broncas conjuntas 0.5
No dia seguinte...
felix e Hyunjin se encaram em silêncio, assim que seus olhos se encontram na entrada da escola da filha.
O ômega franziu a testa se aproximando. Ele lembra perfeitamente que a filha avisou por mensagem que felix não poderia ir na entrega de notas, porque trabalharia até tarde, já o alfa foi avisado que o ômega ficaria na loja para fazer os bolos do dia seguinte.
Uma mentira, claramente.
— O que está fazendo aqui? — Hyunjin perguntou, no instante que se aproximou. — Eu pensei que trabalharia até tarde...
— Hoje estou trabalhando em casa, Soojin me avisou da reunião, alegando que você não poderia vir porque ficaria na loja até tarde fazendo bolos. — O alfa respondeu calmo, apesar da seriedade na expressão e voz.
— Ela nos enganou. — Hyunjin soltou uma risada nasal, mas nem um pouco humorado
— Mentiu, você quis dizer, não é? — Recrutou e suspirou olhando ao redor, observando alguns pais entrando e indo para as salas de cada filho. — É melhor nós irmos, depois falaremos disso.
— Concordo. — Assentiu e ambos caminharam para o destino. — Você parece um pouco 'pra baixo, a sua dor de cabeça não passou?
— Não muito, eu estou acostumado, mas e você? Dormiu bem ontem sem sua princesinha? — Indagou encarando o extenso corredor.
— Eu estava tão cansado que mal percebi quando dormi. — O ômega respondeu e sorriu para o mesmo, quando este lhe olhou. — Fiquei até a noite preparando algumas massas.
— Espero que não tenha saído tão tarde, não gosto de saber que fica altas horas da noite na rua. — Disse com uma leve preocupação no tom e Hyunjin o empurrou com o ombro.
— Esqueceu que sou bom em chutar?! Você me ensinou alguns golpes, não lembra? — O ômega indagou brincalhão e felix negou com um sorriso leve nos lábios cor de pêssego.
— Também me lembro de dizer para não reagir em uma abordagem, certo?
— Ei, eu não sou louco a esse ponto. — felix arqueou a sobrancelha na sua direção e o ômega fez o mesmo gesto. — Só foi ontem, tudo bem? O meu carro foi para o concerto e, provavelmente, amanhã já estará pronto.
— Você veio de quê?
— Táxi. — Respondeu simples e entraram na sala que a filha falou que iria ocorrer a reunião, da sua turma. — Não se preocupe, daqui eu já vou para casa com a Soo.
— Acho difícil.
— Boa tarde, senhor lee e senhor Hwang. — Uma ômega, alta e de cabelos longos cumprimentou os dois, que acenaram e procuraram a filha, essa que acenou animada ao vê-los juntos. — Fiquem a vontade, nós já iremos começar.
— Obrigado. — Agradeceram e caminharam até a carteira da filha.
À medida que andavam na direção da adolescente, alguns pais e alunos os encaravam e comentavam alguma coisa, que não se atentaram em prestar atenção.
— Oi, senhor felix e tio Hyun. — Jisoo acenou com a mão, mas recuou com um olhar sério de ambos.
— Olá, Jisoo, que bom vê-la novamente. — Hyunjin a respondeu gentil, mas seu olhar ficou duro quando olhou para a filha. — Seu pai não poderia vir, não é?
— Pai, eu poss...
— Em casa. — Direto e seco, que fez a mesma se encolher.
felix foi para trás da carteira e arrastou a outra para que o outro ômega sentasse. — Obrigado. — Sussurrou e em seguida sentou-se, com a postura reta e expressão séria.
Alguns minutos depois, a professora responsável deu início a reunião. De um em um, ela chamou os alunos - por ordem de chamada -, e falou de seus comportamentos e notas, o que eles tinha dificuldades até chegar na Soojin.
A ômega a ouvir o nome, se levantou e foi até a professora.
O ruim dessas reuniões, é que era coletiva, e todos ouviram sobre cada um.
— Não tenho muito o que falar da senhorita lee, ela tem notas boas, o comportamento também é, porém nesta última semana, a filha de vocês está conversando demais, com a colega de classe, Jisoo. Não entregou dois trabalhos de notas para o segundo bimestre e anda encrencando com suas colegas de sala. — Hyunjin foi o primeiro a olhar para a filha, essa que baixou o olhar para não encarar.
— Isso é porque não tinha o que falar dela. — felix comentou também encarando a filha. — Quer nos explicar, Soojin? — A pergunta séria e sua presença naturalmente alfa, fez a mesma estremecer, pois sabia que pelo o tom de voz do pai, a conversa não seria amigável. — Falaremos disso em casa, mas fique sabendo que não aceitaremos mentiras.
— Sim, pai.
— Obrigada, professora, e nos desculpe.
— Não se preocupe, ela é uma boa aluna, não dá trabalho, porém não posso mentir que esses últimos dias, os professores estão reclamando de suas conversas paralelas. — Replicou. — Suas notas são acima da média, tirando essa última semana, de restante, não temos o que reclamar.
Os mais velhos assentiram e a professora continuou sua chamada.
Seguiu-se assim, até o último da lista. A seriedade dos pais impediam dos amigos próximos da garota se aproximarem para se despedir, como sempre fazem.
O caminho até o lado de fora, foi tenso para adolescente que sabia que os pais não estavam irritados só por seu comportamento, mas também por ter descoberto seu pequeno plano.
— Entrem no carro, eu vou deixar vocês em casa. — felix disse próximo ao carro.
— Eu iria negar, mas acho que precisamos conversar com alguém. — Hyunjin comentou e olhou para a filha, que tinha os ombros encolhido. — Mas tem certeza? Você ainda está com dor de cabeça... — Falou com preocupação e felix sorriu levemente.
— Só vamos, Hyun, eu estou bem. — O alfa abriu a porta da frente do carro, dando espaço para o ômega mais velho entrar e o mesmo riu negando.
O alfa rodeou o Jeep Compass de cor preta e foi para o banco do motorista, logo passando o cinto de segurança e ligando o carro.
Soojin não falava nada no banco de trás e por mais que os pais tenham leves sorrisos enquanto conversavam, a menina sabia que aqueles risos fracos nos lábios dos progenitores sumiria assim que estivesse em casa e a adolescente já estava se arrependendo de ter escutado a melhor amiga, porque ela sabe o quão os pais odeiam mentiras.
O caminho para a casa do ômega foi tranquilo, apesar do silêncio.
다섯
felix de um lado e Hyunjin de outro, ambos em pé enquanto encarava a filha amuada sentada no sofá.
Já haviam chegado na casa do ômega há alguns minutos e a adolescente até tentou escapar, dizendo que tomaria um banho, pois estava com dor de cabeça, mas logo desistiu ao ver os olhares nada simpático dos progenitores.
— Pai, eu posso explicar. — Falou rapidamente.
— É isso que estamos esperando, Soojin. — felix disse em seu tom de seriedade. — Por que disse ao seu pai que eu não iria na sua reunião, porque trabalharia até tarde, ou melhor, por que mentiu para mim?
— Eu...
— Não só para ele, mas para mim também, Soojin! Eu tinha coisas a fazer, seu pai também, mas não pensou nisso quando mandou a mensagem dizendo que nenhum de nós iríamos, um para o outro. — O ômega tinha os braços cruzados e a expressão irritada na face.
— Eu sinto muito. — Murmurou envergonhada. — Mas...
— Não tem 'mas' e nem menos, você mentiu, Soojin! — felix a interrompeu, junto com sua raiva, o aroma também se alterou, fazendo a mais nova se encolher diante da presença alfa do pai. — Seu pai e eu não a ensinamos a mentir, ensinamos?
— Não, senhor.
— E por que nos mentiu? Deve ter algum motivo, já que ultimamente, você está se comportando de uma maneira estranha. — Hyunjin continuou firme, não se abalando por ver a filha encolhida. — E conversando durante as aulas? Faltando com suas únicas responsabilidades?
— Mas eu tirei notas boas, o senhor ouviu a professora, papai!
— Era um de seus deveres. — lee recrutou e a menina abaixou a cabeça. — Levante a cabeça, Soojin! — Mandou. — Jisoo, é sua melhor amiga, mas ainda assim te atrapalha.
— Pai! — Soojin tentou defender a amiga, mas felix lhe deu um único olhar. — Ela não tem culpa.
— E você conversou com quem, então? Um holograma? Sua professora foi bem clara ao dizer o nome dela. — Replicou. — E brigando na escola? — Voltou a indagar. — Uau, Soojin, que exemplo!
— Eu sinto muito. — Sussurrou envergonhada.
— Sentir muito, não vai te redimir. — Hyunjin tomou a vez e soltou um suspiro longo. — Eu já estou cansado de seu comportamento dos últimos dias. Esqueceu que sou seu pai? Te conheço mais que você mesma. — Disse firme e a mesma a olhou, surpresa. — Está de castigo! — Ditou e ignorou o olhar da filha. — Agora vá para seu quarto e pense no seu comportamento.
soojin olhou para os pais tentando recrutar alguma coisa, mas ela sabia que não adiantaria, então somente pegou a bolsa e sem olhar para os mais velhos, ela foi para o quarto, deixando os pais na sala.
— Acho que fomos duros? — Hyunjin perguntou ao lee, assim que a filha saiu do ambiente.
— Ela tem que dar graças a Deus que não somos nossos pais. — Replicou. — Ela está errada, Hyun, e o que podemos fazer é repreendê-la, gostando ou não.
felix levou o dedo indicador e médio até as têmporas, massageando ao sentir algumas pontadas.
— Acho que já vou indo. — Comentou encarando o ômega. — Eu já fiz minha parte, então é melhor eu ir.
— Sente-se um pouco, eu tenho um remédio bom para sua cabeça. Um minuto. — Indicou com o dedo e saiu do cômodo, deixando um alfa com olhos gentis e um sorriso bobo na face.
felix se sentou no sofá e soltou um longo suspiro.
Ele sabia que o comportamento atual da filha - assim como Hyunjin - se dava a conversa que teve dias atrás sobre ele ainda ter sentimentos para com o pai ômega dela, porém o alfa e nem o ômega gostava daquela situação, da parte de felix, ele temia que a filha falasse algo que não devia, se tentasse explicar exatamente o que estava acontecendo, achou melhor deixar a filha pensar bem nos próprios atos.
Hyunjin voltou à sala com um comprimido e água em mãos.
— Tome. — Estendeu as mãos na direção do alfa, que agradeceu sutilmente e pegou o copo de água e a pílula, a tomando em seguida.
— Espero que passe, não estou com vontade de ir ao hospital. — Reclamou. — Que saco!
Hyunjin sorriu e negou para a careta do alfa e pôs o copo na mesinha que fica no meio da sala, sentando-se ao lado dele, mas em uma distância considerável.
— Deixe-me fazer algo que aprendi. — felix, repentinamente, ficou nervoso quando o ômega se inclinou até o mesmo e pondo os dois polegares na lateral da cabeça alheia.
felix estava com os fios negros amarrado em um coque pequeno. Nos últimos meses, o alfa queria mudar o estilo, então aproveitou para deixar o cabelo crescer, o que ocorreu, de fato, já que seus fios estão longos e com as pontas levemente onduladas.
Hyunjin pressionou as têmporas do alfa, massageando com certa força. Uma técnica para alívio de dores de cabeça que aprendeu na internet. Após massagear a lateral da cabeça, ele foi para a testa, ficando alguns minutos ali e em seguida para a nuca, sempre com pressão, mas ao mesmo tempo com cuidado.
O ômega observava com atenção o alfa de olhos fechados e a boca levemente aberta, soltando a respiração suave.
O alívio de sentir aquele peso na cabeça diminuiu, consideravelmente, com a técnica que o ômega fez no alfa.
— Obrigado. — felix agradeceu ao que Hyunjin se afastou.
— De nada! — Falou espalmando as mãos na coxa e levantando-se. — Descanse um pouco mais.
— Eu agradeço a preocupação, mas eu preciso ir para casa, ainda tenho que terminar uma apresentação para o trabalho. — O alfa também se levantou e encarou o ômega por alguns segundos. — Obrigado pelo remédio e pela massagem.
— Disponha. — Hyunjin e felix seguiram até a porta, e o ômega abriu se escorando na mesma. — Tenha cuidado na volta e boa sorte na apresentação de amanhã.
— Pode deixar! — O mesmo saiu e virou-se novamente. — E você não amoleça com Soojin, ouviu?
— Qual é, lee, se formos ver quem é mais pulso firme com a nossa filha, sou eu. — Recrutou e felix riu levemente. — Agora vai logo, não fique tão tarde na frente do computador, é por isso que sua enxaqueca não para, fica apurando a vista, ela também precisa de descanso.
— Não prometo nada...
— felix!
— Boa noite, Hyun, até amanhã! — O alfa se despediu rapidamente e Hyunjin revirou os olhos.
felix abriu o portão da propriedade e a trancou, assim que saiu. O céu já estava escurecendo, poucas estrelas já se faziam presentes no alto.
O mesmo entrou no carro e logo acelerou, ainda sob o olhar do ômega, que só entrou novamente, assim que o automóvel do alfa saiu de vistas.
— Alfa teimoso. — Resmungou e foi caminhando para o próprio quarto.
Ele teria uma noite tranquila, mesmo sabendo que havia uma adolescente mal humorada no quarto ao lado.
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