Capítulo 46: Shadi Enzo e Samara

Jagadeesh Manohari (Eros Myron) POV:

Esta manhã soube que o Regente emitiu um decreto em meu nome que institui e proclama minha soberania sobre o império da Índia, cabendo aos Reis das províncias apenas duas opções, se submeterem à minha autoridade e pagarem as taxas ou enfrentarem a minha ira.

Himanshu Manohari estava conclamando uma guerra em meu nome!

Khan Baba me informou sobre essa situação por telefone, tentei conter a minha fúria e exigi uma conferência com toda a corte no mesmo instante.

Patni me ajudou em silêncio... Foram momentos que de alguma maneira pareciam acalmar meu coração, enquanto observava seus gestos e sua devoção aos deuses em suas preces silenciosas e seus cuidados comigo.

Refliti sobre as opções, argumentos, os códigos e as leis e pedi que Lord Ganesha me ajudasse na conferência.

Não pude alterar o decreto, mesmo sendo o Imperador, afinal era como se eu mesmo o tivesse publicado, me enfraqueceria se o modificasse de qualquer maneira. Então apenas me restaria retornar para a Índia e guerrear se fosse preciso, assumir meu trono o quanto antes.

Depois do jantar, retornamos para os nossos aposentos, minha Weenny dorme tranquilamente, mas eu terei mais uma noite insone.

Levanto e caminho até a varanda de onde temos uma visão privilegiada de todo o forte, um lugar tranquilo, ao lado de quem amo e de quem posso confiar, aqui ainda posso ser Eros, mas em breve definitivamente passarei a ser Jagadeesh e viverei sua vida.

Me acostumei com a vida tranquila do Eros, mesmo sendo preparado para ser Jagal, ninguém quer ser preparado para ir a uma guerra aos vinte e seis anos, mas estou pronto, se esse for o destino preparado e especialmente antecipado pelo novo decreto do meu Regente.

Me visto, vou à estrebaria e cavalgo por duas horas, depois vou treinar com um soldado o duelo com espadas, tomo banho e sigo para o prédio do governo.


Acordo cedo e não encontro Pati, suponho que esteja no prédio do governo, me arrumo e sigo para o templo, logo depois continuo com minha rotina matinal.

Faço a primeira refeição junto com nossa família e convidados, ofereço ajuda à Samara, mas ela recusa dizendo que Getúlia e Cacilda ajudarão em tudo o que ela necessita, dispensando não apenas a minha ajuda, mas também a das madrinhas.

Noto a decepção das minhas amigas e tento consolá-las convidando-as para um momento só nosso nos salões de música e dança e depois no salão de beleza, os homens estão combinando de aproveitar os momentos de folga no salão de jogos com o noivo, é claro, que faz questão de estar junto com seus padrinhos e reclama da ausência do querido amigo Jagal.

- Weenny, posso ir ver onde Jagal está para trazê-lo de volta para nós? De qualquer maneira ele deveria parar para se alimentar, não é? - Enzo pede.

- Tem razão e você tem todo o direito, afinal o dia é seu. Pode ir, mas ao chegar na sala do trono se reporte ao guarda e peça para anuncia-lo e aguarde permissão, não entre direto. - aviso.

- Farei como você diz e levarei o café da manhã para o nosso Imperador. Obrigado, minha linda e maravilhosa madrinha. - ele diz e beija minha mão.

Agradeço e peço que Gira prepare a farta bandeja do café da manhã do meu marido e servos para ajudarem Enzo.

- Ei, nós também somos suas madrinhas e queremos elogios. - Iara, a ciumenta, reclama.

- Vocês todas são lindas, perfeitas e maravilhosas, amo todas vocês, ciumentas! Me deixem ir, estou em uma missão. - Enzo diz, gargalha e sai correndo em olhar para trás.

- Nós também te amamos, seu bobo! - Gislaine diz.

- Noivo mais lindo do mundooooo! - Vivian diz.

- Aí você arrumou problemas. - Claudio e Ricardo protestam e os rapazes resmungam.

Todas nós gargalhamos.

- Vocês disseram que eu era o noivo mais lindo do mundo quando eu casei, lembro bem disso. - Claudio diz.

- Eu também sou noivo. - Ricardo diz e ri.

- E o mais lindo do mundo, na minha humilde opinião. - Michele diz.

- Para nós vocês todos são os mais lindos do mundo, o que vamos fazer? - Vivian confessa e constrangida cobre ambos os olhos com as mãos.

- Tem razão, é o que pensamos sobre vocês. - Tatiane diz e todas concordam.

- Por isso vivemos repetindo a mesma coisa, vocês precisam entender isso. - Dani diz.

- Tá certo, vocês estão desculpadas, nós amamos muito vocês, não tem jeito! - Leonardo diz e todos se abraçam.

Assim que terminamos a refeição, Samara e sua família pedem licença para resolver os últimos preparativos do shádi, Heitor acompanha os rapazes que vão ao encontro do Enzo, Milena e Lais nos acompanham até os salões de música e dança.

Ensaiamos algumas coreografias que pretendemos dançar no casamento do Enzo e Samara e ensinamos para Milena e Laís, o que deixa tudo ainda mais divertido e animado, elas gostam muito e aprendem rápido.

Quando nos atentamos para o horário, já são nove horas, nos distraímos demais com a dança, as deixo no salão de beleza e sigo para os meus aposentos na companhia das minhas sudras, pergunto por meri Pati e fico sabendo que ainda está com o Dulhan.

Escolho e organizo nossas vestes e jóias para o primeiro compromisso do dia, enquanto as sudras preparam nosso banho, é nesse momento que ouço a voz do meu marido.

- Patni?

- Estou aqui, Pati.

- O Grahamuk vai começar em breve, precisamos nos arrumar.

- Tudo está pronto, esperava por você.

- Hummm... Esse convite... Esses olhos... - diz e me beija com desejo.

Dispenso minhas servas com um gesto, sem que ele perceba, e me entrego ao prazer em seus braços.

Quase duas horas depois estamos nos arrumando apressadamente e rindo da nossa travessura, estamos prestes a nos atrasar para o shádi dos nossos amigos e nos divertimos com isso.

Pouco tempo depois, Pati já está com suas vestes e jóias, faço seu turbante e o adorno, peço para que desça e fique ao lado do Dulhan, enquanto peço que minhas sudras me ajudem a terminar de me arrumar, tenho menos de quinze minutos para fazê-lo.

Minhas servas adentram meus aposentos e se apressam nos cuidados com minha maquiagem e cabelos, me adornam rapidamente, tem muita experiência nesses cuidados comigo e hoje me vestirei de maneira mais simples porque não quero aparecer mais do que a noiva, felizmente fico pronta em dez minutos e logo vou ao encontro do meu marido e padrinhos.

Seguimos juntos para o salão preparado especialmente para o primeiro cerimonial, está decorado em tons de laranja, branco e dourado, dois bonitos rangolis estão desenhados logo na entrada. Vamos adiante e vemos o mandap em posição central, decorado com um aramado e muitas flores, com diversas poltronas dispostas ao redor com tapetes indianos diante delas, as pessoas começam a chegar e vão se acomodando nos lugares demarcados.

Os sacerdotes vem falar com o Imperador e o Dulhan sobre o cerimonial, permaneço respeitosamente ao lado deles e em silêncio.

Padrinhos e madrinhas e os familiares dos noivos são convidados a tomar seus lugares no cerimonial, a entrada da Dulhana é anunciada.

Os noivos estão muito bonitos, Enzo está vestido com um pajama branco e uma kurta azul claro, Samara está vestida com um choli azul e um sari bem colorido em tons de azul, laranja e rosa, com os cabelos soltos e algumas jóias de solteira.

Então o Grahamuk tem início com uma puja e um breve discurso do Pandith, logo em seguida o acendimento do agni pelos noivos, a primeira oferenda, nova puja e mantras.

É uma cerimônia relativamente rápida e emocionante para nós que compreendemos a importância desse deus em todo o cerimonial hindu.

Assim que a o ritual é concluído, Heitor e Enzo convidam à todos para a festa dançante.

Os convidados estão muito animados com as canções que os músicos já começam a tocar, vamos nos acomodando em nossa mesa, enquanto observamos o movimento pelo salão.

Samara parece um pouco tensa e conversa com Getúlia e Cacilda que a convencem a abrir as apresentações do dia, as três vão para o palco e começam a dançar, logo Enzo, Cícera e outros indianos os acompanham nesse bhangra... digamos moderno.

Todos estamos nos divertindo muito na pista de dança, enquanto os garçons começam a se mobilizar para começar a servir o almoço, vejo a cerimonialista Karen Oliveira correndo de um lado para o outro parecendo preocupada, vou até ela para tentar ajudar.

- Há algum problema? - pergunto.

- Majestade. - Karen assusta com a minha presença, mesmo assim faz uma reverência.

- Não compreendi a sua pergunta. - ela tenta se esquivar.

- Pode me dizer, estou vendo que está preocupada. - digo.

- A Dulhana convidou mais pessoas do que havia firmado em contrato, agora não sei como farei para comportar cinquenta pessoas a mais. - Karen diz.

Faço um sinal para que Gira se aproxime.

- Por favor, mostre para a Senhorita Karen Oliveira onde estão as mesas do salão de festas e peça para as cozinheiras auxiliarem no banquete para a festa de casamento, estarão sobre o comando dela, a meu pedido, por favor. - digo e Gira me obedece.

- Não sei como agradecer por sua intervenção, majestade. - Karen diz.

- Não dizendo para os noivos que eu fiz qualquer coisa. - digo.

- É um estranho pedido, mas que tudo seja conforme vosso desejo. Tem todo o meu respeito e gratidão, salvou o meu trabalho. - Karen diz e se retira com Gira.

- Aprovo sua decisão, como sempre. - ouço a voz de Pati.

- Está aí há quanto tempo?

- O suficiente. Vamos almoçar? Estão sentindo falta da Imperatriz. - ele diz e estende sua mão direita para mim.

Voltamos para a nossa mesa e somos servidos pelos garçons, a refeição está bastante saborosa, estranho o cardápio tipicamente brasileiro afinal estamos em um casamento hindu. Terminamos a refeição e saímos para nos preparar para o próximo cerimonial, Enzo pede nossa ajuda para o Sakhar Puda.


Os Amigos POV:

Samara, Francisco, Severina, Cícera, Cacilda e Getúlia se reunem na mesa da família.

- Então quer dizer que na próxima festa você recebe uma dinheirama danada? - Severina diz.

- Que dinheiro que nada, vó, já te falei, não é dinheiro vivo. - Cacilda diz.

- São jóias, roupa bordada, pulseira e umas bobagens. - Samara diz.

- Que bobagem? - Getúlia diz.

- Saco de açúcar, vê se pode. - Samara diz.

- Esquece isso, ganha muitas jóias? - Cícera pergunta.

- Ah, Weenny ganhou um jogo inteiro, foi um escândalo, vale um casarão. - Samara diz.

- Como aqueles que ela usa? - Francisco pergunta.

- Sim, tudo aquilo que ela usa. - Samara diz.

- Nossa, você tem que vender na hora, vai ficar rica. - Cícera diz.

- Na hora não posso, tem que esperar o Enzo esquecer. - Samara pondera.

- E se o Enzo não tiver como comprar as jóias? - Cacilda pergunta.

- Eros e Weenny vão dar para ele, deram para o Claudio dar para a Carol, tem que fazer o mesmo por mim, não é possível - Samara, irritada, diz - Agora vamos, eu tenho que me arrumar, não vou participar da próxima cerimônia, vocês vão fazer o teatrinho.

- Que treatro? Era só o que faltava. - Francisco diz, mal humorado.

- Fingir que estão firmando agora o compromisso entre as nossas famílias e se sentem honrados em fazê-lo, Enzo vai entregar meus presentes e você pai tem que vir com minhas madrinhas e o padre até a minha suíte para entregar e saber da minha resposta. - Samara diz.

- E eu não faço nada, né? - Cícera dá uma gargalhada.

- Só sorri, mamãe, e recebe as jóias - Cacilda debocha - Que palhaçada.

- Que saco isso tudo só para ganhar algumas jóias e casar, vai ter que compensar e muito. - Francisco diz.

- Depois a menina vai nos dar algum dinheiro, não se preocupem. - Severina diz e pega no queixo de Samara.

Os Serafino se arrumam e vão para o salão do cerimonial, enquanto a Dulhana fica na companhia da estilista Kauana Barião e de sua melhor amiga Getúlia.

Heitor, Milena, Lais e Enzo se reunem por um instante.

­- Querido, como será agora a próxima cerimônia? - Milena pergunta.

- Vocês ainda tem dúvidas? - Enzo pergunta.

- Não, nós nos preparamos direito, sabemos como é, me desculpe só não estou familiarizado com o nome ainda. Devemos firmar o nosso interesse no compromisso entre nossas famílias, certo? - Heitor diz.

- Isso pai, depois vamos oferecer o presente para a minha futura noiva. - Enzo diz.

- Então, isso me preocupa, não compramos nada, querido. - Milena diz.

- Você disse que tinha que ser sari e jóias. - Lais diz.

- Falou que íamos sair para comprar juntos. - Milena diz.

- Não se preocupem, eu comprei tudo, só temo que seja simples demais. - o Dulhan diz.

- Nos deixe ver, por favor. - Lais pede.

Enzo mostra para os pais e irmã.

- Eu ia amar ganhar jóias assim, acho até grande demais. - Lais diz.

- Weenny usa jóias ainda maiores. - Enzo diz.

- Mas ela deve usar porque é Imperatriz, nós somos mulheres comuns. - Milena diz.

- Não é simples demais, mãe? - Enzo pergunta.

- Não, meu filho. O que importa é o amor que vocês sentem um pelo outro, seu pai me presenteia com uma flor e me vale mais do que uma jóia, sabe por quê? Considero sua intenção e o fato de que ele estava pensando em mim quando a escolheu. - Milena explica.

- Obrigado, mãe. - ele diz.

- Vá se arrumar, nãopodemos nos atrasar. Vai dar tudo certo, meu garoto. - Heitor, orgulhoso, diz.


- Eu sei o que significa o sakhar puda e na teoria como devo agir, mas estou inseguro. Enzo diz.

- É normal, meu amigo, afinal é seu shádi. Me diga como quer que eu te ajude. - Pati diz.

- Me diga o que eu devo dizer e se o que eu comprei é o suficiente, tenho medo de ter comprado jóias simples demais.

Pati o orienta o que dizer e logo em seguida o Dulhan nos mostra as jóias compradas para a noiva, um colar longo de ouro com pequenas pedras de diamantes incrustadas e um medalhão central com a imagem de Lord Ganesha, os brincos e dois braceletes, nós elogiamos o bom gosto do nosso amigo.

O ajudamos a preparar a bandeja com os presentes para a Dulhana com o sari, suas jóias em um pequeno baú, as pulseiras e o sakhar puda.

Seguimos para o cerimonial na companhia do Dulhan, onde ambas as famílias expressam o desejo público de comprometerem seus filhos para o casamento, então Heitor e Milena presenteiam Samara com a bandeja de presentes que Enzo traz nas mãos, representando a aceitação da Dulhana em sua família com a verdadeira Lakshmi, o compromisso e o desejo da propagação da doçura na vida dos noivos.

Francisco e Cícera recebem os presentes com alegria e aceitam o genro, mas precisam saber a resposta da Dulhana, por isso o pai irá com Pandith e as madrinhas até a suíte dela.

Saímos ao som dos sussurros das minhas amigas, Gislaine leva a bandeja e está mais curiosa do que nunca... Batemos na porta e entramos, enquanto deixamos os homens do lado de fora.

- Samara, veja os presentes que você ganhou.

- Só essas jóias? - ela diz.

Decepcionada? Samara esperava ganhar quantas jóias?

- São lindas! Não seja mal agradecida. - Iara dá uma bronca.

- Ora, esperava ganhar o que? - Marília a recrimina e Samara fica intimidada.

- Nada, está perfeito, vocês tem razão, são lindas. - ela diz, mas ainda parece insatisfeita.

- Veja esse sari que lindo. - Mayara diz.

A verdade é que sinto que nesse momento nós madrinhas estamos mais felizes do que a própria noiva, mas somos interrompidos por Getúlia a entrada de Francisco Serafino, ambos querem saber a resposta da Dulhana.

Então, seguindo a tradição, Dani se aproxima da futura prima e lhe dá um cutucão e Samara responde que sim.

- Ela disse que aceita.

- A Dulhana aceita! - Melissa diz em voz alta.

Getúlia e Kauana Barião ajudam Samara se arrumar, enquanto nós vamos dançando, cantando e proclamando a resposta da Dulhana para que todos ouçam e comemoram conosco, até que chegue nos ouvidos do ansioso Dulhan.

Todos festejam conosco dançando e cantando, principalmente os padrinhos, aos poucos os sacerdotes vão se acomodando sob o mandap ao lado dos pais dos noivos e do Dulhan.

Nós aguardamos a Dulhana na entrada do salão de festas e a levamos até ao encontro do Enzo, que está em pé para recebe-la. Em uma breve cerimônia liderada pelo Pandith, sob as bençãos de seus pais e dos sacerdotes, os noivos trocam alianças simbolizando a firmeza deste compromisso.

Os convidados são distraídos pelos músicos e convidados pela Karen Oliveira para ir ao próximo salão para o cerimonial Phiti dastoor, enquanto nós saímos para nos preparar para ele.

Vamos para os nossos aposentos e visto um sari amarelo, Pati veste um pajama branco e uma kurta amarela, descemos porque ouvimos uma gritaria conhecida no andar da suíte dos nossos amigos.

- Onde estão meus sapatos? Está bem, eu pago para vocês devolverem, quem pegou? - Enzo grita.

- Gis? Vivi? Iara? Mel? Cadê vocês? - Enzo continua chamando.

- Claudio me ajuda, por favor. - ele pede.

Ouço risos e correria.

De repente Gislaine corre distraída, enquanto olha para trás e bate contra o corpo do meu marido, ficando abraçada com ele, em suas mãos estão dois calçados.

- Ai, assim eu morro de paixão... - ela diz assim que olha em seu rosto, me fazendo gargalhar com a cena inusitada.

- O que vocês estão aprontando? - Pati pergunta.

- Nada não. - ela esquece e acena com os sapatos, escondendo-os em seguida.

Vejo uma cena tão bonita a seguir, Enzo fica quieto repentinamente e eu me aproximo de sua suíte, é quando vejo Mayara se aproximar com uma caixa embalada para presente e entrega para ele.

- O que é isso? - Enzo pergunta.

- Abre, por favor. - Mayara pede e aguarda pacientemente até que ele abra o pacote e veja que são sapatos.

- Por que fez isso por mim? - ele pergunta.

- Por que um noivo não se casa sem sapatos e imaginei que ficaria aflito com essa brincadeira, não queria que se sentisse assim. - ela diz com tanta doçura.

- Obrigado. - ele diz e ela sorri e sai da suíte.

Assim que todos ficam prontos, vamos juntos para o salão do cerimonial, decorado com luxo e o mesmo padrão de cores que vem sendo utilizado, laranja, dourado e branco. Desta vez o mandap é bem menor e separado para ele e para ela para que possamos fazer os rituais separadamente, as bandejas já estão prontas nos aparadores e os sacerdotes e músicos estão posicionados para dar início.

Samara é conduzida pelas madrinhas ao seu mandap e Enzo pelos padrinhos para o dele, então o ritual de purificação tem início, mas a Cícera se recusa a pegar no haldi e pede para que eu faça no lugar dela, cumpro todo o ritual para o bem da noiva.

O mesmo fazemos com Enzo, com a diferença que Heitor, Milena e Lais participam ativamente de todo o cerimonial de casamento, inclusive o Pithi dastoor.

Espero que tenham gostado.


Foto da mídia: Samara com suas roupas de noiva.


Palavras em hindi:

Patni: esposa

Pati: marido

shadi: casamento

sudras: servas

meri: meu

Dulhan/ Dulhana: noivo/ noiva

mandap: cadeira dos noivos

choli: top usado com sari

sari: vestimenta mais comum usada por indianas

kurta pajama: tunica e calça

agni: fogo sagrado

puja: oração

mantra: repetição de uma frase como se fosse uma oração

bangra: dança típica indiana

hindu: praticante do hinduísmo

Pandith: padre


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