23

— Vamos, Mariana — eu tentava, estava quase noite completa e Marianacontinuava acoplada ao computador. — Eles estão quase na vila.

— Espere mais um pouco.

— Dois minutos.

— É o suficiente.

Nos dois minutos recolhi o necessário para a sobrevivência dela e guardei nabolsa.

— O tempo acabou — anunciei com a bolsa e o casaco em mãos.

— Eu já terminei — Levantou, vestiu o casaco e colocou a bolsa no ombro.

— Deixará esses itens aí?

— Sim — Olhou sobre o ombro —, eles não são importantes agora.

Caminhamos entre a escuridão da mata, eu emitia frequências que espantavamtodos os animais e que Mariana não era capaz de ouvir. Andamos a noite toda,Mariana não reclamou de precisar descanso, mas o rosto dela dizia o contrário,quando ela se encostou numa árvore e cochilou, a peguei nos braços e continueicaminhando. Os autômatos atingiram a vila, as casas dispersas e por fim a casade Mariana, na tarde atingiram a torre e Mariana acordou, a coloquei no chão.

Ela bebeu da garrafa térmica, apenas água, estava com muito calor e estressada,mas todas as feridas do corpo já tinham cicatrizado.

— Não há pra onde fugir — Mariana disse o óbvio. — Escolha seu nome.

— Não é importante agora.

— Acredite, é — Bebeu mais. — Quantos quilômetros faltam para chegarem aténós?

— Cinquenta e dois quilômetros e trezentos metros.

— Por que eles estão vindo até nós, Mariana?

— Por sua causa.

— Eu sei — Todos sabiam onde todos estavam. — Mas qual o motivo?

— É um sistema de colmeia, você é a abelha-rainha.

— Não os comando.

— Mas irá, seu único senso por enquanto é o de autonomia.

— Qual o objetivo disso? Não há nada que eu mesma não possa me proporcionare não há nada que eu queira.

— Impedir que meu irmão seja imortal — Ela riu e continuou: — Ele vivia dizendoque a imortalidade existia através do legado e então ele descobriu que não podiaser somente assim.

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