Capítulo 52: Amor Abundante

- Olha como estamos sujos de haldi, agora quem precisa de um bom banho somos nós. - Claudio diz.

- E temos pouco tempo para isso, melhor correr. - Carol avisa.

- Quem vira buscar os noivos para a Churda? - Dani pergunta.

- Os pais, não é? - Melissa diz.

- É nossa responsabilidade dessa vez, os pais tem que recepcionar os convidados agora. - Eduardo diz.

- Então agora mesmo que precisamos correr. - Leonardo diz.

- Jagal e Weenny sempre estão mais limpos do que nós. - Igor observa.

- Claro, eles tem medo de morrer se ousarem brincar com os Imperadores... - Guilherme diz.

- Mas nós somos família... - Marília diz.

- Eles merecem um abraço coletivo então, o que acham? - Rafael sugere maliciosamente.

Tentamos correr, mas não dá tempo de fugir desse ardil para nos sujar, recebemos o abraço mal intencionado dos nossos amigos e ficamos tão sujos quanto eles, gargalhamos com a travessura.

- É a primeira vez que recusaria esse abraço. - Pati diz, fingindo reclamar, mas falha em esconder o sorriso.

- Vamos nos arrumar, temos pouco tempo. - digo e logo subimos as escadas para os nossos aposentos.

Tomamos um banho rápido, ajudo Pati a se arrumar com o ackan preto com detalhes dourados, faço seu turbante e o adorno com suas jóias, peço que vá na frente, enquanto minhas sudras vem me vestir, escolho um sari rosa e dourado, Madhavi e Shiva me ajudam com as jóias, Zaara e Nimat com o penteado, Salima com a maquiagem e Rani com o sapato. Desço em meia hora e encontro as madrinhas na porta da suíte da Michele.

- Onde estão os padrinhos? - pergunto, assim que Dani abre a porta.

- Já foram na frente com o Ricardo. - Gislaine diz.

- Ai que bom, será ótimo que a Dulhana seja a última a adentrar o salão. - digo.

- Você está linda, Michele. - digo ao ver minha amiga vestida naquele sari branco, com detalhes vermelhos, amarelos e azuis, simplesmente divina de tão linda e delicada.

A conduzimos ao salão do cerimonial e ao chegar na entrada vemos que os músicos tocam uma canção especial para a sua entrada, deixamos a Dulhana em seu mandap rosê com uma poltrona longa e duas cadeiras estofadas à direita e à esquerda e um lindo painel com flores brancas e laranjas e douradas, cortinas e dois lustres logo atrás.

Vemos que meus pais, Heitor e Milena estão com os sacerdotes, os convidados já estão confortavelmente acomodados e o padrinhos já estão acomodados ao lado do Dulhan, prontos para o ritual mahira dastoor que acontecerá ao mesmo momento.

Carol pega uma bandeja no aparador e caminha na direção da Dulhana.

- Aqui estão suas churdas, o conjunto das vinte e uma pulseiras que representam o vínculo do amor e compromisso de casamento. - Carol diz e mostra para todos o conjunto com a pulseiras vermelhas de marfim e as pulseiras de ouro que serão colocadas entre elas.

- Trago as Kaliras que estarão presas à suas churdas, elas representam as bençãos e os bons desejos para a sua vida de casada. - Melissa diz e mostra a bandeja com os pendentes de ouro e rubis.

- Michele, eu trago o leite para que suas churdas sejam purificadas e abençoadas. - Dani diz e exibe a bacia com leite.

- Veja, eu trago as pétalas de rosa para lançar no leite que vai purificar suas churdas. - Gislaine diz e mostra uma cesta com inúmeras pétalas de rosas vermelhas.

Pandith inicia o ritual com uma breve puja, lanço as as pétalas na bacia e o Imperador mergulha uma a uma das vinte e uma pulseiras no leite com o objetivo de purifica-las.

Michele está visivelmente emocionada, assim como nossas amigas.

- As churdas e Kaliras estão purificadas, mas antes de terminarmos de coloca-las você não pode olhar. - Punam, a esposa do Brâmane, avisa, então vendamos a noiva.

Meu pai é o primeiro a por a pulseira, minha mãe a segunda, Heitor o terceiro, Milena a quarta, seguidos pelo o Imperador, eu, cada uma das madrinhas e os padrinhos. A cada churda colocada deve ser posta uma pulseira de ouro, quando essas acabam é hora de amarrar as kaliras.

- Agora, Michele, você recebeu um dos mais importantes símbolos da mulher hindu casada. Você não deve aparecer em público sem as suas pulseiras e não deve retirar as suas churdas nos primeiros quarenta dias de casada. - explico.

É auspicioso que todos toquem em suas churdas e façam pedidos desejos para a sua vida conjugal e só depois disso Michele estará pronta para olhar suas churdas e kaliras. - Pati avisa e nós obedecemos sua ordem.

A venda é retirada e a Dulhana olha para a suas pulseiras embevecida e lágrimas de alegria correm por sua linda face.

- Nem mesmo lágrimas de alegria devem macular esse rosto lindo. - digo e faço carinho na minha amiga.

Iara e Rafael começam a dançar para animar a festa, fazem todos os convidados dançar bangra com eles nessa divertida coreografia, inclusive os noivos.

Todos estão muito animados e se divertem na pista de dança, enquanto isso vou ao outro lado do salão para ver como estão os rapazes no ritual mahira dastoor e fico sabendo que está sendo um sucesso, os noivos tem recebido tantos presentes que estão mandaram vir outros aparadores para guardar todos os doces, enxovais, dinheiros e jóias que estão recebendo.

Os garçons circulam por todo o salão servindo as iguarias indianas e bebidas, o banquete não será servido desta vez porque teremos uma celebração mais grandiosa daqui duas horas, o Sangeet.

- Posso sentar do lado do pai mais lindo do mundo?

- Minha Imperatriz querida filhinha, que honra.

- O que está achando do shádi, papaizinho? - pergunto, assim que sento ao lado do meu pai.

- Que eles serão muito felizes, minha filhinha. Eles merecem. - ele diz e olha com carinho para os dois.

- Você não faz ideia do bem que está fazendo para esses dois. - digo.

- São eles que fazem bem para o meu coração, filha. Amor deveria ser a nossa essência, mas o mundo tem sido tão cruel que perdeu seus princípios e parece jazer em ódio.

- Tem razão, mas o meu coração foi educado para compreender que o amor é nossa maior riqueza e que devemos dar o que temos em abundância, mesmo que o mundo seja cruel e injusto, cada um dá aquilo que tem de melhor, não é, papaizinho?

- Por isso você é o meu orgulho, filhinha.

- Sabe, paizinho, sinto que seu amor muda a vida de muitas pessoas, pelo menos a minha vida, a do meu marido, a dos meus amigos... - digo.

- O seu também, filhinha. Vamos mudar o mundo assim, amando, construindo bons relacionamentos e lutando pelo o que acreditamos, me promete? - ele pede.

- Prometo, claro. - respondo sem pestanejar.

- Está se divertindo? - pergunto, depois de segundos em silêncio, observando as pessoas dançando.

- Muito, filhinha. Vocês sabem mesmo como se divertir. - ele diz e faz carinho em minha mão.

- Você dança muito bem, papaizinho. - digo e devolvo o carinho.

- Afinal esse velho pai é paizinho de uma bailarina, né? Vamos dançar comigo? - ele diz e sorri ao me ver concordar, enquanto segura a minha mão.

- Um convite desses não recuso nunca! Vamos! - digo e levanto.

Vamos juntos para a pista de dança e nos divertimos nessa coreografia especial de pai e filha.

Nós padrinhos e os noivos saímos para nos arrumar para a próxima festa, enquanto nossos pais continuam na recepção com os convidados.

Vamos para as nossas suítes e nos arrumamos, depois nos dividimos para os cuidados com os noivos, Wendela já está a postos com o sari que será usado no sangeet nas mãos.

Vestimos a Michele com seu sari rosa e laranja com bordados pratas e a adornamos com as jóias, deixamos seus cabelos presos em um rabo de cavalo e fazemos sua maquiagem, ela não para de sorrir diante do espelho.

Saio da suíte para ver se os rapazes já saíram, mas vejo movimento na suíte do Ricardo e vou até lá.

- Oh, minha deusa, me ajude com o casaco, por favor. - o Dulhan pede ao me ver na porta.

Ajudo o Ricardo a vestir o ackan bege claro com bordados alaranjados e uma dupatta laranja, o que o deixa ainda mais bonito.

Logo depois os padrinhos partem com o Dulhan, agora podemos sair com a Dulhana levando-a para o salão do Sangeet.

Assim que adentramos o salão, recebemos os presentes que estão sendo distribuídos à todos, pulseiras para as mulheres e lenços para os homens.

A decoração é absolutamente linda, é difícil descrever tantas cores e ambientes, há uma enorme pista de dança central, com o mandap dos noivos diante dela, muitas mesas de festa distribuídas pelo enorme salão, a aréa do banquete na extremidade do salão com os garçons posicionados, poltronas confortáveis com pequenas mesas de centro em outro ambiente para aqueles que estiverem cansado do agito, os músicos estão tocando canções bem animadas no momento, vemos bailarinos indianos no palco em uma linda coreografia, a iluminação deixa tudo mais especial, está simplesmente incrível!

Os noivos são cumprimentados pelos convidados e quase nem tem tempo para descansar em seu mandap, as brincadeiras já começam, primeiro as de adivinhações com variadas perguntas sobre ele e ela para ver quem conhece mais o parceiro, mas sempre dá empate, Michele e Ricardo realmente se conhecem muito bem, para a decepção de muitos.

Então a competição vai para a pista de dança, homens contra mulheres. Eduardo e Leonardo contra Gislaine e Tatiane, com a participação de todos os bailarinos e muitos convidados, distribuímos óculos escuros para todos, está sendo divertido.

Vejo Michele e as meninas vindo em minha direção.

- Weenny posso te fazer um pedido? - Dani diz.

- Que cerimônia é essa comigo? - pergunto.

- Vamos dançar "Olhos Negros" mais uma vez? - ela pede.

- Claro, chamem os meninos e vamos para a pista de dança.

Rodrigo Rios decide dançar com a gente mais uma vez no mesmo papel que fez da primeira vez, pega o copo e senta ao lado do meu marido, assim que a música começa vem em minha direção, passa por minhas bailarinas e cai quando eu faço um gesto, sendo motivo de riso para todos. Começo a coreografia ao lado das meninas, logo depois os rapazes dançam ao lado do meu marido e de Rodrigo e todos nós juntos.

Nossa dança sensual sempre chama muito a atenção dos homens presentes, deve ser por isso que as meninas escolhem essa coreografia.

Somos muito aplaudidos e Rodrigo faz questão de mencionar o quanto essa música lembra uma fase gostosa de nossas vidas.

O meu noivado surpresa, quando eu nem imaginava que um Príncipe estava me pedindo em casamento, o meu conto de fadas verdadeiro.

- Weenny? - Ricardo chama e minha atenção.

- Claro... - digo sem ao menos saber o que estou concordando.

Vejo os garçons se movimentando e logo compreendo o que acabo de responder, estão servindo o banquete, pouco a pouco todos os convidados vão se acomodando para que possam desfrutar dessa farta refeição, há uma grande variedade de iguarias, bebidas e sobremesas.

- Todos estão elogiando a comida indiana. - Heitor diz.

- Experimentei todas as bebidas já, os doces ainda estou tentando, são muitos. - Milena diz.

- Os doces eu consegui, mãe. Posso te dizer quais são os melhores. - Lais diz.

- Que bom que estão gostando, fico feliz de saber que a nossa culinária os agrada. - Pati diz.

- Não apenas isso, o casamento é lindo também, quanto mais tradicional, mais perfeito. - Heitor diz e Samara pede licença para sair da mesa.

- Falei algo errado? - Heitor diz, olhando para o filho.

- Não se preocupe, pai. - Enzo diz.


Os Amigos:

Samara faz um discreto sinal chamando Filipe para um canto.

- Está me chamando? - ele pergunta.

- Não, imbecil. Te chamei porque quero colocar logo aquele nosso plano em ação. Vamos enviar aquela mensagem, não vejo a hora de destruir o casalzinho feliz, odeio ver esse sorriso vitorioso no rosto dela. - Samara diz e seu olhar faísca de ódio.

- E você acha que ele vai acreditar em apenas uma mensagem? - ele diz em tom irônico.

- E onde vamos conseguir? - ela pergunta.

- É o que quero saber, vasculhamos o quarto do Victor e o celular dele e não achamos nada comprometedor, exceto essa mensagem que vamos editar. Acha que pode arrumar alguma coisa?

- O que quer que eu faça? - ela diz, irritada e olha para a coreografia da Weenny.

- Ora, todo o trabalho sujo sou eu quem faço, nunca você faz nada.

- Sou o cérebro por trás disso tudo. - Samara se vangloria.

- Grande gênio que não descobre a solução para nada!

- Tem aquela foto da entrega do presente no aniversário dela.

- Não serve, estavam longe demais.

Os dois pensam por um momento em uma solução rápida.

- Vamos entrar no quarto da Marília hoje, durante a festa, nosso último recurso. - Filipe diz.

- Você entra no quarto e eu distraio ela, só me avisa o horário que você vai fazer isso. - Samara diz.

- Até que enfim uma boa ideia, acha que ela pode ter uma foto com a ex-cunhada? - ele pondera.

- É nossa últimachance! Agora vamos, antes que percebam a nossa falta. - Samara alerta.


Logo depois do jantar os noivos apresentam uma coreografia especial ensaiada com nossos amigos para homenagear os convidados. É mais uma dança adorável e divertida.

Todos se aninam e vão para a pista de dança, nos divertimos por toda a noite e começo da madrugada, quando aos poucos os convidados vão se despedindo e partindo porque os compromissos do shádi começam cedo.

Pati e eu nos despedimos de todos e voltamos aos nossos aposentos, aproveitamos um pouco mais a madrugada na intimidade da nossa paixão.

Despertamos ainda antes do nascer do sol, vamos para o toalete e nosso banho já está preparado, ajudo Pati com suas vestes, desta vez ele usa um kurta pajama azul com uma dupatta preta, faço seu turbante e o adorno com suas jóias, peço que vá na frente para levar o Dulhan para o aconselhamento.

As sudras entram e me vestem com um sari azul com bordados prata, me adornam com as jóias, deixam meus cabelos soltos dessa vez e fazem minha maquiagem.

Desço para encontrar as madrinhas, que estão me esperando na suíte da Michele.

- Bom dia. - digo, assim que abro a porta.

- Como está linda nossa Imperatriz. - Gislaine diz e as outras concordam.

- Obrigada. Vocês também estão lindas. Como está a nossa noiva? - digo.

- Ansiosa, afinal hoje é o grande dia. - Michele diz.

- Hoje você deixa de pertencer ao time das solteiras. - Dani diz.

- Para viver a doce vida de mulher casada, vai amar e ser muito feliz como nós, não é, Weenny? - Carol diz.

- Será tão feliz como nós ou ainda mais, se for possível. - digo.

- Muito obrigada pelos desejos de vocês, minhas amigas. - Michele diz.

­- Agora precisamos ir para o Janev que começará em breve, logo depois viremos busca-la para o Godh Barai. - digo e minhas amigas concordam.

- Wendela por favor vá vestindo a Michele nesse meio tempo. - peço para a estilista e ela acena positivamente.

Nos despedimos delas e saímos rumo ao salão do cerimonial.

Assim que adentramos o salão vemos tudo preparado, o mandap do Dulhan bem no centro, Pati e os sacerdotes sentados bem próximos a ele, os padrinhos ligeiramente afastados e os convidados ao redor, sentados em confortáveis poltronas espalhadas por todo o salão.

O sistema de som é excelente, podemos notar porque nesse exato momento Pandith está dando os avisos iniciais sobre o início do cerimonial, as madrinhas assentam em seus lugares, ao lado dos padrinhos e eu ao lado do meu marido.

O Dulhan está vestido apenas com um pajama amarelo e uma dupatta amarela sobre o tórax, Pandith inicia as pujas, invoca os deuses pedindo tudo o que é auspicioso para esse cerimonial.

Os Brâmanes, Pandith e Pati começam a fazer advertências ao Dulhan para que ele saiba cumprir as promessas do casamento e construir um amor ao lado de sua Dulhana, salientam a responsabilidade dele na construção e manutenção deste amor, usam como base o código de Manu.

São muitas as responsabilidades de um Grihastha ou chefe de família, para com a esposa, no momento certo de se deitar com ela, na concepção dos filhos, na manutenção do casamento, na criação e educação dos filhos, no cuidado com a família, até mesmo com sua própria higiene e com o modo como recebe convidados em sua casa. É preciso decidir se quer ser um Grihastha ou se renunciará esse direito e se tornará um sanyasi, que é um monge renunciante.

Esse se torna um momento para a brincadeira, a decisão.

- Qual caminho pretende seguir, será um Grihastha ou sanyasi? - Eduardo levanta e pressiona Ricardo.

- A vida de casado não é para mim, vou para Varanasi e me tornarei um sanyasi, assim evito a luz advinda do casamento. - Ricardo diz e anda por entre os convidados.

- Ricardo, veja Michele conhece o sabor da casa, ela saberá fazer o lassi de manga do jeito que você gosta, esse foi ela que fez, experimente. - Igor diz.

- Humm, é muito bom mesmo, perfeito, mas não sei. - o Dulhan diz.

- Ricardo, te dou esse par de sapatos que você tanto queria, que tal? - Rafael diz.

- Isso parece legal, mas não me faz mudar de ideia. - Ricardo diz.

- Ricardo, um monge tem que viver sozinho e mendigando, já pensou em viver sem a sua linda Michele? - Claudio.

- Uma vida triste e sem cor. - Ricardo diz.

- Você a ama, já pensou em nunca mais poder dançar com ela? - Enzo diz.

- Ok, vocês me convenceram, eu caso! Eu quero ser um Grihastha, eu amo Michele! - o Dulhan diz e todos comemoram.

Assim é concluído o Janev, celebramos com dança e festa.

Meus pais se aproximam de nós para avisar que vão buscar a Dulhana para o cerimonial, Thainá Albuquerque faz os últimos ajustes no salão e mandap para que a próxima cerimônia ocorra nos conformes.

Os sacerdotes se posicionam ao lado de Heitor e Milena e o Dulhan é levado pelos padrinhos de volta para a sua suíte, os sudras chegam com três grandes bandejas e colocam sobre o aparador que está ao lado do mandap.

Algum tempo depois, os convidados voltam a se acomodar, os padrinhos chegam e se acomodam em seus lugares especiais, enquanto nós as madrinhas permanecemos em pé ao lado do mandap, os sacerdotes dão início ao ritual e logo vemos a Dulhana adentrando o salão do cerimonial ao lado dos meus pais, se acomodam no mandap.

- Heitor e Milena digam o que vieram fazer aqui. - Pandith diz.

- Michele, quero te entregar esses presentes, é um conjunto inteiro de roupa e jóias para que perceba o quanto é preciosa e querida por nossa família desde agora. - Milena diz.

Michele recebe os presentes emocionada e agradece.

Nós madrinhas levamos a Dulhana para vestir a nova roupa em um quarto anexo ao salão.

- Veja que lindo esse sari, Milena tem bom gosto. - Melissa diz.

- Milena é um doce de pessoa. - Mayara diz.

- Foi minha mãe mesmo que escolheu, mas eu ajudei. - Lais diz.

- Lais, o que você faz aqui? - Dani diz.

- Não podia vir? - Lais pergunta.

- Pode sim, só levamos um susto. - Dani diz.

- Vamos logo que não podemos deixa-los esperando. - Iara diz.

Vestimos a Michele com o sari vermelho e ela fica lindíssima, retornamos ao salão do cerimonial para a continuação do ritual.

Michele volta a sentar no mandap e começa a ser adornada com as jóias que acaba de ganhar por Milena e as mulheres da família, no final Milena cobre o rosto da Dulhana com o pallu, concluindo o cerimonial Godh barai.

Novamente vejo a emoção da minha amiga, a cada vez que a família participa ativamente dos rituais seus olhos ficam marejados e algumas lágrimas correm livremente por sua face, mas seu sorriso largo está sempre ali, demonstrando sua felicidade.



Espero que tenham gostado de mais esse casamento.


Foto da mídia as amigas com a Michele.

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