8.Sou perfeitamente capaz de cuidar de mim mesma!
Pré-revisado, boa leitura.
Sou perfeitamente capaz de cuidar de mim mesma!
Tudo ruía com um único tremor e em um breve piscar esfarelou-se transformando todas as vidas em pó, a água que antes banhava todo o mundo havia secado com a obliteração e sem ela os humanos não viveriam, os quatro pilares gregos foram igualmente desmantelados e somente do corpo da deusa escorria o poder capaz de acabar com todo o mundo. Em meio ao caos, ofego e desmazelo, a deusa se reinventou, negando-se a acreditar que havia assassinado seus próprios irmãos e destruído toda a vida marinha no processo.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
BEM ANTES DO FIM OCORRER
ATLÂNTIDA - PALÁCIO DE POSEIDON
Sn havia desperto um tanto quanto eufórica, finalmente se resolveu com o loiro irritado e poderia retornar ao reino de Qin em paz, a deusa fazia altos planos mentais imaginando as mais possíveis e variadas viagens, aonde iria com ele e até mesmo após visitá-lo.
Sn realmente não se via em um relacionamento com Qin, não por que não gostava do rei e sim por estar aproveitando a liberdade que tanto lhe foi negada. Suspirando e assobiando, seguiu para o próprio quarto recordando do castanho de sorriso doce e olhar intenso, os beijos que trocaram e os toques cálidos cada vez mais vívidos. Huang havia lhe dado prazer e de certa forma queria retribuir, na verdade, queria bem mais do que isso.
A deusa balançou a cabeça saindo dos pensamentos libertinos antes de tomar um bom banho e trajar um belo vestido, queria surpreender o rei e até mesmo se desculpar por sumir de maneira tão repentina, ao passar pelo salão principal do castelo notou uma movimentação e tanto, com várias semideusas arrumando o local e Grisha coordenando o que ela achou ser um baile e com isso foi até a platinada parando ao lado dela e sorrindo:
-- O que está acontecendo? -- Questionou e ela pressionou os lábios para não dar com a língua nos dentes.
-- Seu irmão resolveu dar uma festa -- logo você estranhou, Poseidon odeia tumulto, quem dirá uma festa em seu palácio marítimo.
-- Ok... Eu vou indo. -- Você encarou a prateada mais uma vez. -- Grisha vocês estão bem?
-- Ah sim. -- Ela sorriu minimamente e assim você partiu, tendo como destino o submundo.
[...]
Sua cunhada estava na fonte com Cérbero encolhido nadando, só sendo possível ver as três cabeças em meio a tanta espuma.
-- Sn que bom que chegou, venha também, tem bastante espaço. -- Você deu de ombros tirando o vestido e afundando na fonte quente.
-- E então, está indo ver o seu rei? -- A voz melodiosa de Perséfone foi substituída por um cão muito agitado pulado em ti e exigindo carinho que obviamente foi feito na barriga, enquanto ele boiava afundando uma das cabeças na água.
-- Sim, depois daquela cena ridícula que Poseidon fez, continuo com um pouco de vergonha em voltar até o reino de Qin. -- Confessou, mesmo que os motivos fossem outros.
-- Se refere a crise dele te carregando por aí praticamente seminua? Aquele idiota, não se preocupe querida, ele vai te pagar com juros! -- O sorriso maléfico de Perséfone te deixou em guarda e tudo o que fez foi encará-la enquanto abraçava o Cérbero.
-- Eu já me acertei com ele, Perse por favor, não vai piorar as coisas. -- Afirmou e ela respirou fundo.
-- Eu prometo que não vou piorar nada, ainda preciso ter uma conversinha com aquele ingrato do Poseidon! -- De certa forma você achava uma graça as picuinhas entre os dois, pareciam mais irmãos do que cunhados, se bem que... era complicado.
-- Agora vamos mudar de assunto. E aí minha querida, você se deitou com o rei? -- Sua cunhada arqueou as sobrancelhas e Cérbero ronronou indignado antes de sair da fonte, não queria escutar esse tipo de conversa.
-- Prefiro quando você fala a respeito do meu irmão. -- Perséfone gargalhou e ambas voltaram a conversar.
-- Eu não me deitei com ele Perséfone. Não deu tempo. -- Dava pra notar o seu olhar de insatisfação.
-- Deixe-me adivinhar, Poseidon?
-- Exatamente. E sabe o que é o pior disso tudo? -- Você abraçou os joelhos. -- Não estávamos fazendo nada de mais, eu não me refiro a atos sexuais e sim ao fato de não ter quebrado qualquer lei do submundo.
Aqui Perséfone sorriu abertamente se aproximando de ti.
-- Então quer dizer que vocês estavam se divertindo? Conte-me mais Sn. -- A imperatriz do submundo só faltou bater palminhas e você revirou os olhos.
-- Aí do nada fui arrastada pelas águas e o resto você conhece. -- Perséfone pareceu pensar um pouco sobre o que foi dito enquanto você brincava com as borbulhas da água.
-- SN! Vocês iam transar dentro d'água?
-- Não, íamos para o quarto quando tido aconteceu.
-- Em nome do meu marido, Poseidon é quase um viciado! Eu aposto que aquele cretino passou o dia inspecionado cada local até te encontrar e pode ter certeza que isso vai gerar um problema. -- Agora a deusa da colheita te encarava seriamente.
-- O que quer dizer com isso?
-- Veja bem, minha querida, o Elísios de cada humano foi separado do mundo físico e do mundo plano, justamente para que não houvesse coexistência ou reencarnações. Quando Brunhilde invocou as almas e seus corpos ainda no auge para determinar o volunder, algumas leis foram quebradas. Leis estas que nós, deuses, sancionamos apenas para os humanos.
Você continuou um pouco confusa.
-- Agora quando Poseidon puxou você, uma deusa que estava em um Elísios específico para o nosso mundo, ele deixou um buraco aberto para que todos pudessem fazer o mesmo. -- Perséfone ficou de pé expondo a nudez, enquanto os enormes fios lourados grudavam pela pele parda. A deusa saiu torcendo os fios antes de os trançar em um coque te encarar: -- Irei comunicar esse pequeno inconveniente a Hades e teremos muito trabalho pela frente, sugiro que aproveite muito bem o seu homem humano. -- A malícia na voz da rainha para ti foi comum, uma vez que te criou e você sabia exatamente como lidar com ela e mesmo com o aviso da deusa você ficou ali vagando. Não sabia como chegaria no reino de Qin tão despreocupadamente após sumir por tanto tempo.
-- Isso é tão confuso... -- Você sussurrou, não devia satisfações a ninguém e isso incluia o rei dos homens e ainda assim senta-se envergonhada e um pouco desnorteada pelo atual problema e para completar ainda tinha a mistura de sensações em seu peito provocada pelos lábios e dedos do hábil imperador.
Sn realmente estava uma bagunça.
Cérebro pulou na água mais uma vez nadando com as três cabeças como se fosse um cão comum e você riu ao senti as lambidas dele pelo seu rosto enquanto uma das bocas mastigada de brincadeira o seu braço esquerdo.
-- Vem cá cãozinho, você não tem umas almas para recolher? Um portão a zelar?
O falso chorinho fez com que você sorriso e o abraçasse.
-- Tudo bem, só mais uns minutinhos. -- Piscou brincando com o cachorro e por um tempo se preocupou apenas com isso.
Por SN,
Depois que deixei Cérbero senti um estranho aperto em meu peito, como se algo ruim estivesse prestes a acontecer, mas minha vida está tão boa que não quero crer nisso. Não quando ainda tenho tantos locais a conhecer e muito a se fazer, entretanto, a curiosidade que bate em mim chega a ser irritante e por esse motivo resolvi procurar a única pessoa que poderia me responder com clareza a respeito do meu futuro.
[...]
O Palácio do Senhor das moscas parece mais uma indústria meio steampunk, mas, não adentrei. Na verdade, não sei se sou bem-vinda no castelo dele e nunca vi outra deusa entrar além de sua mulher.
-- Sn, que honra recebê-la. -- O sorriso sincero da deusa me cativou e logo se aproximou para me abraçar e fiz o mesmo. -- Como posso ajudá-la? Sei que não veio apenas me visitar.
-- Desculpe-me por isso, estou devendo. -- Sorri para ela. -- Hoje realmente vim te pedir um favor.
-- Fique à vontade, quer entrar? -- Confesso que estou curiosa com o palácio do príncipe das trevas, apelido que dei a Beelzebub secretamente, mas algo me diz que não devo entrar.
-- Não se preocupe com nada. Pode ser aqui mesmo. -- Dália arqueou a sobrancelha e assentiu. -- Você poderia ler o meu futuro e me dizer a verdade?
Ela negou mudamente.
-- Sn, sabe que não funciona assim, o futuro é constantemente alterado, só pelo fato de você ter me feito esse pedido, algo já deve ter se perdido e está sendo reescrito em seu tempo. O que posso fazer é vislumbrar alguma ação que vá ser alterada corretamente, esse tipo de previsão não tem problema algum em ser revelada.
Concordei de primeira, pois, só pelas palavras dela, sei que mesmo que pudesse ler, meu futuro não me diria. Dália pegou minhas mãos e seus olhos se acenderam, pude ver o pupilar transparente de seus olhos e um breve sorriso que indicava bom sinal.
-- Ora-ora, pelo visto você vai por esse mundo dos avessos, mas será por uma boa causa. -- Ela sorriu se afastando minimamente.
-- Isso me deixou curiosa.
A deusa do destino sorriu.
-- Não fique. Logo acontecerá e estarei ao seu lado para assistir, bom eu vou indo. Não quero arriscar encontrar com Zeus.
Por um minuto fiquei confusa, isso indicava que meus irmãos estão reunidos em algum lugar do inferno.
-- Ele fez algo a você? -- Dália simplesmente desviou o olhar apertando os punhos.
-- De todos os seus irmãos ele é o mais repugnante. -- E assim partiu para dentro da fortaleza e fiquei ainda mais curiosa e um pouco insegura, nunca vi uma reação tão ruim por parte dele, depois perguntarei a Perséfone. Segui para o palácio disposta a ir embora, na verdade, irei ver o belo rei, no entanto, uma gritaria no escritório de Hades chamou minha atenção:
-- PERSEFÓNE! Abaixa isso agora! -- A voz do meu irmão mais velho se fez presente e percebi que era sério, ocultei minha presença e me aproximei mais:
-- Eu não concordo com as escolhas de vocês, não é possível que seres pensantes. OS PILARES GREGOS não tenham uma ideia melhor! -- Minha cunhada estava bem irritada.
-- Ela vai recusar essa ordem e com razão! Mas de que adianta, a decisão de Hades já foi tomada. -- A voz veio de Adamas e pressionei a maçaneta.
-- Filha, você deveria entender, fazemos essas escolhas pelo bem dela. -- Zeus afirmou.
--- Ah claro, controlar a vida de Sn e decidir para onde e com quem ela deve conviver com toda certeza é para o bem dela e não pelo bem de VOCÊS!
E assim abri a porta ficando aparente, todos pararam de falar e notei que Poseidon não está presente.
-- O que está acontecendo?
Zeus sorriu se aproximando e Adamas estapeou o próprio rosto.
-- O quanto você ouviu? -- Hades cruzou os braços e se apoiou na mesa, Perséfone me olhou uma última vez e antes de passar pela porta direcionou um olhar de desgosto para o próprio marido.
-- O suficiente para saber que estão planejando alguma coisa contra a minha vontade.
-- Vamos subir sim? Aqui está bem quente! -- Zeus literalmente deixou claro que dessa vez perderei minha paciência. -- Hora irmãos não me olhem assim, a decisão foi sua Hades e Sn não é burra, então vamos de uma vez para Atlântida antes que dê merda e Poseidon tenha uma crise de nervos.
Não houveram mais palavras e Zeus nos levou direto para a varanda do novo quarto de Poseidon, onde meu irmão ficou incrédulo, pois, pegamos ele no flagra: Grisha sentada em seu colo e boca do meu irmão em seu pescoço.
-- Mas que infernos! -- A deusa se levantou e arrumou os cabelos antes de sair do quarto. -- Zeus desgraçado, você ia expor Sn a uma cena desnecessária!
-- Relaxa Pose. -- Zeus se sentou na cadeira da varanda.
-- Por que viemos aqui? -- Perguntei um pouco impaciente enquanto Hades encostava na parede e Adamas se sentou no guarda-corpo da varanda, Poseidon parou ao meu lado fazendo um assento d'água ao qual aceitei.
-- Decidi que Sn ficará livre. -- Travei ao escutar meu irmão.
-- Espera Hades, eu finalmente não terei que me preocupar com o controle de vocês? -- Minha voz saiu um pouco embargada pela sensação estranha que percorreu meu corpo e notei que Poseidon permaneceu de braços cruzados, no entanto, lembrei da face de Perséfone e do que ouvi no castelo do submundo.
-- Espera aí, o que estão escondendo? Eu ouvi a conversa no salão.
-- Sn, você deveria descansar e aproveitar que não ficará mais em Atlântida. -- Adamas comentou claramente irritado e com isso olhei para Hades um pouco confusa.
-- É sério Adamas? Seu bocudo! -- Zeus menosprezou.
-- Chega, serei direto. -- Meu irmão mais velho afirmou. -- Eu decidi que você ficará no reino de Qin, queria tanto conhecer a terra e poderá, mas ficará presa aquele Elísios.
Pisquei diversas vezes pela afirmação, isso está longe de ser liberdade. Isso é uma prisão! Uma forma de me punir? Mas eu não fiz nada...
Os encarei seriamente, eles não podem continuar com isso, Perséfone está certa.
-- Eu não aceito. -- Afirmei atraindo atenção.
-- Já foi decidido Sn.
-- E eu continuarei me recusando, não podem decidir por mim! Não sou mais uma criança é devem respeitar as minhas escolhas!
-- Sn...
-- Não Poseidon, fica quieto. -- Senti meu coração bater mais forte enquanto os encarei. -- Hades se você quisesse desistir do seu trono e se aventurar na terra poderá.
Apontei para o deus dos mares:
-- Poseidon se quisesse se casar com uma humana poderá, Zeus, eu odeio você e Adamas se quiser se apaixonar ninguém o impedirá, então por que quando é na minha vez de tomar as decisões e ter escolhas vocês fazem isso? É tão sujo!
A mão de Poseidon veio me tocar, porém, não permitir.
-- Não me toque! Eu nunca mais quero olhar para vocês!
Sai correndo do quarto sem direção alguma, justamente quando as coisas estão melhorando eles fazem isso? Me apunhalam pelas costas!
Senti meu corpo quente conforme parei na praça central de Atlântida, notando olhares precipitados sobre meu corpo e fiquei sem entender.
OFF
Ainda no quarto Poseidon não expressava uma emoção sequer, era totalmente contra a ideia de Sn ficar longe de Atlântida, mas não resolveria nada com seus irmãs, tinha prometido para a irmã que se controlaria e enquanto ambos começavam a discutir no quarto com Poseidon apenas observando, na praça, Sn ruía de pouco a pouco, com tantos sentimentos embaralhados junto a certeza de que nunca a deixariam em paz.
"Maldito poder, malditos irmãos..."
A raiva é um poderoso motivador, principalmente quando lhe é tomado um controle frágil que construiu em meio a tantas incertezas.
A pele da deusa já estava incandescente e a flutuação ao seu redor prenunciava o que correria, a praça aos poucos esvaziando e bastou um leve ressoar para que seus irmãos compreendessem o tamanho da merda que haviam feito. No fim não havia motivos para te temerem, depois de tanto tempo. Fazia séculos que você não se via tão feliz como agora, simplesmente pela liberdade sentida e almejada e com uma única decisão acabaram com isso e por esse mesmo motivo que viriam a perecer.
Hades, Zeus, Poseidon e Adamas chegaram nessa mesma ordem dispostos a te conter, mas o seu olhar de ódio foi fatal conforme seu corpo respondia primeiro e nem mesmo com todo o poder deles em seus auges seriam o suficiente para acalmar aquela que nasceu para destruir.
Tudo ruía com um único tremor e em um breve piscar esfarelou-se transformando todas as vidas em pó, a água que antes banhava todo o mundo havia secado com a obliteração e sem ela os humanos não viveriam, os quatro pilares gregos foram igualmente desmantelados e somente do corpo da deusa escorria o poder capaz de acabar com todo o mundo. Em meio ao caos, ofego e desmazelo, a deusa se reinventou, negando-se a acreditar que havia assassinado seus próprios irmãos e destruído toda a vida marinha no processo.
Os olhos não conseguiam parar de jorrar as lágrimas enquanto pressionava a cabeça com ambas as mãos completamente derrotada.
-- Não, não, não. Eu só queria que tudo ficasse bem e que me deixassem em paz. -- E desabou em um choro forte que poderia ser ouvido em qualquer lugar, uma vez que não havia mais vida marinha ou sequer existência ao redor.
Foi então que o pairar repentino de um véu foi sentindo pela deusa, observando o tecido fino alisar seu ombro, seus olhos desviaram para ela enquanto enxugava as lágrimas, ali observou a deusa do destino sorrir levemente.
-- Vamos desfazer essa bagunça sim? -- Mudamente e fungando você concordou. Dália segurou em sua mão e refez o tempo até o momento em que você ouvia a conversa por trás da porta do escritório de Hades, a deusa sorriu e te encarou.
-- Isso não vai mudar nada Dália, é mais fácil refazer a partir dos que eu matei. -- O sussurro de descontentamento fez a outra deusa negar.
-- Eu não posso refazer o mundo Sn, só você, mas... Posso mostrar na prática o que eles irão enfrentar se continuarem infernizando a sua vida.
A deusa então parou o tempo e te deixou observando enquanto a versão dela invadia o escritório e minutos depois estavam de volta ao tempo presente. Onde a bela Sn encarava a praça, o corpo e todo o ambiente em perfeito estado e nada mais.
Uma brisa marinha logo chamou atenção e pode ver os irmãos se aproximando dessa vez sem posição de batalhar e com um sorriso a encararam.
Nada foi dito, todos sabiam o que ocorreu, ao melhor, o que deveria ter ocorrido e assim você se levantou confiante
-- Sou perfeitamente capaz de cuidar de mim mesma e acho que agora entendem isso.
Hades sorriu de lado antes de se aproximar e afagar seus fios.
-- Não era a minha intenção te sentenciar a uma prisão, apenas estamos cuidando de você. -- Seu sorriso de aceitação foi o suficiente, para compreenderem que você havia tomado uma decisão.
-- A partir de agora não ficarei aqui em Atlântida, a terra me parece um local incrível de se conhecer.
Só para não deixar dúvidas, cada pessoa não pode sair do seu Elísios simplesmente por que quer, isso se remete somente aos deuses. Há não ser que uma divindade delegue tal poder.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top