6

No dia seguinte um homem bateu na porta furioso, ele estava acompanhado dofilho, vi pelo infravermelho. Entrei no quarto de Mariana para avisá-la, ela
conectava fios num cérebro artificial dentro de um pote, Mariana pegou o sprayque usei para a curar e foi batendo o pé à porta da frente, fiquei no quarto e metranquei lá, no entanto vi que Mariana além do spray pegou a arma que escondiana prateleira das peças e a colocou na parte de trás da calça.

— O que foi? — Abriu a porta.

— Olha o que você fez pro meu filho?!

— Ele invadiu minha casa. Cadê o outro moleque?

— Olha o queixo dele! Vou chamar a polícia!

Ouvi o grito assustado do garoto e o spray sendo usado.

— Pronto — Mariana disse. — Não vai ter cicatriz.

— Quem você pensa que é? Chegou aqui um dia desses e…

— Tenho mais o que fazer. — Ouvi o rangido da porta. O quarto de Mariana tinhauma camada especial que ela grudou com supercola impedindo o infravermelho.

— Cadê o robô? — Ele segurou a porta.

— Que robô?

— O que meu filho disse. Você tem um!

— Uma — o menino corrigiu.

— Joguei fora.

— Ah, é? Quero ver. O quê?!

— Dê mais um passo na minha casa e eu estouro esse pote de merda que tu
chama de cabeça. Para trás. Anda, para trás!

— Você é louca?! Isso é perigoso! Você não sabe mexer nisso!

— Pra trás. — Ouvi Mariana encaixando o gatilho, não havia medo ou receio navoz. — Você também, moleque.

— Vou chamar a polícia!

— Vai lá e chama logo, vão adorar ouvir que o filho é um invasor igual ao pai. Semandem, seus merdas.

O garoto murmurava pedidos de fuga ao pai, quando eles entraram na voadeira eforam embora, Mariana fechou a porta puta porque atrapalharam o seu trabalho.

— Não sei mexer nisso — resmungava voltando ao quarto — ele nem percebeu que o revólver tava vazio. — Jogou a arma na mesa, nenhuma carga encaixada.

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