ano novo, vida nova 3.5

⚠️ na versão original, dos taekook, o Taehyung faz aniversário no final do ano. pra mim não faz sentido algum mudar já que iria alterar muito o andamento e entendimento da fanfic.

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Saengil chukhahamnida...

Saengil chukhahamnida

Saranghaneun (Hwang Hyunjin)

Saengil chukhahamnida

30 de dezembro, aniversário de 31 anos do loiro e ômega mais lindo do mundo. - era o que dizia o bilhete branco que estava posto na bandeja de café da manhã que recebeu do namorado e da filha.

Papai, hoje está ficando mais velho, mas não se preocupa, o senhor continua lindo como sempre.

Hyunjin foi acordado com selares por todo o rosto. Inicialmente, ele queria voltar a dormir, tanto que deu as costas para quem quer que fosse, mas parece que não adiantou muito, pois logo sentiu um peso em cima de si e então o cheiro de cereja inundou suas narinas, o fazendo resmungar.

— Oras, papai, acorde, hoje é seu aniversário. — Disse a adolescente animada demais para as oito da manhã. — Pai, ele não quer acordar. O meu velho fez café da manhã na cama para um certo loiro, mas ele sequer acorda, que pena, acho que vou comer sozinha. — A menina perguntou em alto tom para o mais velho ouvir, esse que abriu um dos olhos e a encarou por cima.

— Soojin saia de cima dele, garota! — A voz rouca e risonha do alfa adentrou no ambiente, chamando atenção do aniversariante. — Bom dia, bebê. — Falou carinhoso e selou os lábios do namorado, esse que sentou-se na cama reparando na bandeja de café da manhã, com todas as coisas que gosta e para completar um ramo de rosa vermelha.

— Uau, tudo isso pra mim?

— Sim, papai, agora chega de charme e vamos bater seus parabéns. — A mais nova sentou-se na cama, na posição de índio e junto com Felix, que sentou ao lado de Hyunjin, acendendo a pequena vela em cima de uma fatia de bolo de chocolate com morango e coco, começando a cantar com a filha.

Soojin pegou o celular e passou a gravar o momento postando no grupo da família em seguida. A filha de ambos mexia no celular, conversando com os amigos e familiares sobre o aniversário do seu pai.

Felix pôs um morango com chantilly na boca do ômega, melando os lábios - propositalmente - do namorado e logo depois, após o loiro morder a ponta da fruta vermelhinha e azeda, o mesmo comeu a outra parte e os dois sorriram.

Hyunjin com seus fios desgrenhados, a cara inchada de sono, a boca levemente ressecada, selou a boca do alfa em um selinho longo, antes de sorrir e se afastar, voltando a comer e elogiar os dois amores de sua vida.

Depois do café da manhã, romântico e feliz, os três decidiram almoçar fora - em um restaurante 4 estrelas - e a tarde, ambos resolveram passar no shopping, seja comprando, jogando nos jogos eletrônicos, comendo uma besteira e outra e seguiu assim até o começo da noite.

Um dia antes, os amigos do alfa e do ômega conversaram e resolveram fazer uma comemoração entre eles, relembrando antigamente quando saiam todos juntos para comemorar qualquer coisa que achassem necessário.

À noite, o casal junto aos outros foram até um barzinho que costumavam ir nos dias de universitários, um lugar simples, porém modernos e cheios de lembranças.

O som ambiente tocava no local, o cheiro de bebida forte, cigarro e perfume inundava o ambiente, mas apesar do odor não-agradável, o sentimento de nostalgia inundou todos ali, e eles não evitaram de lembrar de anos atrás, principalmente Hyunjin, esse que viu um filme passar por sua cabeça.

Aquele bar tinha conversas, lágrimas, sorrisos e lembranças únicas.

Os casais - e amigos - juntaram duas mesas, ficando no total de dez cadeiras, Felix e Hyunjin, Minho e Jisung, Changbin e Jeongin, Seungmin e Chan com seus convidados barra ficantes quase sérios.

— Nossa, quanto tempo não vimos aqui? — Jisung perguntou olhando ao redor. — Anos se passam e essa breguice não muda. — Riu levemente ao abraçar o marido.

— Faz bastante tempo mesmo. — Changbin concordou. — A última vez que vim aqui, eu era solteiro e agora olha pra mim... — Apontou para si e alargou o sorriso. — Um velho lindo, casado e pai de um pitoco de gente, meu garotinho.

— Isso é bom, não? — Jeongin questionou ao alfa, esse que assentiu sorridente. — Acho bom.

— Acho que a vida adulta é mais difícil do que pensávamos. — Minho comentou pensativo. — Trabalhamos, estudamos, cuidamos da casa e temos filhos para cuidar.

— Que filho tem, Lino? Que eu saiba quem tem filhos aqui só são o Lee e Hyun, e recentemente Changbin e Jeongin . — Seungmin falou para o amigo, esse que o olhou indignado.

— Ei, eu tenho o meu bebê de quatro patas. — O ômega fez um bico dengoso e todos riram. — Seu sem coração.

— Poxa Minmin! — Hyunjin fingiu um bico decepcionado. — Como pode esquecer do Holly?

— Que mancada, Seungmin, que coisa feia. — Chan também embarcou na conversa e isso foi o suficiente para os sete começarem a provocar um ao outro, deixando os dois novos incluídos do grupo perdidos.

Hyunjin, que percebeu o silêncio dos convidados, sorriu para o homem e a mulher de forma simpática.

— Com o tempo se acostumam, geralmente eles são piores do que ver agora. — Disse para a beta e o outro alfa.

Younha, uma beta alta, magra, de cabelos longos e castanho, dona de olhos pequenos e escuros, o nariz pequeno e afilado, a boca na medida certa coberta por um gloss vermelho e com leves brilhos. A mesma parecia tímida, mas tinha um sorriso gentil.

— Seungmin me alertou, não se preocupe. — O alfa, conhecido como Jacob, um mestiço de coreano e americano de cabelos loiros e ondulado, pele bronzeada, olhos claros, alto e forte, e o aroma de alecrim era um rapaz simpático e divertido, uma combinação perfeita para o ômega gastronômico. — Aliás, meus parabéns.

— Obrigado Jacob. — Falou o ômega simpático.

— Eu queria ter trago algo, mas Chan disse que você tinha Felix e como ele é o único ricaço daqui, ele pode te dar tudo. — Younha falou e o loiro junto ao moreno encararam o beta, essa que deu de ombros.

— É mentira?

— Eu agradeço pela intenção, mas quer um conselho... Não ouça tanto, ele é pão duro. — Piscou na direção da beta fazendo a mesma rir e o beta o encarar cético.

— Ei, não sou pão-duro, eu só gosto de gastar com coisas desnecessárias. — Recrutou.

— Está chamando meu ômega de desnecessário, Chan? — Felix fingindo uma expressão raivosa encarou o amigo. — Perdeu a noção do perigo?!

Hyunjin começou a rir, sendo acompanhado pelos outros.

— Escute Younha, eu sou amigo dessa mão-de-vaca desde novo, então ele é um filho da mãe que só quer ser meu amigo por causa do meu dinheiro. — Provocou o moreno. — Acredita que os encontros que ele chamava as garotas, eu que dava dinheiro para comprar ao menos uma casquinha.

— Ya!

— Poxa, Channie, que coisa feia. — Jisung falou negando e estalou a língua. — Pobre é uma coisa viu. — Implicou brincalhão e agora o alvo da conversa foi o beta.

[...]

Na terceira rodada de bebidas, os ômegas e betas já estavam alterados e não falavam coisa com coisa.

Hyunjin brincava com os cabelos do namorado e de vez em quando mordia a bochecha alheia, sempre sendo repreendido com um olhar.

Cada um tinha suas manias quando bêbados. Minho ria abertamente e soltava olhares indecentes para o seu alfa Jisung, Seungmin contava suas piadas de tios e ria sozinho, Hyunjin ficava carente e querendo atenção e a mais nova do grupo, Younha... Chorava e ria ao mesmo tempo.

Enquanto os ômegas dançavam ao redor da mesa compartilhada, ao som da música 'Cold do Maroon 5 ft. Future', os alfas bebem um gole ou outro da bebida posta na mesa e comia uns amendoins salgados se divertindo ao ver seus namorados dançando, rindo e cantando a música tocada em pura alegria.

De repente, uma briga aconteceu ao lado da mesa deles, ativando os instintos dos ômegas e das mulheres do grupo ao ver uma ômega sendo agredida verbalmente.

— Você é uma vagabunda! — O homem, um alfa alto e forte, gritava com a mulher e agarrava no seu braço fortemente.

— Me solta, seu idiota, está me machucando. — A mulher tentava se soltar, mas não adiantava, pois o aroma do outro estava a deixando submissa. — Eu estou grávida e o filho é seu, acredite ou não.

A palavra filho atingiu Hyunjin e Jeongin e os mesmos ficaram atentos.

— Você vai tirar essa coisa de você, eu não quero porra nenhum de filho, sua puta. — Gritou a empurrando, fazendo a mesma tropeçar, mas não cair. — Eu sabia que uma pobretona que nem você, me daria dor de cabeça.

— Para de me chamar assim, seu escroto! — A mulher deu um tapa estalado no rosto do homem e tudo pareceu mudar ao redor, tornando-se tenso, quando os cincos se puseram na frente da menina.

Na mesa, automaticamente, os companheiros dos mesmos ficaram em alerta para qualquer movimento desconhecido.

— Babaca covarde. — Hyunjin murmurou meio embolado, devido à bebida. — Quem pensa que é para fazer isso?

O alfa o encarou de cima a baixo, sorrindo malicioso em seguida, fazendo Felix dar um passo à frente.

— Que nojo! — O loiro simulou estar com ânsia. — Você está bem? — Perguntou a menina, que estava sendo amparada pelos outros.

A mesma assentiu e com o olhar medroso encara o homem.

— É muito macho para bater na mulher, não é? — Minho perguntou debochado. — Vagabunda? Uau, você faz o filho nela e ela que é vagabunda?!

— Ela era uma puta, eu que salvei ela, você não sabe de nada, docinho. — Tocou no queixo do branquelo. — Quem garante que esse filho é meu?

— Problema seu, o panaca. — Seungmin chamou sua atenção. — Sendo seu ou não, você não tem o direito de humilhá-la na frente de todos e muito menos agredi-la.

— Vocês não acham que são metidos demais? — A presença do alfa se fez presente e na hora, Felix, Jisung, Changbin, Chan e Jacob se puseram atrás do seus companheiros passando a encarar o homem com um olhar matador, fazendo o mesmo recuar.

— Isso mesmo, seu covarde, foge mesmo! —Younha disse e o mesmo engoliu em seco, pegando as coisas da mesa.

— Ei, volte aqui, por que está fugindo? — Jeongin perguntou alto enquanto segurava a menina, que chorava em seus braços. — Frouxo! — Gritou.

— Ficou com medo, não foi? Que bom, porque não gostaria de ver meus golpes de Taekwondo. — Hyunjin simulou os golpes e riu. — Babaca! — Chamou ao ver o mesmo sair, correndo até o balcão do bar, possivelmente para pagar os pedidos.

Os alfas e o beta se entreolharam e negaram mentalmente para os ômegas, que insistiam em xingar o alfa e chamar para briga.

— Já está bom, gatinho, ele se foi. — Felix segurou na cintura do loiro.

— Você viu, amor? Ele fugiu assim que me viu. — O alfa arqueou a sobrancelha e assentiu. — Será que devo ir atrás dele e lhe ensinar uma boa lição? — Perguntou com os olhos da cor de chocolate brilhando em expectativa.

— Não. — Felix cortou qualquer pensamento e o ômega deu um muxoxo desanimado. — Agora vamos tomar uma água, você está bêbado.

— Que nada. — O loiro bateu no ombro alheio rindo. — Me dá um beijinho, aí eu vou. — O ômega, agora, com 31 anos fez bico. — Vamos, Lee, quero um beijinho, eu tô carente. — Afinou a voz e ficou nas pontas dos pés, fechando os olhos e mais uma vez, fazendo bico, dessa vez ganhando um selinho amoroso. — Tarado! — Disse batendo na coxa do alfa e caminhou até a mesa. — Ai ai, esse Lee é uma piada.

Após o pequeno confronto, as coisas voltaram ao normal, como se não tivesse acontecido nada.

E foi assim que a noite do dono do aroma de morango e coco terminou. Divertida e com mais lembrança guardada daquele lugar.

서른다섯

31 de dezembro, véspera do ano novo.

Faltava poucas horas para 2021 ficar para trás e dar início a mais um ano.

Diferente do natal, que foi um jantar em família, essa data seria comemorada em um luau de Busan, feita especialmente pela família Yang.

Pela manhã, Hyunjin e Soojin acompanharam a família do alfa de carro até a cidade natal do mesmo.

Depois de duas horas de viagem, eles chegaram um pouco mais de uma hora da tarde e assim que chegaram, almoçaram e foram descansar para a virada do ano.

A casa - de praia - dos pais de Felix era em uma mansão de dois andares inteiramente de vidro, grande e espaçosa. A vista da praia de frente, mostrando a beleza da natureza, junto aos últimos ajustes das tendas, enfeites, flores, tudo para a festa do réveillon de mais tarde.

Por volta das sete da noite, o casal e alguns amigos convidados acordaram, após um cochilo da tarde longo e proveitoso.

Hyunjin e Felix namoraram um pouco no banheiro, nada além de alguns beijos e carícias debaixo do chuveiro.

Às 21:34 todos começaram a se vestir para a ocasião, claro que alguns já estavam aproveitando a praia.

A lua no seu auge, as estrelas fazendo o vasto céu escuro se iluminar ao lado da grande estrela, as velas no chão e nas tendas, dando uma iluminação bonita e confortável no ambiente.

Nas tendas de madeiras, mesas e carteiras, flores ao redor, já outras mesas estavam ao ar livre, tecidos na areia clara e fria, barracas de quitutes, um bar improvisado, um palanque para o DJ contratado.

O local estava mais que perfeito.

No quarto estava Jeongin ajeitando sua blusa sobre o tronco.

Lee se vestia todo de branco. A blusa de crochê, com um abertura leve nos peitos, tendo entrelaçado do cordão frouxo e pontinhos da pele de tez clara aparecendo, a bermuda de tecido leve e claro, sendo coberto - levemente - pela blusa de manga longa. Nos pés, uma sandália de couro marrom.

Os fios bagunçados e partidos no meio, deixando partes da sobrancelhas e testa amostra. Lindo demais.

O ômega também vestia-se de branco - não por obrigação ou por ser algo típico do ano novo, mas porque queria -, só que ao invés de uma bermuda, o loiro preferiu uma calça larga de cor rosinha bem clarinho, o que se confundia com a cor branca. A ponta da calça dobrada no calcanhar, uma franciscana nos pés de tecido bege e um blusa de tecido praiano - aquelas blusas brancas que costumam usar em casamento na praia, elas são leves e soltas - de manga curta e nas mangas detalhes de dourado.

Os fios da cor do mel também foram divididos no meio, porém uma coroa de flores brancas e rosa bebê com algumas folhas verdes enfeitava. Um par de brincos de ouro branco - que ganhou no amigo oculto de uma semana atrás - , uma pulseira de bolinhas artesanal juntamente com a que ganhou do namorado e para completar uma maquiagem discreta, mas que realçava seus traços delicados.

Lee sentado na cama, esperava o ômega terminar de se arrumar. O mesmo olhava para o corpo do mesmo, pensando o quão sortudo ele era por ter um homem daquele na sua. Seu olhar era tão intenso que Hyunjin não sabia como reagir, além de ter as bochechas coradas.

— Tem algo de errado? — Perguntou o loiro, olhando-o pelo reflexo do espelho.

— Só estou pensando o quão sortudo eu sou por ter você. — Disse apaixonado e o ômega acabou sorrindo. — Você é lindo, sabia?!

— Não me deixe envergonhado, por favor. — Murmurou, virando-se e caminhando até o mesmo. — Acho que terei trabalho hoje.

— Por que?

— Aquelas suas primas estão aqui... Não gosto delas!

— Amor, não ligue para elas.

— É difícil, sabendo que elas te comem com o olhar. — Cruzou os braços e inflou as bochechas. — Mas hoje é ano novo, então nada de brigas. — Falou rapidamente e Felix sorriu. — Vamos? Eu estou pronto!

— Okay, eu só vou pegar meu casaco.

— Casaco? Por que?

— Porque eu tenho dois ômegas para cuidar e sei que se eles ficarem com frio, eu tenho que aquecê-los. — Bateu levemente na ponta do nariz do ômega, que fez uma careta para o mesmo. — Ao contrário de nós, a Soojin só está de top e uma saia longa de fenda transparente, a qualquer momento ela pode ficar com frio e não quero nossa garotinha doente.

— Okay, papai.

Os dois caminharam de mãos dadas e conversando até a praia, já cumprimentando alguns parentes do alfa e não demorando a achar a turminha deles.

A noite só estava começando.

[...]

O que significa o ano novo para você?

Para muitos é só mais uma festa. Para outras é uma passagem do ano velho para o novo, uma nova vida, uma nova etapa em suas vidas, uma passagem que daria mais uma chance para fazer aquilo que não deu de fazer no ano - entres aspas - passado.

Para Hyunjin, o ano novo é o momento em que ele olha para as pessoas que amam e agradece por tê-las mais um ano em suas vidas. É um momento em que ele lembra das vitórias e dificuldades que passou, das lágrimas e sorrisos que deu, da saída de pessoas e de novas chegadas, de uma paixão revivida, e dos vários sentimentos que sentiu durante aqueles 365 dias.

Se for ver agora, é como se tudo tivesse passado em um piscar de olhos para si. Olhar para filha e Felix - seu namorado, amigo, sua primeira paixão e pai da sua única menina - brincando e distribuindo sorrisos sinceros um para o outro, ou ver seus amigos se provocando durante toda noite, o brilho de felicidade nos olhos dos pais, a emoção que invade de ver todas as pessoas reunidas e vivas ao seu redor comemorando mais uma virada de ano com aqueles que amam.

Hyunjin pensava em tudo e um pouco mais, desde quando sua vida começou até os últimos minutos do dia 31 de dezembro.

Um filme dos seus momentos com Felix e a filha predominavam em sua mente, trazendo uma inexplicável sensação de conforto, carinho, ternura... Amor.

Me sinto completo, essa é a verdade.

O ômega acabou tomando um susto ao ter braços o rodeando, mas logo se acalmou ao sentir o aroma mentolado e de chocolate o inebriar.

— O que tanto pensa? — Indagou o alfa com o queixo apoiado no ombro alheio. — Se tivesse lápis e folha aqui, eu teria o desenhado neste exato momento. — O loiro virou o rosto minimamente para si e fitou cada centímetros do rosto bonito do alfa. — Você sendo banhado pela luz da lua e das velas, seus fios balançando junto ao vento, seus olhos no céu e... Esse lindo sorriso que só você tem!

Os dois se encararam o que pareciam horas, mas não passavam de meros segundos, esses que transmitiam dos mais diversos sentimentos.

Estava na ponta da língua.

— Eu te amo. — O sussurro baixo e emocionado veio de Hyunjin.

Como as batidas de uma música lenta, seus corações dispararam ao mesmo tempo. Os olhos negros como carvão grudados intensamente aos de cor de chocolate derretido.

Felix não conseguia ouvir nada, além de seu órgão batendo acelerado, ou a pulsação de suas veias correndo por todo seu corpo, as asas das borboletas em seu estômago fazendo parte da festa dentro de si... Que sensação única e indescritível.

O alfa poderia morrer ali que estaria satisfeito.

Hyunjin sentia-se da mesma forma. Nunca imaginaria que depois de uma década, ele terminaria nos braços do seu primeiro crush, do seu primeiro namorado, do seu primeiro amor, do seu primeiro alfa, do seu primeiro homem... Aquele lhe deu sentimentos que ninguém mais conseguiu despertar, aquele lhe deu seu bem mais precioso, sua filhinha.

— Eu também te amo. — Como se tivesse sido programado, no mesmo segundo, a sequência de fogos iluminando o céu e aplausos foram ouvidos.

Por um momento, eles esqueceram de tudo ao redor, era como se o mundo não existisse e se fosse eles dois ali.

Felix olhou para os detalhes do namorado, de forma boba e apaixonada, em seguida mirou para o céu.

Infelizmente, ele perdeu a contagem, mas valeu a pena.

Com uma rápida olhada, Lee fitou a filha e acenou rapidamente, então segundos depois um fogo de artifício de cor vermelha surgiu no alto em formato de coração.

Quer se casar comigo?

O alfa agilmente ajoelhou-se na frente do ômega - segurando uma caixinha vermelha com uma aliança de noivado rosé dentro, esse que encarava-o em choque.

Hyunjin piscou repetidamente tentando tirar o acúmulo de água que surgiu em seus olhos, mas estava difícil.

Se aquele momento estava especial, acabara de ficar memorável.

— Sim, sim sim, mil vezes sim. — Disse baixo e choroso, logo tendo um anel deslizando por seu dedo anelar esquerdo.

00:01.

Felix levantou-se e puxou o loiro para um abraço.

Hyunjin sentiu o corpo ser suspenso e rodopiado pelo o alfa ao que recebia uma chuva de pétalas da filha e dos pais, acompanhado de gritos eufóricos, aplausos e mais estourado de fogos.

O moreno parou e pôs o corpo mediando no chão, segurando o rosto do loiro de forma delicada, como se tivesse tocando em algo de porcelana, que poderia quebrar facilmente, mas também tinha carinho, possessividade, cuidado e paixão.

Lee tocou suas testas e fechou os olhos, aproveitando a sensação que inundava. — Eu te amo muito.

— Eu te amo mais.

E com isso, finalmente, selaram suas bocas em um beijo calmo, lento e cheio de amor. Isso... Amor.

O ano novo, agora não é só uma data naturalmente comemorativa para o casal, mas foi o dia em que se declararam de todo o coração e o dia mais feliz de suas vidas.

O dia em que se tornaram noivos.

Agora sim, eles se sentiam completamente completos. Ou quase, o recém casal tinha uma longa - e nova - história pela frente.

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