Capítulo 29: Harém

Acordo cedo e vejo que estou em nossa cama, agradeço pelo cuidado que Pati tem comigo e vou ajuda-lo a se arrumar, faço questão de ir ao templo em nossos aposentos e rogo aos deuses por suas bençãos e proteção e para que o dia do meu marido seja favorável. Então levo a chama sagrada para que ele seja purificado e logo depois ele se despede sem ao menos poder fazer a primeira refeição comigo.

O dia no forte começa bem agitado, são muitos afazeres e agora uma família ainda maior para cuidar e dar a devida atenção.

Desço e já procuro Gira para dar as ordens.

- Por favor, providencie alimentos brasileiros para as refeições, nossos convidados não estão acostumados com nossas iguarias. Pode ir, mas retorne para resolvermos as questões do estoque do forte. - digo e ela se apressa em dar as ordens na cozinha.

Vejo a governanta retornando e peço que me acompanhe até o escritório.

Abro a minha planilha para fazer as anotações com base nas solicitações da Gira, logo em seguida faço a cotação e compra de tudo o que é necessário para suprir os estoques do forte de uma só vez, é muito mais prático fazer a compra on line, já que temos fornecedores específicos.

Ouvimos uma batida na porta, conheço essa maneira de bater, só pode ser uma pessoa.

- Papai?

- Filhinha? Bom dia, amor do pai.

- Bom dia, papaizinho.

- Você e meu genro não vem para o café da manhã?

- Eu vou, peço perdão pelo atraso, não me atentei para o horário. Pati já saiu para trabalhar.

- Então venha, estamos te esperando.

Saimos do escritório e vamos para a sala de refeição, nos acomodamos, cumprimento a todos e somos servidos por Gira e as sudras. Iniciamos uma animada conversa com muitas risadas e até piadas, assim que terminamos a refeição, os pais da Carol se despedem e partem.

Peço licença para voltar aos meus afazeres.

Volto ao escritório e faço o pagamento das contas, antecipo o ordenado dos funcionários e suas bonificações, depois sigo para a biblioteca para me distrair lendo um livro, de preferência um romance.

Encontro a Soberana lendo o alcorão, ela sorri para mim.

- Kshama karen, raaste mein aane ka matalab nahin tha. (Desculpa, não queria atrapalhar.) - digo.

- Tum kabhee raaste mein nahin aate, priye. Yahaan mere paas baitho. (Você nunca atrapalha, querida. Sente-se aqui ao meu lado.)

Sento ao lado da minha sogra para conversar.

- Main mahaaraanee ke roop mein kaise kaary karoon, he prabhu, aap mujhase kya ummeed karate hain? (Como devo agir como Imperatriz, o que esperam de mim, Soberana?)

- Betee, tumhen pata chal jaega ki kaise kaary karana hai, aapane hamen shuroo se hee gauravaanvit kiya hai, aur aapane ek uttam patnee kee tarah kaam kiya hai. jaise hee vah is kile ka prabandhan karata hai, usake haathon mein poore kile aagara, mahalon, haram, rasoee aur aam kshetron ka prashaasan hoga, sarakaaree kshetron ka prabandhan karane ke lie jagal ko chhodakar. (Filha, você saberá como agir, nos deixou orgulhosos desde o princípio e tem agido como uma esposa primorosa. Assim como administra esse forte terá em suas mãos a administração de todo o Forte Agra, dos palácios, do harém, das cozinhas e áreas comuns, deixando que Jagal administre as áreas governamentais.)

- Yah sab kaise hoga? (Como será tudo isso?)

- Aapako sab kuchh kamaand karana hoga kyonki aap kile kee mahila hongee jaise aap yahaan hain. sabhee nirnay aapake paas se gujarenge, har cheej ko karane ke lie aapakee anumati aur anumodan hona chaahie. paartiyon se lekar saadhaaran khaane tak. karmachaariyon se lekar kile mein aane vaale mehamaanon tak. - komalata ke saath, vah javaab detee hai. (Você deverá comandar tudo porque será a senhora do Forte como és aqui. Todas as decisões passarão por ti, tudo deverá ter sua permissão e aprovação para ser feito. Desde as festas até as refeições mais simples. Dos empregados até os convidados que virão ao Forte. - com ternura, ela responde.)

Faz uma breve pausa e continua.

- Unake paas haram hai, aap jaanate hain ki aap unakee pahalee patnee aur sabase pyaaree hongee, lekin ekamaatr mahila nahin jo jagal ke saath soegee, unakee any patniyaan aur rakhailen hain, aakhirakaar unhen kaee vaaris hone aur hamesha khush aur santusht rahane kee jaroorat hai , vah hamaare desh mein bhagavaan kee tarah hai. (Tem o harém, você sabe que será sua primeira esposa e a mais amada, mas não a única mulher que se deitará com Jagal, ele outras esposas e concubinas, afinal precisa ter muitos herdeiros e estar sempre feliz e satisfeito, ele é como deus em nosso país.) - ela explica isso com naturalidade e eu sinto como uma faca me rasgando por dentro.

Não vou suportar ver meu marido nos braços de outra mulher... outras mulheres.

- Ham, mahaaraanee ya raaniyon, ko pata hona chaahie ki hamaare patiyon ke paas bistar par keval hamaaree kampanee nahin hogee, ve hamen tab bulaenge jab yah unhen soot karega aur any mahilaon ko jitanee baar ve chaahen, shaahee haram chalaane ke lie yah hamaare daayitvon ka hissa hai, apane patiyon ke lie sabase achchha vikalp chunen kyonki ham unake svaad ko jaanate hain. betee hamen eershya nahin karanee chaahie, hamen apane patiyon ke sammaan aur shakti ko banae rakhana chaahie, aap pahale din se hee jagal ke priy hain. (Nós, Imperatrizes ou rainhas, devemos saber que nossos maridos jamais terão apenas a nossa companhia na cama, eles nos chamarão quando lhes for conveniente e terão outras mulheres tantas vezes quanto desejarem, faz parte das nossas obrigações administrar o harém real, escolher a melhor opção para nossos maridos já que conhecemos seus gostos. Filha, não podemos ter ciúmes, devemos manter a honra e o poder de nossos maridos, você tem o privilégio de ser amada por Jagal desde o primeiro dia.) - ela continua a sua terrível explicação e um abismo se abre sob meus pés.

Eu escolher uma mulher que vai passar a noite com meu marido? Administrar o harém?

- kya aapane kabhee yah jaanakar dukh ya eershya mahasoos nahin kee hai ki prabhu kisee any mahila ke saath the ya us mahila ko chunane aur taiyaar karane par jo usake saath jhooth bolegee? aur un bachchon ke saath usaka rishta jo usake nahin hain? (Nunca sentiu tristeza ou ciúmes ao saber que o Soberano estava com outra mulher ou de escolher e preparar a mulher que irá se deitar com ele? E a relação dele com os filhos que não são seus?)

- Main hamesha unakee pahalee patnee thee, jise mahaaraanee ka taaj pahanaaya gaya tha, jo daudatee thee aur un sabhee ka sammaan karatee thee. unhonne hamesha ek pati ke roop mein apane daayitvon ko poora kiya, mujhe do keematee bachche die aur yah mere bachche hee the jinhen sinhaasan praapt hua, main shikaayat nahin kar sakata ya apane daayitvon par savaal nahin utha sakata. (Eu sempre fui sua primeira esposa, a que foi coroada como Imperatriz, a que mandava e era respeitada por todas elas. Ele sempre cumpriu suas obrigações de marido, me deu dois preciosos filhos e foram os meus filhos os únicos que receberam o trono, não posso reclamar ou questionar minhas obrigações.) - ela responde com simplicidade.

Penso na enorme dignidade dela e em sua enorme força e caráter e em minha vontade de sumir ao invés de enfrentar o que ela acaba de me dizer que encarou de cabeça erguida, faz com que eu me envergonhe da minha fraqueza.

- Main apanee apeksha ke anusaar karoonga, he prabhu, bhale hee isamen prayaas aur seekhane kee aavashyakata ho, mainne vaada kiya tha aur apane pati ka sammaan karoonga. (Farei como esperam de mim, Soberana, mesmo que isso demande esforço e aprendizado, prometi e honrarei o meu marido.)

Precisando espairecer, saio da biblioteca e vou aos meus aposentos e vou para o templo.

Quero fazer orações aos deuses pedindo que me livrem desse destino, mas tenho vergonha porque não sei se o aceitei ou se fui tragada para ele, se é mesmo um sonho, um conto de fadas ou se na verdade está se tornando um pesadelo. Como direi à deus que não quero o destino agora que não me é favorável se o aceitei em tudo o que me beneficiou?

A verdade é que me rasga e me destrói pensar em dividir meu Jagadeesh com qualquer mulher, imaginar seu leito sendo tomado por outra, seus lábios, seu corpo...

- Malicaiálo! - ouço de longe as sudras gritando desesperadas.

- Khushee hai ki aap ant mein jaag gae! Isane ham sabhee ko chintit kar diya. (Que bom que finalmente acordou! Deixou todos nós preocupadas.) - Salima diz.

- Main theek hoon aur is baare mein kisee se kuchh nahin kahata. (Estou bem e não digam nada sobre isso a ninguém.) - digo e me levanto com a ajuda delas, todas concordam e mantém o silêncio.

Vou para o prédio do governo e sigo para o templo, quero me aconselhar com as esposas dos Brâmanes e sacerdotes, as procuro na área reservada para as mulheres.

- Shubh dopahar, mahodaya. Mujhe salaah chaahie. Aapako kya lagata hai ki mujhe ek achchhee patnee aur mahaaraanee banana seekhana chaahie, main kya kho raha hoon? (Boa tarde, Senhora. Quero um conselho. O que acha que devo aprender para ser uma boa esposa e Imperatriz, o que me falta?) - faço a mesma pergunta para duas delas.

- Shubh dopahar, meree mahaaraanee. Poore sammaan ke saath, meree mahila ko kisee cheej kee kamee nahin hai, lekin ham sabhee ko gyaan praapt karane ke lie lagaataar seekhane kee jaroorat hai. Aap kya seekhana chaahate hain? Mahaamahim kuchh bhee kar sakate hain! (Boa tarde, minha Imperatriz. Com todo o respeito, nada falta à minha senhora, mas todas nós precisamos aprender continuamente para alcançarmos a sabedoria. O que tem vontade de aprender? Vossa Majestade pode tudo!) - Anika responde.

- Mahaamahim se bhay ko door rakhana chaahie, abhimaanee, saahasee aur vyaavahaarik bane rahana chaahie. (O temor deve ser mantido afastado de Vossa Majestade, mantenha-se altiva, corajosa e perspicaz.) - Anaya responde.

Penso no que ambas dizem e agradeço.

Há dias venho pensando na necessidade de aprender continuamente o hindi para ter fluência verbal e escrita que são essenciais para um governante, quero e preciso treinar as danças, poesias e canções para manter o meu Imperador atraído por mim, não tenho o direito de esquecer o sabor de uma casa e por essa razão devo ser uma ótima cozinheira, se meu marido é um guerreiro, então preciso ser versada em guerra e em estratégias para ajudá-lo.

Depois dessa breve conversa com as esposas dos sacerdotes, estou decidida a montar uma rotina rígida de treinamento para mim. Assim que saio do templo, ligo e convoco o Guru Shankar e sua equipe, peço que voltem a me ensinar, faço mais um pedido especial, para que consigam um bravo guerreiro para me instruir.

- Jo hamaaree raajakumaaree thee aur aaj hamaaree mahaan saamraagyee hai, use sikhaane ke lie ham sammaanit mahasoos kar rahe hain. Hamen ummeed hai ki ham itane bade sammaan tak pahunchenge. Chinta na karen, hamaaree teem mein jayapur mein sabase achchha raajapoot yoddha aur rananeetikaar hai, vah aapako vah sab kuchh sikhaane ke lie taiyaar hai jo vah jaanata hai. (Estamos honrados em ensinar aquela que foi a nossa Princesa e hoje é a nossa grande Imperatriz. Esperamos estar a altura de tão grande honra. Não se preocupe, temos em nossa equipe o melhor guerreiro e estrategista rajput de jaipur, ele está pronto para te ensinar tudo o que sabe.) - Guru me explica e agendamos para começar nossas aulas ainda hoje.

Peço que Gira arrume as salas de dança e de ensino para que possamos começar em no máximo uma hora, período que acredito que o Guru haverá de chegar.

Guru chega e percebendo que estou inquieta, sugere começarmos pelo treinamento da arte do duelo com espadas, vou até os meus aposentos e ponho a roupa especial, então vou diante de Shri Rohit e o cumprimento com formalidade e iniciamos, passamos pelo menos duas horas duelando e depois peço que Madhavi me prepare um banho rápido.

Sigo para as aulas de idioma com o Guru Shankar e sua equipe e depois para as aulas de poesia, canto e dança, assim fico ocupada o dia todo, paro apenas para fazer as refeições, mas mal consigo tocar na comida, meus pensamentos mantém minha mente e coração inquietos.

Minha família estranha o meu sumiço e a súbita falta de apetite, mas nem mesmo Maan desconfia que seja fruto da nossa conversa, estou seguindo o conselho da Anaya, sem demonstrar toda a dor que sinto, exceto pela fome.

- Weenny, o que você está fazendo que sumiu o dia todo? - Leonardo pergunta.

- É mesmo, te procurei desde o café da manhã e só te encontramos no almoço e agora no café da tarde. - Michele diz.

- Tem razão, filhinha. Algum problema? - Ronaldo pergunta.

- Não. São as atividades que fazem parte da minha rotina, não se preocupem. - digo.

- Está bem, podemos te ajudar em alguma coisa? - Michele pergunta.

- Não quero que se preocupem com nada, ajudem as meninas com os preparativos do casamento, aliás, mais tarde precisamos falar disso. - digo.

- Vou cobrar! Vamos nos reunir depois do jantar? - Carol diz.

- Vamos sim. - digo.

Assim que termina a refeição, nos despedimos e vou para os meus aposentos e me arrumo para meri Pati, que ao chegar do trabalho vem ao meu encontro.

Salima anuncia a Soberana em nossos aposentos.

- Mere pyaare, mujhe aaj hee jaana hoga, mujhe prabhu se ek sandesh mila jisamen meree tatkaal aagara vaapasee kee maang kee gaee thee. (Meus queridos, preciso partir ainda hoje, recebi uma mensagem do Soberano exigindo o meu retorno urgente para Agra.) - a Soberana diz e nós ficamos tristes com a notícia, mas sabemos que ela jamais desobedeceria o marido.

- Maan, kya aap vaakee is shaam yaatra karane ka iraada rakhatee hain? main shaahee jet kee peshakash kar sakata hoon aur aap ja sakate hain... (Mãe, tem certeza que pretende viajar ainda esta noite? Posso oferecer o jato imperial e a senhora pode ir...) - Jagal começa a dizer e é interrompido pela mãe.

- Nahin na! Main chaartard jet par jaoonga, mere saath aane vaale dal ke saath, jaise main aaya, chinta mat karo, main surakshit rahoonga aur main surakshit pahunch jaoonga. bas mujhe jaane do aur mujhe alavida kaho. (Não! Eu irei no jato fretado, com a comitiva que me acompanha, da mesma forma que eu vim, não se preocupe, estarei segura e chegarei em segurança. Apenas me permitam partir e se despeçam de mim.) - a Soberana diz.

- Maan... (Mãe...) - eles sorriem e no final concordam um com o outro e eu com ambos.

Ela sorri e sai dos nossos aposentos junto com suas sudras para que possam arrumar sua bagagem.

- Pati?

- Haan? (Sim?)

- Estou pensando em fazer um casamento hindu surpresa para Claudio e Carol, o que acha? Eles sempre dizem que gostaram do nosso shádi.

- Uma ideia maravilhosa, mas será uma surpresa para ambos? Como faremos para levarmos para os cerimoniais? - ele diz, me fazendo refletir.

- Tem razão, um deles precisa saber, vou amadurecer a ideia e te falo.

Pati toma um banho relaxante, se arruma e seguimos para o salão de refeições com a nossa família, jantamos e conversamos bastante e todos ficam em um misto de tristeza e talvez alívio ao saber que a Soberana vai partir.

As sudras preparam o cortejo com as devidas honras para a partida da Soberana, os soldados garantem a sua segurança, o palanquim e toda a comitiva são posicionados, nos reunimos no pátio principal para nos despedir.

- Jald hee milate hain, meree betee. Allaah aapakee raksha kare aur aapako achchha aur khush rakhe. (Nos vemos em breve, minha filha. Que Alá te proteja e te deixe bem e feliz.) - a Soberana diz.

- Surakshit jao, maan. Bhagavaan usakee raksha kare. (Vá em segurança, Mãe. Que deus a proteja.) - eu digo.

Pati pede a benção para sua mãe e a recebe.

Voltamos para o interior do prédio principal e nos reunimos com nossos amigos para conversar a respeito do casamento dos nossos amigos, queremos saber como podemos ajudar, Carol e Claudio falam sobre a ideia deles de se casarem na Grécia, querem fazer um enlace apenas com as pessoas essenciais para eles.

- Nosso casamento será no próximo fim de semana, finalmente, só estava esperando Jagal e Weenny voltarem para dar andamento nos preparativos. - Claudio diz.

- Na verdade já estava falando com as cerimonialistas e tudo está pronto, por isso estamos tão tranquilos em relação a data e os preparativos. - Carol diz.

- Noivos organizados é outra coisa. - Eduardo diz e todos concordam.

- E vocês, Michele e Ricardo? - Igor pergunta.

- Nós não temos nada preparado porque queremos que Jagal e Weenny nos ajudem a organizar um shádi hindu, nada tão grandioso e caro como o de vocês, mas com muito amor. - Ricardo diz.

- E fazemos questão de que todos vocês sejam nossos padrinhos. - Michele diz e todos concordam alegremente.

- Vocês vão se casar onde? - Melissa pergunta.

- Aqui no forte! - digo e eles sorriem - Se quiserem ou onde sonharem.

- O forte é como um sonho. - Michele diz.

- Pois terão o casamento dos sonhos, eu garanto. - Pati diz e eles arregalam os olhos.

- E vocês, Samara e Enzo? - Marília pergunta.

- Eu sonho com um casamento em Paris e um casamento na Índia, quero que sejam grandiosos, com a presença da imprensa e muitos fotógrafos, com mais de mil pessoas... - Samara começa a dizer.

- Anjo, você tem que pensar na realidade, não sou rico, não posso pagar isso. Que tal um casamento indiano no Brasil e quem sabe uma viagem para Paris? - Enzo diz e ela faz uma careta.

- Esses dois não se entendem mesmo. - Dani diz e Guilherme ri.

- Estou dizendo que casar é fria. - Guilherme diz e ganha um chute da noiva.

- A verdade é que depois de ver seu shádi, todas nós desejamos um casamento hindu, não é? - Dani diz e as meninas concordam.

- Tem mais uma coisa, Weenny. Queremos que você nos dê aulas de como uma noiva e esposa hindu deve agir, precisamos e desejamos aprender a ser como você. - Michele diz e para a minha surpresa elas afirmam que sim.

- Está bem, podemos começar amanhã mesmo. - digo.

Carol discretamente me chama para confidenciar que pretende dar um presente especial para o futuro marido, por isso o casamento precisa ser celebrado na Grécia, apesar de não revelar exatamente o que é, ela me dá algumas pistas apenas, me deixando curiosa.

Terminamos o dia confortavelmente acomodados e espalhados pela sala de estar gargalhando ao ver o making off do remake do nosso primeiro filme pela milésima vez, rodeados por muitas bandejas e baldes com refrigerantes, doces, salgados e lanches, uma noite bem agradável. De madrugada nos despedimos e voltamos para as nossas suítes.

Nos preparamos para dormir e logo que pegamos no sono um discreto ruído nos desperta, seguido pelo chamado de um dos servos da guarda.




Foto da mídia: Weenny triste.


Palavras em hindi

Pati: marido

sudras: servas

alcorão: livro sagrado muçulmano

Guru: mestre indiano

shadi: casamento

Delhi: cidade da Índia

Pallu: parte do sari que cobre o rosto

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