[66] | Capítulo 7 - "She Is The Sunlight"
Desde que a tempestade de vento ficou para trás e agora não havia nenhum obstáculo, o Estrella Siriah navegava majestosamente pelo oceano naquela bela manhã ensolarada. Diversos alunos e tripulantes trabalhavam nos conveses exteriores, onde mantinham tudo em ordem e deixavam o navio seguir a todo plano. Diferente desses homens, os alunos matriculados ainda estavam acordando e indo para o banheiro, onde fariam as suas higienes antes de irem ao refeitório, na qual o café da manhã era servido dentro de uma hora. Muitos corriam para os banheiros para poderem ser os primeiros e sair logo, enquanto outros, esperavam por seus colegas para poderem ir juntos. O que não era o caso de Jessie, ela estava estranha, estava bastante sensível e qualquer coisa que a tocasse faria mal a ela. Mas, abençoado o dia em que ela decidiu andar no mais estreito corredor do Estrella, onde para passar duas pessoas, uma teria que parar e esperar a outra passar. Porém, muitos meninos, que corriam no corredor, passavam por ela e acabavam esbarrando nela e isso a deixou mais aflita ainda. Jessie, que estava tendo uma série de calafrios e tremia bastante, andou alguns passos até a uma escada que levava ao convés acima, e lá sentou-se juntando os joelhos e apoiando a cabeça neles, onde se dispôs a chorar. Ela chorava e chorava baixinho, mas ninguém percebia ela ali. Nem mesmo Oliver, Nicolas, Ramiro e Thomas que passaram por ela e não a viram ali. Porém, para a sorte dela, Nicolas acabou esquecendo a sua pasta de dentes e resolveu voltar na sua cabine; porém, como os meninos não queriam ficar esperando por ele, resolveram ir com o brasileiro. Quando eles estavam passando por Jessie, Nicolas logo percebeu a garota ali e rapidamente foi até ela.
- Jessie, está tudo bem? - Perguntou o brasileiro se abaixando na frente dela e tocando levemente em seu braço. - Você precisa de ajuda?
Oliver, Thomas e Ramiro se aproximaram.
- O que houve, Jessie? - Perguntou Oliver se abaixando na frente dela. - Ela está muito mal. Thomas, chame a doutora Andrews!
Thomas assentiu e saiu correndo do local, enquanto Nicolas, Oliver e Ramiro tentavam ajudar a garota.
- Ela está tendo uma crise... - Ramiro comentou com Nicolas, que tentavam ajudar a moça. - Vamos ter que levá-la até a enfermaria. Eu irei até lá para buscar uma padiola!
Os dois meninos assentiram.
- Acalme-se, Jessie. Vai ficar tudo bem, sim? - Dizia Oliver tentando acalmar a garota, que continuava a chorar. - Fique calma!
Não demorou muito para que Ramiro, Thomas e Susan chegassem com uma padiola, onde com a ajuda de Nicolas e Oliver, ela foi colocada na padiola e rapidamente levada a enfermaria, onde Susan a acompanhou.
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Logo, Jessie estava em estado de choque e deitada sobre a maca da enfermaria do navio, na qual Susan, naquela altura, já havia feito examinado e lhe dado alguns calmantes para acalmá-la. Pois, quando a garota chegou na enfermaria, ela estava em um completo quadro de ansiedade e chorava a todo tempo, tanto que quase não deixou a doutora tocar em sua pele para poder examinar. Depois da conclusão do exame e dela ter tomado um calmante, o capitão, que estava entrando em seu turnos na ponte de comando, foi chamado lá e rapidamente se pôs presente quando soube da crise da jovem, algo que ele nunca havia testemunhado em toda a sua vida e isso o deixou preocupado, pois temia que os demais pudessem desenvolver os mesmos quadros de ansiedade e se isso acontecesse, muitos medicamentos do Estrella se acabariam em poucas horas.
- Ela teve uma crise de ansiedade, e tudo isso se originou conforme a convivência vinte e quatro horas em um navio com muitas pessoas. - Susan dizia ao comandante, enquanto eles observavam a jovem através das janelas da enfermaria. - E com isso, ela acabou desenvolvendo uma crise de ansiedade!
Barrett assentia enquanto olhava a jovem deitada na cama através das janelas da enfermaria.
- É muito complicado... - O comandante comentou pensativo. - Eu tenho bastante receio de que os outros possam desenvolver a mesma coisa.
Susan suspirou profundamente.
- Esperamos que isso não venha acontecer... - A doutora disse encostando-se num pilar do corredor. - E sobre isso, precisamos tirar ela dessa crise...
Barrett abaixou o olhar pensativo.
- E eu sei como fazer isso. - Ele virou-se para ela. - Esteja em meu camarote dentro de quarenta minutos e avise todos. Vamos deixar Jessie sozinha no navio!
Susan abriu um sorriso fraco e assentiu.
- É a única maneira de tirá-la dessa situação!
Barrett assentiu.
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Dentro de quarenta e cinco minutos, o Estrella ficou completamente vazio e silencioso em seus corredores e salas. Tudo o que se ouvia era apenas o vento batendo em algumas roldanas dos mastros do lado de fora. Agora, Jessie tinha o Estrella Siriah todo para si mesma. Não havia nenhum tripulante ou aluno a vista. Todos os 54 alunos e 25 tripulantes estavam todos presentes e unidos na cabine do comandante, onde se sentaram por todos os lados na cabine. Alguns sentaram-se no chão, outros na cama de solteiro, os demais ficaram de pé ou se encostaram em alguma das quatro paredes do camarote. Era inacreditável que um minúsculo camarote pudesse acomodar mais de 80 pessoas, tudo isso para o bem-estar de uma aluna em um quadro de ansiedade. Na cabine havia alguns que aprovaram a ideia de Barrett, como: Alice, Violet, Violetta, Harry, Nicolas, Oliver, Ramiro, Finnley e Thomas. Porém, sempre irá haver a oposição, que achava isso uma completa bobagem, como: Hayes, Annabeth, Pearson e Ethan. Enquanto eles sofriam com a falta de espaço e o calor que estava ali. Jessie desfrutava calmamente cada momento de seu tempo livre a bordo do navio. Nos corredores, ela andou calmamente enquanto escutava sua música preferida, "The Beauty and The Tragedy" da Trading Yesterday. A jovem tomou um belo banho, lavou os seus cabelos e depois de tudo, vestiu uma confortável e bela roupa, além de ter calçado um bonito par de chinelos - ao invés dos all-stars azuis, pretos e vermelhos do navio - e ainda pôde desfrutar de um café da manhã bem reforçado e calmo.
Na cabine do comandante, o calor estava absurdo e muitos deles ali usavam revistas ou algum objeto sólido para fazerem de leque para se refrescarem. Havia um ventilador no camarote, mas não resolvia nada, pois o calor ainda persistência castigando todos eles. Além do calor insuportável, havia também as reclamações que muitos faziam, e a maior parte deles eram: "Bela ideia", "Se eu soubesse, teria ficado em minha cabine dormindo" e a mais ouvida pelo comandante: "Era só o que me faltava mesmo". Enquanto os demais reclamavam, foi ali naquele local, que as reclamações de Annabeth diminuíram, pois os seus olhos se concentravam em apenas uma única pessoa. Harry. O auxiliar, que estava do outro lado dos aposentos, vez ou outra, flertava com olhares para a moça que mostrava a sua timidez. Isso não era somente com eles, como também acontecia com Oliver, que sempre se encontrava olhando para Alice, mesmo ela estando com Thomas ao seu lado. Coisa que Alice também devolvia. A única que não estava flertando e nem sofrendo era Violetta, que apenas sentia um pouco da falta de Darwin. No entanto, vez ou outra, ela acabava pegando Finnley olhando diretamente para ela, e quando ele percebia o olhar dela, rapidamente desviava e fingia que nada havia acontecido. Não demorou muito para que batidas fossem ouvidas por todos ali e com a permissão do capitão, a porta foi aberta e atrás dela, mostrava uma Jessie sorridente.
- Se quiserem sair, fiquem à vontade... - anunciou Jessie com um belo sorriso e arrancando o sorriso de todos ali. - Eu já estou curada!
Todos começaram a se levantar e sair dali.
- Finalmente, eu não aguentava mais ficar com essas pessoas. - Reclamou Annabeth ao passar por Jessie. - Não invente de ficar doente de novo, Jessie...
A garota sorridente ignorou as reclamações da amiga.
- Muito obrigada, capitão!
O comandante sorriu e ela o abraçou fortemente, enquanto os demais deixavam a cabine.
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Depois do almoço, temendo de que os demais alunos pudessem desenvolver a mesma crise de ansiedade de Jessie, o comandante prolongou uma folga dos alunos e tripulantes por vinte e quatro horas, onde eles teriam bastante tempo para descansar e se divertir. Como foi a ideia de: Violetta, Violet, Annabeth, Alice, Jessie, Nicolas, Oliver, Thomas e Ramiro, que resolveram se divertir tomando banho de sol no convés da proa, jogar jogos para passar o tempo e tomar banho de mar. Até Harry e Marge ficaram de folga naquele dia, onde ainda naquela tarde, Susan e Marge foram vistas tomando banho de sol na popa do navio. Na proa, próximo da âncora e do castelo de proa, as meninas se encontravam deitadas em toalhas e tomando banho de sol, enquanto conversavam e com o rádio de pilha emprestado de Harry, ouviam belas melodias e músicas de sucesso daquele fatídico ano. Não somente as meninas, como Nicolas, Thomas e Ramiro se encontravam ajudando algumas das garotas a passarem protetor solar. Sob o barulho do mar, do vento e a melodia de "She's Is The Sunlight", a turma se divertia e vez ou outra, um assunto era colocado na roda, até que Oliver chegou na proa.
- Ei, vamos pular no mar?
Ramiro levantou-se rapidamente e andou na direção dele sorridente.
- Mas é claro!
- Pronto, terminei. - disse Thomas tentando se passar o projeto solar nas costas de Alice. - Eu vou com os meninos, está bem?
Alice beijou os lábios de Tom e assentiu, depois observou o namorado indo até os amigos.
- Eu vou lá com eles, meu amor. - Avisou Nicolas beijando o pescoço de Violet. - Qualquer coisa; me chame!
- Pode deixar. - Ela respondeu vendo o namorado se levantar. - Você não vai pular no mar, não é?
Nicolas sorriu.
- É claro que não. - ele mostrou o seu belo sorriso. - Não quero deixá-la viúva!
Violet sorriu.
- Bobo. Vai logo!
Nicolas piscou para ela sorridente e depois uniu-se aos seus amigos e eles deixaram o local.
- Como assim, "não quero deixá-la viúva"? - Perguntou Alice curiosa para Violet. - Não vai me dizer que Nicolas não sabe nadar.
- Pois é, ele sabe mal bater os braços!
Violetta negou balançando a cabeça.
- Todo brasileiro sabe nadar e Nicolas não. Incrível demais isso! - Violetta comentou zombando do caso. - E o melhor de tudo, é que ele está em um navio no fim do mundo!
Todas elas sorriram.
- Esperem... - Jessie disse chamando a atenção de todas ali. - O Nicolas é brasileiro?
Todas elas sorriram.
- Você nunca percebeu o sotaque carioca dele? - Violet perguntou enquanto sorria. - É o mais perfeito sotaque disfarçado pelo inglês!
Jessie ficou surpresa.
- Não, eu nunca percebi e jurava que ele fosse espanhol!
Violetta sorriu mais ainda.
- É tão espanhol, que eu já ouvi ele xingando em português! - disse Annabeth colocando o seu óculos de sol. - E são palavrões tão bem pensados!
- Credo, Annabeth. Acho feio quem xinga!
Antes que a rebelde pudesse dizer algo, Harry chegou no local com uma câmera fotográfica em mãos e isso chamou a atenção de todas elas.
- Olá meninas, como estão? - cumprimentou o rapaz e em seguida, abaixou-se em frente a elas. - Se juntem, vou tirar uma fotografia de vocês.
Elas rapidamente se juntaram e sorriram. Em poucos segundos, a foto foi registrada e Harry olhou a mesma no visor e sorriu.
- Vocês estão muito bonitas. Essa vai pro álbum de passagem no Estrella! - ele disse indo até em frente a Annabeth. - Agora uma fotografia sua, Annabeth!
A moça ficou nervosa e esboçou um sorriso fraco. Harry levou a câmera até o rosto para pegar um bom ângulo e por fim, mais de duas fotografias foram tiradas por ele, que ao terminar, olhou para ela e sorriu, depois levantou-se analisando a foto e afastou-se
- Muito obrigado, meninas!
Todas elas agradeceram e por fim, o auxiliar deixou o local. Annabeth já sabia que aquelas fotos não iriam pro álbum do Estrella e Harry sabia que, com toda a certeza, ela sabia daquilo e também ele sabia que a música do rádio - que era a "She Is The Sunlight", da Trading Yesterday - acabaria fazendo ele se apaixonar mais ainda, pois a letra dela dizia: "Se amá-la é uma dor para mim. E abraçá-la significa que eu tenho que sangrar, então eu sou o mártir e o amor é o culpado. Ela é a cura e eu sou a dor. Ela vive em um sonho no qual eu não pertenço. Ela é a luz do sol, e o sol se foi". No entanto, após a saída de Harry, rapidamente, todas as meninas olharam sorridentes para Annabeth, que ficou confusa.
- Eu virei algum espelho?
- Acho que tem alguém dilatando a pupila de uma certa pessoa por aí... - comentou Alice mudando de posição no banho de sol. - Ouvi dizer que ele até tirou mais de duas fotografias dela!
As amigas dela sorriram, e ela ficou nervosa mais uma vez. Annabeth sabia que elas estavam certas, mas só não queria que tudo aquilo fosse motivo para ficarem zoando com a sua cara.
- Eu não sei, mas acredito que alguém irá ser a primeira pessoa a se casar em terra firme... - disse Violet aumentando o volume da música no rádio de pilha. - Não sei quem são, mas acredito que a inicial desse casal começa com A e H!
Annabeth ficou emburrada mais uma vez.
- Vocês são bobas demais!
Todas elas sorriram. No entanto, quem mais sorriu naquele exato momento foi Violetta, que enquanto gargalhava acabou olhando para cima e pôde ver quem estava acima da ponte de comando a observando. Quando os seus olhos fixaram nela, o seu sorriso diminuiu de tamanho rapidamente. Era a coisa mais estranha que ele fazia, talvez era a única maneira de flertar com ela. Essa pessoa era nada mais e nada menos do que Finnley, que observava Violetta. Ele apenas abriu um sorriso fraco e deixou o local sem dizer ou fazer mais nada além daquilo. A jovem ficou pensativa sobre isso. "Será que ele sente algo por mim?", perguntou ela a si mesma.
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Enquanto as meninas se divertiam conversando e vez ou outra zombando de si mesmas, os rapazes se divertiam no lado estibordo do navio, próximo a popa, onde depois da passarela de embarque, eles saltavam do convés para o mar e fazia isso a cada minuto sem cessar. Nicolas era o único do quarteto que não saltava no mar, pois ainda não sabia nadar direito e temia se afogar, e por isso, apenas ficou sentado na amurada do navio pescando algum peixe e observando os meninos, que brincavam na água. Minutos antes, eles estavam acompanhados de Harry e Ethan, mas eles foram chamados por Pearson para resolver algum problema na sala de máquinas - pois, os motores foram parados para a folga de todos e para o esfriamento das válvulas de pressão que estavam entupidas. Nicolas logo pescou cinco peixes e pescou um filhote de peixe, mas acabou soltando por pena. No entanto, o que era de se admirar era que, mesmo com o barulho dos meninos na água, os peixes não se intimidaram e fisgaram os anzóis de Nicolas. O brasileiro estava muito contente pescando, e vez ou outra, era atormentado pelos meninos na água, que o chamavam e zombavam dele por não saber nadar. Mas na última vez, ele percebeu algo neles.
- Ramiro, o que é isso marrom no seu ombro?
- Deve ser a sujeira... - Thomas caçoou. - Afinal, ele tomou banho um dia antes de partirmos de Liverpool!
Oliver sorriu e olhou para Thomas e notou algo.
- O que isso no seu braço, Tom?
- Muito engraçado, Oliver. - respondeu o mais baixo irritado. - E então o que é isso no seu peito?
Ele olhou e por fim, eles levaram as mãos nas coisas pretas e marrons em seus corpos e viram que eram pegajosas e geladas.
- Isso são sanguessugas gigantes! - Nicolas gritou avisando eles. - SAIAM DA ÁGUA!
Os três rapazes nadaram em direção ao navio e só aí puderam ver o real tamanho das sanguessugas.
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- Vocês tem muita sorte dessas sanguessugas não serem venenosas. - disse Susan fazendo um curativo em Thomas. - Se não, vocês estariam a beira da morte agora!
Todos os meninos que tinham as criaturas sugadores de sangue em seus corpos foram encaminhados com urgência para a enfermaria, onde Susan fez diversos curativos com antídotos para matar as sanguessugas, que estavam presas no corpo deles. Pois, eles deveriam ficar com aqueles curativos até doze horas, para que as criaturas morressem e caíssem dos seus corpos, porque faria muito mal a pele deles se elas fossem arrancadas brutalmente. Ramiro era o que mais tinha vontade de arrancar elas.
- E teremos que ficar com elas em nossos copos até quando?
- Doze horas. - disse Susan finalizando o seu trabalho. - Se no máximo tardar, é vinte horas!
Todos eles assentiram e ficaram apreensivos com aqueles bichos em grudados em seus corpos.
- E durante esse tempo, não arranquem e nem mexam nelas. - Avisou a doutora guardando o seu material. - Se não, causarão feridas e até infecções na área afetada por elas!
Todos eles assentiram em silêncio.
- E caso sentirem alguma coisa, me chamem! - a doutora pegou a sua maleta e deixou o local. - Até mais tarde!
Susan desertou rapidamente dali, deixando os meninos sozinhos analisando os seus curativos.
- Ainda bem que eu não entrei na água... - disse Nicolas zombando. - Infelizmente, vocês terão que ficar com elas até mais tarde, não é?
- Fique quieto, Nicolas. - Reclamou Thomas. - Mal vejo a hora delas caírem!
- Eu também não vejo a hora. - Oliver comentou vestido a sua camiseta com cuidado pata não afetar os curativos. - É tão estranho ficar com elas grudadas em seu corpo!
Houve um breve silêncio, até que Thomas sentiu um incômodo nas partes íntimas e rapidamente levou a mão por dentro da sua roupa, onde ao tocar no local em que sentia um incomodo, assustou-se.
- Ei, rapazes, rapazes! - Chamou o jovem ainda com a mão dentro do short. - Eu não tô acreditando nisso...
- O que houve, Tom? - Ramiro aproximou-se curioo. - Perdeu os documentos no mar?
Oliver e Nicolas sorriram.
- É algo pior... - disse Thomas lamentando-se e quase chorando. - Tem uma sanguessuga nos meus testículos...
- Essa não. - Ramiro lamentou levando a mão no ombro do rapaz. - Sinto muito por isso!
Thomas ficou irritado novamente.
- Isso vai doer e não vai ser pouco! - Nicolas comentou encostando-se em num balcão. - O meu tio teve uma... Só que era bem na estrada...
Thomas lamentava-se todo segundo.
- O que eu posso fazer para tirar ela de lá?
Eles ficaram pensativos.
- Bom, talvez água quente resolva...
Thomas assustou-se.
- Não, nem me venha com isso. - Ele ficou indignado rapidamente. - Eu não irei cozinhar os meus documentos!
Oliver deu de ombros.
- Você que decide... - ele disse afastando-se calmamente. - Afinal, ela está em você e não em mim!
Thomas se sentiu encurralado. Se negasse, iria ficar com aquele bicho por um longo tempo e se aceitasse, poderia se queimar. Ali agora era pegar ou largar a ideia.
- Se tiver somente isso de opção, eu aceito!
Oliver assentiu e sorriu.
- Ramiro e Nicolas, tragam um balde e o ferro quente para prepararmos a banheira de Thomas!
Eles assentiram e depois sorriram. Tom ficou receoso com tudo aquilo.
- Isso vai doer, Oliver?
O padre demonstrou surpresa e sorriu de novo.
- Eu não gosto de mentir... - Oliver disse levando a mão ao ombro de Tom. - Mas, vai doer tanto...
- Ah não!
Tom já estava se arrependendo de ter entrado no mar e ter pegado essas sanguessugas. "Tantos lugares para ela ficar e ela foi escolher justo lá?", pensou ele indignado. Ainda naquela tarde, um grito de dor numa voz masculina foi ouvido por todo o corredor. Era Thomas. Que havia sentado na panela de água fervente para poder tirar a sanguessugas grudada em suas partes íntimas. Depois daquilo, ele jurou nunca mais entrar no mar. Será mesmo que ele conseguiria manter essa promessa?
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Música: She Is The Sunlight
Artista: Trading Yesterday
Musica: The Beauty and the Tragedy
Artista: Trading Yesterday
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