Epígrafe 3
O ar não mudou.
Ainda dá pra sentir o cheiro de cadáver do meu antigo eu, que insistia em se mover sem vida.
Não há muito o que lembrar.
Posso sentir gritos querendo estourar meus ouvidos.
Sons e algumas vozes minuciosas e tristes me chamando de volta para a carcaça que os urubus comeram.
Quem diria que um animal dessa espécie existiria.
Além disso, nem mesmo feras selvagens desejariam comer de uma carne tão podre.
Me bate um pouco de curiosidade, quando meu tato volta, mais minha visão não.
Nada é claro. E talvez nem mesmo seja real.
Mas a sensação ainda é a mesma.
Que eu saiba, não existe ninguém que toque na própria pele, e desconheça se é sua ou não.
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