Epígrafe 4

Ouço um chiado fino que aumenta a cada passo que eu avanço. Meu cérebro demora uns cinco minutos para entender como meu corpo deve se equilibrar nesse ambiente.
Respiro forçando os dentes, até que meu maxilar estrale e saia do lugar.
Todas as manhãs, eles pegam seus moldes de rosto para viverem suas falsas vidas.
Essas máscaras de vidro já me fizeram cuspir sangue, mas meu rosto mesmo sem elas mantém seu papel.
Ouço berros de uma criação mal concluída, onde a ira se tornou a resposta para as perguntas não respondidas.
Contudo, apenas o meu quarto é espelhado. E me disseram que era para que eu pudesse ver todos os dias, a decepção que tinham criado.

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