capítulo 8
capítulo 8
Eu estava na sala de aula, encarando os olhares entediados dos alunos que mal podiam esperar para escapar para o mundo exterior. Ah, o mundo lá fora , mas eles não faziam ideia do que os esperava. , estava prestes a contar-lhes sobre uma das figuras mais fascinantes e perigosas da história: Cleópatra.
-"Silêncio", eu disse com firmeza, fazendo os murmúrios cessarem. -"Hoje, vamos falar sobre Cleópatra. Uma mulher inteligente, astuta e perigosa."
Levei-os em uma viagem através do tempo, pintando um retrato vívido de Cleópatra, -uma rainha que manipulava homens como peças em um tabuleiro de xadrez. Sua beleza, sua inteligência afiada como uma lâmina, e sua habilidade de usar o desejo dos homens a seu favor eram características que a tornavam temida e respeitada.
-"Mas por que ela era tão perigosa?", perguntou um dos alunos, com os olhos agora brilhando com interesse genuíno.
-"Simples", eu respondi, me inclinando para frente, deixando a tensão pairar no ar. -"Ela era perigosa porque entendia o poder da manipulação. Cleópatra sabia como usar suas habilidades para seduzir e controlar os homens ao seu redor, jogando com seus desejos e ambições como se fossem peões em seu jogo."
Os alunos absorviam minhas palavras, cada detalhe sobre Cleópatra se tornando uma peça no quebra-cabeça de suas mentes curiosas.
O sinal tocou, quebrando o silêncio da sala de aula e arrancando os alunos do mundo fascinante de Cleópatra de volta à realidade monótona da escola. Eles se levantaram, começaram a recolher seus materiais e saíram, deixando-me sozinho na sala.
Enquanto eu guardava meus próprios materiais, meu celular começou a vibrar no bolso. Eu o peguei e olhei para a tela. O nome que piscava em letras brilhantes me deixou sem fôlego por um momento: Alice. Minha ex-namorada
Por um instante, fiquei paralisado, incapaz de decidir se deveria atender ou não. O que ela queria depois de tudo que aconteceu? O que eu deveria dizer? Meu coração batia com força no peito, enquanto eu lutava para controlar as emoções tumultuadas que se agitavam dentro de mim.
Eu ignorei a ligação de Alice, deixando-a para trás como um fantasma do passado enquanto tentava recolher meus pensamentos dispersos. No entanto, antes que eu pudesse me concentrar novamente, Cassie entrou na sala e veio em minha direção.
-"Oi, Oliver", ela disse, mordendo o lábio e deixando cair propositalmente seu lápis no chão, fingindo um movimento sedutor enquanto se abaixava para pegá-lo.
Eu assisti à cena com uma mistura de confusão e irritação. Aquela tentativa barata de flerte não era o que eu precisava naquele momento.- "Cassie, pare", eu disse firmemente, cortando sua atitude.
-"Se você quiser que eu te ajude com a matéria, tudo bem, mas não perca o meu tempo com joguinhos bobos", eu continuei, firmando meu olhar em seus olhos e deixando claro que eu não estava disposto a tolerar mais distrações.
Cassie pareceu surpresa por um momento, mas então assentiu com a cabeça, aceitando minha condição. Ela se endireitou, deixando cair a fachada sedutora, e se concentrou na matéria que precisava de ajuda. Eu respirei fundo, tentando deixar para trás as interrupções e me concentrar no que realmente importava: ajudar Cassie a entender o conteúdo da aula.
Depois de ajudar Cassie, eu saí da sala e do internato, buscando um pouco de ar fresco perto da piscina. Alguns alunos estavam lá, aproveitando o sol da tarde, mas meus olhos foram imediatamente atraídos para Esther, que emergia graciosamente da água.
Ela estava toda molhada, os fios de cabelo grudados em sua pele, enquanto o maiô apertado azul marinho destacava cada curva de seu corpo. O traje, embora simples, parecia feito sob medida para ela, realçando suas formas de maneira irresistível.
Esther parecia completamente à vontade em sua própria pele, exalando confiança e beleza natural enquanto caminhava à beira da piscina. Seus movimentos eram graciosos e cativantes, prendendo minha atenção de uma forma que eu não podia ignorar.
Eu a observei discretamente, incapaz de desviar o olhar enquanto ela se movia com uma elegância serena ao meu redor. Cada movimento, cada gesto era uma obra de arte em si mesma, e eu me vi admirando-a silenciosamente, perdido em sua aura magnética.
Esther era como uma sereia emergindo das profundezas, envolta em mistério e encanto, e eu não pude deixar de me sentir hipnotizado por sua presença exuberante à beira da piscina.
Decidi afastar minha mente de Esther enquanto caminhava em direção ao campo de futebol. O som dos meus passos ecoava no ar, mas minha mente estava ocupada com pensamentos sobre Alice e sua ligação inesperada.
Cheguei ao campo e fiquei parado no centro, olhando ao redor enquanto a grama verde se estendia diante de mim. O sol estava se pondo lentamente, tingindo o céu com tons de azul, mas minha mente ainda estava turva com indecisão.
Eu sabia que tinha que tomar uma decisão sobre Alice. Afinal, ignorar suas chamadas não resolveria nada. Mas algo dentro de mim hesitava em atender, temendo o que poderia surgir dessa conversa.
Enquanto eu ponderava sobre minhas opções, o som distante de risadas e gritos dos jogadores de futebol me lembrava da vida cotidiana que continuava ao meu redor. Eu não podia ficar parado ali para sempre, perdido em pensamentos e dúvidas.
Resolvi que precisava enfrentar essa situação de frente. Era hora de encarar Alice e descobrir o que ela queria. Com um suspiro determinado, peguei meu celular e disquei seu número, preparando-me para finalmente atender sua ligação e enfrentar o que quer que viesse depois.
Com um suspiro resignado, eu liguei para Alice, preparando-me para enfrentar o que quer que ela tivesse a dizer. Ela atendeu, visivelmente surpresa, e suas palavras me atingiram como uma onda de emoções conflitantes.
-Você finalmente atendeu", ela disse, sua voz carregada de surpresa e alívio.
Eu a interrompi com uma calma contida, mas uma pontada de raiva presente em minhas palavras.- "O que você quer, Alice?", perguntei, direto ao ponto.
Ela hesitou por um momento, antes de responder:- "Eu preciso falar com você. É importante. Por favor, me encontre na lanchonete perto do posto de gasolina."
Eu concordei, concordando relutantemente em encontrar-me com ela. Depois de desligar o celular, fiquei ali parado por um momento, ponderando sobre a decisão que acabara de tomar.
Eu poderia simplesmente ignorar o pedido de Alice e seguir em frente com minha vida, mas algo dentro de mim me impelia a ir encontrá-la. Talvez fosse a necessidade de fechar um capítulo do passado ou simplesmente a curiosidade de saber o que ela tinha a dizer.
Decidi seguir em frente e fui até o estacionamento do internato, onde meu carro estava estacionado. Entrando nele, dei partida e dirigi em direção à lanchonete, preparando-me para enfrentar o que quer que viesse pela frente.
Enquanto dirigia em direção à lanchonete, percebi que outro carro começou a seguir o meu de perto. Um arrepio percorreu minha espinha quando percebi que o carro atrás de mim parecia estar seguindo meus movimentos de perto demais para ser coincidência.
Meus dedos apertaram o volante com força, enquanto eu tentava manter a calma e analisar a situação. Quem poderia estar me seguindo e por quê? As perguntas ecoavam na minha mente, mas não havia tempo para respostas.
Decidi acelerar um pouco, testando se o carro atrás de mim faria o mesmo. Para minha consternação, o carro atrás também começou a acelerar, confirmando minhas suspeitas de que estava sendo seguido.
Meu coração batia mais rápido enquanto eu tentava raciocinar sobre o que fazer a seguir. Decidi tentar despistar o carro, fazendo algumas manobras rápidas e mudando de faixa abruptamente. O carro atrás de mim seguia cada movimento, mostrando que não seria fácil me livrar dele.
Eu me concentrava na estrada à frente, mantendo uma velocidade constante enquanto tentava pensar em um plano para me livrar do perseguidor. Com o suor começando a formar-se em minha testa, eu estava determinado a chegar à lanchonete e descobrir o que Alice tinha a dizer, mas primeiro, precisava resolver esse problema imediato.
Com o coração acelerado e a respiração ofegante, eu me concentrei em cada movimento, cada manobra, enquanto tentava despistar o carro que me seguia implacavelmente. Meus olhos estavam fixos no espelho retrovisor, observando cada movimento do veículo atrás de mim.
Com um impulso de adrenalina, fiz uma rápida curva à esquerda, seguida por outra à direita, tentando confundir o motorista do carro que me perseguia. O som dos pneus chiando ecoava no ar enquanto eu pressionava o acelerador, sentindo a tensão aumentar a cada segundo.
O carro atrás de mim não desistia facilmente, acompanhando cada uma das minhas manobras com determinação. Eu estava suando frio, lutando para manter o controle sobre o volante enquanto continuava a me esquivar dos obstáculos que surgiam à minha frente.
Finalmente, em um momento de oportunidade, vi uma rua lateral e decidi arriscar. Sem hesitação, virei bruscamente na rua estreita, sentindo o carro deslizar pela curva enquanto mantinha o controle da direção.
Por um breve momento, tudo pareceu em câmera lenta enquanto eu aguardava ansiosamente para ver se o carro atrás de mim seguiria pela mesma rua. Para minha imensa alívio, o veículo continuou em frente, perdendo-me de vista.
Com um suspiro de alívio, continuei dirigindo, sentindo a tensão começar a se dissipar. Eu tinha conseguido despistar o carro e agora estava livre para continuar meu caminho até a lanchonete, onde esperava encontrar respostas para as perguntas que vinham me atormentando.
Enquanto dirigia, eu tentava processar o que acabara de acontecer, a adrenalina ainda pulsando em minhas veias. Estava determinado a descobrir quem estava me seguindo e por quê, mas por enquanto, precisava me concentrar no que estava por vir. Chegando à lanchonete, estacionei o carro e entrei, preparado para enfrentar o que quer que viesse a seguir.
Ao ver a mesa que Alice está sentada eu me sentei junto a ela
Olhei para Alice enquanto ela falava comigo, notando imediatamente a diferença em sua aparência. Ela parecia abatida, cansada, um eco pálido da mulher vibrante que eu conheci no passado. Era difícil reconciliar essa imagem com a memória da mulher que eu um dia planejei pedir em casamento.
-"Oi, Oliver", ela disse, forçando um sorriso frágil. "Como você está? Você parece bem."
Eu retribuí o sorriso, embora me sentisse tenso e desconfortável diante da situação. -Sim, estou bem", respondi, escolhendo manter as respostas curtas enquanto tentava entender por que ela tinha me chamado ali.
Ela desviou o olhar por um momento antes de responder, sua voz soando um pouco trêmula. -"Eu... não estou tão bem", confessou, seus olhos encontrando os meus com uma expressão de vulnerabilidade. -"Tenho passado por um momento difícil."
Enquanto ouvia Alice desabafar sobre seus problemas, uma sensação de satisfação começou a se instalar em minha mente. Ver a mulher que um dia me causou tanta dor agora enfrentando suas próprias dificuldades me deu uma estranha sensação de vingança. E o melhor de tudo, eu não precisei fazer absolutamente nada; a vida havia dado a ela o que ela merecia.
No entanto, meu contentamento rapidamente se transformou em choque e repulsa quando Alice revelou a verdade por trás de sua aflição. Ela estava grávida e acreditava que o bebê era meu, é não do fruto dela com um relacionamento com o professor com quem ela estava saindo.
A raiva cresceu dentro de mim, uma mistura de incredulidade e revolta diante da situação absurda. Olhei para Alice com uma mistura de desprezo e descrença enquanto as palavras cruéis fervilhavam em minha mente.
-"Essa droga de filho não é meu!", gritei, minha voz ecoando na lanchonete enquanto eu me levantava abruptamente. -"Você é uma vagabunda! Como você ousa me chamar aqui para isso?"
A raiva borbulhava dentro de mim, ameaçando transbordar a qualquer momento. Eu me sentia traído, manipulado, e a ideia de ser pai de um filho que não era meu era simplesmente intolerável. A dor do passado se misturava com a fúria do presente, transformando minha mente em um turbilhão de emoções tumultuadas.
Eu olhei para Alice, meu olhar carregado de desdém e desprezo, antes de virar as costas e sair da lanchonete, deixando-a para trás em meio à sua própria confusão e desespero.
As palavras de Alice ecoaram na lanchonete, cortantes como facas, enquanto eu me virava para encará-la mais uma vez. O choque da revelação ainda pulsava em minhas veias, mas algo na angústia em seus olhos me fez hesitar por um momento.
Ela se levantou da mesa, sua expressão desesperada e vulnerável contrastando com a determinação que ela exibia anteriormente. Seus olhos encontraram os meus, implorando por compaixão, por uma resposta, por qualquer coisa que pudesse aliviar sua dor.
-Você é ele são única pessoas que eu tive relações, Oliver é ele é estéreo", ela sussurrou, sua voz carregada de tristeza e arrependimento. -Ele me deixou, estou sozinha. Por favor, me ajude."
Um turbilhão de emoções tumultuava dentro de mim enquanto eu olhava para ela, tentando processar suas palavras e o pedido desesperado em seus olhos. Eu me sentia dividido entre a raiva que ainda fervilhava dentro de mim e a compaixão que eu sabia que ela merecia.
Por um momento, fiquei em silêncio, lutando para encontrar as palavras certas para dizer. A dor do passado ainda ardia em minha alma, mas diante da vulnerabilidade crua de Alice, eu não podia ignorar sua necessidade de ajuda, Após sair da lanchonete, eu parei brevemente ao lado do meu carro e peguei várias notas é no total foi 135 dólares do meu bolso. Eu entreguei o dinheiro para Alice, sem dizer uma palavra, mas com um olhar sério que transmitia a gravidade da situação.
-"Use isso para fazer o teste de DNA", eu disse, minha voz firme e determinada. -"Precisamos resolver isso de uma vez por todas."
Sem esperar por uma resposta, eu me afastei, deixando Alice com o dinheiro e as palavras pendentes no ar. Eu sabia que o teste de DNA era a única maneira de esclarecer a situação e descobrir a verdade sobre a paternidade do bebê que ela carregava.
Com passos firmes, eu retornei ao meu carro e entrei, sentindo o peso da situação pesando em meus ombros. O caminho de volta para o internato era silencioso, minha mente girando com pensamentos e preocupações enquanto eu tentava processar tudo o que acabara de acontecer.
Ao chegar ao internato, estacionei o carro e desci, sentindo um misto de alívio e ansiedade
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