Capítulo quarenta | Yeonjun (parte um)

E agora estou dividindo os capítulos em partes ;-;

É mais que óbvio que essa autora está apenas enrolando porque falta apenas um capítulo para o epílogo.

Não estou preparada pra dizer adeus 😔

Já pisa na 🌟 e boa leitura!

[❤️]

EON CHOI

~Um mês depois~

Gemi de dor assim que uma fisgada dolorosa se fez presente no baixo do meu abdômen. Um efeito colateral dos dias pós parto. A dor foi meu despertador para que eu abrisse meus olhos logo tendo a visão do teto do quarto da minha filha, que era todo decorado com estrelinhas incandescentes que brilhavam no escuro da noite acompanhando a luz mediana do abajur. Lentamente fui levantando da cama, meus passos se arrastando pelo chão na medida em que me aproximava do pequeno berço no centro do quarto.

Um sorriso involuntário nasceu em meus lábios. Apaixonada. Era isso que eu estava.

Finalmente ela estava aqui. Todos os dias eu acordo e durmo pensando nisso. É inacreditável, uma sensação nova, maravilhosa, que explode meu peito e sufoca minha garganta — porém é incrível — que me faz querer suspirar, suspirar e suspirar milhares de vezes.

Sim, eu estou completamente apaixonada.

Depois de passar as últimas duas semanas depressiva e para baixo, gastei a terceira tentando me recuperar da melancolia que oprimiu vários sentimentos que eu preferia estar sentindo — como uma alegria sem fim por enfim tê-la —; e a quarta me perdoando e pedindo perdão para minha filha por ter chorado de tristeza em seus primeiros dias e não ter dado as primeiras boas recepções que ela merecia e ainda merece.

Ela é tão pequena... Sempre que posso coloco meu indicador na sua mão apenas para sentir seu aperto levinho em meu dedo.

Não consigo acreditar que ela é minha.

Um flashback de tudo que se passou durante os nove meses de gravidez passa por minha cabeça e eu não sei se devo rir ou chorar.

Ok. Admito que talvez eu não seja uma pessoa tão normal assim.

Mas acho que isso é algo bom. Talvez se eu não fosse do jeito que sou tudo teria acontecido de um jeito diferente e hoje não teria uma família preciosa comigo.

Misericórdia, isso tá meloso demais!

Acho que sonhei com uma abelha cagando no meu cérebro.

Beijei sua testa, peguei minha chávena de chá que estava por cima do balcão e deixei o quarto sem fazer barulho, com a porta aberta e a babá eletrônica ligada.

Andei pelo corredor da casa arrastando o robe rosa claro pelo chão, esse que criava uma grande diferença com o pijama branco com vaquinhas que eu usava, pois no último mês era esse meu traje mais comum. Pijamas. Basicamente passei todos esses dias na preguiça com os meninos fazendo absolutamente tudo para mim — não tudo tuuudo mas o possível para me fazer descansar — inclusive refeições na cama, eu apenas acordo e tem uma bandeja de comida quente esperando por mim, já que eles fizeram questão de memorizar o horário em que acordo.

Não que eu esteja amando isso.

Óbvio que não.

Imagina! Eu? Não.

Tomei um gole do meu chá.

Eu definitivamente não tô amando isso.

Os meninos pareciam bem despertos pois eu os ouvia perfeitamente do corredor, falando sobre algo que não identifiquei de cara. Sem que eles me notassem me escorei na parede próxima a sala tentando descobrir o que eles estavam fazendo e sobre o que falavam. Eles estavam distribuídos pelo cómodo. Yoongi, Hoseok e Taehyung estavam sentados de costas para mim no sofá. Seokjin estava na cozinha, sentando em uma cadeira atrás do balcão massageando a testa parecendo estressado, Namjoon estava atrás de Yeonjun e Jungkook estava atrás de Jimin segurando o ombro do Park enquanto esse falava fervorosamente apontando para o Choi.

—... rar aqui! Não pode! Eu posso ter engolido sua presença esse tempo todo por causa da Choi! Mas viver aqui? Não, não mesmo! — Jimin falava gesticulando.

— E por que não? Eu conversei com a Choi, conversei com o Seokjin hyung e nenhum deles se opôs ao meu pedido! Qual é o problema?

— Qual é o problema? Qual é o problema? — Jimin repetiu antes de rir com escárnio. Jungkook quis dizer algo para ele mas o mais velho apenas ergueu a mão sem o olhar, sinalizando silêncio para o mais novo. — Eu te digo qual é o problema! — apontou para o outro. — O problema é você estar aqui, querer viver aqui, querer ficar com a Choi, como se nada tivesse acontecido!

— Eu--

— Eu ainda não terminei!— cortou a fala do outro. — O problema, é você ser esse fodido indeciso que oscila nas decisões e não sabe o que quer, o problema é que confiar em você é tal igual em confiar em uma serpente que diz não ter mais veneno. Deixou ela uma vez, quem garante que não deixará uma segunda?

— VOCÊ NÃO ME CONHECE! — Yeonjun se exaltou, mas logo se recompôs respirando fundo. Bebi um pouco de chá, só observando assim como o resto dos garotos. — Você não me conhece... — repetiu mais controlado molhando os lábios. — Então não fale como se soubesse de mim. Eu conheço a Choi a anos, eu a amo a anos, eu nunca a machucaria por querer, eu não sou esse vilão que você acha que vê, eu não sou essa pessoa ruim que você pensa que conhece. Aqui apenas a Choi pode dizer se eu sou ou não isso que diz. — falou com a voz fraca nas últimas frases.

Jimin pareceu não se comover e se aproximou mais do moreno após se desvencilhar da mão do Jeon.

— Então por que a deixou? Hun? Abandonou ela porquê?

— Eu já expliquei isso uma vez para a Choi não pretendo repetir tudo porque você não vai fazer esforço para me entender. Eu só posso dizer que casar com ela naquele momento não era o certo. — Yeonjun disse baixo e passou a mão no cabelo. Eu sabia da exaustão emocional que ele sentia em discussões. Ele era muito sensível e confuso internamente.

— Ok, — Jimin levantou as mãos em rendição, mesmo não parecer satisfeito com a resposta e ainda se mantendo focado. — abandono á parte. Me explica então por que não foi atrás dela depois?

— Eu fui! — Yeonjun se defendeu rapidamente. — só que ela não quis me ver! — era verdade.

Jimin bufou.

— Quantas vezes foi procurá-la? — Yeonjun franziu o cenho. — Foi uma né? Ou poucas... Se você realmente quisesse se explicar, teria no mínimo, acampado na porra do prédio dela, tentar falar com ela e não desistir por que um porteiro disse que ela não queria te ver. Se você realmente a amasse teria a procurado desesperado quando soube que ela se mudou, mas o que você fez? Apenas cruzou os braços esperando que uma mulher que foi abandonada na merda de um altar pelo noivo que amava te procurasse primeiro! — soltei o ar pela boca, deixando que suas palavras me afetassem.

— Jimin, acho que já é o suficiente... — Namjoon disse tentando acalmar o outro.

Os outros se mantiveram quietos apenas escutando seriamente, algo em mim dizia que internamente todos compartilhavam do mesmo pensamento, Jimin era só o porta-voz.

— Não hyung... Não é o suficiente... Ainda não, eu preciso tirar para fora tudo o que me sufoca desde que esse cara apareceu. — disse e riu sem humor outra vez. Olhou para o moreno de novo. — Me diz, Yeonjun... Onde você estava quando Hoseok hyung encontrou a Choi largada e sozinha na rua? Onde estava quando eu emprestei meu quarto para ela? Quando cedi meu espaço e partilhei de bom grado minhas coisas com ela? Onde estava quando Seokjin hyung segurava no cabelo dela na calada da madrugada enquanto ela vomitava? Quando ele fazia um chá para controlar o enjoo que é o favorito dela até hoje?

— Pára por favor... — Yeonjun implorou com a voz embargada.

Jimin não parou.

— Onde estava quando ele — apontou para Taehyung. — Ganhava uma conexão especial com ela e se tornava o melhor amigo dela? Onde huh? Onde estava quando Namjoon pesquisava tudo o que podia sobre gravidez para poder ajudá-la naquilo que pudesse? Quando Yoongi hyung compunha canções com o nome dela? Quando Jungkook carregava ela de volta para o quarto sempre que ela dormia no sofá?

Soltei um suspiro, dando um último gole do meu chá. Yeonjun parecia frágil como sempre mostrava ser quando se via numa discussão, eu não o julgo nem nada mas queria que pelo menos essa vez ele soubesse se defender, que dissesse que estava aqui pela filha e ninguém poderia impedi-lo de vê-la, nem mesmo eu. Queria que ele fosse forte pela filha.

— Eu sei que errei... — soprou. — mas a Choi já me perdoou e isso é que importa, escuta, eu vejo que não gosta de mim mas enquanto eu estiver morando aqui eu gostaria de me dar bem com você Park Jimin-ssi.

Jimin bufou pela segunda vez.

— Não venha com esse teatro cara, sejamos honestos, ninguém aqui é burro. — se aproximou mais do Choi, falando de forma ameaçadora. — É óbvio que esse papo de “morar aqui” é só um plano que você tem para ganhar a confiança da Choi outra vez, amolecer ela, e convencê-la a sair daqui contigo. Vai dizer que não?

— E-eu...

— A Choi é a nossa família agora! Você teve chances, e desperdiçou todas elas...! — finalizou seu discurso, dando as costas e seguindo para as portas dos fundos.

Observei Jungkook correr atrás dele e Yeonjun puxar os cabelos para trás frustrado, indo em direção a porta principal e saindo por ali batendo a porta com força; alguns dos rapazes respiraram fundo enquanto outros murmuravam comentários sobre o que acabou de acontecer ali, o que me fez dar as costas e voltar despercebida para o meu quarto.

[❤️]

Nos dias seguintes eu não tinha visto Yeonjun. Me perguntava se era pelo o que tinha acontecido, e era óbvio que sim. Naquela manhã em particular, eu acordei de bom humor, minha filha tinha me deixado dormir a noite toda — raridade — e as dores no abdômen tinham dado um desconto.

Murmurando uma musiquinha qualquer saí do quarto, mas na hora de fechar a porta me surpreendi ao ver uma figura conhecida por mim saindo de um dos quartos do corredor.

— Luana? — chamei a garota que saltou no lugar dando um gritinho,
quase como alguém sendo pego no pulo.

— Choi! — virou para mim rapidamente.

— O que faz aqui? — eu quis saber curiosa me aproximando, não era invulgar ver a garota de afro por aqui, normalmente ela vinha fazer companhia a mim em suas visitas frequentes, mas o que era invulgar mesmo era aquele horário em que ela veio, seu horário de chegada sempre era á tarde.

— E-eu... Esqueci meu brinco aqui ontem! Aliás, minha orelha caiu dele- digo, ele caiu da minha orelha e eu fiquei procurando mas não achei, mas então eu recebi uma mensagem do Namjoon dizendo que tinha achado no tapete e que tinha deixado ele no criado mudo no quarto dele então como está cedo e ele tá comendo eu decidi subir e vir pegar por mim mesma! — disse tudo rapidamente.

— Mas esse é o quarto do Jin...

— É? — abriu a boca surpresa e riu de forma estranha — Tá explicado porque não achei meu brinco, esses quartos são todos iguais, digo, as portas são iguais!

— Okay... Fica para o desjejum?

— Na verdade eu--

— Ainda bem que aceitou! Vamos! — a puxei comigo. — Oi gente. — cumprimentei os rapazes assim que entramos na cozinha sendo respondida por eles.

— Bom dia Choi, Oi Luana — Hoseok saudou após dar um gole do seu café.

— Eae família. — Taehyung chegou cantarolando, e com boa disposição foi assobiando até o assento ao lado de Namjoon, empinou a bunda preparado para se sentar mas no último momento Nam puxou a cadeira para o lado fazendo Taehyung se espatifar de bunda no chão. — Mas que...?! HYUNG!

— Esse lugar já está ocupado — Namjoon se explicou contendo um sorrizinho.

Risadas ecoaram na cozinha e eu com um sorriso debochado me aproximei do meu assento, passando por Taehyung no chão.

— Obrigada por guardar meu lugar Nam. — agradeci e fui me sentar, mas na hora de encostar o traseiro no banco me assustei quando senti nada e cai de bunda no chão. — NAMJOON! — gritei revoltada.

— Desculpa, mas esse lugar está mesmo ocupado. — agora o desgraçado ria.

— Mas esse lugar é meu. — reclamei no chão.

— Hoje não, eu guardei para a Luana... — revelou olhando para a morena com um sorriso simpático.

— Para a Luana? Digo, pra mim?! — a Liston se atrapalhou. — Ah não, eu já comi; aliás eu tô com pressa! Bom apetite, tchau. — saiu correndo feito uma iguana ao sol.

— O que deu nela? — questionei pra ninguém específico.

— Sei lá... — Seokjin murmurou bebericando o seu café sem deixar de olhar para onde a garota tinha saído.

Achei um pouco estranho mas não sei muita importância pois minha amiga sempre surtava por motivos nada a ver do nada. Provavelmente não é nada demais.

Sai do chão junto do Tae e sentei no meu lugar estreitando os olhos para Namjoon que riu sem se abalar, estava comendo o mais rápido possível para ficar a manhã toda com minha bebê, mas o celular apitando denunciando uma notificação me chamou a atenção.

|Choi Yeonjun|07:18

Eu tô aqui fora. Poderia vir?

[❤️]

EEMB participou e venceu no primeiro lugar na categoria de humor no concurso project-love. Eu nunca fui triste.

Eeeaaaeee

Ah não pessoal, vou cancelar o falatório hoje porque tô muito sensível.

Tchau.

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