× Estrada de Utah ×
Verão de 2002, em algum lugar de Utah (Estados Unidos)
Um casal seguia viagem pela estrada, seu destino — o Parque Nacional de Arches, onde eles pretendiam acampar para passar o final de semana juntos, aproveitando a bela natureza e o deserto árido do lugar, seria algo memorável que lembrariam para o resto de suas vidas. A princípio a garota não queria ir, mas seu namorado Jonathan finalmente conseguiu convencer Sara de que precisavam daquilo e que no final seria divertido passar um tempo longe de tudo e todos, seria como uma lua de mel, além do mais, isso faria a desconfiança dela cessar pois seu namorado estaria à vista de seus olhos ciumentos.
— Isso vai ser incrível — ele fala animado. — Além da vista maravilhosa que teremos, vamos nos acabar de transar — seus olhos verdes percorrem rapidamente o corpo de Sara.
— Mal posso esperar querido!
Depois de quase um dia inteiro dirigindo por uma estrada deserta e com o calor escaldante os cozinhado, o carro onde o casal está começa a sair fumaça e logo para por completo.
— Jonathan, você não levou o carro para a revisão antes de sairmos da cidade?
— Claro que sim, isso não deveria estar acontecendo — fala passando a mão entre seus cabelos curtos e pretos.
— Ótimo! Por que não desce do carro e vê qual é o problema?
— Claro, porque eu sou um mecânico não é, Sara?!
— Vamos chamar um reboque — Sara fala procurando seu celular na bolsa. — Não tem sinal Jonathan! — ela sai do carro e anda de um lado para o outro. — Onde está o maldito sinal?
— Estamos no meio do nada — ele retruca impaciente.
Depois de um tempo o casal avista um caminhão se aproximando.
— Beleza, vamos pedir ajuda — Jonathan fala, e Sara concorda com um aceno.
O caminhoneiro para o caminhão mais a frente e em segundos desce do veículo.
— Será que poderia nos ajudar? — o jovem pergunta. — Nosso carro deu problemas — ele sorri, tentando não parecer desesperado.
— E qual é o problema? — indaga o homem.
— Não faço ideia. Talvez você saiba...
— Não mesmo — ele diz rapidamente, interrompendo Jonathan. — Apenas sei dirigir — responde com um sorriso.
O Jovem fica desapontado e não disfarça em demonstrar isso.
— Olha, eu posso dar uma carona — o caminhoneiro oferece. — Há alguns quilômetros tem um posto de gasolina, alguém pode te ajudar lá.
Sara que até aquele momento se manteve distante chamou o namorado até ela e cochichou:
— Vamos pedir ajuda para outra pessoa.
— Para quem? — Jonathan pergunta confuso.
— Não sei, ao próximo carro que passar — ela pedi.
— Por quê?
— Olhe para ele — ela diz, dirigindo o olhar para o caminhoneiro que os observava. — Não gosto dele.
— Sara, você nunca gosta de ninguém!
— Jonathan, ele parece um louco que acabou de sair do hospício.
O homem vestia um macacão jeans azul claro, com uma camisa vermelha xadrezada por dentro, nos pés, uma bota de couro marrom; era forte e sério, mesmo quando sorria, os cabelos curtos e castanhos claro, no rosto carregava uma cicatriz que vinha do canto da boca até seu olho direito, um palito de dente balançava em seus lábios e aparentava ter uns trinta anos.
— Ele me dá medo — ela insiste.
— Desculpe interromper, mas preciso voltar para a estrada. Vão querer a carona ou não?
— Vamos — Jonathan responde rapidamente.
— O quê? — ela fala baixinho.
— Nós vamos Sara — ele responde com um murmúrio —, eu estava dirigindo a horas e não vi nenhum carro passar por nós, não vê que daqui a pouco vai escurecer? Precisamos ir.
— Está bem — ela resmungou.
O casal pega algumas coisas no carro e o fecham, seguindo até o caminhão.
— Ah, o meu nome é Vitor — o homem se apresenta. — Vocês podem ir aqui atrás, no baú — fala, aproximando-se. —, infelizmente não posso levar ninguém lá na frente comigo. Vocês entendem, não é?
— Claro — Sara concorda imediatamente, satisfeita com a ideia de ficar longe de Vitor.
— Mas eu aconselho vocês a usar blusas, ai dentro é frio — ele alerta abrindo a porta.
— O que tem aí dentro? — a garota pergunta receosa.
— Carne — Vitor responde. — Transporto carne de uma cidade para a outra — ele sorri ao falar.
Os olhos de Sara declaravam sua repulsa enquanto sua cabeça se inclinava na tentativa de olhar melhor o que havia ali dentro, o cheiro frio rapidamente lhe embrulhou o estômago, antes que pudesse vê claramente sentiu Jonathan erguê-la e a colocar lá dentro, em seguida o mesmo entrou no baú. Antes de fechar a porta Vitor falou em voz alta:
— Se precisarem de algo gritem e eu paro.
Os momentos a seguir foram calmos e frios, Sara se manteve em pé durante um tempo, estava nervosa e precisava demonstrar isso, mas logo se aconchegou nos braços quentes de seu namorado, que estava sentando no canto, horas se passaram e o jovem casal pegou no sono, cansados da longa viagem.
×××
Jonathan finalmente acorda e se vê deitado em uma mesa de alumínio, sua testa estava soando, seus braços e pernas amarrados, suas roupas jogadas no chão e a única coisa que lhe restava no corpo era a cueca vermelha. A sala se encontrava vazia e com pouca claridade, e ele não conseguia mover o corpo, como se estivesse anestesiado, exceto o seu pescoço que foi único que se moveu. Ao levantar a cabeça para cima Jonathan se dá conta de que sua perna direita foi arrancada do joelho para baixo e neste momento o desespero lhe invade. Ele grita por socorro, inutilmente.
Enquanto isso, em uma sala mais distante Sara estava amarrada de bruços a uma mesa de ferro, seus braços esticados para cima, suas pernas separadas uma da outra, na boca uma mordaça lhe impedia de falar. Assim que acordou percebeu que estava completamente nua, ao contrario de Jonathan, seu corpo ainda estava intacto. Sua cabeça estava apoiada na mesa que dava de frente para a porta, seus olhos refletiram uma mistura de nojo e raiva ao ver Vitor abrir a porta e caminhar até ela acompanhado de um sorriso perverso, que estampava seu rosto, deixando a amostra seus dentes pretos, na roupa dele tinha manchas de sangue, ainda fresco.
Vitor se aproximou lentamente se deliciando com o que via, ela tinha um corpo atraente; branca, magra dos cabelos longos e ruivos naturais. Ela tinha a cintura fina acompanhada dos quadris largos e pernas grosas, isso era tudo que agora ele podia ver, mas antes de a amarar ali ele olhou bem para os seios dela, médios e rosados. Primeiro ele passou a mão sobre as costas dela que se remexeu tentando inutilmente se afastar, em seguida ele se inclinou e passou a língua entre as pernas da garota, lentamente, saboreando-a. Sara se mexia apavorada, tentava gritar, mas apenas ruídos distorcidos saiam da sua boca tampada.
Concentrado e calmo ele se sentou em uma cadeira, de onde tinha a vista privilegiada das partes íntimas de Sara, excitado ele se aproximou mais uma vez dela, desta vez sedento, mordendo-a até arrancar um pequeno pedaço de carne o qual mastigou alegremente e engoliu, depois se recostou novamente na cadeira vendo ela se contorcer de dor, enquanto o sangue descia por entre suas pernas. Ereto por alguns instantes Vitor se tocou enquanto à olhava sofrer. Os olhos da jovem ardiam enquanto as lágrimas desciam desenfreadamente, neste momento ela ouviu pela primeira vez desde que acordou, um grito de socorro vindo de Jonathan.
Sara entrou em choque e desmaiou, só depois disto Vitor se afastou dela, calmo ele se recompôs e saiu do cômodo, seguiu assoviando até a sala onde Jonathan estava, entrou rapidamente e se dirigiu a uma bolsa cinza que estava jogada no chão.
— Seu miserável filho da puta! — Jonathan grita irado.
— Filho da puta? — o caminhoneiro pergunta, sem lhe dirigir o olhar. — Oh sim! Aquela cadela que me colocou no mundo, com certeza era uma puta.
— O que você fez com a minha namorada? — o jovem cospe as palavras.
— Ah, a sua namorada — Vitor responde, enchendo-se de prazer —, ela é deliciosa.
— Desgraçado — Jonathan responde tentando novamente se mexer.
Da bolsa Vitor tira uma serra média e com um sorriso no rosto se aproximou de Jonathan que tentava desesperadamente se soltar, o jovem era alto e tinha um corpo saudável, de atleta, porem magro e agora sem forças por todo o sangue que já havia perdido, quando sentiu Vitor encostar a ferramenta gelada em sua pele sabia que não tinha mais nada a fazer. O homem começou a cortar Jonathan, primeiro um braço e depois o outro e começou a gargalhar enquanto o jovem gritava de dor e ódio. Os gritos dele soaram por toda a sala e foram além daquelas paredes, mas ninguém ouviu seu chamado agudo de aflição, agonia e socorro.
Os insultos que vieram da boca de Jonathan faziam Vitor rir, isso tudo trazia a sensação de êxtase ao assassino, a brutalidade lhe envolvia como nuvens pretas que cobrem o céu em dia de tempestade, o prazer de presenciar a dor humana, de sentir o sangue entre suas mãos, de mastigar a carne das pessoas com seus dentes lhe deixava entorpecido.
A garganta de Jonathan ficou seca, suas lágrimas lavaram seu rosto pálido e quase sem vida, seu fim chegou naquela sala suja, o caminhoneiro a quem ele pediu ajuda e confiou o cortou e separou seus pedaços em embalagens, das quais ele levou ao freezer — está seria sua refeição durante a próxima semana — quanto a Sara, Vitor a manteve viva por dois infinitos dias, no seu êxtase de loucura mórbida, psicótica e assassina e no final de último dia, cansado da presença dela, ele à matou.
A história que dizem; é que ele está por aí, a solta, andando pelas estradas, caçando, frenético e cada vez mais insano. Não se sabe ao certo da onde ele veio e nem porque ele virou um assassino, mas uma coisa é certa, se você estiver de viagem fique atento, pois se cruzar com ele; será o seu fim, ele não terá piedade, seja você homem ou mulher.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top