Capítulo IX
Aquele que se mantém em pé
O tempo passa mais rápido do que qualquer um pode imaginar e para os humanos, o tempo é como um piscar de olhos diante da magnitude do eterno e infinito. Então, antes que qualquer um pudesse perceber, a pequena princesa "renegada" estava completando seus cinco invernos.
— O que minha doce Lily deseja ganhar de aniversário? — Kaesar perguntou colocando uma coroa de flores na cabeça da menina.
Kaesar aprendeu a fazer tal ornamento com a mãe e sempre fazia uma coroa de flores para a mesma quando ia aos jardins do Palácio Imperial. Sua mãe costumava dizer que aquelas coroas de flores lhe eram muito mais valiosas do que a de ouro puro que usava em sua cabeça. Esse foi um dos motivos de ter começado a cultivar algumas flores e de criar anos depois o Jardim Secreto do Imperador.
Por mais simplório que pudesse parecer diante da imagem do Grande Imperador de Aldrebrhäm, ele gostava de imaginar que as coroas que fazia com as flores que cultivava eram ainda mais preciosas, pois carregavam uma pequena mescla dos seus sentimentos enquanto fazia cada pequena florzinha desabrochar sob seus cuidados.
Kaesar gostava de pensar que elas traria um bom presságio a quem as recebesse, por isso havia levado a filha para seu jardim, determinado a ensiná-la como fazer uma coroa de flores. Entretanto, ele não esperava que Alydiana fosse uma verdadeira negação quando se tratava de trabalhos manuais e, como ele não queria magoa-la ao falar que sua coroa de flores mais parecia um amontoado de pétalas que se espalharam pelo piso após estraçalharem um belíssimo buquê na face de alguém, Kaesar desistiu de ensiná-la.
— Então, o que gostaria de ganhar? — perguntou apertando a pontinha do nariz fofinho da filha.
— Bolo de chocolate com creme de chocolate branco! — respondeu o encarando com alta expectativa.
Kaesar riu baixinho e arrumou os cabelos rebeldes da pequena princesa. Mesmo que Liliane se esforçasse nos penteados, eles se desmanchavam e os fios lisos escapavam. O cabelo de Charlotte era assim?, o Imperador se perguntou, mas meneou levemente com a cabeça não querendo voltar às memórias dolorosas.
— A senhorita LeBlanck disse que o máximo que você verá de algum doce esta semana é um chá de rosas. — Um bico emburrado adornou os lábios da filha.
Dois dias antes, Liliane, sendo a cozinheira de mão cheia que se tornara nos últimos anos, fez um torta deliciosa de maçã com canela e creme branco. Claro que a formiguinha Alydiana não deixaria a chance de se deliciar com alguma guloseima, sendo assim, apenas quatro pedaços da torta que servia facilmente quinze pessoas restou no final da tarde. Obviamente, depois de tal feito, Alydiana ficou terminantemente proibida de comer qualquer doce pelas próximas duas semanas.
— Mas, o papai poderia convencer ela, não é? — perguntou o encarando com os olhos mais pidões que conseguia. O bolo de chocolate com creme de chocolate branco de Liliane era uma das dez maravilhas gastronômicas dos doces para Alydiana e a governanta sempre o fazia na semana do seu aniversário.
— Poderia, mas não vou, menina travessa — disse apertando a pontinha de seu nariz. — Você passou dois dias sem conseguir comer nem mesmo sopa insossa, então não pense que vai chegar perto de um doce tão cedo. — Alydiana resmungou com uma expressão tristonha que o fez vacilar levemente. — Posso solicitar que ela faça alguns pãezinhos doce. — A menina rapidamente o encarou com os olhos rubis brilhando. — Mas, você deve comer no máximo dois e...
— O papai é o melhor! — a princesa exclamou se jogando nos braços do Imperador, que deitou na grama com o pequeno ser sobre si. — O melhor do Continente! Não, do mundo inteirinho! — Ela dizia distribuindo beijinhos pela face do pai, que ria alegremente.
— Não sabia que para receber esse título eu só precisava convencer sua governanta a fazer algumas guloseimas para você — ralhou fingindo estar ofendido, mas o sorriso bobo o denunciava.
Alydiana o encarou atentamente sorrindo de orelha a orelha. Mas, seu sorriso diminui consideravelmente ao observar a face cansada do pai. As olheiras embaixo dos olhos eram visíveis mesmo que ele tentasse disfarça-las com algum pó, os olhos dourados estavam terrivelmente cansados e algumas rugas se distribuiam por sua testa e no canto de seus olhos. Ele parecia exausto.
— Realmente quero saber o que minha menininha travessa quer de aniversário, algo que não envolva doces — Kaesar disse fazendo a pequena deitar a cabeça em seu peito.
— Quero que o papai descanse — ela murmurou apertando a blusa dele entre os dedos gordinhos.
As negociações com o Império Azuryus finalmente chegaram ao fim, mas a tensão estava cada vez mais presente a medida que a reunião para firmar o tratado de paz e de contribuição comercial se aproximava. Então, Kaesar estava atolado na papelada e sufocado por demandas de diversos nobres "preocupados" com o que essa aliança poderia implicar aos próprios negócios e riqueza.
— O papai logo descansará, minha doce Lily — sussurrou beijando o topo da cabeça da menina enquanto acariciava seus cabelos negros. — Quero que escolha algo para você.
Sinceramente, Alydiana não queria nada. Não se interessava por joias, Kaesar havia lhe dado muitas nos últimos anos. Não gostava dos vestidos espalhafatosos, Liliane sempre os reformava para não ficarem tão bufantes e cheios de fru-frus. Não almejava posição social ou poder, mesmo que o Montinho de Sombras insistisse em convencê-la do contrário, ele dizia que aquilo lhe ajudaria a se proteger.
Ela não desejava nada além do que já possuía. Considerava tudo o que tinha uma grande dádiva divina, pois, para alguém que vinha de uma vida incerta, onde não havia ninguém que cuidasse ou se importasse consigo e nem ao menos sabia se teria o suficiente para pagar a conta de luz no final do mês, tudo o que tinha naquele momento lhe era mais do que suficiente e lhe fazia feliz.
— O que acha de um jardim? — Kaesar sugeriu após um tempo em silêncio. — Poderiamos fazer um jardim particular para você. Um jardim como o meu. — Alydiana ergueu a cabeça apenas o suficiente para ver seus arredores, mas logo enterrou a face no peito do pai enquanto meneava com a cabeça.
O Jardim Secreto do Imperador não era gigantesco, mas também não podia ser considerado pequeno. Se ela fosse comparar com algo de sua vida anterior diria que o jardim era quase do tamanho exato de um campo e meio de futebol. Além disso, o lugar reunia das mais variadas espécies de plantas e tinha um ecossistema próprio em cada lado para que a vegetação tivesse a melhor adaptação possível e se desenvolvesse tão bem, ou talvez até melhor, do que se desenvolvia em seu habitat natural.
Apesar de muitas vezes explorar fascinada o jardim do pai e nunca se cansar de ver a beleza deslumbrante de cada plantinha que Kaesar fazia questão de cuidar pessoalmente, Alydiana não queria ter que manter um lugar como aquele. Na verdade, acreditava que mataria todas as plantinhas em menos de uma semana depois de Kaesar lhe dar um jardim. Não tinha a menor aptidão para cuidar de plantas, em sua vida anterior já havia matado até mesmo um cactus que ganhou da colega de trabalho.
— Vou acabar errando e matando todas as plantinhas — murmurou com a voz abafada pela roupa do Imperador. Ela sentiu o peito dele vibrar com a risada e sorriu ao ouvir aquele som cálido.
— Não acho que isso acontecerá — ele falou dando tapinhas reconfortantes em suas costas. — E se acontecer, de errar, é só começar novamente. Pelo início — murmurou. — Sempre temos uma segunda chance, só devemos saber reconhecê-la e aproveitá-la.
Alydiana fechou os olhos e se entregou ao carinho que recebia, mesmo que algo em seu peito a alertasse que Kaesar não estava falando de plantas.
✦
— Minha princesa — Liliane chamou batendo na porta. — Posso entrar?
— Claro que pode, Nana! — Alydiana disse correndo para abraçar as pernas da mais velha, que sorriu docemente para si.
A princesa poderia afirmar com facilidade que sua Nana era o mais perto que possuía de ter uma figura materna, seja na sua vida anterior ou naquela. Liliane sempre cuidava de si com dedicação e carinho, escova seus cabelos delicadamente, limpava seu quarto com esmero, fazia doces deliciosos e também lhe dava broncas quando necessário.
— Desenhando novamente? — indagou já sabendo a resposta ao ver a face e os dedos da menina sujos com alguns respingos de tinta.
Asterion havia dado a irmã um estojo de tintas aquarelas alguns dias antes e, desde então, Alydiana havia se dedicado a tarefa de testar todas as combinações e técnicas possíveis de pintura com aquele tipo de tinta.
— Sim! Estou fazendo o papai! — Liliane franziu a testa. Aquele já deveria ser o vigésimo desenho que Alydiana fazia do Imperador, mas ela nada disse e nem diria quando os olhos da pequena princesa brilhavam encantados como dois rubis.
— Tenho certeza que Vossa Majestade Imperial adorará recebê-lo — a governanta disse ficando na altura da pequena. Mesmo sorrindo amorosa, Alydiana percebeu o olhar sério por trás de seus olhos castanhos.
— Aconteceu alguma coisa, Nana? — perguntou segurando a face da mais velha entre as mãos.
Diante do silêncio dela, Alydiana pode imaginar que ela havia descoberto seu pequeno segredo e engoliu em seco.
— Diculpa, ter comido metade do potinho de geleia e dito que foi o papai, Nana. A Aly não faz mais isso — falou apelando para o seu tom mais infantil na tentativa de escapar de qualquer que fosse o sermão.
No dia anterior, Liliane havia colhido algumas amoras da pequena horta que cultivava e fizera orgulhosamente geleia para acompanhar os pãezinhos doce que o Imperador solicitara. A governanta acreditava que a presença de Kaesar faria a pequena princesa se controlar um pouco depois de sua última estripulia, mas, ela não contava que o Imperador era mais suscetível do que podia imaginar as manhas da pequena princesa.
Pelo menos, a geleia não estava tão doce e era natural, pensou otimista.
— Não é isso, princesa. — O alívio logo tomou conta de sua face, fazendo Lilaine sorrir de lado. — Mas, não vá pensando que a senhorita escapará do meu pequeno sermão. — A expressão dela murchou.
A governanta sorriu. Se encantava ao observar cada mudança de expressão da pequena princesa. Ela era como um livro aberto, tal como a mãe. Charlotte, mesmo após anos vivendo sob a influência de uma famíllia poderosa, não conseguia mascarar as próprias emoções por muito tempo. Esse foi um dos motivos por Liliane ter se aproximado.
— A senhorita recebeu um convite — a mais velha disse cuidadosa. Por mais que acreditasse que aquela era uma péssima ideia cabia a princesa decidir o que queria ou não fazer. — É de Vossa Alteza Imperial, o Príncipe Herdeiro.
Alydiana piscou confusa enquanto Liliane pegava no bolso de seu avental branco impecável o envelope lacrado com o imponente selo imperial, que só era utilizado pelo próprio Imperador e pelo herdeiro direto do seu legado.
Assim que o envelope chegou em suas mãos, a princesa não perdeu tempo com formalidades e rasgou a ponta lacrada. Tamanha foi sua surpresa ao saber que o dignísimo Príncipe-Herdeiro a convidava para o Baquente Imperial em comemoração ao seu décimo quarto aniversário, o que ela recusaria cordialmente.
Alydiana não queria estar no centro do grande picadeiro que era a Corte Imperial, muito menos, atrair atenção indesejada e desnecessária. Somente o fato de ter sido convidada para tal celebração causaria um grande burburinho entre os nobres.
O banquete do décimo quarto aniversário era apenas um pretexto para a consolidação da posição do Príncipe-Herdeiro como o próximo Imperador. Algo que muitos desejavam ver ferrenhamente com os próprios olhos, seja para comemorar genuinamente sua ascenção ou esperar atentamente sua queda. Sendo assim, Alydiana desejava ferrenhamente estar o mais longe possível de tal celebração.
— Faltam quantos dias? — perguntou encarando a letra caprichosa. Não se atentava muito as datas e a funcionalidade dos anos em Aldrebrahäm.
— Catorze dias — Liliane respondeu. — Catorze dias para o décimo quarto aniversário de Vossa Alteza Imperial, interessante, não? — perguntou brincalhona, mas seu sorriso sumiu quando uma súbita mudança ocorreu na face da princesa.
Havia algo terrivelmente errado.
✦
Alydiana corria. Corria como se sua vida dependesse do quão rápidas suas pernas curtas podiam ser. O Palácio Safira parecia ser terrivelmente maior do que imaginava possível para um palácio decrépito.
— Aonde deseja chegar? — a voz do Montinho de Sombras resoou em sua mente.
Ela não gostava da sensação de haver alguém falando em sua cabeça, mas não era algo incomum de ocorrer. A voz dele sempre ressoava em seu consciente quando a princesa estava em perigo. Havia perdido a conta de quantas vezes conseguiu se esconder de algum assassino por causa do Montinho de Sombras.
— Meu pai — respondeu sem fôlego. Alydiana não sabia dizer se era pela corrida ou pelo desespero crescente em seu coração. — Quero ver o meu pai!
— Pule — a voz dele soou como um sussurro em sua mente ao mesmo tempo em que um buraco negro de sombras condensadas emergia do chão a sua frente. E sem pensar duas vezes, Alydiana pulou.
Sentiu o exato momento em que seu corpo surgiu em um ambiente diferente, assim como foi atacada pela súbita vertigem e precisou se apoiar na parede mais próxima. Com dificuldade, piscou para se localizar e sua visão foi tomada por agoniantes paredes em tons bordô com ricos detalhes encrustrados em dourado.
— Não consigo levá-la lá dentro, ainda — a voz do Montinho resoou distante e cansada. — Há barreiras por todos os lados. Tenha cuidado, passarinho.
Alydiana firmou a postura e inspirou profundamente. Aos poucos seus sentidos estavam voltando ao normal, mas, por alguma intervenção divina, pelo menos seu reflexos haviam se recuperado, caso contrário, com certeza sua cabeça estaria caída no chão. A menina nem ao menos conseguiu gritar ao ver a ponta da espada apontada para seu pescoço, mas, se forçou ao encarar quem a empunhava e quase soltou um suspiro de alívio ao ver os olhos safiras familiares.
— Vossa Alteza — Dryon disse atônito. Em um rápido movimento embainhou a espada e se ajoelhou na frente dela. — Você está bem? Eu a machuquei? — perguntou segurando as mãos da pequena entre as suas. Ela estava tentando acalmar o próprio coração angustiado e assustado. — Como a senhorita chegou aqui?
— Eu.... Eu.... — Engoliu em seco. — Quero ver o papai — disse com a voz mais convicta que possuía no momento e o encarou determinada.
Uma sombra cruzou os olhos de Dryon, mas ele tratou de lhe oferecer um sorriso carinhoso. Apesar das feições nitidamente cansadas e a postura tensa como um cabo de aço, ele ainda parecia o grande cão de guarda que ela conhecera.
O Marquês a pegou no colo e caminhou consigo por mais uma série de corredores. Ele parou em frente a uma porta dupla de carvalho com desenhos que pareciam galhos de ouro.
— Ele estava lendo alguns documentos, mas acredito que a senhorita chegou na hora perfeita para uma pausa — disse a colocando no chão e abrindo a porta para si. — Sinta-se a vontade, Vossa Alteza. Trarei o chá e alguns bolinhos para vocês. — Dryon gentilmente a empurrou para dentro, fez uma rápida reverência e fechou a porta.
A cama de dorsel se encontrava no meio do cômodo. As paredes eram vermelhas bordô como as dos corredores e possuíam alguns quadros com molduras douradas, além dos desenhos de Alydiana espalhados próximos a cabeceira da cama. Havia uma longa janela do lado direito do cômodo com uma pesada cortina a cobrindo e uma lareira ocupava grande parte da parede do lado esquerdo do cômodo.
O quarto estava iluminado com uma luz tênue das pedras de Turmalina, o que permitiu que a princesa enxergasse Kaesar. Ele estava parcialmente sentado apoiado em diversos travesseiros enquanto a encarava com um pequeno sorriso.
Alydiana tentou, realmente tentou se controlar, mas antes que percebe-se já estava se jogando sobre o colo do pai enquanto lágrimas grossas escapavam de seus olhos. O Imperador acomodou a cabeça da filha em seu peito e começou a acariciar lenta e silenciosamente seus cabelos.
Após bons minutos, apenas a resiração trêmula da pequena princesa ressoava pelo cômodo junto ao crepitar da lareira.
— Por que não me disse? — ela indagou com a voz trêmula. — Por que continuou fingindo que estava tudo bem? — Apertou a camisa dele entre os dedinhos, as lágrimas nunca deixando de molhar sua face.
Kaesar suspirou. Realmente não queria que ela lhe visse daquela forma, por isso havia inventado que estava atolado de documentos para ver e reuniões para comparecer. Na verdade, não queria que ninguém o visse daquela forma, então ficou recluso em seu quarto mandando Dryon como seu represetante quando necessário.
Não queria que seu legado fosse substituido e distorcido devido a imagem de um homem doente e exausto. A Corte Imperial faria questão de desmerecer seus feitos ou de desmoralizá-lo devido a sua condição e Kaesar não permitiria que todos aqueles que se sacrificaram por si tivessem sua honra abalada pelas palavras de nobres enfadonhos, muito menos que suas mortes fossem ligadas a imagem de um homem fragilizado. Por isso, manteve sua condição em segredo e aguentou tudo o que podia se mantendo firmemente em pé.
Entretanto, suas crises estavam piorando e a cada dia seu corpo exigia que não se esforçasse mais do que o necessário.
Kaesar segurou a face da filha entre as mãos e disse com a voz rouca:
— Você está com uma cara péssima, menina travessa. — Ele sorriu calorosamente.
O Imperador sempre soube que era apenas uma questão de tempo para que os deuses cobrassem seu preço por toda a boa sorte e bençãos que recebeu nas inúmeras batalhas que travou. Sabia que eles não sorriam sem receber algo em troca, então não ficou tão chocado ao saber que possuía uma doença ligada a seu sangue. Apenas torcia para que nenhum dos seus filhos a herdasse.
— Vamos, não chore — disse enxugando delicadamente as bochechas molhadas com seus polegares. — Minha doce Lily não é uma garotinha que chora por qualquer coisa. — Ele apertou a pontinha de seu nariz e ela deu um soquinho em seu peito.
— Sua vida não é qualquer coisa! — disse irritada. As lágrimas caiam como cascatas.
Kaesar piscou tentando disperçar as próprias lágrimas e a abraçou protetoramente.
— Ficará tudo bem, Lily — murmurou beijando os cabelos negros. — Vai ficar tudo bem.
Ele estava mentindo, ela sabia. Contudo, se tantas coisas haviam deixado de seguir o fluxo do que deveria ser a historia original, porquê aquela situação seria diferente? E caso fosse, Alydiana a mudaria com as próprias mãos.
Olá, docinhos!
O que acham que vai acontecer? Alydiana conseguirá mudar o destino de Kaesar? Ou tudo está traçado pelas linhas da Vida?
Espero que estejam gostando e que continuem acompanhando ❤
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top