[41] | Capítulo II - Detidos!

Todos estavam tensos e quase treinados para matar quem atacasse o Estrella. Entre os soldados estabelecidos por Barrett para Hayes apronta-los, estava Oliver, Ramiro, Nicolas e Thomas, além deles, Jessie, Violet e Lucy encontravam-se na fileira de ombro a ombro com espada, arpões e tudo que tinha a ponta pontuda e afiada. O professor ensinaria os mesmos a como matar um ser humano em apenas três segundos. Hayes ensina a todos eles como manusear as suas armas e assim foi feito, até que chegou o treinamento com a única arma a bordo - arma essa dada por Arnold McCarthy no dia em que o Estrella partiu de Liverpool - e dentro dela havia 26 cápsulas de balas. Porém, eles utilizariam apenas 5 balas das 26.

- Muito bem, eu preciso de um voluntário! - Disse o professor engatando a primeira bala. - Deixe-me ver, você padre venha até aqui!

Oliver - que estava de cabeça baixa e torcendo para não ser o escolhido - tomou um susto e ficou sem reação.

- Não me faça esperar! - disse o professor sem paciência nenhuma. - Não temos muito tempo!

Oliver andou até onde o professor estava e lá, John estendeu a mão com a pistola na mesma, esperando que o padre pegasse.

- Já disse que não irei levantar a mão contra um companheiro! - ele disse firme com as suas palavras. - E muito menos vou disparar uma arma!

Hayes soltou um suspiro forte e pesado.

- O que está na sua frente é um inimigo, que está querendo lhe matar e não um companheiro! - Hayes disse sem paciência. - O que irá fazer quando este estiver a ponto de te matar? Vai orar por ele?

- Sim!

- E quando este matar o seu companheiro? VAI ORAR POR ELE? - Hayes gritou enfurecido. - VAI FAZER UMA CERIMÔNIA DE SÉTIMO DIA?

Oliver assentiu e em seguida, Hayes acertou um tapa forte e pesado sobre o rosto do padre, que mesmo assim, se recompôs e voltou a encarar o professor.

- Vai deixar com que o inimigo mate a todos por sua culpa? - ele gritou mais uma vez e desferiu um tapa no rosto do padre. - Vai deixar que todos morram por sua culpa? VAI DEIXAR QUE UM DELES MATE ALICE POR SUA CULPA?

Em um grito de raiva, Oliver agarrou na arma e disparou três vezes contra o alvo que estava num manequim pendurado em meio ao refeitório. Após disparar três vezes e vê que acertou no centro do alvo, ele parou e se deu conta do que havia feito. O arrependimento chegou e inundou o corpo do jovem, que acabou deixando algumas lágrimas caírem e junto com ela, a arma na qual desferiu três tiros no "inimigo". Sob passos calmos e leves, ele deixou o refeitório cabisbaixo e triste, pois traiu a confiança que seus amigos tinham nele. Logo depois, o treinamento continuou até o escurecer.


A noite caiu em meio ao oceano, quando o Estrella escuro e "invisível" foi iluminado pela lua cheia, que levava o seu brilho até as águas escuras. O pequeno navio escola de mais de 70 metros de comprimento seguia em total escuridão, pois assim como Barrett ordenou: "nenhuma luz acesa no convés e mantenham as cortinas fechadas". Todos os tripulantes estavam em suas cabines, exceto Barrett, Pearson, Darwin e Hayes - este último fazia rondas pelos corredores certificando de que nenhuma luz estava acesa. Na cabine de número 18, Nicolas e Oliver encontravam-se a observar a chama da vela, que vez ou outra tremulava por conta das ondas. Assim como os outros estavam em silêncio, ambos os dois esperavam pela ordem. Todos usavam lamparinas e velas para se locomoverem em suas cabines, pois a escuridão era tanto, que nem se enxergava a sombra do companheiro ao seu lado.

- Será que vai demorar muito? - Nicolas perguntou impaciente para Oliver.

- Eu não sei! - Ele disse enquanto fitava o fundo da cama de Nicolas. - Mas aparentas que vai demorar um pouco!

Nicolas soltou um suspiro forte e pesado. Estava impaciente e nervoso. Não saberia como agir se caso dois inimigos o cercasse, porém, ele lembrou das aulas de esgrima que havia feito com o seu irmão em São Paulo. Mas mesmo assim, ele ficava nervoso.

Enquanto isso, na ponte de comando, Barrett, Pearson e Darwin estão a vigiar o oceano. Nenhum sinal ou luz apareceu ao escurecer. Eles começavam a duvidar se realmente estavam indo na direção certa, ou se estavam fazendo igual ao dia em que sabotaram todos os relógios do navio - fazendo eles despertarem às 5hrs da manhã ao invés das 8hrs. O imediato fumava um charuto na esperança de acalmar os nervos, enquanto o comandante tomava uma xícara de café e o aprendiz, vigiava o radar que procurava por algo. Todos estavam em silêncio, até que a doutora Susan adentrou no local vestindo um grande sobretudo, pois começava a esfriar.

- Nenhum sinal? - Ela disse aproximando-se de Darwin e Barrett. - Ou aviso?

- Nenhum! - Respondeu o comandante que ainda vigiava o horizonte. - Esperamos que possamos encontrá-los vivos!

Susan manteve-se em silêncio.

- Doutora, arrume a enfermaria, porque podemos receber feridos! - Ordenou o comandante. - E mantenha-se acordada!

- Sim, capitão! - Ela disse indo em direção a saída. - Qualquer coisa, avise-me!

- Avisaremos!

Susan saiu do local sem dizer mais nada e seguiu em direção a enfermaria, mas quando estava passando pelo refeitório, avistou Hayes andando pela passarela, ele não viu ela que continuou andando calmamente.

Logo o relógio avisou que era exatamente 20h00min, onde era o horário estimado para eles chegarem ao local marcado. A lua - naquele exato momento - escondeu-se atrás das nuvens e trouxe a escuridão ao Estrella, que continuou a navegar sob 23 nós. Aparentava que nunca iriam chegar e que estavam indo na direção errada, até que ao horizonte, uma luz se mostrou e trouxe a esperança para todos eles. Mas, ao invés de duas luzes, apenas uma estava lá. Barrett pensou que haviam afundado o Sentinella ou o mantiveram em completa escuridão. Mas aquilo já era o bastante para acionar o exército.

- Hayes! - Barrett o chamou pelo walkie-talkie. - Estás aí?

- Sim, capitão? - Respondeu o professor no walkie-talkie. - Sim, estou aqui!

- Encontramos a luz! - Ele respondeu fitando a mesma ao horizonte. - Traga o exército do Estrella!

- Sim senhor!

Em seguida, Hayes correu de porta em porta chamando todos os tripulantes do exército. Além disso, ligou as luzes vermelhas de alerta, simbolizando um sinal para saírem de suas cabines. Todos levantaram, calçaram os seus coturnos e pegaram suas armas.

- Vamos, não tenham medo de proteger o Estrella, peguem suas armas e qualquer tipo de arma e parta para o convés! - a voz de William ecoava pelos alto-falantes do navio. - Protejam o Estrella como se protegessem a sua vida!

Os soldados já corriam em direção ao convés, passam por corredores, escadas e portas até que chegassem ao refeitório. O professor seguia andando e entregando facas aos soldados, enquanto isso, Oliver seguia comandando um batalhão para o refeitório e Ramiro conduzia um batalhão para o convés. Nicolas, Thomas e Darwin estavam no batalhão de convés, enquanto Jessie, Violet e Lucy estavam no batalhão de refeitório. Alice, Violetta e Marge ajudariam Susan na enfermaria. Enquanto o batalhão de convés passava pela passarela e ia em direção ao convés, o brasileiro encontrou-se com a sua amada, que estava receosa enquanto a tudo isso.

- Está tudo bem, amor?

Violet olhou para ele e para os lados em busca de uma resposta.

- Não. Eu estou com medo, Nicolas! - ela disse com a voz trêmula. - Por favor, fique aqui!

O brasileiro a abraçou fortemente e ela fez o mesmo. Ele não podia ficar ali, pois teria que ajudar os outros no convés. Mas o seu coração dizia que ele teria de ficar ali.

- Me desculpe, eu não posso ficar aqui! - ele disse olhando agora nos olhos dela. - Preciso ir. Mas voltarei!

Uma lágrima desceu dos olhos castanhos dela.

- Promete?

- Sim!

Em seguida, um selinho demorado foi selado e um abraço foi dado.

- Preciso ir! - Ele disse afastando-se dela. - Cuide-se!

Ela assentiu. Nicolas foi o último do batalhão de convés a chegar no local em que ele fora colocado. À 20° do castelo de proa, ele esticou a sua flecha com o seu arco feito de madeira de carvalho e juntamente com outros - que portavam arpões nas mãos - eles ficaram em suas posições, enquanto no castelo de proa, Hayes posicionou-se portando a sua arma. Mais de 15 soldados estavam de plantão no convés do Estrella, sendo deles cinco em estibordo e bombordo e três na proa e dois na popa, além de Darwin que estava ajudando na popa e bombordo. O Estrella Siriah estava armado e pronto para qualquer ataque que aproximasse. Eles seguiam na direção da luz branca que brilhava ao horizonte, porém, o que eles não sabiam era que ela sumiria em poucos minutos, pois, sem querer, Harry encostou no botão que ativava o farol do mastro da proa e isso simbolizou que o Estrella estava próximo. A luz durou apenas oito segundos e foi desligada, mas, a luz ao horizonte sumiu.

- Maldição Harry, viu só, aquela luz sumiu! - disse Barrett bravo ao auxiliar. - Droga!

- Mas capitão, se ela sumiu, então porque esperou o nosso sinal? - Harry disse e Barrett pensou um pouco. - Se fosse para ela sumir, ela sumiria sozinha e não com o nosso sinal!

- Ele tem razão, William! - Charles disse e o capitão continuou pensando. - Há algo de errado nisso!

Barrett olhou para Harry e depois para Pearson, ainda confuso com tudo que estava acontecendo.

- Capitão, aquela luz está nos procurando! - Disse a voz de Darwin no walkie-talkie. - E aparenta estar vindo em nossa direção, capitão. Ela está a menos de 20 milhas!

- Muito obrigado, Darwin! - ele respondeu nervoso. - Meu Deus!

Em seguida, o radar começou a indicar de que algo se aproximaria na direção da proa e que estava em alta velocidade.

- William, ele vai bater em nós! - Pearson avisou analisando o radar. - Faça algo rápido ou aquilo irá quebrar o Estrella como um graveto!

- Muito bem, eu não sei quem é o que querem! - Barrett disse ligando o rádio amador. - Mas, não iremos recuar!

O alto falante que encontrava-se no mastro da proa fez um ruído e todos esperaram pela voz, que demorou um pouco e quando o farol da embarcação adiante rodou em busca da luz que havia acendido e apagado, finalmente saiu alertando.

- Aqui é Estrella Siriah, identifique-se e se detenha já! - a voz de Barrett ecoou na escuridão. - Aqui é Estrella Siriah, identifique-se e detenha-se já!

Sem respostas. William repetiu a ordem por mais cinco vezes, a luz ao horizonte aproximava-se mais e mais e aparentava procurar o Estrella.

- Barrett, ela está há cinco milhas!

O comandante do Estrella ainda não havia desistido e recuado, desde que embarcou nessa aventura, tem apenas recuado de tudo que ocorria, mas dessa vez, eles não recuariam.

- Hayes, a ordem de disparo é com você! - ele avisou ao professor.

- Sim senhor, capitão!

Do lado de fora, todos - ainda em suas posições - estavam aflitos e tensos, esperando apenas pela ordem. A luz aproximava-se cada vez mais e todos perguntavam-se de o porque da ordem não ter sido dada ainda.

- Quando eu der a ordem, atirem! - Hayes disse e todos assentiram. - Três... Dois... Um... FOGO!

Flechas foram atiradas contra a luz - que agora encontrava-se ao lado do navio escola - e balas foram disparadas. Uma das flechas dos dois arqueiros da proa - que eram Nicolas e Shapiro, um tripulante - acertaram um tripulante do convés do navio ao lado, que gritou de dor e caiu na água. Uma cápsula de bala acertou outro tripulante em bombordo do navio desconhecido, que caiu sobre o convés. Não sabe-se como e nem o porque, mas o farol da embarcação girou violentamente e fez com que todos do Estrella ficassem cegos por alguns minutos e enquanto isso, amarras e âncoras foram jogadas para o convés do navio escola, fazendo ele ficar preso junto de si.

- Continuem! - gritou Hayes.

Os arqueiros continuaram a atirar contra o navio desconhecido, até que uma passarela foi estendida para o Estrella e o farol focou-se na rampa que iluminava alguém descendo. Usava um uniforme de capitã e ele esvoaçava no vento. Junto desse ser, havia mais cinco homens. Todos armados. Desceram e finalmente pousaram no piso de madeira do navio-escola.

- Ora, ora, ora. O que temos aqui? - disse uma voz feminina vindo do líder dos tripulantes. - Deixe-me ver... Seis, nove, dez. Somente dez? Puxa vida, o exército de vocês está bem fraco!

- Quem é você e o quer de nós?

O ser ouviu aquilo e andou em direção que aquela voz veio e parou em frente a Hayes, na qual ela reconheceu o professor.

- John Hayes, como você não pôde não estar mais me reconhecendo? - a voz feminina colocou a mão no peito. - Não se lembra de mim? A sua velha amiga. Eleanor Turner!

Era ela. A pessoa que Hayes tinha raiva, porém, não temia a nenhum crime ou barbaridade que ela pudesse fazer. A capitã do temido, Tridente de Poseidon, estava lá, pronta para fazer o inferno dos tripulantes.

- Eu já sei que é você, sua tonta! - ele disse com grosseria. - Apenas quero saber o que veio fazer aqui atrás de nós?

Turner encarou Hayes com um sorriso malicioso no rosto.

- O que todos desejam nesse momento!

Hayes a encarou raivoso.

- Veio ao lugar errado!

- Eu acho que não! - ela virou-se em direção a ponte de comando. - Onde está Barrett? O meu velho e querido amigo!

- Estou aqui! - William respondeu saindo da ponte de comando acompanhado de Pearson. - Não precisa me procurar, Eleanor!

Ela forçou um sorriso no rosto.

- Olá, meu querido amigo de profissão! - Ela disse com um sorriso falso no rosto. - Há quanto tempo não nos víamos?

- Desde o dia em que você foi presa por trabalho escravo! - William disse e ela enfureceu-se. - Além disso, continua escravizando todos esses pobres tripulantes que querem apenas viver!

Eleanor já não estava mais "boazinha" com tudo aquilo e não aguentou mais. Ela pegou a argola da camisa de William e a puxou para perto de si.

- Escute aqui, Barrett! - Ela disse com fúria e raiva. - Se pensas que vim aqui para ser feita de idiota, está muito errado!

Barrett sorriu.

- Você jura isso? - Ele continuou sorrindo. - Mostre-me o seu poder!

Eleanor sacou a sua arma do seu uniforme, andou um pouco para trás, virou-se em direção passarela e disparou contra a perna de um dos seus tripulantes e fez um sinal para que o substituísse. O tripulante foi levado para o Tridente gritando de dor.

- Muito bem, chega de brincadeiras! - Ela disse olhando para os seus tripulantes. - Lovett, forme grupos e tranque-os a bordo desse navio. Não iremos sair daqui enquanto não tivermos o que queremos!

- Sim, capitã!

Quando Lovett aproximou-se da tripulação do Estrella, o comandante Barrett apavorou-se.

- Espere! O que você quer para nos deixar em paz?

Eleanor sorriu maliciosa.

- A pasta vermelha!

Hayes bufou nervoso. Ela já havia abusado de todo o segredo que tinham daquilo tudo, afinal, a mesma havia feito o juramento.

- Pasta vermelha? - O comandante perguntou confuso. - Pelo o que eu sei, não existe nenhuma pasta vermelha aqui!

- Não banque o engraçado, Barrett! - Eleanor disse com raiva. - Eu sei que ela está aqui, porque foi aqui que Wallace a escondeu!

William ficou completamente confuso. Não sabia mais o que dizer. Pois não sabia de absolutamente nada daquilo tudo que ela queria.

- Onde está a sua doutora, a Susan Andrews? Ela saberá lhe responder! - Eleanor disse e em seguida, olhou para Nicolas. - Você!

O brasileiro assustou-se e apontou para si mesmo.

- É você mesmo, seu idiota! - ela disse e ele deu um passo a frente. - Leve o imediato Lovett até a enfermaria e busque a Susan. Diga a ela que eu quero falar um pouco sobre a pasta vermelha!

Nicolas assentiu com uma expressão de assustado e Eleanor fez um sinal com a cabeça para que Lovett agisse logo.

- Vamos logo e fique de boca fechada, ou se não... - Ele sacou a sua arma, colocou na cabeça do brasileiro e engatou a primeira bala. - Eu estouro o seu cérebro. Vamos!

Nicolas foi agarrado e feito de refém pelo imediato do Tridente de Poseidon. O brasileiro o guiou até a porta de entrada do refeitório e lá encontrou-se com Oliver e Violet, que tentaram o atacar, mas foram surpreendidos.

- Ninguém se mexe! - Lovett ordenou a todos que estavam ali. - Ou eu estouro os miolos dele!

O imediato desceu violentamente com Nicolas pelas escadas e ele foi arrastado enquanto Violet pedia para soltá-lo. Ela entrou em desespero e foi abraçada por Oliver. Enquanto Nicolas era arrastado pelos corredores escuros, desertos e silenciosos do Estrella, ele usava uma lamparina que havia pegado de uma estante e seguia iluminando o caminho.

- Muito bem, me leve até a maldita da Susan! - Lovett sussurrou no ouvido de Nicolas que assentiu. - E espero que Wallace venha junto com ela!

Ele estavam passando por uma esquina de um corredor e outro, quando uma sombra aproximou-se deles.

- Eu acho que Wallace faltará!

E em seguida, alguém golpeou o imediato na cabeça com um pedaço de madeira, fazendo o mesmo cair no chão e Nicolas ser liberto. Logo após, Harry surge da escuridão com um olhar sério e duro.

- Harry! - O brasileiro o abraçou fortemente. - Muito obrigado, muito obrigado!

Harold sorriu ao abraçar o jovem.

- Está bem, agora já está bom!

Eles separaram-se.

- Vamos, precisamos ir até a enfermaria para avisar a Susan sobre isso! - Harry o puxou pelo pulso. - Com certeza, ela saberá como agir!

O brasileiro o acompanhou e seguiu sendo puxado pelo mais velho até a enfermaria.

O imediato Lovett levantou-se e seguiu andando enquanto cambaleava no escuro. Massageando a cabeça onde fora golpeado, ele conseguiu chegar ao convés sem passar por Oliver, Violet, Jessie e Lucy que estavam nas passarelas e portas que levavam ao convés. Antes de chegar ao local onde estava a comandante Turner e a tripulação do Estrella, ele rasgou um pouco da camisa do uniforme e bagunçou o cabelo, sujou-se com um óleo que vazava de uma dobradiça da caixa de coletes salva-vidas. Após isso, ele cambaleou até o local onde chamou a atenção de todos.

- O que houve com você, Lovett? - Turner perguntou curiosa. - O que fizeram contigo?

Ele soltou um suspiro forte e pesado, enquanto massageava o local em que foi golpeado e simbolizava através de gestos com face de que estava doendo.

- Algum deles me golpearam e além do mais, olha como me deixaram!

Turner olhou para a roupa do imediato e em seguida, olhou para todos e revirou os olhos em sinal de tédio ou falta de respostas.

- Querem saber? Eu cansei de brincadeiras! - Ela disse retirando a sua espada da cintura. - Whyn e os demais, reúna-os em grupos e os prendam nos cômodos dessa banheira velha.

O oficial assentiu e em seguida, vários soldados do Tridente avançaram contra o pequeno exército do Estrella e pegaram todos eles. Alguns foram ameaçados com armas de fogo e outros com chicotes, porém, eles iriam recolher todos ali, mas Turner decidiu interferir.

- Whyn, deixe o capitão, ele e o senhor Hayes aqui e leve os outros para as alas mais baixo! - ela disse acendendo um cigarro. - E depois, procurem Susan e Wallace, eles são os mais importantes por aqui!

O oficial assentiu e levou todos os outros para baixo. Ramiro - que não tinha nada haver com tudo aquilo - acabou ficando no convés, diferente de Darwin, que desceu para a sala de máquinas onde foi deixado. Eles também recolheram as armas dos soldados e juntamente com eles, Oliver, Violet, Lucy e Jessie foram também rendidos e levados para os pontos mais baixos. O sacerdote e a jovem Smith ficou com um grupo de dez alunos no porão, onde foram presos - igualmente na vez em que os náufragos do Queen Victory os prenderam - e enquanto Lucy e Jessie ficaram trancados na sala de máquinas próxima dali. Os soldados decidiram ir atrás dos outros tripulantes, em especial Susan e Harry. O Estrella ficou agora sob a vigília de vários tripulantes do Tridente de Poseidon, porém, mal sabia eles que sete tripulantes estavam escondidos e livres pelo navio.

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