Capítulo Cinquenta e Um
Pedro Alves:
Quando voltamos para a cidade, após a nossa lua de mel, Connor praticamente mergulhou no trabalho assim que pisamos em casa. Claro, eu fiquei preocupado. Não conseguia parar de pensar que, a qualquer momento, algo poderia dar errado em uma das reuniões com os sócios, e ele acabaria sobrecarregado. Meu coração apertava só de imaginar.
Insisti que ele me prometesse que, se algo saísse do controle, ele mandaria uma mensagem imediatamente. Não queria que ele guardasse o estresse para si, como sempre faz. Para garantir, pedi a Zahra que também ficasse de olho nele. Conheço o Connor – ele é mestre em esconder o que sente quando está à beira de explodir.
Meu pai, que observava tudo de canto de olho, soltou uma risada suave e disse, com um tom divertido:
— Vejo que você já está voltando a ser o pai superprotetor.
Fiquei confuso por um instante. Ele sorriu.
— Quero dizer, você está agindo exatamente do mesmo jeito que agia quando Samuel estava para nascer.
Minha mãe, que ouvia a conversa com um sorriso no rosto, acrescentou, radiante:
— Ah, mas ele ficou assim com todos os nossos filhos! Sempre passava as noites ao lado de cada um, só para garantir que ninguém estava passando mal. Um verdadeiro sentinela da madrugada.
Olhei para o meu pai, e pela primeira vez em muito tempo, vi ele ficar vermelho. Sim, o grande cavaleiro de batalhas lendárias, envergonhado.
— Eu... eu só estava sendo um pai cuidadoso — ele disse, meio sem jeito, lançando um olhar na minha direção como se estivesse buscando apoio. — Sabe, os livros de cuidados com bebês que a gente leu falavam sobre tantas coisas que poderiam dar errado.
Minha mãe, sempre com sua habilidade de desarmar qualquer resistência, riu baixinho e disse:
— Como é que eu acabei com um marido que, além de ser um cavaleiro incrível, é essa fofura de preocupação? Quanta teimosia para achar que vai parecer fraco só por mostrar esse lado adorável dele.
Eu ria internamente. Não tinha preço ver o meu pai, que sempre fora tão rígido e sério, ser descrito como "fofo". Era um lado dele que eu nunca teria imaginado antes de crescer, mas agora, olhando para o jeito como ele age com Samuel, tudo faz sentido.
A conversa eventualmente voltou para a realidade mais urgente, com minha mãe perguntando, séria:
— Falando nisso, não houve mais notícias sobre Lilly, certo? Nada como os últimos dias? Ainda acho que ela está longe de completar o que planeja.
Suspirei. A tensão voltou. Lilly tinha conseguido informações sobre alguns dos nossos agentes e já tinha agido contra nós. Mesmo assim, sua verdadeira intenção ainda parecia um mistério.
— Ainda estamos tentando encontrá-la — falei, tentando soar mais confiante do que me sentia. — Mas ela é boa em desaparecer quando precisa. Não será fácil.
Minha mãe, com um ar mais leve, decidiu mudar de assunto.
— E como estão os preparativos para o quarto da Kara? Connor me disse que está tudo perfeito, mas você também precisa dar sua opinião, não acha?
Sorri, sentindo o calor familiar de ter minha mãe tão envolvida em tudo
.
— Mãe, confia em mim, seu gosto é impecável. E o Connor também tem um ótimo senso de estilo. O quarto vai ficar perfeito para a bebê, tenho certeza de que está em ótimas mãos.
Ela sorriu para mim, aquele sorriso que só mães sabem dar, o tipo que diz "eu sabia que você ia dizer isso". E, por um breve momento, com a ameaça de Lilly e todas as preocupações à espreita, senti uma leveza. Aquele instante, em meio à nossa família, me lembrou que, apesar de tudo, tínhamos amor e cuidado de sobra para lidar com qualquer desafio que viesse pela frente.
Minha mãe continuou sorrindo, um daqueles sorrisos que parecia trazer calma, mesmo nos momentos de maior tensão. Ela então se levantou, ajeitando o cabelo com aquela elegância natural que sempre admirei nela. Era o tipo de pessoa que, mesmo em meio ao caos, sempre parecia estar no controle de tudo.
— Bom, vou deixar vocês dois discutirem sobre a decoração — disse ela, piscando para mim. — Mas lembre-se, filho, eu sou só uma ligação de distância se você precisar de alguma ajuda. E não se preocupe tanto com o Connor. Ele sabe que você se preocupa, mas também é capaz de cuidar de si.
Eu sabia que ela estava certa. Connor era resiliente, um mestre em lidar com a pressão, mas isso não fazia com que minha preocupação diminuísse. Antes de sair, minha mãe acrescentou, como quem lembra de algo importante:
— Ah, e não se esqueça de comer algo. Você sabe que ficar de estômago vazio não ajuda em nada.
Balancei a cabeça, rindo. Como se eu fosse esquecer de comer com ela sempre me lembrando.
Assim que ela saiu, meu pai, ainda meio envergonhado pela conversa anterior, se aproximou com uma expressão mais séria.
— Sabe, filho — começou ele, escolhendo as palavras com cuidado —, eu nunca fui muito bom em demonstrar... bem, sentimentos. Sempre achei que minha função fosse proteger, ensinar, ser forte. Mas, vendo você com Connor, com o Samuel... percebo que ser forte também é saber quando deixar os outros saberem o quanto eles significam para você.
Olhei para ele, surpreso. Meu pai raramente falava de emoções com tanta clareza. Geralmente, ele preferia mostrar o que sentia através de ações, como sempre ter estado lá quando eu precisei ou com pequenos gestos que só faziam sentido muito tempo depois.
— Pai, você sempre mostrou isso. Talvez não com palavras, mas sempre soube o quanto você se importa com a gente — respondi, tentando aliviar o clima que começava a ficar pesado demais.
Ele soltou uma risada baixa, mais de nervosismo do que de diversão.
— É, bom... fico feliz em ouvir isso. Mas, falando sério, continue cuidando de Connor. Ele tem sorte de ter alguém tão... atento. Só não esqueça de cuidar de si também. Afinal, você também tem um bebê a caminho.
Assenti, sentindo aquele aperto no peito de quem está se preparando para um turbilhão de emoções. Eu estava empolgado com a chegada de Kara, claro, mas também havia uma ansiedade constante. E, com Lilly à solta, tudo parecia estar em suspenso. Era difícil não pensar nos "e se...".
Antes que eu pudesse me afundar muito nos meus pensamentos, meu telefone vibrou. Uma mensagem. Connor. Meu coração disparou por um segundo, mas, ao abrir a mensagem, relaxei.
Connor fofinho: Reunião foi tranquila. Estou indo para casa. Quer algo do café?
Respirei fundo, soltando o ar lentamente. Saber que ele estava bem me deu uma sensação de alívio imediato. Não pude evitar um sorriso.
Eu: Surpreenda-me
Logo depois, mandei outra mensagem:
Eu: Estou cuidando de tudo aqui. Samuel está na escola e o quarto de Kara está perfeito. Só preciso de você por perto.
Enviei, e enquanto esperava sua resposta, senti meu pai colocar a mão no meu ombro, apertando de leve.
— Vai ficar tudo bem, filho. Confie no tempo, e mais ainda, confie no que vocês dois construíram juntos.
Assenti de novo, sentindo o calor daquele gesto silencioso. Não havia muito mais a dizer, e meu pai sabia disso. Ele me deixou ali, com meus pensamentos, enquanto eu observava o céu começar a mudar de cor pela janela. No fundo, sabia que a vida seria sempre assim: momentos de preocupação, de medo, mas também de felicidade e amor. E, com Connor ao meu lado, eu estava pronto para enfrentar qualquer coisa.
Só não sabia se estava pronto para enfrentar as piadas da minha mãe sobre como o quarto da bebê seria perfeito.
*********************
O tempo passou rápido, e logo estávamos em uma reunião amigável, cercados por familiares e amigos de Connor. A conversa logo girou em torno de um tema que ninguém parecia conseguir evitar: quem seriam os padrinhos de Kara? O bebê estava para nascer em breve, e ainda não tínhamos decidido.
Vincenzo, Caio, Alice e o resto do grupo estavam ali, prontos para dar suas sugestões. Vincenzo, como sempre, foi o primeiro a abrir a boca, tocando o queixo como se estivesse avaliando uma estratégia militar.
— Já se passaram praticamente nove meses, e ainda não temos um padrinho? — Ele disse, soando mais dramático do que o necessário. — A escolha não foi tão difícil quando escolheram a Alice como madrinha do Samuel, então acho que mereço ser o padrinho agora. E, já que o nome da bebê já está decidido, o padrinho tem que ser algo que combine, certo? Vincenzo seria uma ótima escolha! — Ele sorriu com aquela confiança exagerada, levantando o nariz. — Uniforme, legal... A melhor opção!
Alice, do outro lado da mesa, franziu o cenho e cruzou os braços, claramente não impressionada.
— Estúpido! — Ela disse, revirando os olhos. — O médico já disse que é uma menina! Então eu ou a Zahra devemos ser escolhidas. Também tem o George que pode ser uma boa opção.
Mariano e Reggie, que estavam no fundo, assentiram discretamente, enquanto Vincenzo olhava, indignado.
— Quem disse que eu não sou digno de cuidar da minha sobrinha? Eu sou ótimo com o Samuel! — Ele se virou para Samuel, que estava calmamente comendo um sanduíche ao lado de Connor. — Samuel, diga o quão bom sou como tio!
Samuel olhou de volta com a calma de quem está acostumado com essas disputas e, sem levantar a cabeça, respondeu com a inocência cortante que só uma criança pode ter.
— Não posso mentir assim na frente dos meus pais.
Prendi o riso, e o restante da sala explodiu em risadas. Vincenzo, agora com o orgulho ferido, lançou um olhar dramático.
— Estão virando meu doce sobrinho contra mim! — Ele protestou, mas Alice logo rebateu.
— Ele só te vê como o tio louco, o que é verdade, convenhamos.
Caio, que até então estava quieto, decidiu entrar na conversa com seu tom sempre calmo e ponderado.
— Por que eu não seria uma boa escolha para ser o padrinho? — Ele perguntou, sem se deixar abalar pelo caos ao redor.
Connor, que até então observava a troca com um sorriso forçado, respirou fundo antes de intervir.
— Ok, vamos lá. Suponhamos que estejamos realmente prontos para decidir quem vai cuidar da nossa filha. Sinto muito, mas a melhor escolha ainda está entre a Zahra, Alice, George, Mariano e Reggie.
Ele se desculpou brevemente com os outros que não tinham sido mencionados, incluindo Oleg e Marcelo, que pareciam aceitar a decisão com um aceno de cabeça. Vincenzo, claro, estava visivelmente irritado, mas antes que ele pudesse protestar novamente, George interveio, tentando trazer um pouco de paz.
— E que tal a gente não fazer disso uma competição? — Ele sugeriu com um sorriso, olhando para Connor, que, nos últimos dias, vinha mudando de humor em um piscar de olhos. Inclusive, recentemente ele chegou a me morder quando fiz algo que ele não gostou.
De repente, Bella, que estava saboreando alguns amendoins, começou a rir.
— Vocês têm certeza que está tudo bem deixar a filha de vocês nas mãos de alguém quando algo acontecer com vocês? Eu poderia ajudar no treinamento dela, assim como estou fazendo com o Samuel! — Ela disse, brincando, mas logo se afastou quando Connor a encarou com aquele olhar perigoso.
— Bella, o que você está tentando dizer?! Está insinuando que não sou capaz de cuidar do Samuel? — Connor perguntou, claramente irritado.
Bella levantou as mãos em defesa, ainda rindo.
— Não é isso! Só estou dizendo que, sendo sua filha, ela estará protegida por qualquer um de nós.
Eu percebi que Connor estava prestes a dizer algo que talvez se arrependesse depois, mas, ao me olhar, ele respirou fundo e se controlou.
Zahra, do outro lado, parecia impassível. Ela, com um estalar de dedos, tirou um pedaço de papel do bolso e o estendeu para Connor.
— Aqui estão minhas sugestões de padrinhos — ela disse com um sorriso confiante. — A melhor maneira de resolver isso é com um jogo. Quem sabe assim, você encontre a escolha perfeita entre todos nós!
Connor pegou o papel, ainda meio hesitante, e deu uma olhada na lista. Seus olhos se arregalaram, e ele murmurou:
— O quê? Você quer que façamos uma competição para isso?
— Exatamente! Com um pequeno jogo, tenho certeza de que podemos encontrar o padrinho ideal! — Zahra respondeu com entusiasmo. — Formidável, não acha?
Connor ficou sem palavras. E eu... bem, estava começando a me preocupar com o futuro dos meus filhos, rodeados por essa família que, apesar de amorosa, era absolutamente louca.
Depois de um longo tempo discutindo, Caio se levantou e disse, com toda a tranquilidade do mundo:
— Deixem meu irmão decidir. Ele é um dos melhores graduados da universidade, com um duplo mestrado. Tenho certeza de que a escolha dele será a melhor.
Ele estava com um papel na mão, como se já tivesse resolvido tudo. Todos olharam curiosos para o que ele tinha escrito, e quando o papel foi finalmente lido, os nomes eram: Alice, Zahra e George.
Ninguém disse nada por alguns segundos, mas então Caio soltou um suspiro.
— Bem... retiro o que disse. Nunca estou do lado certo — e se sentou de volta, derrotado.
Bella e Alice riram, incapazes de segurar a diversão.
Samuel, terminando seu sanduíche, foi quem trouxe a voz da razão, como sempre.
— Que tal deixarmos isso de lado por enquanto? — Ele disse, olhando ao redor. — Estão irritando meu pai mais do que o permitido.
Todos se calaram e olharam para Connor, que, com Samuel no colo, respirou fundo e relaxou. Só Samuel tinha o poder de acalmar aquele temperamento.
— Acho que é uma boa ideia — Connor finalmente disse. — Podemos escolher os padrinhos depois que Kara nascer. Mas já decidi uma coisa: Vincenzo e Caio, vocês estragaram essa reunião com toda essa impaciência.
O silêncio pairou sobre a sala. Todos pareciam compartilhar o mesmo pensamento. Por mais caótica que nossa família fosse, estávamos ansiosos pela chegada de Kara. E, no fim das contas, isso era o que mais importava. O resto... bem, resolveríamos com o tempo.
O clima, finalmente mais calmo, trouxe um certo alívio à reunião. Vincenzo e Caio, mesmo com as provocações e brincadeiras, não puderam evitar uma troca de olhares resignados. Era típico deles tentar transformar tudo em competição, mas eu sabia que, no fundo, ambos só queriam fazer parte de algo especial.
Connor, ainda com Samuel no colo, deu um sorriso mais leve, mas seu olhar permanecia pensativo. Eu podia ver que, mesmo com o alívio momentâneo, ele estava refletindo profundamente sobre a situação.
O silêncio foi quebrado por Alice, que, com um ar descontraído, esticou os braços e suspirou.
— Bom, então, já que os padrinhos ficam para depois, podemos voltar a algo igualmente importante: a escolha do nome completo da bebê! — Ela disse, piscando para mim. — Já temos o primeiro nome, Kara, mas e o resto? Precisamos de algo com impacto, algo que ela vai carregar com orgulho.
Antes que eu pudesse responder, Zahra, sempre pronta para contribuir, bateu palmas animadamente.
— Concordo! Kara é lindo, mas o nome completo tem que ter uma força incrível! Algo que mostre quem ela vai ser, uma líder, uma aventureira... ou, pelo menos, alguém que consiga lidar com essa família maluca.
George, que estava quieto até então, inclinou-se para frente, com um sorriso curioso no rosto.
— E o que você acha, Pedro? Qual seria o nome completo da sua filha? — Ele perguntou diretamente a mim.
Todos os olhares se voltaram para mim, como se eu tivesse a resposta mágica para a pergunta que pairava no ar. Eu respirei fundo, pensando nas inúmeras vezes que eu e Connor discutimos sobre isso em particular, tentando encontrar um nome que fosse significativo para ambos. Lembrei das noites em que, enquanto Connor dormia, eu ficava acordado pensando em cada detalhe sobre o futuro de nossa filha.
— Bem... — comecei, hesitante, mas logo um sorriso se formou em meus lábios. — Eu sempre gostei de Kara Luna, porque tem algo místico. O nome Luna me lembra a lua, algo constante, que ilumina mesmo nas noites mais escuras. Acho que combina com nossa pequena, não acham?
Connor olhou para mim com um brilho nos olhos, claramente tocado pela escolha. Ele sorriu, aquele sorriso que sempre aquecia meu coração, e assentiu.
— Kara Luna... é perfeito — ele disse, quase num sussurro. — Nossa filha vai ser forte, constante, e sempre trará luz para nossas vidas.
Alice fez uma cara de aprovação, enquanto Zahra fingia enxugar uma lágrima imaginária.
— Oh, isso foi poético! Até me deu um frio na espinha! — Ela brincou, mas no fundo, eu sabia que ela gostava da ideia.
Samuel, que estava escutando tudo atentamente, de repente levantou a cabeça e perguntou com a inocência típica de uma criança:
— E eu? Posso ser o primeiro a chamá-la de Kara Luna quando ela nascer?
Connor riu, apertando Samuel em seus braços.
— Claro que pode, campeão. Você será o primeiro a chamar sua irmãzinha pelo nome.
Eu observava aquele momento com o coração leve. Por mais caótico que o futuro pudesse parecer, ali estava nossa família, unida e cheia de amor. Até os tios malucos, as competições, e as disputas de quem seria o melhor padrinho só faziam parte do charme.
Enquanto todos continuavam a conversar sobre os preparativos e as últimas etapas antes da chegada de Kara, notei que Caio ainda estava um pouco amuado. Ele se mexia inquieto, como se quisesse dizer algo, mas estava hesitante. Sabendo que meu irmão raramente ficava assim, decidi dar uma pequena cutucada.
— Caio, o que foi? Vai ficar chateado o resto da tarde só porque não escolhemos você para ser o padrinho? — Perguntei, com um tom brincalhão, mas com um toque de genuíno interesse.
Ele olhou para mim e, depois de um momento, deu de ombros.
— Não é isso... — ele começou, coçando a cabeça. — Só fico pensando se, no final, estou fazendo parte disso tudo de verdade. Quero dizer, é claro que eu amo vocês, e eu sei que vocês me amam, mas às vezes sinto que não estou fazendo o suficiente, sabe? Como se estivesse sempre à margem, e nunca realmente... no centro das coisas.
Aquilo pegou todos de surpresa. Caio sempre foi um dos mais tranquilos entre nós, e raramente expressava qualquer tipo de insegurança. A sala ficou em silêncio por alguns segundos, até que Samuel, com sua honestidade brutal, se pronunciou novamente.
— Você está no centro, tio Caio. Você sempre me ajuda a treinar, e quando Kara nascer, você vai poder ajudar ela também, igual você faz comigo.
Connor olhou para Caio com um sorriso suave.
— Samuel está certo. Você já faz parte do centro de tudo, Caio. Talvez não tenha percebido, mas o que você faz por nós, por mim e pelo Samuel, é mais do que qualquer título ou nome poderia representar.
Caio, claramente emocionado, sorriu timidamente e assentiu.
— Ok, ok. Vocês venceram. Acho que não estou tão à margem assim.
Todos rimos, o clima leve novamente. Bella lançou um amendoim na direção dele, e ele, rápido como sempre, o pegou no ar, jogando de volta em Bella. O caos habitual estava de volta, mas dessa vez, era um caos cheio de amor.
E enquanto todos riam e conversavam, eu não podia deixar de sentir uma profunda gratidão. Não importava o que viesse pela frente, com Lilly ou qualquer outra ameaça. Eu sabia que, com essa família ao meu lado, estávamos prontos para enfrentar tudo. E logo, logo, Kara Luna se juntaria a nós, trazendo ainda mais luz para nossas vidas.
O tempo corria rápido, e em poucos dias, estaríamos prontos para conhecer a nossa pequena estrela.
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Gostaram?
Até a próxima 😘
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