extra 09 . Um pouco de tempo depois
Meses depois...
— Lixie, os meninos estão chorando. — Hyunjin murmurou sonolento ao escutar o ruído escandaloso dos filhos pela babá eletrônica, denunciando que os bebês estavam acordados.
Cento e vinte dias se passaram rapidamente, desde o nascimento dos gêmeos, Soobin e Yoobin. Cuidar de criança recém-nascida não é fácil, agora imagine dois bebês? Uma experiência extraordinária e cansativa.
Os dois alfinhas cresciam fortes e saudáveis, suas bochechas gordas diziam isso. Eram espertos e agitados, mas também manhosos e dengosos quando queriam.
Adoráveis.
Quem parecia mais boba com os irmãos era a irmã mais velha. A ômega parecia uma cola de tão grudenta que era com os caçulas. Não que pudessem julgá-la, pois os pequenos recém chegados na família Lee eram tão fofos, que ninguém conseguia negar nada a aqueles olhinhos da cor de jabuticaba e redondinhos, iguaizinhos aos do pai alfa.
Todos da família caiam de amores com o par de gêmeos, do aroma de laranja e limão, e quem não? Apesar dos primeiros dias terem sido puxados e os pais dos pequenos alfas estarem relembrando da época da filha, eles conseguiram se organizar juntos.
Durante os trinta primeiros dias, ambos os progenitores tiveram noites em claro, noites de choros e fome, e como Hyunjin amamentava, ele que tinha o trabalho mais pesado, não que o marido não ajudasse, ele ajudava e muito, ainda mais no tempo do resguardo, onde o ômega não podia fazer esforço.
Aos poucos, eles se acostumaram com os horários dos filhos. Acordam duas vezes na madrugada - uma da manhã e cinco da manhã - para comer e limpar as fraldas, por volta das nove, eles tomam banho, comem novamente e voltam a dormir. Os filhos trocam de horário, de dia dormiam por horas e a noite acordavam mais vezes do que queria, pelo menos para um recém-nascido.
Seguiram assim por quatro meses, mas acabaram se acostumando com a nova rotina de recém papais. E também tem a mais nova irmã mais velha, ela ajuda muito no cuidado com os irmãozinhos. Dava banho, trocava a fralda, vestia, brincava e os distraía quando os pais precisavam trabalhar.
Hyunjin depois do nascimento precisou deixar o trabalho na cafeteria e no curso, por enquanto, até que os bebês pudessem deixar de mamar e poder comer papinha, e tomar mingau. E Felix, ele trabalha em casa, então não é necessário babá caso ele volte a trabalhar.
E agora, por volta das cinco da manhã, os bebês acordam para mamar... Mais uma vez.
— Amor, seus filhos estão chorando. — Resmungou enquanto empurrava levemente o alfa para acordá-lo.
— Antes de amanhecer, eles são seus. — Retrucou e Hyunjin rosnou, ouvindo em seguida o riso baixo do marido. — Okay, eu já estou indo. — O antigo Hwang sorriu quando sentiu os lábios tocarem os seus e depois ouviu o mesmo se movimentar para fora da cama.
Felix usava só um calção de tecido fino quando saiu do quarto que dividia com o esposo. O quarto dos filhos era de frente para o seu, então assim que abriu, logo acendeu a luz iluminando todo o ambiente.
— O que meus garotos querem, uh? — Perguntou esfregando os olhos em sono. — Estão sujos? Ou com fome? — Pergunto ao me aproximar, vendo os dois acordados se retorcendo no berço. — Vocês sabem que horas são? Uh, sabem? — Questionou pegando Yoobin, logo arregalando os olhos ao sentir um calor a mais vindo dele. Levou sua mão até sua testa, suspirando ao ver que estava febril. — Droga! — Murmurou preocupado e com o mais novo em seu braço, logo tratou de tocar em Soobin, respira aliviado ao notar que parece está bem. — O meu bebê se assustou com o maninho, não foi? — Acariciou seus ralos fio, pegando o bico de silicone ao lado da sua cabeça e pondo em sua boca novamente. — Prontinho, papai está aqui, Soo.
Com poucos carícias, o gêmeo mais velho por alguns minutos, dormiu. Juntamente com o Yoobin no colo, o alfa mais velho foi até o trocador, pondo-o por cima de um pano de algodão e passando a tirar seu pijama.
— O que meu neném tem, uh?! Está sentindo dor? — Perguntou o dono de aroma mentolado misturado com chocolate. — Prontinho, papai tirou a roupa e agora vai trocar sua fralda.
Após trocar sua fralda - já que a mesma estava mijada -, o pai alfa o deixou por alguns segundos no trocador, indo até o banheiro para molhar uma fralda de pano no banheiro. Em todos esses meses, os gêmeos não adoeceram, na verdade eles cresciam saudáveis, e a última vez que se preocupou tanto foi na vez da sua cerejinha, quando ela tinha nove meses e pegou um resfriado, deixando os pais mais que preocupados.
— Devo chamar o Hyun? — Murmurou enquanto vestia outro pijama, mas de camiseta, já que a de antes estava suada. — Melhor não, ele está muito cansado. — Disse para si mesmo, antes de pegar o bebê nos braços e o ninar. — Será o dentinho? — Indagou quando sentou na cadeira de amamentação, depois passando o dedo na gengiva do neném procurando alguma elevação de possível nascimento dos dentes. — Acho que não. — Sorriu e com a fralda úmida a colocou na testa pequena.
Yoobin apesar de ter parado de chorar, ainda soltava pequenos resmungos e se contorcia em seu colo, além de está febril.
— Yoobin, esqueci de medir sua temperatura. — Disse de repente, voltando a se levantar e indo até o banheiro em busca da maleta de primeiro socorros.
Pegou o objeto na mão desocupada, retornando ao quarto em seguida. Sentou-se na poltrona, deitando a criança sobre o peito e pôs o termômetro no ouvido por alguns segundos, logo podendo ver o grau levemente alto. 37,2.
— O que eu faço, meu pequeno Bin? Seu pai aqui está preocupado, mas não quer chamar seu pai ômega, pois ele vem tendo insônia nos últimos dias... — Comentou enquanto acaricia as costas do bebê, que resmungava vez ou outra. — Onde meu garotinho está sentindo dor? — Beijou a testa alva. — Na cabeça? Ou na barriguinha? — Subitamente ao apertar a região do pé da barriga do mais novo, o pai alfa viu seus lábios tremerem antes de chorar. — Tudo bem, tudo bem, perdoa o papai. — Levantou ao que balançava o bebê para o acalmar. — Vamos, eu vou te dar um pouco de chá para cólica. — Disse ao que saia do quarto em direção as escadas, passando pelo corredor e descendo as escadas até chegar na sala.
Felix com um braço segurava Yoobin enquanto o outro procurava o que precisava, a chuquinha, a panela e o sachê de chá de camomila e erva-doce. O choro estridente e repentino do filho assustou o alfa, que acabou derrubando a panela com água na cozinha, murmurando alguns palavrões.
— Cansado ou não, deveria ter me chamado. — A voz rouca e séria, acompanhada do aroma de morango e coco fez o mais novo encarar a entrada da cozinha. — O que foi? — Perguntou se aproximando do marido e do filho.
— Ele está febril, imagino que seja cólica. — Respondeu rapidamente ao que estendia o bebê na direção do esposo, mas o pequeno alfa não quis sair do colo do mesmo — Eu ia fazer chá de camomila com erva-doce.
— Parece que ele prefere o pai alfa. — Disse deixando um carinho na bochecha do bebê. — Tente o acalmar, eu irei fazer o chá.
Hyunjin foi até o fogão da cozinha, acendendo uma das bocas e colocando a chaleira para esquentar a água, em seguida foi enxugar o chão.
— E Soobin?
— Ele acordou assustado com o choro do Yoobin, então eu pus o bico de volta e ele dormiu. — Disse andando de um lado para o outro.
Era por volta das quatro e pouco da manhã, quando as coisas se acalmaram. Depois de dar um pouco do chá para o pequeno alfa, Hyunjin fez um pouco de massagem abdominal e o amamentou antes de o pôr para dormir, em seguida fez a mesma coisa com o outro filho. Soobin ainda dormia, na hora em que ômega trocou sua fralda e o deu de mamar.
— A febre dele passou. — Hyunjin comentou tocando a testa e pescoço do filho. — Eles vão dormir até um pouco mais tarde, vamos aproveitar e ir também. — Disse aproximando-se do marido, que assentiu e o seguiu para fora do cômodo, não sem antes certificar se a babá eletrônica estava ligada e próximo deles.
— Não vou conseguir dormir mais. — Felix murmurou entrando no próprio quarto e caminhando até a cama, se jogando nela. — Durma mais um pouco, eu vou terminar uns documentos que adiei e... — O alfa parou de falar, assim que o corpo mais alto deitou-se sobre si.
— Espere amanhecer para trabalhar. — Disse o ômega. — Eu também não vou conseguir dormir, então podemos conversar até o sono vir.
— Conversar sobre o quê? — Perguntou Felix, acariciando uma parte da cintura descoberta da blusa que o ômega usava.
— Hum... Não tenho ideia. — Disse dando de ombros e o alfa sorriu de lado, em seguida deixando um breve selinho nos lábios carnudinhos e avermelhados do esposo. — Ah! — Exclamou de repente. — Lembrei que meu cio está quase por vim. O que acha? Passamos o meu cio juntos ou eu tomo supressor? Tipo, os meninos estão novos ainda e acredito que não podemos deixar com nossos amigos e nem pais, e Soojin... Bom, ela está trabalhando naquela escolinha de línguas e já vai começar a faculdade.
— Você que sabe, meu amor, qualquer decisão eu aceito.
— Tu também não ajuda, Lixie. — Retrucou manhoso e o alfa riu. — Eu preciso da sua resposta, porque estou dividido.
— O meu lado alfa adoraria passar o cio com o ômega dele, mas o meu lado paterno se preocupa. — Falou firme e o antigo Hwang revira os olhos.
— Eu quero que você descomplique e você faz é piorar.
— Eu preferia passar o cio com você, já que o último foi há um ano. — Respondeu sincero. — Eu estava tentando ser compreensível, já que você só tem três meses que teve os meninos.
— Sim, eu sei, mas eu estou quase para subir as paredes! — Exclamou brincalhão. — Apesar que transamos em quase toda gestação, desde que tive Soobin e Yoobin, nós não tivemos mais relação, tanto pelo o resguardo quanto por eles sempre acordarem quando estamos... Esquentando?! — Felix riu negando, aproveitando para ferir um tapa fraco na bunda alheia. — Mas a questão não é essa, quer dizer... Eu realmente quero ter o cio, porém como ficam os meninos?
— Podemos deixar com Soojin.
— Aqui em casa?
— Onde mais? — Replicou o encarando, na mesma posição, o mais velho deitado sobre o alfa. — Ela pode ficar com a parte de dar banho, trocar fralda e pôr para dormir, e quando com fome pode dar o peito.
— Não acho respeitoso nossa filha ficar aqui enquanto nós dois fazemos sexo. — Murmura. — Os bebês não entendem e eles também passam a maior parte do tempo dormindo, mas Soojin...
— Com certeza, ela sabe que não fizemos ela e nem os meninos com os dedos, além de que estaremos no quarto. — Hyunjin deu de ombros e raspou os dentes sobre o tecido frio da blusa.
— Vamos decidir isso depois. — Disse o mais novo e o moreno assentiu, sorrindo à medida que sentia a mão o ômega deixando um carinho em seus braços e o mesmo retornava com um cafuné na nuca. — Estou ficando com sono. — Disse baixo e meio lento.
— Também. — Concordou e ambos os adultos conversaram mais um pouco até acabarem dormindo naquela posição.
[...]
Por volta das oito horas da manhã, os pequenos alfas acordaram. O Yoobin não sentia mais febre, porém os pais ainda deram o chá que fizeram mais cedo, porém também aproveitaram para dar ao irmão gêmeo.
Após dar de amamentar, banho, arrumá-los com roupas frescas e pegar um banho de sol por meia hora, eles dormiram e os mais velhos aproveitaram para tomar o próprio banho, tomar o café da manhã e adiantar algumas coisas dos trabalhos.
— Amor, eu preciso de uma opinião. — Hyunin pegou o tablet, que estava pousado em suas coxas, e em seguida foi até o mesmo.
— Diga.
— Bob Esponja ou Rei Leão? — O ômega mostrou as duas cores ao marido, esse que observou as imagens na tela do tablet. — É para o mêsversário de nove meses dos meninos.
— E está escolhendo agora?
— Cedo demais? — Retrucou e o alfa deu de ombros.
— Gosto do Rei Leão.
— Ai amor, você leu meus pensamentos. — Disse animado e foi até o mais alto, deixando um beijo rápido nos lábios. — Te amo.
— Eu também te amo. — Felix riu da animação e voltou a se concentrar no trabalho de publicidade da nova coleção de revista da empresa.
Os dois permaneceram no próprio trabalho até os filhos reclamarem de fome, fazendo os pais largarem o serviço e atender aos pedidos dos mais novos.
Felix ajudava Hyunjin no banho dos mesmos. Já era de tardezinha, onde a temperatura cai um pouco, então depois de um banho morno, o ômega deu de mamar e em seguida um momento de conversa entre os cincos aconteceu. Os progenitores, os caçulas e a filha mais velha iam para sala, ligavam a televisão num canal infantil e assistiam todos.
Os meninos eram espertos e a cada música cantada, eles balançavam o corpo e balbuciavam alguma coisa não entendível, mas parecia ser eles tentando cantar junto com os animais coloridos que passavam na grande smart. Hyunjin sempre gravava e ria da fofura dos filhos, já a filha filmava e mandava no grupo da família e amigos se gabando dos irmãos serem os mais fofos, gorduchos e lindo de toda a Coréia, e Felix, bom... O alfa só olhava de forma apaixonada para o esposo e filhos. Era grato, muito agradecido.
De vez em quando, o alfa mordia as gordas bochechas dos meninos, reinando por tamanha gostosura em forma de bebês, mas sempre tomando cuidado. Para aproveitar mais, o antigo Hwang forrava no chão - um pano plastificado na parte de baixo e com estampa de bichinhos - e o colocava deitado sobre o mesmo. Rolavam, faziam força para se sentar, mordia os dedos dos próprios pés, lambia a mão e soltavam gritos finos animados quando os mais velhos cantavam junto com a tevê.
Um momento que se tornou um programa entre eles. Antes eram Hyunjin, Felix e Soojin assistindo a qualquer filme, o cinema caseiro, como apelidou a garota de 18 anos.
— Quem são os bebês mais lindos e cheirosos da irmã? É, sou eu sim. — Soojin dizia com sua voz afinada é engraçada, rindo com a bagunça que os caçulas fazia na sala. — Vocês são só pequenos, mas fazem uma bagunça, seus danadinhos. — Disse fazendo o famoso 'solta pum' na barriga de Soobin, esse que tentava puxar os cabelos longos da irmã.
— Você era do mesmo jeito, mocinha. — O ômega mais velho disse enquanto era abraçado pelo marido. — Gostava de uma farra, só era pequena.
— Eu? — Apontou para si, prolongando a palavra. — Tão quieta como sou?!
— Você sim, dona Soojin, eu diria que pior. — Dessa vez quem disse foi o alfa. — Deste tamanhozinho e já era uma festeira, mal podia ouvir uma música tocar e já começava a rebolar.
— Caramba pai, é sério? — Perguntou a mais nova, sem acreditar. — Não consigo imaginar.
— Era fofo e sempre dava vontade de morder suas pernas, elas eram gordinhas e tão branquinhas, na época. — Hyunjin sorriu nostálgico. — O mais fofo era quando seu pai aqui te vestia com aquelas calcinhas cheio de babados, parecia que tinha um bundão. — Os três gargalharam felizes e os bebês gritaram animados. — Sinto falta da minha bebê, agora ela já tem 18 anos e um namorado, tô me sentindo velho. — Murmurou o ômega.
— Velho suficiente para ser vovô? — Indagou a ômega de aroma de cereja, brincalhona.
— Não. — Os dois disseram ao mesmo tempo e olharam para filha, alarmados e desconfiados, e a mesma queria rir dos mais velhos.
— Why so serious? — Perguntou rindo e Felix semicerrou os olhos. — Parem de me olhar assim, eu estou brincando.
— Sei não em. — Hyunjin comentou desviando olhar para o bebê que segurava seu dedo e balançava no alto. — Eu acabei de ser pai de novo, não quero cuidar de outro bebê que não seja os meus, muito obrigado.
— Poxa pai, que agressão! — Fez biquinho e o mais velho riu. — Você não gostaria do meu filho, o seu neto?
— É claro que eu gostaria, mas só depois de ter uma vida de estabilidade, ou seja, faculdade, casa própria, emprego e quem sabe já casada. — Enumerou encarando a menina, que riu negando. — Antes disso não, você tem que aproveitar a vida, do jeito melhor.
— Não pensaram nisso quando me teve. — A menina não falou por mal, mas sim quis provocar. — Vocês me tiveram na adolescência, não curtiram muito.
— O que não aproveitamos na sua idade, nós estamos fazendo agora, como acha que seus irmãos estão aqui. — Hyunjin replicou sugestivo e a mais nova arregalou os olhos, ficando corada com as palavras.
— Lee Hyunjin.
— Lee Soojin.
Os dois se entreolharam, mas acabou quebrando o contato com os gritos animados dos par de gêmeos.
— Eu acho que já está na hora desses garotos dormirem. — Felix comentou cutucando o esposo. — Já cantaram, gritaram, brincaram... Então está na hora de vocês nanarem. — Disse com os meninos, esses que o olhavam atento e sorrindo banguela. — Não sorriem desse jeito, senão o papai não resiste. — Continuou a brincar com os filhos, ao mesmo tempo os pegando no colo, juntos. — Papai morde. — Murmurou cheirando os dois pescoços alvos e com cheirinho natural de cada uma, laranja e limão.
— A cerejinha se sente deixada de lado. — A mais velha reclamou baixinho e os adultos a olham. — Quem era que abria a boca para falar que já é adulta e...
— Tá bom, tá bom, eu já entendi. — Bufou. — Eu só aceito isso, porque são eles, e ninguém resiste as cópias de Lee Felix.
— Okay, nós já vamos fazê-los dormir então.
— Boa noite, papai. — A menina beijou a bochecha do pai ômega. — Boa noite, meu velho. — Repetiu o mesmo ato com o alfa pai. — Boa noite, meus gorduchos.
— Não durma tarde, amanhã cedo você trabalha.
— Nem converse muito com Shuhua.
— Okay, okay, até amanhã.
— Te amamos.
— Eu também. — Disse ao que mandava beijo no ar para os mesmos.
Os pais viram a filha ir para o corredor do quarto e em seguida seguiu para pôr os mais novos para dormir. Após trocarem as fraldas cheias, Hyunjin amamentou um pouco mais, colocaram no berço e deram o bico para cada um, embalando os berços por alguns minutos até que dormissem.
— Banho? — Hyunjin perguntou, abraçando a cintura estreita do mais baixo, colando os corpos, assim como deixando uma fungada na curva do pescoço alvo.
— Depende... — Felix disse malicioso e o antigo loiro riu.
— Safado! — Hyunjin afastou-se o suficiente para beijar os lábios cor de pêssego do marido. Um beijo rápido, um simples encostar de boca, um petisco para mais tarde. — Vamos. — Ambos saíram do quarto e seguiram para o próprio cômodo, rindo baixo e trocando sussurros brincalhões com uma pitada de malícia.
아홉
Algumas semanas depois...
De frente para o fotógrafo, vulgo pai alfa, Soobin e Yoobin estavam sentados em um pano de cor branca com leve transparência e suas fantasias de leões.
Eles estavam na parte do fora da casa, um lugarzinho que resolveram enfeitar com coisas do tema que o ômega mais velho escolheu. Um painel - com balões nas cores branca, amarelo, verde e marrom em forma de arco - com seus nomes, alguns adesivos do desenho infantil e o número 9 também de balão inflável estava posto no meio.
Hyunjin optou por ser bem simples, somente para registrar aquele momento, tanto que quem estava ali só se encontrava o próprio, Felix, Soojin, Shuhua e os aniversariantes do mês. Como Felix entende de fotografia, ele faria uma espécie de book, assim como fizeram no primeiro mês dos bebês.
No chão - e de frente para os gêmeos - havia um bolo, também temático da animação infantil, destruído. O ômega que fez e riu quando os próprios filhos atacaram a mão com tudo na massa redonda e recheada, acabando com a decoração caprichosa do ômega.
Eles se lambuzaram todos. Sujaram as roupas, o pano no chão, aproveitaram para provar e também para esfregar a irmã e o namorado, esses que riram e fizeram palhaçada para os dois, que gritavam animados. Foram fotos e fotos até se cansarem, já que fazia um bom tempo que estavam ali.
Tiraram foto em família e postaram nas redes sociais, recebendo muitos corações e elogios.
Foi um dia reprodutivo, principalmente para as minis cópias de Felix. Soobin e Yoobin se divertiram tanto ao ponto da energia acabar às sete da noite, após um banhozinho e o bucho cheio, que eles acabaram dormindo no trocador.
Uma semana depois do mêsversário, Hyunjin passou a sentir o início do cio. Um calor a mais, agitação, um pouco de possessividade, oscilação de humor e excitação, todos os sintomas instáveis, ora leve outrora alta, mas era o suficiente para saber do que se tratava.
O ômega, no momento atual, tomava uma ducha fria em plena 23:43 da noite. O calor estava absurdamente irritante, o corpo quente e sensível, clamando por um toque, um específico toque de seu marido.
Seu ômega pedia para sentir as mãos em si, a boca, o cheiro mentolado com um suave aroma de chocolate. Simplesmente queria seu alfa ali, mas o mesmo estava terminando um projeto
Felix precisava entregar o projeto até às sete da manhã do dia seguinte. O alfa estava trabalhando, desde às duas da tarde, parando de vez em quando para dar atenção aos filhos, esses que estavam mais grudados e mimados com o pai alfa. Por sorte, Felix tinha dado boa parte do trabalho para sua equipe na empresa, o que o deixou menos atarefado, pois com certeza, se ele não dormisse, a enxaqueca diria olá. Um mal do marido.
Por esse motivo, o ômega não quis chamá-lo, mas ele sabia que não demoraria para que o mesmo pudesse sentir seu ômega chamando-o.
Hyunjin respirou profundamente, grudando a testa sobre o azulejo frio e molhado do box do banheiro ao que fechava os olhos e mordia o lábio, sentindo o lubrificante natural escorrer por suas coxas.
Lentamente, o ômega pousou uma de suas mãos no peitoral úmido, acariciando os mamilos com o indicador e polegar, apertando-os e soltando suaves gemidos. O mesmo ficou estimulando os próprios até vagarosamente descerem os dedos por sua barriga, parando sobre a rasa e fina cicatriz, deixando um carinho na região, logo sentindo a expectativa tocar-lhe e ele agarrar seu próprio pênis. Ereto e excitado.
Um audível gemido escapou de seus lábios carnudos, seguido de um suspiro dengoso. Sem esperar, a mão passou a movimentar-se de baixo para cima, ou vice-versa, começando o processo de masturbação.
Hyunjin pressionou o dedo sobre a glande, colocando certa pressão na região sensível e gemeu alto, jogando a cabeça para trás com a respiração ofegante. O antigo Hwang mordeu o lábio inferior, acelerando o movimento da mão sobre si ao que também sentia se contorcer internamente, anunciando que gozaria em breve.
Dito e certo, com mais algumas subidas e descidas, o atual moreno gozou sobre as falanges, abdômen e a parede à sua frente. Um instante de alívio se apossou do seu corpo, fazendo o mesmo se apoiar na parede para não cair. Não foi intenso, mas a sensibilidade e o cio o deixava sem forças, porém a sensação era boa.
— Eu queria ter participado. — Hyunjin tomou um susto com a voz repentina e olhou na direção, reparando somente agora no seu marido encostado no batente da porta do banheiro. — Mas adorei ser um telespectador. — Sorriu malicioso e se aproximando. — Agora deixe comigo, ômega, pois seu alfa irá te saciar...
Se Hyunjin já se encontrava estável, com certeza com a aparição do marido - acompanhado de um olhar quente, cheio de desejo e o aroma natural do alfa cercando todo ambiente -, o fez esquentar novamente. A respiração começou a se tornar difícil, o corpo se arrepiava só com a presença marcante do seu marido ali.
O antigo Hwang ofegou alto, quando Felix abriu a porta do box do chuveiro e invadiu o cubículo - agarrando sem cerimônia o corpo pelado e molhado -, e o beijando. O ômega suspirou contra os lábios do marido, levando as mãos até a barra da camiseta que o mesmo usava, levantando-a e separando os lábios por alguns segundos, somente para tirar o tecido já úmido do corpo alheio.
O mais menor levantou-se para suspender o corpo do esposo, colocando-o com as costas na parede e o beijando com desejo. Não era só lábios tocando, era um beijo quente, intenso e cheio de intenções. Hyunjin puxou os fios do alfa, quando este chupou sua língua, trazendo arrepios por todo seu corpo.
Felix subiu as largas mãos sobre as coxas alheias, deixando apertos por toda a carne até que chegasse a parte da traseira do mesmo, sorrindo entre o beijo ao agarrar com gosto as bandas fartas e redondinhas do esposo.
Adorava aquela parte.
— Amor. — Disse Hyunjin, separando do ósculo e ofegante encarando os olhos escuros do marido.
— Shiu. — Felix pôs o dedo indicador sobre os lábios do ômega, indicando silêncio. — Você já teve sua vez, agora é minha! — Dizia firme, apesar de que seu foco esteja em seu dedo desenhando a boca alheia.
Sem qualquer aviso, o alfa forçou o próprio indicador e o médio na boca do ômega e sorriu com os olhos lacrimejados, já que o dedo acabou tocando a garganta alheia.
— Chupe! — Mandou com um sorriso arteiro no canto dos lábios da cor de pêssego e Hyunjin fez o que foi dito.
A dominância do seu alfa, o fazia ser submisso a si, aos seus comandos e ao seu próprio corpo. Gostava da sensação. O jeito mandão, o modo bruto e a boca suja, mas ao mesmo tempo era carinhoso na cama. Mexia consigo.
Como mexia.
Felix beijou o queixo do esposo enquanto este o encarava firme, então o alfa pôs mais um dedo na boca alheia, sussurrando ao mesmo: — Chupa com mais vontade, Hyunjin. O alfa sorriu quando o esposo fechou os olhos e passou a sugar os dedos com mais força e vontade, como lhe foi ordenado.
Três dedos na boca do ômega, sendo lambido e lubrificado pela própria saliva. Ah como ver aquela cena lhe deixava duro. Felix não resistindo a felação em seus dedos, interrompeu a sucção e voltou a beijar o esposo.
Enquanto as línguas buscavam cada vez mais se tocarem, Felix impulsionou o corpo maior um pouco mais - segurando-o somente com um dos braços - e com a mão untada, o alfa levou até o meio das bandas da bunda do esposo, subindo e descendo sobre a fenda, antes de afastá-las e entrando subitamente, ao que via a reação do corpo quente reagir diante da invasão.
Gemeu longo e baixo, resmungando sobre o marido não avisar-lhe sobre isso, porém não repreendeu e sim pediu outro. Ele precisava de mais, queria mais, porque seu corpo pedia, seu ômega implorava, sua excitação queimava cada parte do seu corpo menor, e foi atendido. Como a área anal estava bem lubrificada pelo o natural do ômega, a penetração dos dedos não foi tão dolorida, pelo o contrário, ela foi rápida, indolor e fácil.
Hyunjin sentia os dedos grossos do marido o foder, acelerado e fundo, enquanto gemia ao pé do ouvido do alfa. Teve um momento que o ômega apertou as pernas ao redor da cintura do mais velho, quando sentiu-o tocar seu ponto prazeroso e ali foi focado até que o mesmo gozasse.
Felix o desceu, sem soltar, e esse sorria satisfeito.
Há quanto tempo não passavam o cio juntos? Um ano ou mais. O último cio do casal foi no período de Felix, dois meses antes de descobrir sobre a gravidez, juntando com os sete meses de gestação, o mês de resguardo e mais os meses de vida dos filhos... Faz um ano que não tem o cio, o seu cio.
Na gravidez dos gêmeos, o alfa até teve os cios, mas ele preferiu cortar com o supressor, isso juntamente dos dois cios perdidos do ômega, esse que por ser uma coisa natural, não teve sequer sintomas.
Sexo era normal para si e o marido, para qualquer casal, mas o cio não. O cio, apesar de ser um período só carnal e hormônios, ele aproxima mais o elo de um casal enlaçado, onde se pode marcar e ser marcado, que pode deixar seus instintos no comando e aproveitar o mais puro e intenso sexo selvagem, além das chances de gravidez serem maiores, bem maiores.
O mais novo virou o corpo de costas para si e passou a mão sobre os braços, peitoral, abdômen e coxas do mesmo, apertando as falanges por onde passava, observando a pele ficar marcada.
— Me diga, meu ômega... O que você quer? — Perguntou rente ao ouvido alheio, recebendo um murmúrio. — Diga mais alto, Hyunjin! — A voz mais rouca e dominante fez com que o esposo se arrepiar por inteiro.
— Você, Felix, você! — Quase gritou ao sentir um tapa forte em sua coxa. — Amor... — Gemeu manhoso.
O alfa sorriu satisfeito e sem pressa - ou querendo atiçar - o ômega, ele iniciou beijos castos por todo seu corpo, começando pelos pés. Algumas mordidas fracas deixada na derme bronzeada, arrancando suspiros baixos e excitantes do mais novo. O antigo Hwang agarrou os braços ao lado do seu corpo nu, sentindo a boca do próprio marido maltratar a sua, após a sessão de beijos.
— Lixie, não me torture. — Pediu o maior, ofegante. Uma pontada no ventre, acabou por assustá-lo e fazer um gemido alto e doloroso lhe escapar. — lixie. — Manhou, trazendo o corpo úmido e ainda de roupa, junto ao seu e agarrou-lhe pela nuca, beijando-o.
Lee não protestou ou impediu, muito pelo contrário, ele retribuiu da mesma forma. As bocas buscavam o máximo de contato, assim como suas mãos em seus corpos. Hyunjin desgrudou os lábios de Felix, levando sua mão - pouco trêmula em desejo e pressa - até o cós da bermuda moletom que usava e a descendo.
Sorriu satisfeito ao ver o membro teso do marido. Mordeu o lábio, sentindo a boca encher d'água com a visão do alfa nu. Ele tinha sorte, com certeza tinha. Felix vendo o olhar cobiçado do esposo para si, maliciosamente o olhou e sem dizer de nada, virou seu corpo para o box de vidro do banheiro, juntando suas mãos e levando até o topo da cabeça, passando beijar a nuca, ombros ao mesmo tempo em que simulava uma estocada.
— Lee... Por favor. — Implorou necessitado e o mais novo fez o mesmo movimento, lhe tirando outro arfar. Sensível.
Felix beijou-lhe atrás da orelha, reparando que se arrepiou com o ato e assoprou uma risada, antes de reparar que o aroma de morango e coco tornou-se mais forte e chamativo. — Que cheiroso. — Elogiou fungando o pescoço bronzeada, em seguida lambeu a marca.
Hyunjin sentiu seu corpo tremer de tesão.
— Parece tão preparado, amor... Molhadinho. — Disse o alfa. — Tão pronto para me receber... Você quer? — O ômega mordeu o lábio inferior e assentiu. — Eu não ouvi. — Falou ao que deixava um aperto em sua cintura delgada.
— Quero, Felix, eu quero.
— Bem melhor. — Sussurrou e passou a ponta do nariz nos cabelos molhados e com o cheiro artificial do shampoo.
Felix começou a distribuir pequenos selares nos ombros - muito largos -, assim como passeava uma das mãos pela lateral do corpo maior. Os dois completamente molhados, os dois excitados e seus feromônios bem marcantes. Atração e território.
A respiração do ômega acelerou, quando sentiu o pênis do marido roçar na sua entrada. Precisava senti-lo. O antigo descolorido prendeu a respiração por alguns instantes ao ter a pressão maior em seu ânus. Felix começava a invadi-lo. Hyunjin arranhou a parede com a invasão - levemente dolorosa -, e murmurou inquieto.
— Lixie, vá mais rápido. — Pediu ofegante.
— Não quero te machucar, bebê. — Sussurrou e o ômega bufou.
— Eu não quero delicadeza, Lee, eu preciso de mais. — Praticamente rosnou. — Por favor... Felix! — Gemeu alto e surpreso o nome do marido.
— Você que pediu. — Retrucou parado, mas estava tão difícil para o próprio, como para o esposo, Felix distribuiu alguns selinhos na nuca e ombros do ômega, esse que não demorou em pedir que continuasse.
O mais novo passou a se mover devagar. Hyunjin apoiou a testa úmida na parede fria e escorregadia, soltando rápidos suspiros toda vez que o alfa saia e entrava de maneira lenta. Hyunjin gemia baixinho, pedindo para ir mais rápido, o que o marido atendeu.
O ômega sentia cada parte do seu corpo em combustão. Quente e querendo por mais. Mais de seu alfa. Felix entrelaçou seus dedos enquanto beijava a parte de trás da orelha do esposo, aproveitando para elogiá-lo e provocá-lo também. Hyunjin jogou a cabeça para trás, pousando no ombro do mais alto ao que sentia-o entrar e sair, agora de forma funda.
O antigo Hwang mordia o lábio inferior tentando não gemer tão alto, pois não estavam sozinhos. Uma estocada mais forte fez com que Hyunjin arfasse diante da brutalidade do marido.
Seu corpo borbulhava em desejo.
Quando foi a última vez que transou dessa forma com o marido? Impetuoso, abrasador e dominante. Todo seu corpo tremia, seus pelos se eriçaram, o lubrificante natural descia por sua coxa, misturando-se com as gotas de água do seu corpo.
— Amor. — Manhou o nome do alfa, quando sentiu as cócegas no ventre, anunciando que seu orgasmo estava próximo.
— Está apertado. — Disse o mais novo, sentindo a pressão em pênis. Morno e deliciosamente apertado.
Ele também estava quase no seu limite. Ver seu ômega tão entregue para si, vendo a satisfação em seu rosto e sua boca levemente inchada pedindo por mais. Hyunjin se tornava insano nesses períodos, quase que insaciável e muito safado. Lee gostava do seu lado.
— Lixie. — Murmurou chamando o alfa. — E-eu estou quase lá. — Disse entre os suspiros ofegantes. Alertou rapidamente ao sentir as pernas mais bambas, o pé da barriga apertar e o coração acelerar, antes de sua visão escurecer por alguns instantes e em seguida minúsculo pontos brilhantes aparecer.
Sem forças nas pernas e sensível, o ômega foi segurado pelo o alfa, ainda escorada na parede úmida e fria. Sua entrada estava sensível, e cada gemido manhoso que o escapa de seus lábios carnudinhos a cada estocada que seu marido lhe dava, o deixava com leve dor no meio da bunda, porém nada muito incômodo e isso seguiu após alguns movimentos do mesmo, até que sentiu o líquido viscoso o invadindo e o seu nome sendo gemido baixinho ao pé do ouvido.
Hyunjin murmurou algo inaudível quando sentiu-se vazio, porém logo foi substituído por um sorriso ao que teve seus lábios beijados, amorosamente.
— Obrigado. — Disse o ômega entre o breve beijo.
— Eu te amo, bebê. — Devolveu o alfa.
— Eu também te amo, amor. — Trocaram um selinho.
Hyunjin abraçou o pescoço do marido, beijando sua boca com ternura e amor. Seus lábios se mexiam lentamente, apesar de minutos atrás eles estarem totalmente envolvidos no desejo, e seus dedos acariciavam os cabelos da nuca do alfa enquanto as de Felix estavam pousadas na cintura delgada.
— PAI, OS MENINOS ESTÃO COM FOME. — O grito repentino assustou os progenitores, que se separaram e olharam na direção da porta. — PAI? — Voltou a gritar a ômega ao não ter resposta. — MEU VELHO, O SENHOR MATOU O PAPAI?
Os mais velhos começaram a rir da filha, negando com a cabeça. Somente a filha deles faria esse tipo de coisa.
— ESTAMOS INDO. — Lee gritou de volta, roubando um selinho do esposo. — Vamos tomar banho e ver nossos meninos enquanto ainda está sob controle.
O casal tomou um rápido banho e puseram um roupão, antes de seguir para o quarto dos filhos caçulas. Hyunjin amamentou uma de cada vez, trocando as fraldas e os pondo para dormir em seguida. A onda de calor do atual Lee veio uma hora depois e novamente o alfa foi o satisfazer, sendo o resumos dos cinco dias de cio do ômega.
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