Um


Erley


Leonel e eu vivemos um relacionamento intenso; A paixão atingiu os dois acho que ao mesmo tempo. Trocamos olhares e logo estávamos sorrindo e conversando. Foi aquele tipo de sentimento que a gente tem certeza que só acontece uma vez.

Fui selecionando para uma vaga de estagiário de direito na empresa onde ele trabalhava como assistente administrativo. Logo que cheguei, vi-o entrando na sala para entregar uns papeis, e foi naquele momento que eu soube que o queria para sempre em minha vida.

Moreno, alto, corpo normal... normal porque não era musculoso nem magro, era cheinho, não gordo, enfim... era gostosinho. Foi como o descrevi para a minha amiga. Ele sorriu ao me ver, e eu correspondi com cara de bobo. Tenho quase certeza de que tinha deixado transparecer o meu nervosismo quando ele chegou perto de mim. Nesse momento eu vi o nome dele no crachá.

— Acho que isso é pra você! — disse olhando em meus olhos e me entregando uma pasta com documentos. — Entrega na sala da dra. Lourdes, por favor! — pediu e tocou minha mão suavemente, fazendo um arrepio subir pela minha espinha.

— Claro, precisa de mais alguma coisa?

— Por enquanto, não. Obrigado, Erley. — agradeceu pronunciando o meu nome e me fazendo ruborizar.

Coloquei a pasta na frente do peito, porque meu coração bateu tão forte que temi que desse para ver através da camisa.

— Com licença! — pedi e saí.

A sala da dra. Lourdes era no andar de cima, ela era a dona do escritório de advocacia.

Eu estava no oitavo período de Direito. Consegui aquele estágio através de um anúncio em um site de uma empresa de RH. A vaga não exigia tempo de curso, apenas disponibilidade para o trabalho. A remuneração não era muito boa, mas pagava vale transporte e refeição direitinho, e eu poderia usar as horas no curso.

A semana correu sem maiores emoções, até que, na sexta-feira, na hora do almoço, Leonel sentou na mesma mesa que eu. Meu coração foi à garganta. De tão nervoso, agi feito um pateta e sequer consegui cumprimenta-lo.

— Oi, com licença! Posso sentar com você? — pediu com um sorriso no rosto.

Dei uma olhada disfarçada ao redor e havia muitas mesas vazias, o que me levou a crer que ele queria a minha companhia.

— Cla... claro! — gaguejei e fiquei estático, olhando para ele com um sorriso bobo.

Ele sorriu de volta e me analisou. Depois perguntou causalmente:

— Vai estudar esse fim de semana? Queria te chamar pra tomar alguma coisa...

— Não, quer dizer, só tenho uma prova hoje, mas amanhã vou à toa... — respondi sem conseguir disfarçar a empolgação.

— Então aceita?

— Claro... quer dizer, sim. Aceito...

Meu Deus como eu passo vergonha com esse menino!

Eu estava muito nervoso. Ele puxou assunto e começamos a conversar. Nada demais, falamos de trabalho, da faculdade comigo... assuntos triviais, mas aquele sorriso lindo misturado ao timbre de voz grava fazia tudo parecer muito interessante. Quando mais ele falava, mais apaixonado eu ficava.

Na noite de sábado nos encontramos em um bar. Ele havia combinado com umas amigas e me convidou. Senti meu rosto queimar de ódio quando uma delas o abraçou e encheu o rosto dele de beijos.

— Esse é o Erley, meu colega de trabalho. Essas são Dayse, Tamires e Dani.

— Oi... — cumprimentei e acenei de longe.

Elas acenaram de volta e em seguida saíram para falar com outras pessoas.

No decorrer da noite, bebemos, conversamos, e fui apresentado a mais algumas pessoas. Ele ficou perto de mim o tempo inteiro. Caso eu tivesse sentido vontade de ficar com alguém nem teria tido chance, pois ele era bem mais alto que eu e ofuscava qualquer visão de mim. Além disso, quando alguém chegava perto, ele cuidava em chegar mais perto e falar algo para chamar a minha atenção.

Eu estava me apaixonando sério por ele, e queria com todas as forças que ele estivesse sentindo o mesmo por mim.

Levantei da cadeira e me senti um pouco zonzo, ele segurou forte na minha mão.

— Está tudo bem? — perguntou preocupado.

— Sim, só o efeito da bebida com o estômago vazio. Vou ao banheiro e já volto. — avisei e saí.

Eu realmente estava bem zonzo, não tive tempo de comer e saí da faculdade direto para encontrar com ele. Menti que estaria desocupado o sábado inteiro e corri para estar livre à noite.

Usei o banheiro e quando estava lavando as mãos, ele entrou. Eu sorri ao vê-lo. Ele veio andando em minha direção e me pegou pela nuca.

Senti a parede dura e gelada nas minhas costas e a língua dele invadindo a minha boca, procurando a minha. Apertei sua nuca com força correspondendo àquele beijo. Eu havia sonhado tanto com aquele momento e de repente aconteceu. Muito melhor do que nos meus sonhos. Beijo forte, quente, cheio de pressa. Ele apertou minha bunda com as duas mãos. Senti meu pau pulsar com aquele toque e quase tive um colapso quando senti a ereção dele contra a minha.

Quando nos separamos, ambos completamente sem fôlego, ele entrou na divisória sanitária, e eu fiquei parado, tentando me recuperar. Minha boca ardia, como o desejo intenso que eu estava sentindo. Ainda conseguia sentir a língua dele sugando a minha.

Ele saiu e sorriu para mim de novo e me chamou para voltarmos. O álcool que havia me deixado zonzo evaporou todo com aquela brincadeira. Chegamos à mesa e vi Tamires e Dani se beijando. Eu sorri internamente, senti ciúme da menina que estava beijando outra menina. Não podia adivinhar.

Quando o bar começou a fechar, saímos os cinco, as três meninas, eu e Leonel. Ele pediu um Uber, que levou as meninas em casa e em seguida seguiu para a casa dele. Apenas me deixei conduzir para fora do carro, não questionei nada, eu morava longe e estava louco para ficar com ele.

Ao entrarmos no apartamento — uma quitinete, para ser mais exato — ele pegou uma garrafa de vodca, acessou o YouTube pela TV e me deu o controle para colocar uma música. Escolhi uma da Sia. Ele foi ao quarto e logo voltou, sem camisa. Olhei indisfarçadamente para aquele peito. Ele segurava um copo, bebeu um gole grande e me entregou. Bebi também e me afastei, fingindo interesse na decoração. Se ficasse ali, olhando para aquele peito nu delicioso, enlouqueceria facilmente.

Eu estava olhando umas fotos na parede, quando ele me abraçou por trás e beijou a minha nuca, enfiando a mão na minha calça. Ele puxou meu rosto e me beijou. Gemi na boca dele, quando senti sua mão fria tocar meu membro totalmente duro e aperta-lo.

A outra mão subiu pelo meu abdome, por baixo da camisa, enquanto eu acariciava sua nuca, conduzindo aquele beijo, que estava perfeito. Ele tirou a mão de dentro da minha calça e interrompeu o beijo. Virou-me de frente, com pressa, e arrancou a minha calça. Tirei a camisa também, já estava ficando insuportável ficar com ela.

O gosto de vodca da boca dele ainda estava na minha, e eu passei a língua nos lábios para saborear. Ele se ajoelhou e acariciou meu pênis por cima da cueca, antes de tira-la. Com as duas mãos, masturbou lentamente e em seguida me chupou.

O gemido que soltei quando senti a boca dele me sugando, com certeza, foi ouvido pelos vizinhos. Ele chupava tão gostoso que precisei me segurar por muitas vezes para não gozar rápido.

Eu estava completamente louco, não conseguiria mais segurar por muito tempo, mas então ele se levantou e me beijou. Desabotoei sua calça e o masturbei, sem parar o beijo. Ele colocou uma camisinha em mim, e eu o virei. Estava prestes a gozar apenas com a visão daquele corpo lindo se oferecendo para mim. Penetrei devagar, ele se apoiou na parede e gemeu. Eu gemi também, por entre os dentes, enquanto puxava seu quadril para o meu, aumentando a força dos movimentos, até que o vi gozando e gemendo tão alto, que não aguentei e gozei também.

Repetimos aquilo até de manhã e deitamos exaustos. Aquela foi só a nossa primeira noite. Segunda-feira, quando chegamos à empresa, ele ficou sério e notei que era profissionalismo. Na hora do almoço, eu o esperei e ele não apareceu, fiquei preocupado, mas quando encerrei o meu expediente ele foi falar comigo.

— Corrido demais hoje, te busco na faculdade, ok? — disse e voltou ao trabalho.

Eu fiquei feliz com aquilo, tive uma aula estressante, mas sabia que logo que acabasse iria ficar com ele de novo.

Comemos pizza, ele reclamou que não tinha almoçado e que estava faminto, fui para a casa dele de novo. Aquilo se repetiu algumas vezes e chamou a atenção dos meus pais, que começaram a reclamar que eu não parava em casa e aquele blábláblá de pais.


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Finalmente cheguei à Amazon, e com Estranho que está com cinco mil palavras a mais que a publicação daqui. Corre lá https://www.amazon.com.br/Estranho-Pippa-Rivera-ebook/dp/B07JYDK53T 

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