extra 03 . 8 semanas
Hyunjin já estava no seu segundo mês de gravidez.
Após a notícia dada sobre a gravidez, a vida seguiu seu ritmo.
O dia depois do casal dizer aos pais do ômega sobre a vinda de mais um neto - e a filha espalhar para Deus e o mundo -, o alfa e ômega conversaram com os amigos, esses que no outro dia invadiram a casa deles em plena manhã, querendo saber da boas novas.
O ômega disse como tudo aconteceu até descoberta, assim como ficou chateado com a filha por ter os contato, pois queria fazer surpresa para eles. Nesse mesmo dia, Hyunjin recebeu felicitações dos sogros, esses que também ficaram muito felizes com a notícia da vinda de mais de um herdeiro dos Lee que estava a caminho.
Com dois meses completos, a barriga antes lisinha do dono do aroma de morango e coco, está pontudinha. Ainda passava despercebido dos olhos alheios, mas para quem já sabia e convivia com o futuro papai de segunda viagem, a protuberância já se fazia presente.
Felix, dias atrás, até mencionou que a barriguinha do esposo estava maior do que quando estavam esperando Soojin.
Na gravidez da menina, a barriga do ômega veio aparecer nitidamente após o terceiro mês de gestação, tanto que as pessoas nem sabiam da espera do bebê - na época -, a não ser pelo o aroma do ômega que ficará mais doce.
O ômega também percebeu o ventre mais avantajado, não estranhando muito, pois cada corpo reage de uma forma diferente.
Agora quem estava boba com tudo é a adolescente, todo dia ao chegar da escola ou do curso, a ômega chegava falando pelos cotovelos sobre o sexo, o quartinho do irmão ou irmã, se além de ser irmã também seria a madrinha.
Um poço de nervosismo e ansiedade que trazia risadas ao casal.
Tirando que a novidade foi vista de boa maneira por todos, Hyunjin e Felix seguiam suas vidas normais, sem se precipitar com a gravidez do ômega. Agora que estão maduros o suficiente para cuidar de um próximo bebê e tem uma base forte para saber o que irão passar, eles não tinham preocupação em relação a isso, levando em conta que já são pais de uma adolescente quase adulta.
No momento atual, Soojin mostrava-se animada mostrando algumas imagens de quarto infantil para o pai alfa pelo celular, o que fazia o mais velho a encarar risonho, apesar de estar muito ocupado com os afazeres.
— Se for menina, eu acho que um lilás seria lindo, tipo... Vai fugir do costumeiro rosa e tals. — A menina revirou os olhos diante da fala. — Imaginca lilás e branco? Minha irmã iria adorar! — Pulou animada e Felix acenou.
Era sábado de manhã e o alfa preferia aproveitar do que está no trabalho, ainda mais dentro de casa, mas ele optou por trabalhar em home office querendo se desprender dos ternos da empresa e da pressão do pai e colegas, além é claro que também ficaria mais perto do esposo e filha, ajudando nas tarefas de casa.
Hoje é um exemplo.
Hyunjin estava no seu curso preparatório de confeitaria básica enquanto o alfa trabalhava no próximo evento da empresa da família.
— Ah, olha esse! — Virou o aparelho celular para o 'seu velho' animada. — Achei esse tema super fofo.
Felix queria interromper a filha, mas a empolgação da mesma o fazia hesitar em tentar pará-la, mesmo que o trabalho fosse para está pronto amanhã para poder o presidente - seu pai, no caso - ler e estudar sobre o conteúdo posto e poder aprovar o que será publicado.
— Papai já está com dois meses, então daqui mais algumas semanas podemos saber o sexo. — A adolescente comentou pensativa ao que segurava o queixo com o indicador e polegar demonstrando concentração no que pensa. — Temos que fazer algumas reformas em um dos quartos de hóspede.
O moreno suspirou baixo, fechando os olhos ao sentir uma pontada forte na cabeça. Sua enxaqueca estava dizendo olá.
— Eu vou pesquisar algumas coisas para podermos fazer no cômodo do bebê para que não o prejudique. — Afirmou e seguiu tagarelando, não se dando conta do atraso que daria ao progenitor.
Felix amava a filha, isso é nítido, mas tinha momentos - como aquele - que o mesmo tinha vontade de estapear a menina.
Ai minha cabeça.
Do outro lado da história, Hyunjin fazia aula prática com seus alunos.
Pela manhã - um parte dela -, o ômega deu aula teórica sobre temperagem, o que consiste em esfriar o chocolate até uma temperatura adequada para preparos de "cascas" de chocolate, comum em bombons trufados ou comumente usado em confeitaria fina.
O ômega ensinou duas formas, as mais fáceis ao seu ver, apesar de existirem outras técnicas. Uma delas é o de pôr o chocolate recém derretido sobre o mármore frio, iniciando o processo de esfriamento.
Para ampliar o conhecimento dos seus discentes, Hyunjin mostrou o ponto errado e ponto certo da temperagem, logo após demonstrando em formas de barras.
Ele pôs as duas formas de temperagem em um forma de plástico e em seguida colocou as mesmas no freezer, aguardando por cinco minutos e as tirando após o tempo determinado.
De um lado, Hyunjin pegou uma das barras e de início pôde ver o derretimento dela em seus dedos, ou seja, em vez de quebrá-la, o chocolate melou seus dedos e se desfez. O mesmo deu breve explicação e seguiu para o outro, não tardando em fazer o que fez no anterior, diferentemente havendo um resultado positivo.
O som do chocolate quebrando-se em uma crocância audível, revelava aos alunos a importância daquele sonoro.
Depois de mais algumas dicas, a aula explicada foi posta em prática. Alguns tiveram dificuldade, a qual o ômega não hesitou em ajudá-los, já outros conseguiram e até mesmo ajudaram aos colegas.
No final, a aula mais uma vez foi um sucesso e o ômega Lee sorriu satisfeito, tempo depois arrumando a bagunça feita enquanto esperava a próxima turma.
E assim se repetiu mais uma aula do antigo Hwang.
[...]
Assim que o ômega chegou em casa, o mesmo estranhou a casa em silêncio.
Tannie não havia o recebido com latidos e pulos saltitantes, Bae não havia miado e esfregando-se em sua perna, sua filha não estava na sala como de costume e seu alfa não estava fazendo a janta.
— Que estranho. — Comentou ao que colocava o par de sapato no canto da porta e olhava ao redor. — Soojin? — Chamou, mas não ouviu nada. — Amor? — Tentou ter alguma resposta do marido e preocupou-se, logo caminhando para o andar de cima.
O ômega subiu rapidamente as escadas, abrindo a porta do quarto da adolescente, esse que se encontrava vazio.
— Mas será possível. — Resmungou e foi até o quarto, aliviando-se quando sentiu o aroma do alfa ali. — Por que raios essa casa está em silêncio? — Indagou ao mesmo tempo em que abria a porta, deparando com o esposo deitado na cama acompanhado dos dois animais, igualmente dormindo.
Hyunjin adentrou o cômodo, aproximando-se da cama e encarando o rosto anguloso e maduro levemente contorcido.
— Lixie? — Tocou-o cuidadosamente para não assustá-lo, aproveitando para sentar-se no pequeno vão ao lado do alfa. — O que houve? Está ruim? — Perguntou, quando este o encarou de olhos semicerrados.
— Estou com enxaqueca. — Murmurou e o ômega suspirou.
O marido sempre teve problemas com essa dor de cabeça insuportável, chegando a ser levado ao médico para tomar remédio na veia para ter algum resultado, já que os orais e líquidos - chás caseiros - não resolviam.
— O que aconteceu? — Questionou passando a ponta dos dedos na bochecha alheia, preocupado.
— Trabalho e a minha cerejinha. — Respondeu segurando a mão que fazia carinho em seu rosto e levando-a até sua boca, deixando um beijo carinhoso na palma do mesmo. — Soojin está tão empolgada com a sua gravidez que não para de falar e hoje ela me veio com ideias de quarto. — Até a voz do alfa havia ficado mais mole e cansada. — Eu tinha muito trabalho e acabei não terminando, porque ela estava muito empolgada e não queria desanimá-la.
— Felix...
— E meu bebê, como ele está? — Perguntou pousando a outra mão livre na barriga do esposo, sorrindo levemente.
— Acredito que bem. — Respondeu sorrindo ladino e suspirou. — Mas o pai dele não está, não é mesmo?!
— Vou ficar.
— Eu sei que sim. — O maior abaixou-se até o rosto alheio, dando-lhe um selinho rápido. — Já comeu alguma coisa ou bebeu algum remédio?
— Só o remédio.
— Eu vou tomar um banho e depois vou preparar algo leve para você, certo?! — Disse já se levantando e o alfa concordou de olhos fechados, até a claridade do quarto incomodava seus olhos.
O ômega foi até o banheiro - depois de guardar suas coisas - no caminho tirando suas vestes e jogando as mesmas no cesto de roupas sujas, em seguida entrando no box do banheiro.
A água fria lhe arrancou um suspiro baixo e aliviado o fazendo sorrir levemente quando focou na barriga pontudinha e deixou um carinho na região. Após lavar as partes íntimas, o ômega decidiu não prolongar o banho e saiu do chuveiro, enrolando a toalha na cintura ao sair do banheiro, já que esse estava de porta aberta.
— Bae, saia de cima dele. — O atual moreno brigou com a gatinha, essa que o ignorou e deitou-se no tronco do alfa. — Mas que ousada, ele é meu travesseiro e não seu. — Murmurou ao que se aproximava da cama. — Saia, Bae. — Tentou expulsar a felina, mas a gata somente ronronou.
— Deixe-a, Hyun. — Felix disse com um dos olhos aberto na sua direção. — Ela está carente.
— Ao que parece o Kami também. — O mesmo recrutou ao mirar o cachorro deitar o focinho na coxa do focinho. — Aproveitem bem, pois daqui a pouco já os tiros daí. — Ameaçou e Felix soltou um riso anasalado. — Mudando de assunto, cadê Soojin? Ela não está em casa. — O dono de aroma cítrico perguntou mais sério.
— Saiu com os amigos para uma festa de aniversário, daqui a pouco chega. — Respondeu. — Não se preocupe.
— Certo. — Ele deu de ombros e deu as costas para o alfa, caminhando até o closet. — Ela não me falou sobre isso. — Murmurou e assim que pegou a de suas cuecas da gaveta, o mesmo desfez da toalha, não incomodando-se de ficar pelado na frente do marido.
Felix fitou na direção do esposo, observando vestir a cueca, mas sem malícia, apesar de ter um olhar de admiração nas orbes escuras sempre que o ver.
— A verdade é que eu queria me livrar dela, por um tempinho, por isso não vi o porquê de não deixá-la ir. — Replicou calmo.
— Também não vejo, mas gosto de estar a par das coisas.
— Ela pediu para te avisar.
O ômega após vestir um blusão - o que particularmente gostava -, ele deixou a toalha úmida sobre o cabideiro de arame do banheiro e voltou para o cômodo.
— Eu vou preparar alguns mistos, me deu vontade. — Disse encarando o alfa. — Quer também ou prefere uma sopa, até mesmo um lamen?
— Eu aceito os mistos, não quero dar muito trabalho. — Respondeu enquanto tirava Bae e Kami de cima de si. — Eu tenho que melhorar para terminar o trabalho, preciso entregar ao meu pai amanhã.
— Então vamos logo. — Estendeu a mão na direção do mesmo e o puxou, aproveitando para enlaçar os braços ao redor do marido. — Você tá com uma carinha tão abatida. — Disse o ômega com a voz manhosa e o mais novo riu. — Depois de comer, eu vou te mimar um pouco, okay?
— Okay.
Ambos desceram para a parte superior da casa, especificamente a cozinha, não perdendo tempo em fazer os sanduíches caseiro para comerem, algo simples, porém os deixariam satisfeitos por hora.
Como era cedo - mais ou menos às seis da tarde -, o casal não parecia preocupado com a janta, então comer alguns pães recheados com presunto e queijo não parecia ser algo ruim, de qualquer forma.
Enquanto o ômega preparava a pré jantar, Felix ouvia como foi seu dia com o curso de confeitaria, sorrindo de vez em quando para animação do esposo.
— Ela também está grávida! — Exclamou animado, quando lembrou de uma das suas alunas que também estava grávida, alguns poucos meses a mais que ele. — Você precisa ver, ela é tão fofa.
O mesmo depositou dois pratos no balcão, ambos com dois mistos e logo após dois copos de sucos de laranja natural, que o alfa havia feito mais cedo.
— Obrigado.
— De nada, amor. — O ômega piscou na sua direção, já mordendo o pão em seguida. — Mudando de assunto, mas nem tanto... Na próxima semana, tirando essa que vem, será o primeiro ultrassom, quer ir comigo?
— Ainda pergunta? — Recrutou, fingindo-se indignado com o questionamento do marido, esse que riu.
— Eu imaginei que diria isso, mas eu também quero fazer o exame de sexagem fetal.
— Pensei que queria surpresa.
— E vai ser, quem vai saber é a Shuhua.
— Shuhua? O que tem aquela garota? — Apesar do tom sarcástico, Hyunjin sabia que o marido não tinha essa implicância tanto com a garota.
— Eu quero fazer o chá de revelação, mas não queria um dos meninos ou nossos pais para dizer, e entre escolher Shuhua e Soojin, a opção é óbvia. — O ômega recrutou com a sobrancelha arqueada e o alfa não pode deixar de concordar. — Eu terei dez semanas completa, então dá para fazer. — Os dois comiam sem pressa enquanto conversavam sobre a futura ultrassom.
Depois de lancharem e o alfa lavar o que sujaram, o casal subiu para o quarto a fim de deitar-se, mas não antes de o ômega dar um remédio para dor ao marido.
Agora com os dois na cama abraçados e assistindo a um canal de entretenimento, o alfa e ômega conversaram até que ouviram um leve bater na porta do quarto, logo avistando a filha.
— Oi papai. — Acenou entrando no cômodo.
— Oi, meu amor. — Hyunjin sorriu levemente, ainda abraçado ao marido. — Como foi a festa?
— Só tinha crianças, então muito barulho. — A menina fez careta e os dois sorriram diante disso. — Mas a parte boa é que as comidas estavam muito boas.
— Pensei que seria uma festa de aniversário de algum colega seu e não de crianças. — Felix comentou curioso.
— E era, quer dizer, na verdade da irmã desse nosso colega, uma garotinha fofa de seis anos. — Respondeu e suspirou cansada. — Eu vou tomar um banho e tomar um remédio para dor, então boa noite meus velhos. — Beijou os progenitores e saiu os deixando a sós novamente.
— Acho que agora podemos dormir, não é? — Hyunjin questionou e o alfa assentiu. Eles só estavam esperando a filha chegar para que pudessem dormir
"섯"
Mais alguns dias passaram e com eles a ansiedade. O tão esperado dia da ultrassom chegou, assim como a adolescente parecia um poço de nervosismo que nem os pais estavam.
— Vamos logo, pai, que lentidão é essa?! — Disse e o alfa mais velho suspirou.
— Acalme-se Soojin, o hospital não vai fugir. — Hyunjin falou para filha, um tanto irritado. — Não nos apresse, ainda falta mais de uma hora. — Disse por fim.
Hyunjin gostava sim da animação da filha em relação ao bebê, mas às vezes a menina exagerava nessa empolgação, o que deixava o ômega irritado. Ou seria os hormônios dando suas primeiras aparições?
— É que eu estou ansiosa e nervosa, é a primeira vez que vamos ao pré-natal.
— As vezes acho que você está grávida ao invés de seus pais. — Shuhua chegou na sala e todos o encararam. — Bom dia.
— Bom dia. — Hyunjin respondeu de mal humor. — Eu até perdi a fome.
— Nada disso, você vai comer. — Lee disse abraçando a lateral do corpo menor e já com evidências de sua gravidez. — Soojin, por favor, não apresse seu pai, certo?! Ele não pode se estressar muito. — O mesmo falou fitando a filha. — Vamos tomar café e depois iremos.
— Tudo bem, eu estou exagerando. — No final, concordou e os dois adultos e os mais novos passaram a tomar um café da manhã.
Após o desjejum, todos se dirigiram para o carro do alfa, a caminho do hospital de obstetra e pediatra.
O casal e a filha era normal comparecer ao médico, mas o namorado não, porém pela conversa de dias atrás, o mesmo seria o que receberia a notícia do sexo do bebê.
Hoje seria a primeira ultrassonografia do bebê, saber sobre sua atual condição, também sobre as vitaminas, cuidados e tudo que precisavam saber em relação.
Minutos depois, o carro estacionou em frente ao hospital e ambos caminharam-se até a parte interna, sentindo o ambiente friozinho devido o ar-condicionado, o cheiro de álcool, algumas pessoas sentadas esperando seus parentes, alguns enfermeiros de um lado para outro e algumas mulheres - de vez em quando - limpando a recepção.
Os quatro seguiram direto para o balcão de informações, dando o nome do paciente e sendo encaminhado a sala em seguida.
Felix e Hyunjin estavam de mãos dadas enquanto conversavam, Shuhua e Soojin seguiam da mesma forma, porém Soojin estava nervosa com a consulta.
— Com licença, doutora Kim. — Hyunjin depois de dar dois toques na porta, ouviu um entre e deparou-se com a obstetra que lhe foi resignada.
— Bom dia, senhor Lee, entre. — Disse simpática e sorriu para o casal. — Eu sou a médica que cuidará da sua gravidez, Kim Yoona.
— É um prazer conhecê-la. — Cumprimentou-a educado. — Essa é minha filha e sua namorada
— Certo. — A mesma sentou-se na cadeira atrás de sua mesa. — Sentem-se, por favor, nós vamos conversar algumas coisas sobre os cuidados, antes de partirmos para a imagem, certo?
— O que preferir.
Assim como o casal ouviu na primeira gravidez, anos atrás, eles escutaram novamente da médica em sua frente, mas mesmo que tenha escutado e já tenha passado por um período de gestação, não evitaram perguntar algumas coisas.
Foi um pouco mais de meia hora ouvindo a mulher os instruir e recomendar todos os cuidados, antes de mandar o ômega tirar a parte de cima da roupa e deitar-se na maca.
— Ansioso? — Perguntou passando o gel no ventre pontudo e encarando aos genitores.
— Não muito, mas já nossa filha... Não podemos dizer o mesmo. — Felix apontou com a cabeça para a adolescente, essa que roía as unhas em nervosismo.
— Ela parece bem ansiosa. — Riu levemente a médica, à medida que ligava o aparelho e posicionava o sensor do ultrassom no ventre do ômega. — Um sexo específico?
— Não importa muito, mas queremos um garotinho. — O alfa respondeu a mesma, essa que sorriu.
— Bom, anteontem fizemos o exame de sexagem fetal, então daqui um pouco mais de uma semana saberemos se esperam um menino e uma menina. — Disse começando a movimentar o objeto sobre a barriga alheia, trazendo atenção de todos para a telinha em preto e branco. — Mas como instruído, não saberão, mas quem será responsável por receber?
— Shuhua.
— Shuhua? — Soojin perguntou confusa e encarou a namorada, esse que sorriu e deu de ombros. — Por que?
— Olha só, encontrei-o. — A médica chamou atenção dos mais velhos e o casal encarou firmemente a bolinha mais evoluída, um pouco mais branco. — Pelo que vejo, o seu crescimento está normal e o peso está tudo dentro dos conformes. — Soojin aproximou-se tentando ver alguma coisa, mas não conseguia enxergar nada.
— É tão pequeno. — Shuhua comentou sorrindo e olhou para os pais da namorada, os vendo de mãos entrelaçadas ao que encarava a tela.
— Onde ele está? — Soojin perguntou ao mesmo e ela revirou os olhos. — Não vejo nada.
— Aquele pontinho mais branquinho é o bebê, sua insensível. — a universitária apontou e a menina cruzou os braços empurrada.
— Vamos ouvir o coração?
— Por favor. — Felix falou ainda de olho na tela.
A médica foi até o botão de volume e aumentou o suficiente para que pudessem ouvir. O tum tum baixo e confortável de se escutar, trouxe lágrimas aos olhos do ômega.
Lembrou a primeira vez que ouviu o coração da sua menina, o que fez o mesmo virar na direção da mesma, ao que parece Felix também pensou o mesmo.
— Acho que me apaixonei. — Hyunjin comentou sorrindo para o marido.
— Tem algo estranho. — A médica comentou ao perceber que o ritmo do coração parecia mais alto e desengonçado ao mesmo tempo.
— O que tem? — O ômega logo se preocupou e fitou a mulher.
— Espera um segundo, por favor. — A obstetra aproximou-se mais do aparelho, simultaneamente rodeando o objeto de sensor sobre a barriga fofa do ômega.
Em silêncio, a mulher procurava algo de errado, o que deixou todos aflitos por sua falta de resposta até que um sorriso incrédulo surgiu em seus lábios pintado de rosa claro e um gloss por cima.
— Agora está explicado.
— O que foi? Tem algo de errado com o bebê? — Soojin perguntou apreensiva, chegando-se até os genitores, esses que pareciam tensos.
— Não, era só um pequeno desatento meu ou ele não queria ser encontrado. — Comentou e todos a olharam confusos. — Senhores Lee, meus parabéns... Estão esperando gêmeos.
Assim que a palavra gêmeos saiu dos lábios alheios, o casal se entreolhou surpreso. — Gêmeos? — Os dois indagaram ao mesmo tempo.
— Sim, gêmeos ou gêmeas, quem sabe. — Brincou e logo os casados se abraçaram comemorando.
— Meu amor, nós estamos esperando dois bebês. — Felix disse abraçado ao corpo maior e depois beijou seus lábios em felicidade, mas logo suas atenções foram Shuhua, que falava rindo.
— Ah não, Soojin, não vai desmaiar, não é? — Questionou mesmo vendo que a menina ficara pálida.
— Não, claro que não. — Recrutou baixo. — Eu acho.
— Ela não vai ser mãe tão cedo. — Hyunjin disse rindo. — Doutora, pode nos ajudar.
— Eu já vi os pais passar mal ao receber a notícia, mas a irmã... É a primeira vez. — A mesma dizia rindo e chamando algum enfermeiro para ajudar a garota.
— Ela desmaiou quando descobriu a notícia. — Felix disse enquanto ajudava o marido a limpar-se do grude do gel e pôr a camisa. — Ao que parece, nossa cerejinha é um pouco fraca para essas coisas.
Hyunjin e Felix despediram-se da doutora, essa que recomendou o dobro do cuidado que teria, assim como avisou que mandará o resultado do exame de sangue para saber o sexo do bebê por email a garota.
Após o pequeno vexame da filha, os mais velhos rumaram para casa - sob piadas em direção a ômega mais nova - e comemoram a vinda de mais bebê, e já se pode imaginar quem espalhou aos familiares sobre a gestação de gêmeos.
Teria alguns meses pela frente.
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