltar pra ele...
— Se isso acontecer nós damos um sumiço nele, acidentes acontecem...
— Meu Deus Jin..
— Gostei.
— Por que vocês não saem daí? — gritei.
— A gente não está aqui!
— Já estamos indo embora!
E então ouvimos vários passos no corredor que iam diminuindo gradativamente. Revirei os olhos.
— Será que ela acreditou?
[❤️]
Kkkkkkkkkk alguém sentiu o déjà vu ?
E então? O que acharam?
Entenderam tudo direitinho ou têm alguma dúvida sobre o capítulo?
Eu queria colocar mais um capítulo do passado desses dois mas não quis prolongar muito as coisas... Fiquei com preguiça também
Para além disso, preferi desse jeito... Resumido pelos dois...
Então... tu ainda odeias Choi Yeonjun? Hun? Huunnn???
Ou odeia mas suporta a partir de agora?
Kkkk
Facto aleatório sobre mim:
Odeio melão ;-;
Até a próxima atualização daqui a 83936653829192726363 dias ❤️✨
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