Capítulo 05
Notas (inicias) da autora: Hey, como estão?
Quero agradecer aos 4K de visualizações! Sério gente, agradeço a cada um que lê, vota, comenta, coloca na biblioteca ou lista de leituras... Vocês são sensacionais! ♥️
Prontos? Boa leitura!
Um silêncio mortal preenchia à madrugada na fortaleza dos Volturi. Alguns vampiros haviam saído para caçar nas redondezas fora da cidade, outros estavam lendo na biblioteca e alguns ficavam parados olhando para a janela vendo o tempo passar, como no caso de Irene.
A morena havia colocado a camisola branca até os pés e penteado os cabelos, deixando-os presos somente com duas madeixas para trás como costumava fazer com suas irmãs quando era humana após às tardes que passavam nadando na cachoeira, até mesmo se fechasse os olhos, podia ouvir a risada das três.
— Vamos logo suas molengas!
— Wendy! A cachoeira não vai secar tão cedo — Irene disse indo atrás da irmã pela floresta junto com Sarah e Joanne. Já passava do meio dia, e como estavam na mais quente das estações, as irmãs Revelvet saíram para tomar um banho de cachoeira.
— Eu sei, mas quero aproveitar o máximo do dia.
— Nem parece que eu sou a mais nova — Joanne disse observando a garota saltitar na sua frente.
— Mas você não é ajuizada — comentou Sarah fazendo Joanne ofegar surpresa.
— Isso não é verdade! Irene, fala para ela que tenho juízo.
— Sinto muito, mas não tem — a mais velha riu fazendo a caçula rir.
— Vocês vão ver, serei a mais responsável das quatro num futuro próximo.
— Duvido muito — zombou Sarah.
— VOCÊS VEM OU NÃO? — Wendy berrou dentro de dentro d'água.
— A última a chegar é musgo de árvore — Joanne desafiou as irmãs correndo na frente.
— Trapaça não vale! — Irene gritou antes de sair correndo.
— Vocês são tolas.
As quatro brincaram na água até o pôr do sol e, sobre a relva, começaram a observar as pequenas estrelas que apareciam.
— Irmãs, estava pensando… — iniciou Wendy — Vamos ficar juntas para sempre, certo? Mesmo depois de nos casarmos e tudo mais.
— Lógico que iremos, quem irá ajudar a cuidar dos meus filhos? — perguntou Joanne.
— Para além do sempre — garantiu Sarah — Esse será nosso lema.
Sorrindo, as quatro continuaram a observar as estrelas.
Olhando os objetos que sempre levava consigo, Irene fechou os olhos segurando o medalhão em seu pescoço.
— Para além do sempre.
•••✦•••
O jardim interno do castelo na ala oeste havia se tornando o lugar favorito de Katherine desde que ela havia descoberto, porque além dela, as flores eram a única coisa viva naquele lugar mórbido e sombrio.
Acariciando levemente uma das rosas vermelhas que haviam ali, Katherine percebeu que estava sendo observada por um dos vampiros que se escondia na pilastra.
— Sei que está me olhando — comentou sem se virar — Por que não se junta a mim então?
Saindo das sombras, Alec caminhou tranquilamente até onde a híbrida estava, parando ao lado da roseira.
— Pensei que dormisse.
— Estou com insônia, mas acho que não sabe o que é isso — respondeu apertando a bainha da camisola branca que chegava aos joelhos, um presente que ganhou de Irene quando parou de crescer, lembrando-se que não conseguia dormir naquela noite por ter a sensação constante de ser vigiada.
A mensagem de Irene para ter cuidado ainda circulava sua mente, e tudo o que ela desejava era estar em casa, qualquer lugar onde pudesse respirar à vontade sem ter olhos ou ouvidos em cada canto.
— Também estou — respondeu o Volturi se sentando no banco de pedra que ela estava sentada, porém na outra ponta.
— Vampiros não tem insônia.
— Nossa insônia se chama tédio.
Katherine sorriu e concordou com a cabeça, já havia flagrado vários momentos de Irene entediada olhando para a mobília ou até mesmo para a parede, vez ou outra fechando os olhos como fendas, memorizando os detalhes.
— Por que não arrancou a rosa?
A voz de Alec a fez voltar ao presente. A mão dele apontava para a flor que ela acariciava.
— Ela não merece um fim triste, iria ser tirada de todas suas irmãs para morrer solitária em um vaso.
— Mas ela vai morrer um dia.
— Na companhia dos seus iguais, e não isolada.
O Volturi observou a híbrida ao seu lado, que voltou a acariciar as flores. A fraca luz da lua, que vinha pelo telhado de vidro, batia em sua pele levemente corada pelo sangue em seu corpo, fazendo com que naquela camisola branca até os joelhos ela parecesse quase como um ser celestial, o completo oposto do que ele era.
Os cabelos dela presos em uma trança lateral, que descansava no ombro direito, tinha mechas menores caindo ao lado do rosto escondendo um sorriso lateral que eram formados pelos lábios rosados, fazendo com que parecesse uma pintura. As mãos delicadas e pequenas, que pareciam não se importar com os espinhos ameaçadores da planta, o fizeram imaginar como seria receber aquele carinho nele em meio aos beijos que os lábios dela poderiam dar, e se a pele dela era tão macia quanto parecia ser.
Dando um pulo para trás, Alec se afastou de Katherine com os olhos arregalados fazendo a híbrida se assustar.
O que diabos estava acontecendo? Que pensamentos eram aqueles?
— Alec? — Katherine chamou se levantando do banco e se aproximando cautelosamente dele — O que houve?
— Não se aproxime — ele pediu em tom baixo mas a garota não ouviu, continuou se aproximando dele até ele poder sentir o hálito da respiração dela batendo em si — Katherine…
— Está tudo bem, não vou te machucar.
As mãos, que antes acariciavam a rosa, agora estavam na bochecha dele fazendo o contraste de temperaturas arrepiar a Revelvet.
— Está tudo bem — ela disse novamente começando a fazer carinho com o dedão na bochecha dele — Eu estou aqui, não se preocupe.
Os olhos de Alec se encontraram com os dela, era como um sopro de ar revigorante para ele que nem sabia que precisava naquele momento ou em qualquer hora da sua vida imortal. Katherine ficou na ponta dos pés, e calmamente, deu-lhe um beijo na outra bochecha do Volturi.
O vampiro se deliciou com o gesto, e conteve suas mãos para não abraçá-la ali mesmo mantendo-a para si, mas não podia demonstrar afeto.
Afeto era fraqueza, e fraqueza era algo que um Volturi não podia ter. E ele era um Volturi.
Mas por que a sensação de que não queria ser mais berrava dentro de si?
— Preciso ir — ele segurou o pulso de Katherine e afastou da sua bochecha — Boa noite, Katherine.
Saindo rapidamente, Alec se afastou do jardim, deixando Katherine em pé sozinha em meio às flores pensando no curto momento deles no jardim.
Mas eles não estavam a sós, Marcus observava os dois notando um laço emocional os envolvendo.
— Boa noite, Katherine — ele disse saindo das sombras — Vejo que descobriu o jardim.
A híbrida se assustou ao ver o líder ali e assentiu.
— Espero não ter problema.
— E não tem — ele garantiu se aproximando da garota — Vê-la aqui me trouxe uma memória. Sua doçura me faz lembrar de alguém que amei.
— Imagino que ainda a ama — observou Katherine aproveitando que o líder olhava desolado às rosas para se concentrar.
A híbrida havia estudado a rotina dos líderes, e em todas as vezes que circulavam pelo castelo, estavam acompanhados por alguns guardas. Mas ali estava Marcus Volturi, um dos líderes, sozinho, sem sinal de qualquer guarda por perto.
Era a oportunidade perfeita sem ela ao menos planejar.
— Amo. Até o fim dos meus dias.
— E você verá ela novamente — o tom da Revelvet era calmo mesmo com seus olhos brilhando em roxo fazendo com que os dele também brilhassem — Mas para isso, precisará ficar sempre ao meu lado e ao de Irene quando chegar a hora. E você nunca se lembrará dessa conversa em qualquer momento de sua vida.
Com os olhos roxos devido a hipnose, Marcus apenas assentiu e com um estalo, Katherine o livrou de seus poderes.
— Boa noite Marcus — a híbrida se despediu deixando o líder sozinho no jardim.
•••✦•••
Notas da autora: O que acharam do passado da Irene? Aos poucos vamos sabendo mais sobre isso 😉
Katherine e Alec...o que acharam disso? Podemos começar a shippar?
Me digam o que estão achando, quero saber de tudo.
Beijinhos com presas e até o próximo!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top