Capítulo quarenta | Yeonjun (parte dois)
Oi
A última atualização foi em outubro e eu tô tipo... Passou tanto tempo assim???
É que aconteceu tantas coisas, e tantas coisas ruins, que eu não sei por onde começar. Tive um bloqueio e tanto. Mas consegui trazer o capítulo antes do Natal. Amém.
Então... Não estive taaaaão inspirada+bem disposta+eu por isso não prometo um capítulo de comédia/drama ala Any que estamos acostumados. Acho que estou perdendo a magia kkkkkkk tô nervosa
Espero que gostem 💜
[❤️]
Encarei a mensagem por alguns poucos segundos antes de pegar em um garfo, enfiar um pedaço enorme de bolo na boca, que a propósito roubei do prato de Namjoon, e levantei de súbito chamando a atenção dos outros.
— Aonde vai? — Taehyung questionou curioso. — Nem terminou de comer. Algum problema?
— Não. — respondi de boca cheia.— Eu vou logo ali e já volto.
— Ali onde se nem conhece a casa? — Yoongi brincou com uma referência a uma frase parecida que dissemos a muito tempo. Ri de sua piadinha compartilhando a nostalgia, mesmo que tenha sido em um momento completamente aleatório; como resposta, o mais pálido piscou para mim bem humorado.
Já vou preparando o guarda-chuva para a chuva de granizo que vem aí depois dessa.
Sem mais explicações saí da cozinha com o celular na mão pronta para me encontrar com Choi Yeonjun, só que no meio do caminho, bem na sala onde repousava um enorme tapete — Amém — eu me distrai, atrapalhei, tropeçei, sei lá que porra foi aquela, eu apenas pisei em falso sem querer na longa extensão do meu robe — que eu praticamente arrastava por aí, e em movimento bem brusco e ridículo acabei caindo de cara no tapete. Doeu muito. Tipo, muito mesmo. Na intensidade de me fazer soltar uns vários palavrões.
— Choi...? — ouvi chamarem por mim na cozinha, provavelmente depois de ouvirem o baque do meu corpo se entornando feito linguiça mole no chão com a bunda empinada pro ar.
— Eu tô bem. — respondi levantando. A dignidade só não saiu do corpo porque ela já não tava lá. Ainda tá batendo um papo com a sanidade lá na esquina da padaria.
Na base da raiva, retirei meu robe e o lancei para longe. Sinceramente, eu gostava muito de usar porque andar de robe por aí me fez sentir daquelas mulheres ricas e chiques. Com apenas um pijama pequeno e decorado com corações saí de casa sendo agraciada pelo vento gélido batendo em minhas pernas nuas, arrepiada e abraçando meu corpo fui em direção ao portão principal, saí por aquela entrada avistando uma figura conhecida sentada na calçada observando a movimentação dos carros e pessoas.
Sem dizer nada, caminhei e me sentei ao lado dele. Yeonjun me observou por meros segundos pela vista periférica. Ele não falou nada, eu também não.
Mas todos sabem que eu não sou tão paciente assim.
— Então... — chamei sua atenção após ficar cansada de esperar. — O que foi? — indagei. Eu tava com medo do que ele diria, mas não era por mim. Não mais. Agora eu tinha muito mais a perder para temer o que quer que seja que ele me fale.
— Eu--
— Espera! — antes que ele falasse ergui meu dedo mindinho. — Vamos combinar conversar, mas sem drama!
— Quê? — me encarou confuso.
— Sem drama Yeonjun. Acordei bem demais pra ficar triste com qualquer coisa que seja. Eu tô numa fase tão gostosa... — me referi a familiarização com minha filha nos braços, não na barriga. — Estou feliz demais pra ficar triste. Então hoje, vamos conversar mas sem drama ou clima melancólico tá? Não quero estragar meu humor.
— Tá. — sorriu pequeno, meio forçado. Será que eu fui muito insensível? — Sem drama. — concordou unindo seu dedo ao meu. — Choi, eu--
— Eu te amo Yeonjun. — declarei, o interrompendo.
O moreno esbugalhou os olhos, surpreso.
Sem drama.
Eu tava seguindo esse plano. Por isso fui logo para o ponto que importava.
— Você foi uma pessoa importante demais pra eu simplesmente ignorar ou esquecer Yeonjun. E está mais claro ainda agora que reflito sobre isso. Eu te amei tanto, Yeon, demais. E eu senti seu amor por mim também. Não foi tudo para o lixo. Talvez eu nunca tenha te odiado de verdade, eu tava só magoada. Mas já passou, eu te perdoo. Não tem mais motivos para que eu mantenha aquele rancor todo, entende? — Já falei que sou filosófica hoje?
— O que? — pareceu atordoado. — Choi... Me espera! Eu... — parecia estar em um Bug. — Escuta, eu tive uma discussão com Park Jimin-ssi esses dias e eu--
— Eu ouvi. — novamente o cortei. — Admito que o que o Jimin disse me tocou um pouco, mas admito também que eu vejo que ele exagerou um pouquinho e-
— Choi! Me espera! Me deixa falar! — se virou para mim decidido — Preciso que saiba tudo o que sinto. Eu quero, talvez, me sentir melhor depois disso. — Suspirou — Olha, que eu errei com você em tamanhos colossais eu já sei tá? Não precisou o Jimin-ssi dizer aquilo tudo pra mim pra que eu soubesse. No fundo eu concordei com tudo o que ele disse. Eu me culpei por não ter sido mais corajoso, mais forte e decidido em relação á nós. Tudo que você precisava, mas tudo que consegui foi ser um filho da mãe com você. Eu realmente esperei que você me perdoasse depois daquilo.
— E eu perdoei.
— E agradeço por isso. — sorriu ladino. — A outra coisa é que o Jimin-ssi tinha razão: Eu realmente pretendia levar você e nossa filha comigo. Eu queria viver próximo a você para ter uma chance de mostrar que eu melhorei. É que, sei lá, eu vejo você agora e parece tão: incrível, realizada, independente. Tem amigos maravilhosos, uma nova família. E me pergunto onde eu posso estar nesse seu novo mundo sabe? Parece que minha presença é irrelevante. E eu só queria um lugarzinho pra eu ficar e ter certeza de que irei ver minha filha crescer e me conhecer como o pai sem me odiar ou ver como um fracassado.
— Isso não acontecer. Você é o pai e sempre será o pai. Logo o seu lugar está garantido para sempre na minha vida. E aliás, você não tem que querer ser bom pra mim ou com meus amigos. E sim com a nossa filha. E eu sei que você vai ser um bom pai. Ela vai te amar muito, eu sei que sim.
— Obrigado. Fico feliz que não me odeie e que pense assim. — Sorriu, abri os braços o chamando para um abraço e ele um pouco hesitante correspondeu. — É bom estar assim com você, de bem, por alguns momentos eu achei que você iria me desprezar pra sempre. — disse quando nos separamos.
— Ora, não há mais motivos pra isso. — dei de ombros descontraída. — Acabou. Aliás, desprezar? Eu? Yeonnie, eu sou um amor de pessoa... A melhor de todas, me diga... Eu tenho cara de má pessoa?
— Não, não... Óbvio que não. — disse rapidamente. Sorrimos um para o outro. Ficamos alguns minutos ali, sentados apenas apreciando o silêncio e aquela sensação de estar em paz e alívio após um problema resolvido. Devo confessar que é uma sensação muito boa. — Então... — começou depois de algum tempo. Mal murmurou a palavra e já estava sorrindo ladino pra mim, de um jeito provocativo que eu conhecia muito bem. Ele sorria sempre daquele jeito antes de me importunar com alguma coisa. Semicerrei os olhos atenta. — Eu nunca comentei mas... Seus amigos são muito legais.
— É, eles são. — concordei balançando a cabeça ainda desconfiada.
— E bonitos também. — acenti murmurando um "Uhum" — Você deve gostar muito deles... Talvez mais de uns do que de outros...
De onde ele tirou isso?
— Quê? Claro que não! Eu gosto deles de forma igual! — defendi firmemente.
— Será? Se você experimentar fechar os olhos e se concentrar em pensar em alguém com o fundo do seu coração... Ninguém aparece? Nenhum rosto?
— Yeonjun... O que você quer dizer com... — murmurei confusa, mas logo arregalei os olhos quando entendi o que ele estava insinuando. — Tá louco?! É claro que não! — neguei rapidamente e talvez alto de mais.
— Ok. Ok. — riu erguendo as mãos. — Não vou falar mais nada sobre isso. — respirou fundo — É que, sabe, seria legal se você encontrasse alguém... — confessou me olhando nos olhos — Eu acho que ficaria mais em paz sabendo que não ferrei completamente com o seu coração. Gostaria mesmo que você achasse uma pessoa para cuidar e amar você e--
— Dá pra parar? — reclamei um tanto desconfortável. Isso estava indo longe demais em um período demasiado curto pra eu entender o que estava acontecendo. Estávamos conversando sobre a bela pessoa maravilhosa, vale ressaltar, que eu me tornei, não sobre isso. Aliás, eu não sinto nada por ninguém! Ninguém mesmo! Nenhum nome vem á minha cabeça!
— Está apaixonada pelo Hoseok-ssi? — Yeonjun perguntou do nada com o cenho franzido.
Me engasguei.
— O q-quê? — arregalei os olhos — Não seja ridículo! De onde... Tirou isso...?
— Você acabou de sussurrar o nome dele. — disse convicto, ainda parecendo confuso.
— Não sussurei nada! — neguei veementemente.
— Sussurrou sim, depois que você disse “Dá pra parar?” você falou algo como “Apaixonada” não sei o que “Hoseok”.
— Eu... Eu... Cala a boca! — falei e dei um tapa forte no ombro dele.
— Ai! — reclamou massageando o lugar.
— Eu sabia que não era uma boa ideia conversar com você, eu sabia! — bufei dando às costas passando a caminhar para longe. — Tava demorando para falar alguma besteira! — rolei os olhos ignorando seus chamados. Aquela conversa tinha sido o cúmulo! Não queria mais falar sobre aquilo, me deixava pouco confortável. Não preciso de nada disso na minha vida. Tive minha dose no passado e foi mais do que o suficiente. Obrigada. De nada. Andei de volta para casa encontrando Jimin de braços cruzados na porta de entrada.
— Ei. — cumprimentou com um sorriso curto, mesmo assim parecendo sério. — Algum problema? — descruzou os braços, colocando as mãos nos bolsos olhando para algo atrás de mim.
Olhei para trás também vendo a rua vazia.
— Está sim. — sorri tentando não demostrar o nervosismo e irritação que ainda me percorriam. — Por quê?
— Choi, sobre a conversa que tive com o Yeonjun eu--
— Está tudo bem. Eu sei que você estava só tentando me proteger. — o cortei com um sorriso, agora verdadeiro. Jimin também sorriu para mim segurando meu rosto entre suas mãos.
— Mesmo?
— Mesmo. — garanti. Ele suspirou.
— É que eu tenho muito medo de você me- nos deixar... — olhou nos meus olhos — Eu amo muito você Eon Choi.
Quando ele disse isso tive vontade de o apertar. Jimin é um querido fofo.
— Own. Eu também amo você Jimin. Muitíssimo. — o abracei. — E não se preocupe com isso. Eu não te largo nunca! Sempre serei sua amiga.
Jimin soprou um riso me soltando do abraço.
— Uma facada seria mais fácil. — disse.
— O que? — ele queria que eu desse uma facada nele?
— Nada. — sorriu segurando meus ombros. — Você não voltando para aquele seu ex traste lá, eu já fico satisfeito. — estalou a língua. O Park me virou de lado me abraçando com um braço. — E além disso, “pra quê chorar pela bolacha perdida quando se tem o biscoito”?
Do que ele está falando Senhor?
— Bolacha. Biscoito. Quê? Jimin eu não tô entendendo nada. — confessei confusa. — Você está com fome?
Ele riu.
— É. Tô sim. Eu deixei a comida na mesa para vir coscuvilhar a sua conversa. — apertou meu nariz. O desgraçado nem nega. Fiz uma careta mostrando a língua e ele respondeu fazendo o mesmo. Rimos voltando para dentro de casa.
— Eu vou ver a minha bebê. — informei e ele acentiu. Jimin foi em direção a cozinha e eu em direção ao corredor, mas peguei um susto ao me deparar com Hoseok saindo do quarto já arrumado. Ele sorriu ao me ver.
— Choizinha, minha aquarela. — me chamou vindo até mim. Travei a respiração. — eu estou indo para o trabalho, olhe para o meu penteado. — fez uma pose mostrando o cabelo, as covinhas ao lado dos lábios sobressaindo. — Gostou? Tô boni--
Não deixei ele terminar e dei um chute na costela dele.
Hoseok grunhiu de dor cambaleando para o lado tocando onde o acertei.
— Mas o que...
— Eu não estou apaixonada por você! — afirmei com a voz falhando e passei por ele correndo.
Entrei no quarto da minha filha batendo a porta rapidamente. Parecia que alguém havia colocado fogo em minhas bochechas de tanto que elas estavam quentes. Coloquei a mão no peito.
Eu preciso urgentemente falar com alguém sobre isso.
[❤️]
— O que será que ela está fazendo? — bati o pé impaciente tocando na campainha pela milésima vez. — Eu tinha a certeza que ela estaria em casa. — falei e suspirei já desistindo da ideia de falar com Luana hoje, liguei umas mil vezes e ela não atendeu. Agora ela não atende a porta também. Chutei levemente a porta em frustração, mas me surpreendi quando a vi se abrir sozinha após o meu ato. Aquela doida tinha deixado a porta aberta? E se entra alguém perigoso na casa dela?
Com esses pensamentos avancei para dentro vendo a casa vazia. A TV estava funcionando e haviam doces na mesa o que denúncia a presença da morena na casa, provavelmente ela está no banho e não me ouviu chamar.
— Lu? — gritei seu nome carregando minha filha enquanto me dirigia á escada. Ouvi um barulho estranho e outro. E outro. Depois vários murmúrios que me fizeram franzir o cenho. — Luana? Tudo bem?
Os barulhos esquisitos continuaram mas antes que eu reconhecesse os sons me assustei com Luana descendo as escadas rapidamente. Parecia que tinha levado uma surra de um furacão.
— Luana? Você está bem? — indagei verdadeiramente preocupada. Ela tava uma bagunça, parecia ter sido mastigada e depois cuspida por um bode.
— Choi! — me chamou com urgência. Sua voz saindo mais afinada por isso. — O-oque está fazendo aqui...? O que... O que... Por que não me avisou?
— E eu lá preciso avisar? — revirei os olhos passando por ela que rapidamente me seguiu. — Su casa eres mi casa também. — eu nem sei se isso é mesmo espanhol.
— Espera Choi não! Lá em cima não! — se pôs na minha frente.
— Do que está falando? Deixa de bobeira. — passei por ela novamente. — Mas mudando de assunto, você não vai acreditar no que aconteceu hoje. — após subir as escadas, passei a caminhar para o quarto da morena. Ouvi um barulho estranho. — Você ouviu isso?
— Isso o quê? — retrucou com rapidez. — Só se fosse um fantasma né? — riu de forma esquisita, parecia nervosa? — ALIÁS SE EU FOSSE UM FANTASMA, ME ESCONDERIA BEM RÁPIDO PORQUE VOCÊ ESTÁ CHEGANDO!
— Está gritando por quê?
— Nada, nada... Do que estava falando? Ah, sobre o que aconteceu com você hoje né? — falou tentando me puxar na direção contrária. — Na sala tem uns doces, podemos conversar sobre enquanto comemos.
— Não obrigada, tô de dieta.
— Desde quando?
— Desde agora. — respondi dando de ombros. Abri a porta do quarto da Liston entrando sem cerimônia. Guardei minha bebê na cama e me sentei no canto do colchão tomando fôlego antes de começar. — Então, como eu dizia, hoje aconteceu algo muito louco. Eu já contei pra você sobre a treta do Jimin com o Yeonjun né? Pois é, depois de um tempo o Yeonjun me mandou uma mensagem pedindo para conversar e eu como uma alma piedosa e bondosa... Compreensiva... Céus, é muita coisa pra listar... Mas enfim, resumindo: nós fizemos as pazes; mas aí, o desejo incontrolável de falar merda do Yeonjun cresceu e ele insinuou, veja bem, insinuou que eu estou apaixonada pelo Hoseok!
— E não está?
— ÓBVIO QUE NÃO! Luana pelo amor! Isso não tem nada — respirei fundo procurando calma. — uma coisa não tem nada a ver com a outra. — reformulei — Hoseok é meu amigo! Eu literalmente nunca pensei nisso antes do Yeonjun mencionar! O Yeonjun! Que moral ele tem pra falar da minha vida amorosa? Agora estou muito confusa porque isso parece ter desencadeado uma série de- Ouviu isso? — interrompe meu discurso por causa do som oco que soou no quarto.
— Eu não ouvi nada! Só foca na história! — segurou meu rosto me fazendo fitar seus olhos. — Continua, você dizia sobre seu estranho amor reprimido pelo Hoseok...
— Eu não tenho um amor reprimido pelo Hoseok. — como ela não entendia isso? — Quer dizer... Ele é legal, maravilhoso, incrível, lindo por dentro e por fora e essas coisas todas. — suspirei. — Mas não okay? Pensar nessas coisas só estragaria a amizade! E da primeira vez isso não deu certo! Literalmente o amor fugiu de mim. Eu sei amar Luana, não sirvo pra essas coisas. Relacionamentos não são pra mim. Gosto das coisas do jeito que estão e... Talvez eu esteja com medo.
— Ah minha Choi, você... — ela começou... Mas antes que ela dissesse ou proferisse alguns dos seus preciosos concelhos, outro daqueles barulhos esquisitos voltou a tocar e dessa vez eu me levantei prestando atenção.
— Sério, que barulho é esse? — falei e olhei em volta.
— Não deve ser nada...
— Hum... — murmurei me abaixando para espreitar de baixo da cama. Outra vez aquilo tocou. — Que estranho, o que será? — tocou de novo, dessa vez duas vezes seguidas. Luana me seguia insistindo que não era nada mas eu estava focada e curiosa para descobrir a origem. Fui ver no banheiro e nada. Voltei para o quarto abrindo as gavetas, talvez fosse algo pequeno como um rato. Nada. Foi então que eu olhei para o armário.
— Choi... — a voz de Luana tremeu enquanto ela se punha a minha frente. — Talvez seja melhor não abrir. — disse medrosa.
— Fica tranquila amiga. — peguei nas maçanetas externas. — De certeza que não é na- AAAAAAAH! — Gritamos quando do nada um vulto rápido e grande passou por nós quase nos derrubando e correndo para o banheiro onde se trancou.
Meu coração quase parou.
Puta que pariu!
— MEU DEUS AMIGA! Tinha... Tinha um homem pelado no seu armário! — gritei em choque.
Não deu pra ver o rosto, mas eu tinha certeza absoluta de que era um homem e que ele estava sem roupas. Que horror.
— Choi, eu posso expli-
— Céus! Ele deve entrado na noite passada ou sabe se lá quando pra espionar você e só Deus sabe mais o quê! — concluí após uma rápido pensamento. Por que mais alguém entraria no armário de outra pessoa? — Shhh... — sussurei para Luana e me aproximei cautelosa da porta encostando minha orelha na madeira fina, conseguindo escutar a respiração ofegante lá dentro. — Devemos chamar a polícia!
— NÃO! — gritou me assustando — Q-quer dizer... Eu acho que não seja preciso...
— Você tem razão! Nós mesmas daremos conta desse louco pervertido! — garanti.
— Amiga, eu não acho que é uma boa boa ideia... — ela disse temerosa. Tadinha, deve estar traumatizada a pobrezinha... Também né! Com toda razão! Eu ficaria do mesmo jeito se descobrisse que tem um homem nu no armário do meu quarto.
— Não se preocupa Lu. — a abracei apertado fazendo carinho em suas costas. — Deixa tudo com a Choizita aqui. Eu tenho um plano.
Sorri e a morena engoliu em seco.
[❤️]
— Me explica outra vez esse teu plano? — Luana pediu hesitante e inquieta enquanto eu dava um último nó na corda, terminando assim de amará-la na cadeira.
— É simples. — falava aos sussurros. — Eu irei te amarrar nessa cadeira. Daí chamo o desgraçado que irá sair do banheiro quando pensar que você está indefesa, e daí BAM! Eu apago ele por trás! — contei. — Eu sou um gênio.
— Choi por favor não, escuta, a verdade é que eu — não deixei ela terminar e a amordaçei com uma gravata. — Hmp... Hmmmf... Hmmp — tentou dizer algo com os olhos arregalados.
— Vai dar tudo certo. — segredei para ela.
Com a ponta dos pés fui me aproximando da porta onde tentei ouvir algo. Silêncio. Com cuidado procurei alguma arma no quarto e sorri quando achei algo perfeito. Me posicionei em um canto. Fiz sinal para Luana levantando o polegar e ela negou com a cabeça.
“Fica tranquila” falei sem emitir voz.
Era a hora.
— OH NÃO! ALGUÉM ME AJUDA! — atuei como a bela atriz que sou, fazendo uma voz dramática e convincente. — UM CRIMINOSO ENTROU AQUI E PEGOU A LUANA! SOCORRO, AGORA ESTÁ AMARRANDO ELA NUMA CADEIRA! E AGORA ELA COMPLETAMENTE INDEFESA!
Esperei longos segundos antes de ouvir a maçaneta se mexendo. O desgraçado caiu. Devagar a porta foi se abrindo e eu respirei fundo antes de fazer justiça.
— ARÁ! SEU ANIMAL! — bati com tudo nas costas do desgraçado usando a cadeira. O filho da puta grunhiu de dor caindo de bruços no chão. — PERVERTIDO! — lhe dei conta a cadeira outra vez. — SEU FILHOTE DE COISA RUIM! — bati de novo. — CAQUINHA DO CAPETA! — outra vez— ISSO É PRA FICAR LONGE DA MINHA AMIGA SEU-
Parei abruptamente quando a porta do quarto abriu revelando um Seokjin cantarolando uma musiquinha qualquer com o busto nu e uma bandeja repleta de comida.
— Para recarregar as energi — ele parou de falar olhando de mim para a cadeira ainda erguida por minhas mãos, depois para Luana que chorava amarrada e depois para o corpo do estrupicio caído no chão. — Cheguei em mau momento?
— Seokjin? — chamei confusa.
— Ai. — um gemido de dor chamou minha atenção e quando vi, o desgraçado que eu bati se virou para cima me fazendo arregalar os olhos.
— Namjoon?!
Olhei para os três completamente atordoada e confusa.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI???!
[❤️]
Ksksk sem tempo para explicações
Espero que tenham gostado 💜
Obrigada por lerem essas loucuras
Essa história ainda está aqui por vocês
Volto logo ;)
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