CAPÍTULO 26

Meu coração frustrado dispara ainda mais quando ouço sua voz. Minha garganta pareceu fechar pelo nó que se formou ali, minha respiração falhou e meu rosto esquentou quando meus olhos embaçam por conta das densas lágrimas que brotavam sem meu consentimento.

ㅡ _____? ㅡ TaeHyung ficou paralizado quando para ao lado mulher de longos cabelos vermelhos.

ㅡ Desculpa, eu não sabia que estava ocupado. ㅡ falei com a voz embargada e eu quase me dou soco por não conseguir disfarçar minha tristeza.

ㅡ Eu já estava indo embora. ㅡ A ruiva disse e entrou da casa.

ㅡ _____, por favor. ㅡ avançou um passo em minha direção ficando bem próximo, permitindo-me sentir o cheiro de álcool e sexo que seu corpo, vestido apenas pelas calças, exalava. ㅡ Me desculpe pelo que você viu.

ㅡ Tudo bem, você não me deve satisfações ㅡ fiz um sorriso triste. TaeHyung abriu a boca para falar algo, mas a mulher de antes passou por nós já vestida com suas roupas, que não era nada além de um vestido tubinho preto e ao invés de se despedir com um tchau, ela pediu desculpas com uma expressão penosa à nós.

Sozinhos novamente, encarei a face dele por mais algum tempo.

ㅡ Eu só vim te convidar para uma comemoração que vamos fazer no meu apartamento. Se você quiser ir, será às vinte horas. ㅡ tentei parecer indiferente, falhei.

ㅡ _____! ㅡ gritou quando dei as costas e me afastei a fim de ir embora dali. ㅡ Por favor, vamos conversar. ㅡ correu até parar em minha frente.

ㅡ Conversar sobre o quê?

ㅡ Sobre nós.

ㅡ TaeHyung, não existe NÓS, nunca existiu e pelo visto nunca vai existir. Agora me dê licença.

ㅡ Como não?

ㅡ Me deixe ir! ㅡ me irritei por ele está bloqueando meu caminho.

ㅡ Não! Nós merecemos ter uma conversa!

ㅡ Eu acredito que não. Aliás, aquela mulher...

ㅡ Você simplesmente foi embora, abandonou tudo aqui em Seul. ㅡ me interrompeu com a voz mais firme. ㅡ Eu disse estar apaixonado, mas você simplesmente escolheu ficar em Daegu. Não te julguei por mais triste que fiquei. E porra, você não me deu nenhuma esperança sobre nós. Não me mandava mensagem ou ligava. Pensei que você não queria mais saber e então segui. Agora não venha me culpar pela mulher que viu como se eu estivesse te traindo!

Ele está certo, fui eu, eu quem disse que não queria voltar à Seul, que queria construir uma nova vida em Daegu. Porque ele não faria o mesmo aqui em Seul?

Então recuei um passo me distanciando dele.

ㅡ Você tem razão. Acredito que eu tenho que fazer o mesmo que você, seguir.

ㅡ Vamos conversar melhor, podemos tentar de novo.

ㅡ Como vamos tentar de novo? Se nós conseguimos estragar algo que existiu nem sequer direito.

ㅡ Não quero desistir de você! _____, depois da morte de SunHee jurei que nunca mais ia amar alguém, mas você... você me faz querer amar de novo. Sei ser muito cedo para falar de amor, mas quero poder te amar um dia. Porém, só vou lutar por esse dia se você quiser, caso contrário, vou respeitar sua decisão e o melhor é cada um seguir o seu próprio caminho.

Senti meu coração disparar e porra, eu queria muito ter um manual de instruções para saber reagir a tudo o que acabei de ouvir. Porque não consigo mover um músculo sequer?

ㅡ Diz algo, por favor. ㅡ pediu após um longo silêncio de minha parte.

ㅡ Eu não sei o que dizer. É tudo complicado... Minha cabeça está uma bagunça desde aquele dia onde você encontrou YoonGi. Toda aquela confusão virou uma bola de neve e não consigo encontrar uma forma de lidar. E agora você vem me dizer que quer me amar? Puta que pariu, meu cérebro não quer funcionar.

ㅡ Eu sei que errei naquela noite descontando em você todas minhas emoções. Já pedi perdão pelas coisas que fiz, mas se você quiser peço de novo, pois sei que minha atitude foi errada. Eu deveria ter pensando antes de agir, mesmo que minha intenção com tudo aquilo era te afastar para te proteger.

ㅡ Tudo bem, te perdoo. Também tenho que me desculpar por falar sobre o seu segredo na frente do JungKook e do JiMin. E também quero te agradecer por largar tudo aqui em Seul e ter ido cuidar de mim quando meu pai faleceu.

ㅡ Não foi nada. ㅡ um sorriso pequeno brotava em seus lábios vermelhos.

ㅡ E eu também quero pedir desculpas por fugir no aeroporto quando você disse estar apaixonado. ㅡ ele riu baixinho tocando meu queixo, erguendo meu rosto até que seus olhos pudessem encontrar os meus marejados.

ㅡ Aquela cena foi frustrante, mas engraçada, principalmente a parte em que você pisou no pé daquela senhorinha. ㅡ riu um pouco mais.

ㅡ Idiota. ㅡ direcionei um soquinho em seu peito rindo também.

ㅡ Então, agora que nós perdoamos, você vai dar uma chance para nós? ㅡ ele tinha um olhar esperançoso.

ㅡ Tudo bem, vamos tentar mais uma vez e esquecer as merdas que fizemos. ㅡ Eu digo um tanto insegura, porém sem me arrepender nem um pouquinho lhe mostrando um sorriso pequeno.

Vejo os olhos de TaeHyung brilharem e aquele sorriso largo que faz meu coração aquecer tomar sua face.

ㅡ Mas com calma, vamos tentar fazer certo dessa vez. ㅡ um largo sorriso tomou meus lábios.

ㅡ Tudo bem. ㅡ se aproximou.

ㅡ E se você for um babaca comigo de novo eu conto para minha mãe e você já sabe o que ela vai fazer né...

Gargalhou com meu aviso.

ㅡ Pode deixar, vou te tratar como uma florzinha.

ㅡ Acho bom. ㅡ cruzei os braços sobre o peito convencida. ㅡ Agora eu tenho que ir.

ㅡ Ei, não vai rolar nem um beijinho de reconciliação? ㅡ reivindicou vindo atrás de mim.

ㅡ É claro que não. Você está fedendo álcool. ㅡ falei sem conter um riso zombeteiro. ㅡ Tchau.

ㅡ Se você me esperar tomar um banho, eu posso te dar uma carona até sua casa.

ㅡ Tudo bem. ㅡ concordei o seguindo para dentro da casa em seguida.

Ao entrar, me deparei com sua sala revirada, peças de roupas espalhadas, almofadas jogadas pelo chão, alguns itens de decoração caídos. Era como se um furacão tivesse passado por ali.

ㅡ É, pelo visto você me deu o troco.

ㅡ Como? ㅡ perguntou seguindo a minha frente em direção das escadas.

ㅡ Lembra daquela noite em que você chegou lá em casa e encontrou roupas e camisinhas pela minha sala.

ㅡ É claro que lembro. ㅡ disse com desgostoso. ㅡ Ah, mas eu não transei com aquela garota. Eu estava tão bêbado que desmaiei no meio da noite. ㅡ contou subindo as escadas. ㅡ Eu desmaiei de pau duro, que frustrante.

ㅡ Eu não sei o porquê, mas estou aliviada com essa notícia. ㅡ fui sincera soltando um risinho. ㅡ Eu deveria ter transado, deveria ter convidado duas garotas aqui para dar um troco digno naquela suruba ridícula que você fez com aqueles panacas.

ㅡ Não foi ridícula, foi uma deli... ㅡ me fuzilou com o olhar me interrompendo. ㅡ Tudo bem, eu juro que se for um bom garoto, faço um boquete em você tão gostoso quanto o que eu fiz em JungKook. ㅡ falei quando terminamos de subir o lance de escadas.

De repente meu corpo foi jogado contra a parede do corredor.

ㅡ Você adora me provocar não é mesmo sua pestinha. ㅡ colou nossos corpos sussurrando rente ao meu ouvido.

ㅡ Você não imagina como senhor Kim. ㅡ Então continue assim, com suas provocações, pois vou adorar te amarrar em minha cama e te punir por cada uma delas.

ㅡ É o que vamos ver.

***

Sempre pensamos que temos roupas de menos quando estamos escolhendo alguma combinação para usar, entretanto, quando se trata de organizar o guarda-roupas aparece roupa até de onde não se pode imaginar. Pois bem! Essa foi a minha realidade durante toda a tarde, enquanto tinha a difícil tarefa de desfazer as malas. Mas pelo menos tinha TaeHyung para me ajudar.

ㅡ Essa foi a última, finalmente. ㅡ falei em meio a um suspiro cansado quando fechei a mala já vazia e a posicionei junto às outras duas, antes de cair deitada na cama ao lado de TaeHyung.

ㅡ Como tanto coisa cabe em um guarda-roupas tão pequeno?

ㅡ Eu queria saber, uma vez até encontrei uma panela.

ㅡ Nem vou perguntar como ela foi parar lá. ㅡ Tae posicionou-se de lado para me encarar.

ㅡ Por favor. ㅡ ri imitando sua posição.

ㅡ Mudando de assunto, te ajudei bastante hoje, acho que mereço uma bonificação. ㅡ sussurrou manhoso pousando sua mão sobre minha cintura.

ㅡ Realmente. ㅡ concordei ㅡ Que tal assistirmos a filme, você escolhe.

Eu sei que não era aquela resposta que TaeHyung procurava ouvir e foi justamente por isso que eu não disse o que ele queria. Por mera provocação.

ㅡ Não era o que eu estava afim, mas...

ㅡ Oh, não? Então o que você quer?

Ele mostrou um sorriso lascivo ao se aproximar, deslizou a ponta de seu nariz contra minha bochecha. Senti seu hálito quente mesclar com o meu e então seus dentes encontraram meu lábio inferior e sua mão adentrou minha camisa apertando minha pele diretamente. Gemi baixinho com o seu ato e aquilo só o motivou a subir mais com sua mão até encontrar meu seio.

ㅡ Filha, ㅡ A voz de minha mãe nos faz afastar tão rápido, quanto suas bochechas coram quando ela invadiu meu quarto.

ㅡ Me desculpem.

ㅡ Tudo bem, não era nada. ㅡ falei envergonhada.

Ela estava ali para nos chamar para lanchar, mas tenho certeza que era só uma desculpa para manter seus olhos sobre mim e TaeHyung. Mesmo eu já sendo uma mulher adulta, se é que podemos dizer assim, minha mãe tem a Síndrome MCSP- Mãe-Coruja-Super-Protetora. Ou seja, mesmo que eu tenha cinquenta anos, filhos e esteja, sei lá, no quinto casamento, ela ainda vai ser assim, coruja de mais.

Não é que ela não goste do Tae, muito pelo contrário. Mais cedo, quando chegamos com a notícia de que tínhamos finalmente tomado a decisão de dar mais uma chance para a gente, ela ficou feliz por nós. E juro, ela até mesmo preparou meu prato favorito para o almoço, o que ela costumava fazer para comemorar algo.

A noite logo chegou, TaeHyung voltou a sua casa para tomar um novo banho e carinhosamente se ofereceu para buscar as encomendas das pizzas. E quando ele voltou todos já haviam chegado. JiSoo, HoSeok, JungKook, JiMin e até o fofinho do Bananinha.

ㅡ TaeHyung chegou! ㅡ Minha mãe anunciou abrindo a porta para Tae que carregava várias sacolas e as caixas de pizzas.

ㅡ Boa noite. ㅡ cumprimentou a todos ao entrar.

Minha mãe o ajudou com a comida, posicionando-as sobre a mesa de centro da sala.

ㅡ Olha Tae, esse é o Bananinha, o gatinho do JiMin. ㅡ me referi ao bichinho em meu colo, com aquele leve tom de provocação de sempre.

ㅡ Que bom que o gatinho do JiMin é realmente um gato. ㅡ falou com o humor escasso, sem me olhar por está concentrado em arrumar espaço para colocar todas as caixas sobre a mesinha.

ㅡ E o que mais seria senhor Kim? ㅡ JiMin brincou.

ㅡ Sei lá. ㅡ finalmente ergueu os olhos diretamente para JiMin. Ameaçador, talvez.

A refeição logo se iniciou e seguiu sem muitas intrigas, até a parte em que minha mãe decidiu investigar minha vida com meus amigos. Mas aposto que se arrependeu em seguida, pois ficou escandalizada com a história que minha amiga havia acabado de contar.

ㅡ Como assim você beijou um policial? Todavia, minha mãe não é a única a se incomodar com o desfecho da história, TaeHyung riu, mas é um riso forçado para disfarçar seu desconforto aparente.

ㅡ Era um segredo! ㅡ reclamei com JiSoo e ela apenas balançou os ombros rindo da cilada em que tinha me metido.

ㅡ Meu Deus! E eu acreditando que minha filha é uma santa. ㅡ se lamentou e dessa vez todos riem bem alto. Faltou apenas Bananinha rir de mim também.

ㅡ Por que não mudamos de assunto? ㅡ propus antes que mais histórias comprometedoras sejam reveladas.

ㅡ E você JunYee? ㅡ minha mãe deu a vez para JungKook falar.

ㅡ É JungKook. ㅡ corrigi.

ㅡ JungKook? ㅡ arregalou os olhos para mim tão horrorizada quanto antes.

Ah, puta merda! Esqueci, minha mãe o conhece! Eu já falei dele para ela antes, na época da faculdade. Contei que gostava dele e sobre minha primeira vez, óbvio que a parte da biblioteca foi ocultada. Ela nunca o conheceu pessoalmente antes, entretanto sou uma burra em ter pensado que não reconheceria o nome do meu primeiro garoto, mesmo anos sem ouvi-lo novamente.

ㅡ Como você pôde? ㅡ entortou a boca em direção ao Tae.

Aquele simples gesto é um sermão inteiro. Ela quer me repreender por trazer um "ex" para minha casa, na presença de um atual pretendente. Ah, se ela soubesse o que aconteceu nesse apartamento meses atrás.

ㅡ O que eu tô perdendo? ㅡ JiSoo indagou diante do clima que minha mãe e eu atraímos.

ㅡ Nada. ㅡ falei bebendo meu soju em uma tentativa de me acalmar.

ㅡ Não é nada JiSoo. ㅡ forçou um sorriso.

ㅡ Vamos brincar no karaokê? ㅡ HoSeok manifestou de modo a devolver a autenticidade da "festa".

Assim fizemos, com mais alguns goles de bebida, dançamos e cantamos como se estivéssemos em show. Já começava a sentir os primeiros efeitos do álcool em mim, euforia, eu dançava loucamente com JiMin, outro bêbado. Não me importava com os olhares desaprovadores de minha mãe e as bochechas vermelhas de TaeHyung sentado no sofá, enquanto fingia estar concentrado em algo em seu celular. Em um momento, deixei meu par e caminhei até o sofá onde Tae estava, cambaleando vez ou outra.

ㅡ Quer dançar? ㅡ indaguei a TaeHyung pousando minha mão sobre sua coxa antes de deixar um aperto ali.

Estava tudo girando, meu corpo parecia pesado e meu equilíbrio não era um dos melhores.

ㅡ Não, obrigado. ㅡ disse um pouco emburrado.

ㅡ Vem por favor. ㅡ choraminguei tocando suas mãos na tentativa falha de puxá-lo.

ㅡ Eu não quero.

ㅡ Por favor! ㅡ pedi mais uma vez e aquilo era a última coisa que eu me lembrava antes de eu tentar puxá-lo, ter me desequilibrado, caído e batido a cabeça contra a mesinha de centro.

Não sei por quanto tempo fiquei apagada. Na verdade, só me dei conta de que apaguei quando meus sentidos retornaram pouco a pouco. E o tato é o primeiro a ser devolvido, pois, senti o forte latejar em minha cabeça. Logo após a audição veio aos pouquinhos permitindo-me ouvir as vozes preocupadas ecoarem em minha cabeça como se eu estivesse debaixo da água.

ㅡ Meu Deus ela está sangrando muito, é melhor irmos ao médico. ㅡ nem é preciso dizer que foi minha mãe que disse isso.

ㅡ Acho que não precisa unnie, parece ser só um corte superficial. ㅡ JiSoo falou.

ㅡ Gente ela está se mexendo! ㅡ JiMin disse.

ㅡ Amor, você está me ouvindo? ㅡ e então a voz dele me fez acordar de vez com um largo sorriso.

Ah! Ele me chamou de Amor! Foda-se, me vendo por muito pouco mesmo.

ㅡ Ela está acordando? ㅡ Robi indagou.

ㅡ Porque ela tá rindo? ㅡ JiSoo questionou em tom de estranheza.

ㅡ _____! ㅡ Tae chamou com uma tonelada de alívio em sua voz quando abri os olhos e me encontrei com a cabeça apoiada em seu colo no chão. ㅡ Você está bem?

ㅡ Minha cabeça. ㅡ reclamei levando minha mão até onde dói e grunhi com o ardor ao tocar ali.

ㅡ É só um corte, você vai ficar bem. ㅡ Tae disse.

***

Em meu quarto, um tempo depois de meu desmaio, minha mãe fazia um curativo em minha testa enquanto Tae limpava a sujeira na sala quando outros já foram embora.

ㅡ Eu já disse, bebida não é ruim, mas você não precisa beber até cair minha filha! ㅡ minha mãe continuava seu longo sermão enquanto um band-aid das Meninas Super Poderosas é colado no meu machucado. Em minha defesa, só tinha esse aqui em casa.

ㅡ Com licença. ㅡ Tae entrou em meu quarto atrapalhando a bronca de minha mãe. ㅡ Eu vim me despedir.

ㅡ Claro. ㅡ ela falou recolhendo os medicamentos usados no curativo e se retirou para os devolver para a caixinha de primeiros socorros no banheiro.

ㅡ Como está o seu dodói Menina super poderosa? ㅡ brincou sentando ao meu lado na cama.

ㅡ Está doendo. ㅡ falei manhosa, mas é verdade, estava doendo pra caralho.

ㅡ Melhoras então. ㅡ levou sua mão até meus cabelos e eu fechei os olhos para apreciar seu carinho, sentindo seus lábios beijar minha testa, próximo do corte, com ternura e cuidado. ㅡ Tchau.

ㅡ Tchau.

Não queria que ele fosse embora.

Assisti TaeHyung se levantar e caminhar em direção a porta sem pressa.

ㅡ Tae! ㅡ chamei antes que ele atravessasse a porta de vez.

ㅡ Sim. ㅡ Me chama de amor de novo, ㅡ pedi e complementei com uma desculpa propositalmente esfarrapada: ㅡ É pro meu TCC.

Foda-se se estava parecendo uma carente, mas acontece que não é todo dia que se tem um Kim TaeHyung te chamando de amor por aí. Tae gargalhou e disse com um sorriso adorável:

ㅡ Tudo bem. Boa noite, amor.

Eu sorri ainda mais largo. Trocamos mais alguns sorrisos e então TaeHyung deu as costas para sair novamente.

ㅡ Tae! ㅡ E mais uma vez eu o chamo.

ㅡ Sim.

ㅡ Eu também estou me apaixonando por você.

Eu não sei de onde tirei coragem para dizer aquilo. Talvez o álcool que se dissipava pouco a pouco em minha corrente sanguínea tenha sido meu catalisador para finalmente colocar em palavras o que sentia por ele. Minha confissão o pegou de surpresa, pois ele manteve os olhos arregalados por um bom tempo, antes de finalmente me mostrar aquele sorriso bonito que me faz tremer como uma gelatina em meio a um terremoto.

ㅡ Você não sabe o quanto eu desejei ouvir isso de você. ㅡ voltou até mim. Rapidamente, seus lábios tocaram os meus em um beijo cheio de sentimentos.

Já beijei TaeHyung muitas vezes, mas nenhuma delas foi tão, tão, bonita como desta vez. Pois, diferente de nossos primeiros beijos que só se limitavam a carnalidade, este beijo existe algo muito maior, existe um desejo verdadeiro que vai além da carne e é recíproco.

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