Capítulo nove | Mc Chihuazão
PERGUNTA ALEATÓRIA DO DIA:
Cê tem uma fobia?
Eu sim. De alturas e de cobras. Não lembro se chamam ;-;
[❤️]
JUNG HOSEOK.
— [...] Suga, meu irmão... — comecei sentindo meus olhos arderem em lágrimas —... esse é o seu fim, não há salvação para você. Mas eu sei que eu estivesse no seu lugar, eu quereria que você se salvasse e honrasse meu nome entregando este fruto para nossa querida Choi. Seria por ela o meu sacrifício. E tenho certeza que você sente o mesmo. Adeus meu ami-
— DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO SEU DESGRAÇADO? ME AJUDAAAAAAAAAAHHHHH! — Yoongi gritou sendo arrastado por aqueles monstros.
Então eu...
EON CHOI.
Ei ei ei! Mas que droga está acontecendo aqui? Que merda foi essa? Hoje em dia não se pode ir vomitar na lata de lixo alheia que já estão dando seu protagonismo para outros.
Escritora idiota! Espero que se engasge com esse pão com geleia que você está comendo.
Mas enfim... Voltemos prestar atenção em alguém que realmente importa, ou seja eu. Nesse momento eu estou dando uma caminhada pela manhã, o que não é nada o meu estilo, mas quando é Kim Namjoon te convidando para caminhar é meio difícil dizer não. Mesmo sendo eu uma preguiçosa de primeira e os únicos esportes que eu sei é comer e dormir, pois também exige esforço. Obrigada.
— Você está bem? — o loiro ao meu lado questionou quando notou minha respiração ofegante — Podemos fazer uma pausa se quiser.
Acenei positivamente e então paramos em uma praça, próximo a uma fonte de água.
— Estamos caminhando a horas. — reclamei me sentando em um banco de pedra.
— Na realidade, a dez minutos. — Namjoon riu se sentando ao meu lado.
— Dá na mesma. — resmunguei amarrando os cadarços de nó desfeito do meu tênis velho.
Faz uma semana que estou morando com os homens daquela casa. Sim, sete dias inteirinhos e eu ainda estou viva. Não que houvesse um motivo para eu não estar, mas toda desconfiança é pouca, ultimamente não se pode nem confiar em criança, imagina sete marmanjos.
A convivência até agora foi meio esquisita, porque tudo foi meio rápido demais e eu acho que eles ainda não habituados ao facto de ter uma mulher vivendo com eles. Prova disso foi eu e meus lindos olhinhos presenciando a belíssima visão de um deles andando só de toalha pelos corredores.
Foi constrangedor na hora, mas agora, dá vontade de arrumar uma broca e fazer dois buraquinhos na parede do meu quarto que dá acesso ao caminho do banheiro, colocar o quadro da Monalisa lá e ser "os olhos dela".
— Quer um pouco de água? Posso ir comprar para você se quiser. — Sr. Kim gentil se ofereceu, levantando-se.
— Vai lá. — dei de ombros e vi ele sair andando para uma barraquinha do outro lado da rua.
Suspirei sentindo meus músculos cansados, pra falar verdade eu não me sinto bem, sinto uma exaustão que chega a ser tão incómoda quanto as náuseas que venho sentindo. Logo que saí de casa eu vomitei no latão de lixo, Namjoon insistiu que eu deveria ficar em casa repousando, mas eu o tranquilizei dizendo que era "normal" e meio receoso ele cedeu.
E também tem o facto de eu estar entediada e não ver algo melhor para fazer.
— Bom dia tia.
Olhei para o lado, vendo um serzinho de macacão azul xadrez, olhos grandes e bochechas gordas e rosadas me olhando.
— Bom dia. — respondi mas seca do que o esperado, querendo que a menininha fosse embora logo.
Não é por nada mas não lido bem com crianças.
— Voxe quel compla uns biscoitinhos? — ela perguntou me mostrando uma cestas de biscoitos fazendo olhinhos fofos do gato das botas para mim.
Pena que eu sou imune.
— Não eu não quero. Vamos chispa! — balancei a mão para ela que fez careta.
— Pul favô... Xó um...
— Não tenho dinheiro.
— Tem xim! — ela retrucou irritada e eu lhe olhei mais ainda.
— Não, não tenho, agora vaza piralha! — esbravejei e ela inflou as bochechas coradas parecendo brava.
— Voxe é má! Pexoas más melecem moldedinhas.
— É o quê?
— CUUUUUUUUUUTEEEEEEEEE!!! MOLDE ELA! — ela gritou apontando para mim.
Eu já estava pensando que veria um enorme buldogue correndo até aqui rosnando e babando pronto para acabar com a minha bela pessoa, mas daí olho para baixo e caio na gargalhada ao notar a porra de um Chihuahua ladrando fino para mim.
— Ownnn... Isso deveria me assustar? — debochei me levantando para ver se Namjoon ainda estava vivo com aquela história de comprar água. Acenei para a menininha irritante. — Tchau sua piolh- PUTA QUE PARIU! — gritei quando senti uma dor no meu traseiro e quando olhei, vi que aquele resto de projeto de cão estava grudado em mim mordendo minha bunda.
MINHA BUNDA!
— PUTA MERDA! TIRA TIRA TIRA! — gritei para a menina que apenas riu de mim e me mostrou a língua.
Mano, eu não quero ser mãe!
— AAAAH!!! — gritei balançando meu corpo para todos os lados, empinei a bunda para cima e para baixo várias vezes na tentativa de me soltar do cachorro, parecia até que eu tava dançando funk pesadão ali mesmo no meio da rua, fazendo a dança do quadradinho versão MC Chihuazão.
Rolei na calçada mas nada daquela merda me soltar, então no desespero saí correndo sem direção pelo parque.
— AAAAH MINHA BUNDA! ELE VAI ARRANCAR MINHA BUNDA!
Tudo passava como um borrão para mim, mas mesmo assim consegui identificar um velhinho de batina preta com detalhes brancos, parecia mesmo um...
— PADRE! — gritei para o senhor que estava com mais duas freiras, todos olharam para mim de olhos arregalados. — SOCORRO! POR FAVOR ME AJUDA! — me ajoelhei na frente dele para depois virar de bruços e empinar novamente meu rabo para o velhinho.
— Pelo Santo Senhor o que quer que eu faça filha? — ele perguntou assustado.
— O QUÊ QUE TU ACHA? ME AJUDAAH! — gritei quando senti o cachorro rosnar pro meu bumbum ao mesmo tempo que o padre tentava pegar ele com as mãos velhas trémulas. Só que quando ele tocou no bicho ele me mordeu mais ao ponto de eu sentir realmente seus dentes na minha pele o que resultou em mim lançando meu corpo para trás derrubando o padre ficando em cima dele.
— AAAAAAAAAAAHHHHH! — Gritei esfregando minha bunda encachorrada no corpo do velho em baixo de mim.
— AAAAAAAAAAAHHHHH! — o padre também gritou se contorcendo todo em pânico.
— SAI! — gritei pro cão e no meio da confusão acabei empurrando uma das freiras que caiu em cima de mim e me fez puxar o véu dela e de alguma forma acabei vestindo aquela merda.
Ótimo agora sou a freira da bunda de chihuahua.
Mais uma vez, levantei correndo atordoada fazendo a menor ideia para onde ia.
— CHOI! PARA! CHOOOI!
— Namjoon? — olhei para trás vendo o loiro correr atrás de mim. — NAMJOON ME AJUDA!
— VOCÊ TEM QUE PARAR!
— NÃO CONSIGO! — gritei correndo mais rápido.
— NÃO SE PREOCUPA! EU VOU TE SALVAR!
E não fez dez segundos antes de eu sentir uma dor nas costas, seguindo de outra na perna e depois no olho quando eu olhei para trás.
— ESTÁ ATIRANDO PEDRAS EM MIM!?
— É PARA ACERTAR NO CÃO! — Namjoon respondeu jogando uma pedrinha que acertou na minha cabeça.
— AH, MAS ADIVINHA? NÃO ESTÁ ACERTANDO NO CÃO!
Eu já estava cansada, e pronta para aceitar a triste realidade que terei minha bunda, minha preciosa e linda bunda arrancada por um Chihuahua, quando o mesmo me soltou no momento em que passei correndo ao lado do carinho das salsinhas.
Respirei aliviada mas por alguma razão senti Namjoon jogar mais uma pedra em mim.
— Aí! Porque fez isso? O cachorro já me soltou! — reclamei parando com as mãos na bunda.
— Desculpa, foi um reflexo. — Namjoon parou ao meu lado ofegante se curvando com as mãos apoiadas nos joelhos.
— Namjoon? — chamei.
— Hm?
— Me leva para um veterinário?
[❤️]
Mamãe me interna, eu não sou normal
Gostaram?
Que tal dar uma stalkeada no meu perfil para ver
outras coisas sem noção que eu escrevo que estão logo no inicinho? Hm?
🙏
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