Está frio, nada vejo. Estou sozinho...
Parece que ando sobre espinhos!
Meus pés doem, estou desesperado,
não consigo gritar, estou paralisado.

Que lugar é esse? Não há lua, nem
estrelas, apenas densa escuridão!
Ouço sussurros, procuro em vão;
Alguém chorando, me chamando?

Vejo uma luz, não, duas luzes, estão
se movendo, são olhos! Estão me vendo;
Sumiram, sigo em outra direção,
algo frio me toca, é uma mão!

Corro e tropeço, aquilo está vindo, está
rindo! Me levanto, estou em pranto;
Corro novamente, tento me esconder,
vejo um casebre, preciso me proteger.

Entro devagar, há uma vela sobre um
pedestal, parece um tipo de ritual;
Um pingo escarlate cai suave no chão,
olho para cima, fico sem reação.

Tenho que acordar, isso é surreal, não
pode ser real! Ouço passos chegando...
Fico sem ar, quando o vejo me encarar;
Sinto meu sangue fluir, quando
inutilmente tento fugir.