quebra de tempo 3.3
Como o tempo passa rápido, não é mesmo?
Até dias atrás, Hyunjin e Felix eram só amigos e a única ligação entre eles era uma adolescente de 14 anos.
Quem imaginaria que uma simples viagem de acampamento entres pais e filha resultaria na redescoberta de um sentimento guardado por anos?
Felix sabia a certeza dos seus sentimentos para com o loiro, ao contrário do ômega, que tinha suas dúvidas sobre os próprios sentimentos ou de que o alfa não gostava de si, mas que no fundo sabia a verdade. O primeiro beijo foi no acampamento, onde em meio às lembranças e embriaguez do vinho compartilhado, o segundo foi na casa do ômega, e isso foi o passo para a guerra de confusão no aloirado.
Os outros acontecimentos - a maioria sendo influenciado pela filha, o qual falhou miseravelmente - só serviram para aproximar ainda mais o ex-casal.
Passou outras semanas, então teve as férias de verão, o cio inesperado da adolescente de fios curtos, outro beijo do casal e a viagem para Sicília, inesquecível deve-se ressaltar.
Foi nessa viagem à Europa que tudo começou - de fato - para o alfa e o ômega. Uma segunda chance.
Mais alguns meses passaram-se e com isso as coisas tornaram-se melhores, incluindo as sensações guardadas e "escondidas", até setembro, o mês em que tornou o relacionamento público.
Semanas depois, veio o aniversário de Minho - a travessura da adolescente -, o nascimento do afilhado do Lee, em seguida Chan fez mais um ano de vida e assim por diante.
Lee Soojin pensava em tudo isso ao encarar o calendário da cozinha surpresa de como o ano passou tão rápido.
Já é quase dezembro. O ano letivo estava próximo do fim, faltava o último bimestre para a garota, seus amigos mais ansiosos para o fim do ano, onde ocorreria as festas mais esperadas: natal e ano novo.
Na escola, os preparativos para a formatura dos terceiros anos - e os nono anos - já aconteciam, o que deixava a adolescente agitada e ansiosa para que acontecesse, já que a mesma iria para o primeiro ano do ensino médio.
Um suspiro escapou, o que chamou atenção do pai ômega, esse que fazia o café da manhã.
— Passou tão rápido, não acha, papai? — A menina questionou ao mais velho. — Até alguns dias atrás, eu fiz 14 anos e agora... Falta poucas semanas para dezembro. — Comentou e o ômega assentiu.
— Devo concordar com você, meu amor. — Hyunjin colocou uma caneca de chocolate quente na bancada. — Seu papai vai ficar velho. — Fez drama e a menina riu. — Mas isso é bom, não? Digo... Você comentou que sua sala junto com os outros 'nono anos estão planejando a formatura, certo?
— Sim, senhor. — Respondeu enquanto tomava o líquido amarronzado morno e doce. — Estamos conversando sobre isso, já que estamos pensando em contribuir pelo os que não podem. — Deu de ombros. — Foi uma ideia de iniciativa minha, já que muitos negaram participar por falta de dinheiro, então eu propus aos outros colegas.
— Eles aceitaram?
— Uns sim, já outros... Só empinaram o nariz. — Resmungou. — Eu ainda tenho que falar com o meu velho sobre ele me ajudar a contribuir.
— Contribuir com o quê? — Ambos os ômegas olharam na direção da porta da cozinha, deparando-se com o alfa de moletom e camiseta. — Bom dia. — O moreno plantou um selinho bochecha ruborizada da filha e em seguida selou a boca com a do ômega. — Agora me digam, o que estavam conversando? — Questionou sentando em um dos bancos da cozinha e já pegando uma xícara vazia para por café.
Com quase três meses de namoro, Felix passava mais tempo na casa dos ômegas do que na própria. Tanto que era normal ver os sapatos do alfa na porta, roupas no varal, no guarda-roupa, escova de dentes compartilhavam o mesmo banheiro que o do ômega... Segundo os amigos, o casal já eram namoridos.
Os três se acostumaram tanto com o novo cotidiano - de estarem juntos quase todas as noites, saírem para comer fora, levar o namorado para o trabalho ou a filha para a escola - que quando o moreno não estava ali com eles, a casa parecia vazia.
— Sobre ajudar a escola com a nossa formatura.
— Formatura. — Repetiu o alfa. — Faz tempo que tivemos a nossa. — Falou encarando ao ômega. — Minha última formatura foi há sete anos... Me sinto velho agora. — Riu levemente.
— Um velho lindo. — Hyunjin brincou, abraçando os ombros do alfa por trás e mordendo a bochecha pálida do moreno, esse que fez uma caretinha para filha. — Seu pai não é lindo, meu amor?
— Ownt. — A menina fez um som manhoso e os pais riram. — O papai está corado. — Soojin apontou para Felix.
— Chega vocês dois. — Mandou tentando ficar sério, o que resultou nos dois mais novos implicando mais ainda.
O restante do desjejum foi divertido até a hora em que Felix levou a filha para escola, logo depois de deixar o namorado no trabalho.
[...]
— Quando resolver é só me dizer, okay? — Falou o alfa, assim que a filha terminou de falar.
O mais novo estacionou em frente a instituição da adolescente e a mesma sorriu para o mesmo.
— Eu vou indo, mas depois eu lhe digo o que eu e meus amigos decidimos, certo? — Dizia enquanto saía do automóvel. — Espera... Vai lá para casa, não é?
— Vou sim.
— Ótimo. — A menina pôs parte da cabeça na parte de dentro do carro e beijou a bochecha do pai, logo acenando e correndo para se encontrar com os amigos.
Felix esperou a mesma entrar para depois sair.
Soojin abraçou os amigos e o primeiro assunto, assim como os dias passados, era sobre a formatura que teria daqui um mês.
— Nossa, nem acredita no que fiquei sabendo. — Jisoo disse em sua expressão exagerada, chamando atenção do quarteto.
— O quê?
— É sobre a Mee... — Os três se atentaram na alfa, curiosos com no que ia falar. — Fiquei sabendo que não poderá participar da formatura.
— Por que?
— Lembra da ideia que deu?
— Sim.
— A Mee... Não tem condições de jeito algum para ir... Parece que a mãe dela está muito doente. — Soojin a encarou e depois os amigos.
— Como soube disso? — Ryujin questionou a amiga.
— Ontem nos esbarramos e a mesma acabou de me dizer.
— Isso é realmente chato. — Shotaro comentou e todos acenaram.
— Ela disse que queria ir muito mesmo, mas acha que não poderia.
O quarteto de amigos entrou na sala de aula, caminhando até seus assentos enquanto conversavam sobre isso. De todos os lados pessoas falavam da comemoração dos nono anos e os dos terceiros anos, mesmo que separados. Era penteado para lá, vestidos para cá, decoração, comida, tema e assim por diante.
— Grande parte nem quer saber do que falou, só quer que tenha... Os únicos que se disponibilizaram foram você, Shotaro, Ryujin, a Lena, o Jisu, Shuhua, Daniel e alguns dos terceiros...
— Os outros só querem ser burro de cargas.
— Isso mesmo. — Shotaro concordou. — A direção deixou em nossas mãos, mas ninguém se dispõe... Querem uma festa 'top, porém não ajudam.
— Falando nisso... Conversou com seus pais? — A alfa perguntou e Soojin a encarou em silêncio. — Soo?!
— Eu tive uma ideia! — Exclamou animada. — Só preciso de uma confirmação.
A ômega sorriu e logo pegou o aparelho celular, digitando uma mensagem para o pai ômega, falando de sua ideia e da ajuda que precisava, e em seguida mandou para o pai, desligando quando o professor entrou na sala.
— Bom, meus alunos... Eu tenho uma notícia perfeita para vocês. — O mesmo disse sorridentes, tendo atenção de todos os alunos. — Prova surpresa! — Levantou o monte de folhas grampeados, arrancando arfares surpresos e xingos da sala. — Essa prova será única... Não terá outra, além da de recuperação, ou seja, se passarem nesta estão automaticamente aprovados minha matéria.
Os burburinhos se alastraram por todo ambiente e os quatros amigos se entreolharam.
— Ajeitem-se em suas carteiras, somente lápis, borracha, caneta e corretivo na mesa, nada mais. — Disse seriamente. — Já sabem as regras. Olhou para o lado ou qualquer movimento suspeito... Recuperação.
Enquanto dizia aos alunos, Soojin sentiu o celular vibrar e pegou o aparelho móvel, com as respostas de ambos os pais.
Um sorriso largo e alegre tomou seus lábios - semelhantes ao de Hyunjin - e a menina guardou o objeto na bolsa, quando ouviu o professor.
서른셋
Soojin e seus amigos foram os primeiros a terminar a prova, na mesma hora recebendo suas notas... Todos aprovados!
O professor os liberou e ambos foram para o refeitório conversando sobre a prova, férias do final do ano e a tão esperada festa do fim do ano letivo.
— Eu vi vestido tão lindo ontem. — Ryujin disse com o queixo apoiado nas mãos e expressão boba. — Ele era longo e azul bebê... Um salto nude ali, um coque alto e solto, uma maquiagem leve... É o que eu preciso. Olhem! — Mostrou o celular para as meninas que elogiaram.
— Se esse vestido é só para a formatura do nono ano, nem quero imaginar o do terceiro ano. — O alfa comentou olhando a foto. — Mas eu acho que uma coroa de trança e o restante dos cabelos soltos combinaria mais. — Disse distraidamente e teve três pares de olhos em si. — O quê?
— Caramba, eu fui imaginar e ficou perfeito. — Soojin disse. — É nessas horas que eu queria ter cabelos longos. — Cruzou os braços fingindo está chateada, porém antes que completasse algo mais, seu celular tocou. — É o meu pai, licença. — Pediu e levantou-se. — Oi, papai.
— Oi, meu amor. — Disse carinhoso. — Não me respondeu a mensagem.
— Teve prova surpresa... E meio que esqueci.
— Entendo. — Riu levemente. — A sua ideia... É incrível.
— O senhor achou? Será que vão pensar nisso também? Sabe como as coisas são...
— Sim, eu achei, é gentil da sua parte. — Recrutou. — E meu bem, sempre vão falar, então faça o quer, porque só vivemos uma vez.
— Eu quero muito ajudar mesmo, sabe? Mesmo que não seja uma formatura de faculdade, ainda é importante, porque iremos iniciar um ciclo novo. — A menina falou e Hyunjin concordou consigo. — Eu queria falar com o senhor e pai primeiro, porque serão de muita ajuda.
— Pode contar conosco, a minha confirmação já tem. — Uma voz alta surgiu no meio da ligação: a minha também e a adolescente pode perceber que foi o pai alfa.
— O meu velho está com o senhor? A essa hora?
— Ele está tomando café da manhã com alguns funcionários aqui, mas agora está aqui na minha cozinha. — A voz metálica e brincalhona fez a garota sorrir. — Resolva o que tiver que resolver e conversamos em casa.
— Pai...
— Vão dormir na casa de quem?
— Na nossa.
— Na nossa? — Perguntou surpreso e a mesma percebeu.
— Por que? Não podem?
— Não é isso... Está tudo bem, eu irei buscá-los mais tarde.
— Obrigada papai, eu te amo.
— Eu também minha menina travessa.
Soojin riu e encerrou a chamada, suspirando.
Agora com tudo certo, ela foi até a mensagem, arregalando os olhos ao ver o que seu velho mandou.
— Puta merda, pai, o senhor é louco!
Depois do choque rápido, a mesma voltou para a mesa, ainda sem falar a novidade para os amigos.
Seria uma baita surpresa.
[...]
Era quase quatro da tarde, quando repentinamente o som de comunicação da escola chiou por todo ambiente, chamando atenção de discentes e docentes.
— Testando 1, 2, 3 testando. — A voz rouca do diretor soou na sala e todos olharam na direção, mesmo que seja só sua voz. — Tenho um comunicado importante.
— O que será dessa vez? — Alguns perguntavam baixo.
— Primeiramente, eu quero parabenizar a senhorita Lee Soojin por sua gentileza. — Todos os olhares foram a garota, essa que sentiu-se incomodada, mas confuso ao mesmo tempo. — Acabo de receber uma ligação de seu pai Lee Felix nos dizendo sua atitude.
— O que a songa monga fez? — Lisa sussurrou "baixinho" e a garota a encarou entediada.
— Seus pais não pediram que fizessem isso, mas achei bonita sua parte e quero compartilhar com todos. — Voltou a falar e a menina escondeu o rosto entre os braços cruzados e apoiados na mesa. — Segundo o senhor Lee, a filha lhe mandou-lhe uma mensagem para que ajudasse com a formatura de vocês. — Sons de incrédulos e olhares cético miravam a menina. — Para resumir... Senhor Lee doou dois milhões de wons e o senhor Hwang ficará responsável pelo buffet, sendo assim pela iniciativa caridosa, a aluna Soojin ficará responsável ao lado de mais dois representante dos terceiros anos.
O choque coletivo foi grande até mesmo para a menina, essa que tinha os olhos arregalados para o nada.
— Por enquanto é só isso, obrigado por me ouvirem e tenham uma boa aula. — Desejou e Soojin pediu para que abrisse um buraco para que pudesse sumir dali.
— O que foi isso, sua vaca? — Jisoo perguntou quase gritando.
— Eu não sei.
— Como não, sua doida?! — Ryujin igualmente espantada.
— Eu realmente pedi aos meus pais que fizessem isso, mas não ficar como líder de algo e muito menos para anunciar. — Disse baixo. — Eu queria que todos fossem, independente de ser rico ou não, mas como ninguém queria ajudar, eu pedi... Fiz isso, especialmente, para aqueles que não tem condições de participar. — Falou sincera. — Viu que maioria nem ligou, ao menos deu bola para ideia que tive, então você me falou da Mee... Esse dinheiro é por mim e por essas pessoas, eu não me importo que pensem de mim, porém quero que todos tenham um lembrança dos últimos dias.
O silêncio reinava no ambiente e Soojin suspirou.
— Eu acho que você está no comando, a festa seria perfeita. — Shotaro quebrou o silêncio. — Posso falar com os meus pais sobre o lugar.
— Eu diria que minha mãe podia ajudar com os doces, mas seu pai é confeiteiro e um dos seus tios cozinheiro. — A alfa de fios longos disse e de aroma doce riu.
— Acho que meu pai não irá se importar com ajuda da sua mãe.
— Eu posso levar algumas meninas para o salão e a vestimenta.
— Sério? — Soojin perguntou sorrindo para a outra ômega.
— Mee será minha convidada de honra. — A mesma olhou para a menina, essa que não sabia o que pensar. — Claro de aceitar.
— Acho que terei que falar com os representantes dos terceiros sobre isso. — Pontuou a de mechas descoloridas. — Eu sei que foi repentino e tudo mais, e peço desculpas para aqueles que não gostam e me aceitem, mas... Eu quero que seja realmente bom para todos, então vamos trabalhar juntos, por favor.
Alguns garotos e garotas se olharam e deram de ombros, logo assentindo. Outros preferiram falar e já as 'sisi' resmungaram, mas não aceitaram e nem reclamaram, claro além de Lisa que comentou: exibida que quer atenção.
A Lee mais nova sorriu e como o professor deu um tempinho livre, ela, os amigos e mais algumas pessoas discutiam por cima.
Seria longos dias.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top